Writers When They Realize They Really Have To Write

Writers when they realize they really have to write

Writers When They Realize They Really Have To Write

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2 years ago

Hey, I'm at a point where I think I'm a bit lost with my writing. I used to be around people who made me think that I needed to add more suffering to my writing, and now people say I have too much angst. My main other issue is just that I need to make my characters less passive and have their actions decide the plot. I don't really know what my style is or what I'm good at because I'm not honest with myself or what I love. I can't write regularly because of school and bad habits, so any advice?

Start writing regularly. Write in class, write on the bus, write on your phone between classes. The back pages of class notebooks or even a small pocket notebook should always be handy for wordy scenes and quick ideas. I used to keep both my class notes and my writing notebook on my desk at the same time. Passed my classes and wrote my novel just fine.

Dismiss outside opinions as all wrong and let the writing be just you. You can’t develop a style or a voice if you let others’ opinions cloud your craft early on. They don’t know who you really are inside, and likely neither will you until you write it down. Writing for others comes when you’re writing for a paycheck.

Be honest with yourself, write what you know, and keep writing. That’s the best advice I can give you.

+ Please review my Ask Policy before sending in your ask. Thank you.

+ If you benefit from my updates and replies, please consider sending a little thank you and Buy Me A Coffee!

+ HEY, Writers! other social media: Wattpad - AO3 - Pinterest - Goodreads


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1 month ago

I make a post about how smut writers shouldn't be discouraged if their smut has a low hits to kudos ratio, because people are just afraid to kudos smut.

I get told in response that AKTUALLY smut has a low kudos to hits ratio because people are re-reading that smut.

I make a post about how if you're re-reading a fic a lot you should tell the author because they won't know that and will think no one likes their fic.

I get told that authors should just ASSUME that it's re-reads without needing to be told.

I post a smut fic that gets 100+ hits in its first 24 hours of posting (therefor no re-reads counted) and this smut fic with 100+ hits gets zero kudos.

I make a post about how if you read a fic on AO3 it creates a 'hit' and if the author gets a lot of hits without kudos or comments or response, the author will assume no one liked their fic.

I get told that authors should just ASSUME that everyone who clicks their fic likes it, without needing to be told that.

I make a post reminding people that fanfiction authors are not mind readers and that there's no way for them to tell a hit from a person who clicked a fic by mistake, or hated the fic, from a hit from a person who liked it, and if you don't tell the author you liked their fic they will assume you didn't.

I get told that authors aren't entitled to comments or kudos, or to a certain ratio of kudos to hits.

NO SHIT.

But if they don't get comments or kudos, they're gonna assume ya'll didn't like the fic!

5 months ago
Hannibal (2013-2015)
Hannibal (2013-2015)

Hannibal (2013-2015)

3x03 - “Secondo”

Hannibal breaking the fourth wall

6 months ago

when someone leaves a comment on your work saying they liked a certain bit of the chapter, and you can’t remember what the fuck you wrote @professional-benaddict

When Someone Leaves A Comment On Your Work Saying They Liked A Certain Bit Of The Chapter, And You Can’t
4 weeks ago

Writing is 10% actual writing and 90% staring at the screen, questioning your life choices and Googling "how many times can I use 'glance' before it gets weird?"

1 year ago

Nico and Percy’s dynamic in BotL is honestly the funniest fucking thing because Percy’s this emotionally exhausted 15 year old who is the sole person concerned about this feral 11 year old street urchin that wants to kill him…Chiron and the rest of the camp are just like ‘sometimes, children are homeless and they die. what can you do😔‘ and Percy’s just like ‘no???? we need to make sure he’s eating???? and that he’s not captured by an army of monsters???’ and Nico keeps trying to plot Percy’s downfall except he can’t actually come up with a plan because he’s Eleven or whatever and it’s just….remember when you were 15? remember what that felt like? now imagine being 15 and trying to wrangle an 11 year old that’s hissing and kicking your shins into brushing his teeth. imagine trying to tell this little asshole to go to bed before 10pm and he pulls out a fucking sword. how is someone supposed to handle that??? Percy surely doesn’t know! there’s a scene in BoO where Nico’s like ‘I don’t want to eat anything, but I know Percy would annoy the fuck out of me to force me to eat if he was here ugh’ sfkjsdfkj Percy literally had to CONDITION him into acting like a functioning person…and Percy’s inner monologue half the time is like ‘Yes I would kill for Nico di Angelo. Yes he is the worst person I know and I Will strangle him to death one day.’ like he doesn’t even completely like Nico as a person but everyone else is just chill with letting him run around by himself so Percy somehow ends up having to pseudo-parent this goth brat when he’s 15 and Barely Holding His Own Shit Together like….objectively an incredible dynamic lmao


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1 year ago

Nova História! Amor de Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

Oii, como vai? Estamos de volta! Porém, com novidades.

Antes que vocês me perguntem, não, não vou largar a "NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR", é só que... bem... por que ninguém me disse que os últimos capítulos estavam tão ruins? Tipo... precisou um leitor me dizer "isso está estranho", dá forma mais monossilábica que eu já vi para eu finalmente entender. Acho que isso aconteceu porque a história que eu estava escrevendo antes dessa estava bem pesada, então, a proposta dessa vez era ser algo leve, mas de tão leve, ficou bobo e não muito crível. Enfim, enquanto eu penso na melhor forma de concluir essa história, vou revisar "AMOR DE BABÁ (REFULGENTE)", exatamente a história que fez eu querer escrever algo leve e bobo. Vai entender.

