Something I made while dealing with my own stuff and hoping drawing this would pick me up somehow. Maybe it worked.
FT my cat. His name is Mischief
Human: Deal.
Fey: Very well. When you return home tonight, your mother will be in pristine health again. It will be like she never fell ill at all. Even the memory of her suffering will fade…
Human: Thank you so much. She means everything to me.
Fey: I know, I know. Let’s hope the price wasn’t too much for you after all… Only time will tell.
Human: So, when do we start?
Fey: …If I may ask you to elaborate?
Human: You said you wanted my firstborn.
Fey: Yes? And you agreed?
Human: Yeah, so, when do we start?
Fey:
Fey, blushing: Ah.
So I have read several people complaining that they can't be expected to know the "unwritten rules" of fandom. So here's what I wish people knew:
Fanfiction is fiction.
Fictional people are not real.
Fictional people do not have rights.
Fictional people cannot be abused.
Reading or writing about something does not mean the desire to do or support it in the real world.
If I find art upsetting/triggering/disgusting/outraging/unpleasant/squicky/distressing/offensive, it is on me not to read it, not the creators and hosts to remove it.
Curate your own experience. The back buttons exist for a reason.
If you don't trust yourself to do that, get someone you trust to do it for you.
Fandom is an adult space. Adults create and own and host fandom spaces. If minors want to participate, then the onus is on them and their parents/guardians/trusted adults to ensure they participate appropriately, not on strange adults to stop being adults.
You often don't know the assault status or mental health status or neurotype or race or nationality or religion or gender or sexuality or age of a creator or consumer, and they do not have to disclose to you to justify their fantasy.
AO3 is not a safe space. It is not intended to be a safe space. Proceed accordingly.
Just because you don't like something or find it offensive doesn't mean it is a "problem" that "has to be dealt with".
Most characters in anime are not white.
There is no onus on you to reblog or share anything.
Everyone makes mistakes in fandom and is less than their best self sometimes.
Persistent pseudonyms encourage long term relationships.
Ship wars are stupid.
Someone else enjoying things does not impact on your own enjoyment of other things.
Tagging and warning is a courtesy, not a requirement. Assume any fic might contain untagged content.
Rating is an imprecise art, not a science.
Don't hassle IP creators.
Most people who are in fandom are hoping to make connections based on a shared passion.
Trying to profit from transformative fanworks puts us all at risk.
No one is obligated to share your head canon or fanon.
Being kind rarely fails to pay off.
It is okay to block and remove people who make your experience unpleasant. You don't have to placate them. (Learn from my mistakes).
Britpicking is a good thing.
You don't have to justify why you like a canon/pairing/trope/kink. Sometimes navel gazing is fun, but you don't have an obligation to explain yourself, especially to strangers. I share the overwhelming desire to refute an unfair accusation, but the people accusing you are rarely doing so in good faith, so you're batting a losing wicket.
I'm not your Mum. (Well, okay, a very few of you can call me Mum or Mom, but if you are one of them you already know who you are ❤️)
If you aren't mature enough to take responsibility for your online experiences, you aren't mature enough to be in fandom spaces.
Olha quem voltou nesse fim de semana? Consegui escrever mais um capítulo, completando mais de 10 mil palavras nessa semana! Agora eu entendo que diz que conseguie escrever uma história em um mês. Estou muito orgulhosa de mim mesma. Acho que reencontrei minha motivalção^^
Pra quem está perdido, esse é o quarto nesse semana. Então, vale a pena voltar alguns post e ler os capítulos. Mas não se preocupem, estou montado um blog melhor e logo ele estará no ar. Para quem estava com saudade tem um +18 na ultima cena, ok? Espero que vocês gostem, fiz o melhor para melhorar a escrita dessa vez.