O problema aqui é que quando eu estava escrevendo a AMOR DE BABÀ, escrevi em primeira pessoa. Não foi uma boa decisão, sabe? Ai, eu reescrevi as primeiras 50 mil palavras e ficou bem melhor. Outro problema é que eu ia monetizar ela, então, acabei mudando o nome dos personagens, ok? Vou colocar uma lista abaixo para simplificar quando os personagens forem surgindo. Ou você pode ler como uma original.

Espero que vocês gostem.

Nesse post colocarei os primeiros três capítulos.

Nova História! Amor De Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

Sinopse: Certo, ele disse a si mesmo. Nada pessoal. Claro. Não era nada de mais, apenas mais um emprego onde Matteo ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse o suficiente para a faculdade. Ele deu alguns passos em direção a porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza. Logo em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto. Impaciente e vencido pela ansiedade, Matteo tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. Certo, nada pessoal.

 Matteo!Babá, Derek!Professor

Essa é uma história sobre um estudante que, para ter dinheiro na faculdade, se torna babá, conhecendo o pai das crianças e desenvolvendo um sentimento/tesão por ele. A partir daí as fantasias começam a surgir e tudo vai se complicando entre eles. 

Personagens Percy Jackson: Derek Davis Moore Nico di Angelo: Matteo Rossi Pagano Annabeth Chase: Sofia Gray Jason Grace: Hazel Levesque: Will Solace: Diego Lewis Hades: Personagem original: Alice Gray Moore Personagem original: Logan Gray Moore

Lista a ser atualizada!

Também disponível em versões antigas no AO3 e no SpiritFanfic.

Nova História! Amor De Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

Aquele não era um dos melhores dias na vida de Matteo. De fato, não era a melhor semana, mês ou ano.

— Matteo. — O gerente do lugar onde trabalhava disse assim que o viu se aproximar da porta de entrada. 

Esse era o momento que Matteo mais temia a cada manhã desde que começou a trabalhar naquele lugar. 

Andrew McMillan se aproximou dele a passos despreocupados e parou em sua frente, o cumprimentando todo feliz e animado. O gerente tinha o cabelo penteado para trás, pele alva e olhos negros que sempre reviravam seu estômago. Matteo não poderia dizer que o homem era feito, porque de fato, ele era um dos homens mais bonitos que já tinha visto. Mas algo nele, por detrás daqueles olhos escuros e calculistas, o fazia repensar cada palavra que saia de sua boca, buscando o duplo sentido que sempre vinha, cedo ou tarde.

O gerente o olhou de cima a baixo, vitorioso, o fitando com maldade, olhos esses que faiscavam a cada segundo que se passava, em que nenhum dos dois dizia nada.

“É, era hoje”, Matteo pensou. 

Seus ombros caíram e ele suspirou, conformado com seu destino. Andrew pareceu ficar ainda mais feliz enquanto anotava algo em sua prancheta. Sorrindo mais aberto ainda para ele, Andrew voltou a examinar Matteo como se ele fosse um espécime misterioso, o apreciando daquela forma que fazia Matteo se sentir desconfortável, algo que somente esse gerente conseguiu fazer em seus poucos anos de vida. E mesmo que fosse uma máscara, Matteo não deixaria Andrew saber como esses olhares o faziam querer vomitar, como sua ansiedade aumentava conforme eles continuavam parados no meio da calçada, principalmente por saber que ninguém viria em seu socorro.

Isso só poderia significar uma coisa. 

— Senhor, posso explicar tudo. Eu--

— O ônibus atrasou? Ficou preso no trânsito? — Andrew balançou a cabeça, fingindo pesar e tocou em seu ombro, fazendo Matteo paralisar em repulsa, sentindo um medo que ele não sabia de onde vinha. — Dessa vez, não há nada que eu possa fazer por você.

— Por favor, eu preciso desse emprego! 

— Estou do seu lado, mas você sabe as regras. Essa já é a quinta vez esse mês. 

— Não tem nada que você possa fazer? 

 Matteo se arrependeu de perguntar assim que as palavras saíram de sua boca. 

— Talvez haja, mas eu não sei… — Andrew cruzou os braços e se aproximou de Matteo, como se fosse contar um segredo a ele. — Isso requer um sacrifício. Você está disposto a isso? 

— Ah. — Matteo murmurou, dando um passo para trás. 

Não era a primeira vez que Andrew falava uma coisa dessas. A questão é que Matteo nunca havia levado a sério nenhuma dessas… sugestões, mas agora que ele estava ali, não sabia se iria querer continuar em lugar como aquele, mesmo que pudesse ou precisasse muito. 

— Sinto muito, Matteo. — Andrew disse, sua voz soando piedosa e gentil, para logo em seguida acrescentar: — Não podemos nos esquecer de passar no RH, certo?

Matteo não sabia o que tinha mudado naquela manhã. Ele tinha acordado cedo, tomando banho, pegado sua mochila do encosto da porta de seu quarto e andado pelos corredores de sua casa silenciosamente para não acordar ninguém. Tinha pegado o ônibus lotado no mesmo horário e enfrentado uma hora de viagem até chegar ao seu emprego atual, um restaurante que dizia ser gourmet, mas que, na verdade, era uma imitação híbrida desses restaurantes de comida rápida; hambúrgueres, sanduíches, milkshakes e pizzas de todos os sabores. E como em todos os outros dias, ele havia descido do ônibus bem em cima da hora e corrido para o digníssimo estabelecimento em que trabalhava. 

É claro que seu gerente o esperava na entrada, como todos os outros dias. Ele tinha espiado para dentro do lugar e viu que eles já haviam aberto todas as portas, limpando as mesas e colocado as cadeiras nos lugares, podendo ouvir o barulho das pessoas já trabalhando em seus postos. 

Assim, meio confuso, porém, aceitando seu destino, Matteo seguiu Andrew pelo restaurante naquela estranha caminhada da vergonha. Não seria a primeira vez que algo assim aconteceria, o rodízio de trabalhadores sendo bem grande por ali. Ainda assim, a maioria das pessoas o olharam com sorrisinhos tão maldosos quanto o de Andrew, e os outros, que o encaravam com uma pena sincera, ele sentiria falta. Tirando isso, todo o resto podia se explodir se dependesse dele. 

Matteo levantou a cabeça, segurou firme em sua bolsa e foi para os fundos do restaurante onde ficava a contabilidade. Ele podia estar indo embora, mas Andrew se arrependeria por abusar de seu poder.

***

— Cara, eu não acredito que você fez isso! Meu pequeno herói. — Diego disse, abrindo um sorriso enorme.

Matteo não sabia por quanto tempo aguentaria isso. 

Diego olhou para ele de cima a baixo e o abraçou bem forte depois de apertar suas bochechas até que elas adormeceram de tão doloridas, o jeito do namorado se tornando tão energético que Matteo pensou que elas fossem se distender e cair no chão flácidas. Um beijo veio em seguida, doce e suave em seu rosto, outro no queixo, descendo devagar com aquelas pequenas bitoquinhas que só serviam para deixá-lo mais irritado.

— Diego, para com isso! E eu não sou pequeno. Como um metro e setenta e nove pode ser pequeno?

Matteo fechou os olhos por um momento e inspirou profundamente, ele apenas precisava respirar. 

Geralmente não se importaria de Diego estar tão perto, até gostava quando Diego lhe tocava daquela maneira um pouco sexual demais, porém, nada que ultrapasse o que ele se sentia confortável em fazer. Hoje não era um desses dias; hoje essas carícias suaves o sufocavam, lhe fazendo sentir preso dentro de uma caixa que não havia escapatória ou buracos onde o ar pudesse entrar. Diego o asfixiava, o estrangulando naquele cuidado que o namorado insistia em oferecer quando Matteo não havia pedido por isso.

Ele respirou fundo e desviou dos lábios de Diego, o empurrando pelo ombro. Deu uma mochilada em Diego, seguido de um soco no ombro do namorado. Sim, Diego, seu namorado corpulento e idiota apenas riu, o rosto quadrado e gentil lhe irritando um pouco mais a cada segundo. Se não bastasse ter passado duas horas na delegacia e ser questionado como se fosse ele quem tivesse cometido o crime, teve que ficar uma hora extra no escritório do RH negando os “bônus” e “benefícios” em troca de “confidencialidade”. Um tempo depois, quando foi liberado do interrogatório, Sr. Jones, dono daquela franquia, fez de tudo para que ele não prestasse queixa, ainda mais quando viu que as câmeras que ficavam na porta do restaurante haviam gravado tudo em áudio e vídeo, tendo provas suficientes para acusar o gerente de abuso de poder e assédio sexual.

Sinceramente? Matteo sabia que não daria em nada e que o processo demoraria para ser julgado e, ao mesmo tempo, sabia que tinha que fazer aquilo; todas aquelas tardes tendo que ouvir as piadinhas que, no fundo, eram sinceras demais, precisavam ser denunciadas. Sem perder tempo e se sentindo muito vingado, Matteo fez a única coisa que podia, pegou o celular e fez a denúncia. Logo viaturas bloquearam a frente do estabelecimento e os empregados foram dispensados, enquanto que o Sr. Jones e companhia foram processados por danos morais e abuso de poder. Agora, se ele ganharia o caso era algo a se ver no futuro quando a decisão judicial fosse tomada. 

O problema real apareceu quando Matteo foi solto do interrogatório. Sem dinheiro para o almoço e com a passagem do ônibus contada, decidiu que continuar com seu dia como se nada tivesse acontecido era a melhor das táticas. Se arrastando pelas ruas ao sair da delegacia, Matteo caminhou as poucas quadras se forçando a visitar Diego no centro comunitário, exatamente como ele sempre fazia naquela hora do dia; Matteo se encontraria com Diego na hora do almoço, o único momento onde Diego estava livre para falar com ele e depois iria para casa procurar por outro emprego até que tivesse o suficiente para pagar os custos da faculdade.

Matteo virou a esquina e continuou seu caminho, distraído e tão chateado pelas últimas horas que mal percebeu o que acontecia. Quando viu, mãos lhe puxaram pelas costas e o arrastaram para um beco ali perto enquanto alguém o prensava contra a parede e uma boca se colocava sobre a dele sem sua permissão. E de tão aflito só percebeu que era Diego quando deu um soco no estômago dele e um chute bem-dado em sua virilha.