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX
Percy sentia que tinha voltado no tempo. Se lembrava como se fosse ontem, os longos dias tortuosos e os sussurros por onde quer que ele fosse; a vontade de sumir também estava ali, a desconexão com a realidade, como se ninguém fosse capaz de quebrar sua bolha de autoflagelo e depressão, sentindo o vazio que o atingia quando ele menos esperava, o sentimento de inadequação lhe dizendo que ele sempre seria aquele garoto solitário e violento que não merecia o que tinha ou o amor alheio. No fim, não importava o quanto ele se sentisse distante da realidade e despreparado para lidar com a vida, o tempo não esperava por ninguém; quando Percy piscou, eles já estavam no fim do primeiro bimestre do ano, o que o levava a aquele exato momento, mal conseguindo se focar no que estava bem em frente a seu rosto. Um teste surpresa, um pedaço de papel que lhe diria se ele tinha chances de passar nas primeiras avaliações.
— Per? — Nico sussurrou do seu lado, ainda escrevendo. — Você não estudou nada, estudou?
Alguém poderia culpá-lo? A culpa ainda o comia por dentro, o paralisando, lutando contra a ânsia de fazer exatamente o contrário do que sua consciência lhe pedia. Nico ficar perto dele vinte e quatro horas por dia não estava ajudando, o fazendo querer quebrar aquela bolha de angústia e ao mesmo tempo, tentado a ficar exatamente onde estava apenas para não ter que tomar alguma decisão. Ele ainda acordava no meio da noite tenso e sem se lembrar o porquê, sendo forçado a sair da cama para se acalmar ou tomar um ar fresco no rosto. Porque ele tinha que--
— Não se preocupe, a gente vai dar um jeito nisso. — Nico tocou em seu ombro e mostrou a ele um dos sorrisos mais doces que ele já tinha visto, o fazendo relaxar imediatamente e sentia que havia uma luz no fim do túnel. Ele observou Nico pegar ambas as suas folhas de respostas, andar até o professor e as entregar a ele, que sorriu todo charmoso para Nico.
Não, ele não iria por esse caminho. Era por isso que Percy tinha se metido nesses problemas. Estava comprometido, ele seria uma pessoa melhor nem que morresse tentando. Por isso, Percy guardou suas coisas na bolsa e respirou fundo, contando até trinta.
1… 2… 3… 4… 5… 6… 7--
— Vamos?
Percy olhou para cima e ali estava Nico, doce e sorridente, estendendo as mãos para ele. O medo de preocupar Nico era a única coisa o mantendo de pé no momento, se alguém lhe desse um peteleco Percy desmoronaria imediatamente; ele não conseguia aceitar o fato que… que no fim ele era o monstro que as pessoas o acusavam de ser. Se sentindo no automático, Percy pegou suas bolsas e segurou na mão que Nico oferecia, mal percebendo a expressão decepcionada no rosto do professor. Geralmente ele gostava dessa aula e não precisaria de muito para tirar uma nota alta, mas o que ele podia fazer se sua obsessão estava bem a seu lado, querendo sua atenção? O ruim era saber que ele se afundaria nessa obsessão se o mundo ao redor deles não estivesse pronto para lembrá-lo do equívoco que isso seria. Às vezes, Percy se perguntava se o que sentia era amor ou era apenas co-dependência, uma muleta para ajudá-lo a lidar com os problemas e traumas que nem o melhor psiquiatra poderia remediar.
— Tá tudo bem? Você precisa de um tempo?
Eles tinham se tornado mestres em criar barreiras que antes não estavam lá, barreiras inúteis e cruéis que só serviam para machucar a ambos. Se Percy fosse sincero, diria que era exatamente o que precisava, embora isso não faria nada melhorar. A saudade só aumentaria, a dor no peito se alastrava e ele sentimento ruim em seu estômago tomava mais força, o fazendo agir impulsivamente. O treino de basquete seria uma boa desculpa para esse tempo se o treinador não o tivesse proibido de praticar até que ele conseguisse se concentrar no jogo.
— Você quer vir comigo pra prática de banda? Nós vamos tocar no baile.
Delicadamente, Nico segurou em seu braço com as duas mãos e beijou seu rosto, o fazendo esquecer de sua angústia interior por um momento e aquecendo o vazio em seu corpo. — Vamos, vai ser legal. Você pode participar se quiser.