— Diego Lewis! — Matteo arfou surpreso, irritado, enfurecido. Embora Matteo admitisse que estava um pouco traumatizado com toda aquela experiência, aquele não era o momento ou o lugar certo para fazer esse tipo de coisa. Também admitia que não estava no seu melhor momento, Matteo poderia matar alguém se lhe dessem a motivação certa.

Diego não pareceu ligar para o que ele falava. Gemendo ofegante, Diego se aproximou de Matteo e o segurou pela cintura, falando: — Isso não se faz com um homem, baixinho.

Então, dessa vez, se sentindo culpado e um pouco temeroso pelo que Diego poderia fazer, ou pior, temendo que Diego dissesse algo para seu pai, Matteo deixou que Diego continuasse. Diego o levantou um pouco do chão e ele automaticamente enrolou os braços e pernas ao redor de Diego. 

Diego… ele… Diego não gostava de ser contrariado, sabe? Se as coisas não saíssem exatamente como Diego queria, algo podia explodir ou ser lançado pelos ares. Matteo preferia evitar esse tipo de discussão. Ou outros tipos de reações. Não seria a primeira vez que eles brigariam pela ausência de sexo ou pela ausência de Matteo no geral. Ele não estava pronto e Diego estava. Ele não queria se casar e Diego já tinha comprado as alianças. Matteo definitivamente não queria morar junto com ele enquanto Diego tinha comprado uma casa com direito a berçário e tudo mais o que eles poderiam precisar na visão deturpada de Diego. Matteo nem sabia se queria esse tipo de responsabilidade, mas, ainda assim, esse era ele fazendo uma forcinha pelos pais e por todos os outros que pensavam que logo o casório aconteceria. E talvez… só talvez… não fosse tão ruim assim ter um namorado bonito e gostoso que estava disposto a ficar com alguém tão chato e… antiquado feito ele. Apesar de saber dos erros de Diego, ignorando as pessoas que Diego ficava por trás de suas costas, ele não se importava contanto que todos continuassem satisfeitos.

Matteo ficava se perguntando… quem é que namorava por três anos e não queria fazer sexo? Ou não se importava com traições?

Ele não conseguia explicar, havia algo nisso tudo… algo entre eles que não parecia… certo. Quer dizer, o problema deveria ser ele, não? Diego lhe traía porque ele não conseguia dar aquele último passo, não importava quantas vezes Diego tentasse; Matteo sempre desistia no momento final. Apenas parecia… errado, como se Matteo estivesse prestes a cometer o maior erro de sua vida.

Matteo sentiu um arrepio estranho e incômodo subir por sua coluna quando Diego o segurou com mais força do que o costume e o puxou firme pelos cabelos, sussurrando em seu ouvido:

— Senti tanto a sua falta, baixinho. Onde você esteve que não atendeu o celular?

Ah, talvez ele não estivesse tão desconfortável assim… quer dizer, Diego era sempre gentil demais, sabe? Tão cuidadoso, e esse cuidado todo fazia com que Matteo se sentisse um fraco, como se ele fosse quebrar em mil pedaços a qualquer momento, e Matteo não gostava disso nenhum pouco. Mas quando Diego perdia o controle? O tocando com força e com vontade, sem medo de lhe machucar como se, na verdade, ele quisesse o ferir, mas só um pouquinho, apenas para deixar uma marca nele, exatamente como Diego fazia agora…? Era outra história. Era nessas horas que Matteo diria sim se Diego lhe pedisse. O fato era que se Diego tinha que se forçar a ser bonzinho para tratá-lo bem… Matteo não queria viver com alguém que no fundo fingia ser algo que não era. Não importava o motivo.

— Você está me escutando? — Matteo ouviu novamente uma voz suave ao pé de seu ouvido. Ele se sentiu arrepiar e desistiu de tentar raciocinar.

Matteo queria dizer que não fez de propósito. Ele queria ter respondido à mensagem e as ligações de Diego e mesmo que ele quisesse ter contado tudo o que tinha acontecido imediatamente, não teria conseguido, estava no meio de um interrogatório policial; não que a resposta para isso parecesse ser importante no momento, não para Diego. Ele voltou a beijar Matteo como se esse fosse o único objetivo de sua vida e todo o ar ou pensamentos fugiram para fora da cabeça de ambos.

Aquilo… aquilo era tão errado, bem no meio da rua onde qualquer um que passasse poderia vê-los… Matteo se remexeu e tentou falar, sentindo o ar abandonar seu corpo, desconfortável por outra razão. Bem, talvez ele tenha gemido baixinho, Matteo não saberia dizer, tentado se afastar de Diego só para ser puxado de volta contra sua vontade.

— Qual é o problema? — Diego disse entre suspiros e mordiscadas, a língua dele voltando para dentro da boca de Matteo, massageando a sua e se movendo daquela forma que Matteo mais gostava, o fazendo relaxar mais um pouco, apenas o suficiente para Diego abaixar o zíper das suas calças.

E de novo, ele não tinha o direito de escolha. Diego enfiou os dedos dentro de sua cueca, o fazendo arfar. Entretanto, esse foi o momento onde Matteo ouviu algo, um som estridente que o fez abrir os olhos e perceber o que estavam fazendo. Matteo então desviou a boca dos lábios de Diego, o empurrou pelos ombros e colocou as pernas no chão enquanto fechava o zíper das próprias calças, procurando pelo celular que tocava. Ele definitivamente deveria ter ido para casa em vez de ir até ali há duas quadras do centro comunitário onde crianças e adolescentes vinham em busca de ajuda.

Bem, costumes eram difíceis de serem quebrados.

Matteo enfim se abaixou, abriu o zíper da mochila e encontrou o maldito celular que estava no fundo de um bolso estreito.

— Matteo Rossi? Temos uma vaga para você. — Alguém falou imediatamente, mal lhe deixando atender a ligação.

Era Caren da agência de empregos, sua voz seca e mal-humorada podia ser reconhecida em qualquer lugar. Mal-educada e rude, soava aguda a seus ouvidos.

— Claro. Sobre o que seria?

— Cuidar de duas crianças durante o dia. Com horas extras e direitos trabalhistas.

Com toda certeza seria melhor do que o último emprego. Nisso Matteo podia confiar.

— Pra quando?

— Amanhã às 7h.

— Tudo bem. Devo usar uniforme?

— Não, apenas apareça no horário.

Assim, o telefone foi desligado na cara dele e Diego que estava a seu lado encostado na parede riu, o tocando no rosto e lhe beijando agora suavemente.

— Parece que nossa diversão acabou.

— Você não viu nada. Sabe o que aconteceu hoje? — Diego levantou as sobrancelhas e se inclinou em direção a Matteo, curioso, o que lhe deixou muito aliviado. Ele amava Diego, mas não estava no clima para beijo nenhum.

Nova História! Amor De Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

Matteo desceu do ônibus e parou em frente a um grupo de casas luxuosas, já estranhando o lugar. Ele segurou o celular com força e verificou o endereço que lhe mandaram. Sim, era ali, Rua dos pinheiros… eh… o que parecia estar certo, havia árvores tão altas que pareciam desaparecer entre as nuvens. Ele deu de ombros e andou pela calçada larga, sentindo como se entrasse em um mundo desconhecido ao ver que os tijolos no chão eram pintados de uma cor amarela num tom dourado e fosforescente, se estendendo sem fim por longos quilômetros que mais parecia sair de um conto de fadas conforme as fileiras de residências se perdiam ao horizonte e além.

Ele não podia evitar, se via deslumbrado por aquele lugar; eram os grandes portões que delimitavam as propriedades, as separando por muros ainda mais altos. Árvores gigantes e canteiros menores com flores em diferentes formatos e cores que bloqueavam a visão das outras casas ou do que havia dentro daqueles portões. 

Ele continuou andando e parou em frente ao conjunto que tinha o número 17, onde mais um grande portão de ferro negro subia mais alto do que ele podia ver. Matteo não conseguia expressar como era estranho estar num lugar como aquele, o ambiente era tão quieto e a ausência de qualquer pessoa por ali fazia sua pele se arrepiar. E só para ter certeza, ele verificou mais uma vez se aquele era o endereço correto. Matteo coçou os cabelos, tentado a abrir mais uma vez o e-mail com os dados do contratante, porque aquilo só podia ser um engano; o que ele presenciava não podia ser chamado de casa. Agora que chegava bem perto dos portões, podia ver que era um conjunto de pequenas mansões bonitas e bem estruturadas. Cercas brancas, largos jardins, parques, piscinas, academias e tudo mais o que pudesse ser imaginado, além de seguranças que protegiam o perímetro ao redor da propriedade e nas áreas comuns a todos os moradores.

Parecia que ele de fato tinha entrado em uma realidade paralela, o que era estranho. Matteo sentia que ele não era alguém que aquelas pessoas contratariam para trabalhar ali, alguém sem faculdade, sem qualificações ou indicações profissionais adequadas. Mas já que Matteo estava ali… ele deu de ombros outra vez. Que mal tinha em tentar?

Ele andou até a frente do portão e apertou o interfone:

— Com licença, sou Matteo Rossi. Tenho uma reunião com Sofia Gray na casa 4.

— Sim, bom dia. A Senhorita Gray deixou um recado. — O porteiro solicito e educado, lhe disse. — Ela pede desculpas por não poder recebê-lo pessoalmente. Nós o encaminharemos até o local.

Restou a Matteo agradecer e esperar que os portões se abrissem. 

Ele jurava que estava tentando manter a mente aberta, porém, a coisa mais esquisita aconteceu em seguida. Enquanto parte do portão deslizava para o lado, dois seguranças com o triplo do seu tamanho o olharam de cima a baixo e pararam em sua frente.

— Documentos. São regras do condomínio. — Matteo achou mais estranho ainda, mas tudo bem. Já que ele tinha embarcado nessa loucura, iria até o fim.

Ele abriu o zíper da mochila e entregou a eles sua carteira de habilitação. O mais alto e ruivo pegou o documento de suas mãos e tirou uma prancheta de dentro do posto da guarita, se aproximou, olhou para as informações que tinha e depois pareceu comparar com as informações do documento. 

O mesmo guarda-costas escreveu alguma coisa no papel e entregou o documento e a prancheta para ele, dizendo: — Assine aqui. — Foi tudo o que o ruivo lhe disse antes de Matteo assinar rapidamente e o segurança conferir a assinatura. Quando as informações pareceram bater, o outro segurança que estava ao lado acenou e o guiou até um carro que o esperava em frente a outro portão menor.