— Eu não trouxe meu violão.
— O professor pode emprestar.
— Eu não sei… — Afinal, tinha um motivo dele não participar da prática em grupo.
— Andei pensando no que você disse… que eu não tenho muitos interesses. Você estava certo.
— Eu estava? — Era bom saber que tinha feito algo de bom.
— Em Verona, eu saia com meus amigos, desenhava, tocava e cantava, escrevia e cozinhava todos os dias com minha nona e meus primos. Eu só… sinto que não preciso fazer todas essas coisas quando estou com você. Mas agora eu entendo o problema nisso.
Bem, esse era exatamente o problema. Eles eram um casal de obsessivos, compulsivos e obcecados um pelo outro. Era difícil enxergar o resto do mundo quando a pessoa que ele mais amava estava tão perto, mas que por esse motivo era tão errado querer essas coisas, e que suas vontades se tornavam tão intensas que tudo acabava ficando um tanto tóxico. Percy queria dizer tudo isso para Nico, mas se dissesse, iria incentivá-lo a permanecer junto com ele nessa bolha intensa e traumática que eles tinham criado.
— Que bom que você entende.
— Exatamente por isso, quero te mostrar uma coisa. Vem comigo?
Ele faria tudo o que Nico pedisse. Felizmente, Nico era bondoso demais para exigir algo dele, ou esse era o caso geralmente. Então, quando Nico pedia, Percy ficaria feliz em conceder. Ele segurou mais uma vez na mão Nico e eles foram em direção ao departamento de música, deixando que Nico o guiasse pela primeira vez na vida. Talvez fosse uma boa mudança para eles.
***
— Nico, onde você esteve esses dias? A gente não conseguiu te encontrar em lugar nenhum!
Percy agora se lembrava porque não gostava de vir nas práticas de banda. Porque, quem tinha se levantado e corrido em direção a eles era Lou Ellen, a defensora mais fervorosa dos indefesos e oprimidos, e de acordo com ela, Percy era um daqueles que oprimia outras pessoas.
Lou parou na frente deles e cruzou os braços, olhando de cima a baixo. Percy escolheu fingir que não tinha visto, essa era mais uma integrante do seu ex-fan clube. Ele pode ou não ter se envolvido com ela, ele pode ou não ter usado e depois jogado fora. Não era sua culpa se as pessoas colocavam expectativas nele quando Percy não havia lhes prometido nada, nem amor ou sequer amizade. No fim, as pessoas acreditavam no que elas quisessem, mas não seria ele que afagaria o ego delas.
— Já entendi. Porque você trouxe esse psicopata aqui? — Ela murmurou, como se tivesse comido algo azedo, e se virou para Nico. — Nico! A gente está atrasado. Você conseguiu a música?
— Melhor ainda, eu escrevi uma. — Nico, como o anjo que ele era, ignorou o que ela tinha dito e segurou firme em sua mão; Nico sabia muito bem o que Percy realmente gostaria de estar fazendo.
Imediatamente, o rosto de Lou Ellen se transformou em um piscar de olhos, de carrancuda para esfuziante.
— Perfeito! Você vai mostrar pra gente?
Lou não havia dado tempo para Nico responder, ela o puxou e Percy não teve alternativa senão os seguir para dentro do auditório de música onde menos de dez adolescentes os esperavam. Ele se lembrava em algum ponto do passado estar entre eles, ele devia ter o quê? Doze anos? Mas como a música sempre tinha sido algo que Nico gostava, Percy preferiu se concentrar em outras coisas, como esportes, algo que poderia lhe dar um futuro mais promissor.