Matteo se deixou ser encaminhado até o próximo portão e sentiu vontade de rir; primeiro, esse era algum tipo de prisão luxuosa? E em segundo, por que havia um carrinho de mini golfe ali? O mais interessante era que o carinho até vinha com um motorista particular.

Ainda achando graça, ele entrou no carro, colocou o cinto de segurança e se deparou com um garoto da idade dele, algo entre vinte e vinte e cinco anos, cabelos castanhos, olhos negros e um bonito sorriso largo.

— Primeira vez?

Ele acenou, tentando não demonstrar como tudo aquilo o incomodava e o divertia ao mesmo tempo.

— Não se preocupe, todo mundo fica meio assustado na primeira vez. Qual o seu nome?

— Matteo.

— É um prazer, Matteo. Você pode me chamar de Gabe. Vou te dar uma carona pelo tempo que você ficar por aqui.

— Por quê? Você acha que eu não vou ficar muito tempo?

— Ninguém fica. Não é nada pessoal. Você sabe como são essas pessoas.

— Como elas são?

— Acho que você vai descobrir, não vai?

Assim, quando ele menos percebeu, Gabe parou o carro em frente a casa de número 4. 

Sorrindo todo charmoso com covinhas e dentes brancos, Gabe perguntou: — Eu posso? — E antes que Matteo pudesse responder, Gabe o ajudou a tirar o cinto de segurança, deu a volta no carro e estendeu a mão para ele. 

Por um motivo que Matteo não compreendia, sentiu uma quentura subir por seu pescoço até encontrar suas maçãs do rosto, um sorriso se formando em seus lábios quando a mão de Gabe tocou na sua e mais envergonhado ainda, ele aceitou a ajuda oferecida. 

Matteo desceu do carro e Gabe que estava perto dele o puxou suavemente por um momento, os deixando mais perto ainda, Matteo quase podendo sentir a respiração de Gabe contra seu rosto. Ele observou a forma que Gabe parecia querer se aproximar o resto da distância e pigarreou, enfim dando um passo para trás em direção a casa. Matteo encarou uma última vez os olhos negros de seu mais novo amigo que pareciam brilhar quase maliciosos ao encará-lo e viu o tal sorriso se alargar por algum motivo que Matteo não entendia.

— Não se esqueça, não leve para o lado pessoal. — Ele piscou para Matteo, todo charmoso e deu a volta no carro, entrando no lugar do motorista. 

“Certo. Nada pessoal. Claro.” Matteo pensou consigo mesmo, vendo Gabe se afastar rapidamente pelas ruas do condomínio, arrancando para longe dali. 

Ele se permitiu respirar fundo e encarou a casa de dois andares que era rodeada por um jardim tão extenso que não era possível ver nada além da natureza, alguns carros e mais árvores que cresciam altas com folhagens volumosas. Não restava para Matteo nada além de tentar ignorar a exuberância do lugar, dizendo a si próprio, não era nada demais; esse seria apenas mais um emprego onde ele ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse dinheiro o suficiente para custear seus estudos. Apenas mais um dentre tantos outros. 

Ele deu mais alguns passos em direção à porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza, seguindo o resto do design da casa; tudo muito pálido e em tons pastéis, isso ficando claro até mesmo do lado de fora da casa. Em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto, restando a Matteo respirar fundo mais uma vez, tentando se acalmar. Ele arrumou suas roupas amassadas e segurou na alça da mochila passando a mão nos cabelos, tentando ajeitá-los no reflexo da tela do celular, o que se provou ser inútil. Não havia milagre naquele mundo que o faria se sentir adequado ou bem-vestido, assim, ele se forçou a esperar o mais paciente que alguém como ele poderia.

Não era nada demais, disse a si mesmo mais uma vez. Ele sempre ficava nervoso no primeiro dia e isso nem tinha a ver com os chefes insuportáveis ou abusivos que Matteo já teve o prazer de aturar, não, tudo isso estava impregnado em sua pele não importando para onde ele fosse. Fazia parte de sua condição psicológica.

Impaciente e vencido pela ansiedade, ele tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu bruscamente, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. O homem parecia ter pulado para fora da cama, vestindo apenas calças de moletom cinza e mostrando… mostrando uma trilha de pelos que levava a um certo volume avantajado naquele lugar.

— Sim? — O homem murmurou rouco, seus olhos mal se abrindo e tão sério que Matteo pensou em dar meia volta e escapar daquela situação estranha.

Se sentindo pior ainda, como se alguém revirasse suas entranhas, Matteo manteve seus olhos acima dos ombros do homem seminu e conferiu o celular, verificando novamente o e-mail que a agência tinha enviado.

Casa 4. Empregadora - Sofia Grey.

— Posso falar com a senhora Sofia Grey ?

— Volte no próximo mês. Talvez no próximo ano, sim? Nunca pensei que ela gostasse dos mais novos… — O homem murmurou quietamente como se Matteo não devesse ter escutado, principalmente a última parte, distraído, nem parecendo se importar com a presença dele.

— Senhor…?

— Moore, Derek Moore. — Ele disse de má vontade, bocejando.

— Sr. Moore. — Matteo falou. Ele fez questão de ignorar o que aquele senhor insinuava. — Me avisaram sobre a vaga de cuidador infantil. A agência me enviou aqui.

— Ah.

Derek Moore não agiu como ele esperava. Não, o homem apenas levantou as sobrancelhas e o encarou pela primeira vez parecendo lhe analisar, o dissecando com seus analíticos e intensos olhos verdes, como se tentasse decidir se Matteo valia o seu tempo. O que fez Matteo se sentir ainda mais estranho, querendo se esconder e socar a cara daquele homem ao mesmo tempo.

— Você tem experiência com crianças? — Derek Moore lhe disse, mesmo que não fosse o que o homem pretendia falar. Isso estava nítido para Matteo.

— Cuido dos meus irmãos desde criança. Serve? — Quando Matteo viu que parecia desrespeitoso demais, completou: — O anúncio não exigia especificações.

— Me deixe ver.

Não parecia ter sido um pedido.

— Claro. — Ele deu de ombros, fingindo não se importar com aquele interrogatório todo.

Matteo entregou o celular para o Sr. Moore e se sentiu vitorioso quando o homem não achou nada de errado. Sr. Moore apenas pareceu ler, virou a cabeça para o lado e suspirou fundo, dizendo: — Típico dela.

— Se o senhor quiser posso ir embora. — Afinal, nenhum dinheiro era suficiente para passar aquele tipo de humilhação. Ou o que ainda estava por vir. Matteo nunca tinha certeza do que poderia acontecer.

— A culpa não é sua. Entre.

Sr. Moore deu espaço para que Matteo entrasse e assim a porta se fechou, dando início a algo que ele em hipótese alguma poderia ter previsto.

Nova História! Amor De Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

— A culpa não é sua. Entre.

Sr. Moore deu espaço para Matteo entrar e fechou a porta, logo em seguida caminhou para dentro da casa, o guiando pela câmara de entrada.

Matteo tentou seguir pelo cômodo na velocidade do homem, mas teve que parar por um momento. A primeira coisa que viu foi o branco em seu tom mais puro, vendo que conforme ele andava e seus olhos percorriam o saguão, o branco se misturava a outras tonalidades mais claras e neutras. Ele piscou, olhando ao redor e se perguntou o que mais iria encontrar naquele lugar. As paredes eram brancas e os móveis de uma cor clara, neve pálida, que contrastavam com os quadros bonitos no qual ele nunca poderia reconhecer seu real valor mesmo que o pagassem, decoravam tais paredes intercaladas por grandes janelas que iam até o chão em pontos estratégicos; tudo era tão imaculado, tão limpo e claro que ele teve medo de dar um passo à frente e sujar alguma coisa. Por isso, com o maior cuidado possível, Matteo pisou no tapete branquíssimo que se estendia por toda a entrada e andou o mais rápido que pôde tentando alcançar Sr. Moore que já lhe esperava na entrada para a sala de estar, parecendo impaciente.

E como todo o resto, o chão daquela casa também era de um granito branco que reluzia quase lhe cegando. Ele tinha mencionado a grande escada em caracol que levava ao andar de cima? Era lindo, algo saído de algum conto de fadas. Matteo podia muito bem imaginar uma princesa descendo por aqueles degraus claros e lustrados. Ele escutou um pigarro e enfim desviou o olhar da escada vendo que havia duas portas à direita e uma a esquerda, e o cômodo que ele pensava ser uma pequena sala de estar se abriu ampla mais à direita, bem iluminada pelas grandes janelas que também havia ali mostrando o jardim bem cuidado, com mais paredes brancas, sofás creme, uma mesinha de centro e uma televisão de setenta polegadas presa a parede.

Feito um idiota, ele continuou andando enquanto olhava para os lados e sem querer tropeçou no fim do tapete, parando no início da sala de estar. Já o Sr. Moore, tinha andado a passos confiantes pelo longo corredor, lhe esperando, parecendo a cada minuto mais impaciente agora parado no meio da sala.

— Entre. Por favor. — Sr. Moore lhe disse tão sério quanto antes.

Por algum motivo que Matteo não podia explicar, ele se sentia em conflito, embora… embora soubesse ser um tipo diferente de conflito. Era uma sensação engraçada no pé do estômago que fazia os pelos em sua nuca se arrepiarem, como se… podia parecer ridículo, mas ele sentia ter entrado em uma armadilha de forma que se pisasse em falso seria devorado. Ele admitia, tinha atração por um tipo específico de homem. Alto, forte e… decidido. 

Bem, ele não sabia se “decidido” era a palavra certa, mas Matteo gostava de acreditar nisso. Ele não sabia, talvez fosse toda aquela pele à mostra, a forma que o homem seminu estava parado no meio do cômodo como se não tivesse nada a esconder, a forma que Sr. Moore parecia usar sua altura para exigir… exigir algo dele. Também era o jeito que aqueles olhos que brilhavam intensos pareciam o espreitar, contidos, atentos, tentando comunicar algo que Matteo se negava em compreender.

Também poderia ser aquele lugar gigante e deserto que lhe dava essa impressão de sufocamento, como se ele fosse minúsculo e a vastidão branca fosse engoli-lo naquela casa que parecia ser a perfeita prisão feita de ouro. Ou ainda pior, poderia ser algo inédito, algo que Matteo recusaria até o fim por puro senso de moral; ele odiava essa sensação que subia por sua coluna e lhe deixava mais confuso,  pois, não era justo,  ele estava irritado com o homem há menos de dez minutos e agora, bem… Matteo não podia esconder, era algo que vinha a ele naturalmente; essa sexualidade que tentava enterrar o máximo que pudesse e que era óbvio se ele pudesse comparar, era a semelhança na postura desse homem que o encarava dos pés à cabeça tão intensamente que lhe deixava desconfortável e ao mesmo tempo com vontade. 