Percy não disse nada e nem cumprimentou ninguém, ele seguiu Nico até o centro do palanque e observou de longe. Nico pegou um violão que a escola disponibilizava e se sentou no chão, onde as outras pessoas se aproximaram e sentaram em volta de Nico, olhando para ele com admiração e algo a mais que ele preferia não questionar. Sinceramente? Percy não poderia culpá-los, Nico ficava ainda mais bonito com um violão no colo e olhar de contemplação enquanto dedilhava algumas notas nos fios do violão, sua voz doce e aveludada vindo logo a seguir, ecoando pelo ambiente, palavras e notas que Percy não reconhecia, mas que também não se esforçava para prestar atenção em seus significados, preferindo deixar que a música o rodeasse feito uma doce carícia que insistia em ir embora apenas para deixá-lo pulsando e querendo mais.
Ele não resistiu, colocou suas bolsas em um canto da sala e se aproximou de Nico, sentando diretamente a seu lado e colocando uma de suas mãos nas costas de Nico.
Nico meramente virou o rosto em sua direção e continuou cantando, talvez em um tom um pouco mais baixo, um pouco mais íntimo, como se aquelas palavras fossem destinadas para ele e a ninguém mais. Nico sorriu, tranquilo, e enfim quando a canção chegou a seu final, o som do violão ecoou por mais alguns momento, o fazendo acordar com seu final. Olhando somente para ele, Nico perguntou numa voz baixinha:
— Você gostou?
— Ficou muito bom. — Porque era verdade. Mesmo que ele não tenha prestado atenção nas palavras, a música por si mesma falava o suficiente. — Como ela se chama?
— Não há lugar como o lar.
As pessoas ao redor aplaudiram, roubando a atenção de Nico que agradeceu, fazendo algo dentro de Percy se enfurecer. Quem elas pensavam que eram!?
— Nico, a gente gravou. Tudo bem? — Lou disse de algum lugar na plateia. — Ficou perfeito. Posso compartilhar com os outros?
— Eu… já coloquei online? Posso colocar no grupo? — Nico disse incerto. Claro, Percy pensou, como se eles fossem negar quando as pessoas por ali pareciam adorá-lo.
— Isso é ótimo. — Lou disse de novo, animada.
— Excelente, Nico. Obrigada por compartilhar conosco algo tão pessoal. Podemos usá-la para um exercício? — Euterpe, a professora de música, o parabenizou. Quando Nico acenou, ela continuou. — Para a próxima aula quero que vocês criem um arranjo para a banda. Regravem a música e também tragam sugestões de outras canções para apresentarmos no baile.
Com isso o auditório explodiu em atividade, as pessoas se organizaram em dois ou três grupos enquanto os dois continuaram onde estavam, inclinados um na direção do outro, ainda com Nico segurando o violão e com Percy segurando na cintura de Nico.
— Você quer tocar?
Percy aceitou o instrumento quando Nico ofereceu para ele, embora ele tenha hesitado por um momento. Faziam um tempo que não segurava em um violão, tempo o suficiente para quase o fazer esquecer como posicionar os dedos. Mas é como dizem, tem coisas na vida que nunca se esquece e foi isso o que aconteceu quando a primeira nota soou, limpa e firme em seu dedos, os exercícios de dedilhado voltando com tudo, o fazendo lembrar das longas horas nesse mesmo auditório, uma das poucas coisas que o manteve em contato com a realidade quando Nico tinha ido embora. Uma das milhares muletas que ele carregava pela vida, mas que o mantinham em pé. Então, ele se deixou levar, abaixou a cabeça e permitiu relembrar, sentiu seus dedos voarem pelas cordas e permitiu que uma estranha calmaria o tomasse. E por longos minutos foi tudo o que ele escutou, sua respiração e a sequência de notas rápidas, isso é, até que sua sequência chegou ao fim e ele se viu abraçado por Nico.
— Isso foi muito bonito. Porque você não me disse que podia tocar desse jeito? — Nico disse calmamente, não como se exigisse algo e sim como se tivesse ganhado um presente valioso.
— Eu estava ocupado com o basquete. E com o drama adolescente.
Bem, Percy nunca foi muito bom com piadas. Então, ele não se surpreendeu com a atitude de Nico que apenas beijou em seu rosto e encostou a cabeça em seu ombro.