Mas tudo estava bem, Matteo podia admitir isso para si mesmo. O único motivo de hesitar tanto era a lembrança do que havia acontecido ontem, era exatamente por conhecer pessoas como esse homem, autoritário e confiante, como se fosse óbvio que os outros viviam para atender seus desejos, que ele tinha perdido o emprego. Matteo não queria que acontecesse a mesma coisa tão rápido. Ou que acontecesse algo pior.

Ah, por que ele não escutou sua intuição e foi embora quando pôde? Quer dizer… ninguém o obrigava a estar ali, certo? Sr. Moore apenas tinha segurado a porta, lhe dando passagem e andado para dentro da casa. Talvez um pouco com a cabeça empinada? Talvez se colocando mais ereto do que antes como se… como se estivesse estufando o peito? E só talvez… só talvez ele pudesse ver um brilho meio sinistro naqueles olhos que por algum motivo Matteo não conseguia desviar a atenção… Não, devia ser coisa da ansiedade que gostava de lhe pregar peças.

Matteo respirou fundo e fez o seu melhor para se convencer, ele fazia esse sacrifício apenas pelo dinheiro. 

Inspirou profundamente, mais uma vez, e deixou o ar sair, dando o primeiro passo para dentro da sala. Depois deu mais um e parou na frente do Sr. Moore que o encarou por mais uns segundos, seu rosto ilegível, braços cruzados em frente ao peito, parado no meio do cômodo com as pernas afastadas. Era difícil impedir seus olhos de seguir a direção natural das coisas.

— Me siga.

Sem esperar por Matteo, Sr. Moore andou a passos largos em direção aos sofás na sala de estar e se sentou pesadamente contra uma das milhares de poltronas que enfeitavam o cômodo, o forçando a ir atrás dele.

— Não vou enrolar. Minha esposa viaja a maior parte do tempo e eu cuido das crianças. Sou pesquisador e não tenho tempo a perder. Elas têm uma rotina. Você deve acordá-la às sete em ponto, trocar elas, me ajudar com o café da manhã, levá-las para a escola, buscá-las, ajudá-las com o dever de casa, mantê-las entretidas até a hora de ir dormir e dar banho nelas no fim do dia. Durante o resto do tempo, eu não me importo com o que você faz. Se você fica aqui ou em outro lugar, não é da minha conta.

— Hmm… tudo bem? — Matteo disse meio confuso, a irritação voltando a subir por seus nervos. — O senhor vai estar presente em algum momento? Ou devo fazer alguma coisa a mais?

— E o que seria isso?

O homem finalmente sorriu para Matteo, mas era algo tão zombador e cínico que ele quase se levantou da cadeira para dar um soco nele.

— Olha, eu não sei o que você faz na casa das outras pessoas, mas aqui você vai fazer o que foi contratado para fazer. Cuidar das crianças e arrumar a bagunça que elas fizerem. Duzentos reais por dia é o suficiente?

— Duzentos reais? — Matteo disse, surpreso. Isso era o dobro do que ele esperava.

— Duzentos reais mais transporte e almoço. Você está livre para comer ou fazer o que quiser.

Sr. Moore deu mais um sorrisinho na direção de Matteo e se espreguiçou lentamente ao se levantar, Matteo observando cada movimento com mais atenção do que o necessário, ainda levemente confuso e se negando a corar. O pior era saber que ele era tão óbvio, não conseguindo evitar o constrangimento.

— Não se preocupe. Acontece com todo mundo. — Sr. Moore piscou para Matteo e enfim se afastou, mas não sem antes falar: — Subindo as escadas, estou no primeiro quarto à direita. As crianças devem ser acordadas em vinte minutos.

Matteo acenou meio zonzo e viu a silhueta dos ombros largos de seu mais novo chefe desaparecer escadas acima.

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Espero que vocês tenham gostado, vou adorar receber um feedback sincero, mas sem pressão. Ficou confuso? Lento demais?

Obrigada por ler!


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6 months ago

sexual attraction: wow I wanna fuck that

romantic attraction: wow I wanna date that

sensual attraction: wow I wanna cuddle that

aesthetic attraction: wow that exists

2 years ago

thinking about why queerbait ships are so popular here and realised that they make really good love stories because they're naturally slow burns. the two people will only get together after a long time, if ever, because the writers don't often want to commit to writing a queer relationship - they'll just pull the classic 'it's up for interpretation'

so since the pairing are 'friends' we get to see their relationship genuinely develop over a longer period of time than the classic 'i've known you for 3 episodes and i want to start dating' because in my opinion at least, that usually feels really forced and fake, whereas friends to lovers or even enemies to lovers is a much better dynamic

and that gets people invested!! the relationship feels complex and real and people are convinced that they're going to get together so of course we keep watching. all the writers need to do is, you know, actually write these things as romances instead of queerbaits that are never intended to be canon

anyway yeah that's my input. yes this is about destiel but also every other vaguely gay queerbait ship that never gets resolved ¯\_(ツ)_/¯


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auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

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