— Toca mais. Todos gostaram.
Todos?
Percy olhou ao redor do auditório e viu que as pessoas de fato estavam o observando em silêncio sem o usual escárnio. E ele podia jurar que tinha menos pessoas na sala.
— O que você quer escutar?
— Uma balada romântica.
Foi o que ele fez, as notas saindo mais lentas e simples. Imagine sua surpresa ao ouvir as pessoas cantando com Nico, batendo palmas e se balançando. Bem, o que ele podia fazer? Talvez nem tudo estivesse perdido.
***
— Desculpa. — Percy disse, admitindo a derrota. Às vezes, ele se esquecia que Nico não podia adivinhar o que ele pensava e que se ele quisesse que o relacionamento deles funcionasse como deveria, Nico não era o único que precisava ser sincero.
— Você não fez nada errado.
Tinham se passado alguns dias, mas aquele momento na sala de música tinha ficado em sua mente. Percy sabia que tinha a tendência de se perder em seus próprios pensamentos, imaginando que o mundo inteiro estava contra ele, quando na verdade, ninguém se importava, fofocas eram passageiras, coisas que não teriam efeito algum em sua vida e nem todos tinham algo ruim para falar dele. Nico era o lembrete disso, que ele ainda tinha uma família, amigos e alguém que estaria do seu lado incondicionalmente.
Para retribuir todo o esforço que Nico estava fazendo, Percy tinha se sentado ao lado de Nico no sofá de casa e o abraçado bem forte, o puxando para seu colo. Ele o beijou também, mas não os selinhos inocentes que eles tinham se acostumado nas últimas semanas, e sim bocas abertas e línguas se entrelaçando, que fez Nico gemer, estatelado e surpreso entre seus braços.
— O que foi isso? — Nico arfou, ainda em seu colo, se segurando em seu pescoço.
— Obrigado por ser paciente.
Nico piscou lentamente para ele, suas maçãs do rosto coradas, respiração rápida, um volume óbvio em suas calças. Percy sabia que esse era Nico tentando raciocinar no meio da excitação que de forma repentina invadia seu cérebro.
— Você sabe que eu te amo, não sabe?
— Eu sei.
— O sexo… ele não é importante. Você é o meu melhor amigo, meu companheiro.
— Nico.
— Eu poderia ficar sem sexo pelo resto da vida, mas eu nunca quero ficar sem você. Eu posso esperar.
— Eu sinto muito. — E Percy realmente sentia, principalmente vendo a frustração no rosto angelical de Nico, vendo que Nico estava pronto para implorar com o menor sinal positivo.
A verdade é que o celibato não era para ele. Era uma tortura a cada dia que ele não tocava em Nico, tinha medo que se Percy se deixasse levar, voltaria aos mesmo habitos ruins. Embora ele venha se questionando se tudo aquilo era errado ou se estava tudo dentro de sua cabeça devido a culpa de não ter prestado mais atenção no que acontecia com Nico.
— Chega. Eu não quero te ver assim. Não quero ouvir que você sente muito e que vai mudar. Eu não que você mude, quer dizer… você não precisa fazer todas essas coisas.
Nico estava quase fazendo um biquinho zangado, era lindo de se observar enquanto Nico tentava transmitir seriedade. Nico continuava tentando com tanto esforço ter certeza que ele estava bem que Percy sentia vontade de fazer alguma loucura; podia ser qualquer coisa. Mas o que ele realmente tinha vontade de fazer era jogar Nico na cama e fazê-lo esquecer a preocupação estampada em seu rosto. Talvez ele devesse? Só para ver se conseguia se controlar?
— Eu entendo. Não vou me desculpar de novo.
— Não vai? — Nico inclinou a cabeça para o lado, feito um cachorinho confuso, e isso fez Percy sorrir. Ele segurou Nico pelos cabelos e o beijou mais uma vez, sentindo Nico derreter contra seu peito.
— Você merece uma recompensa. Sabe porquê?
— Porque? — Nico gemeu, se remexendo em seu colo.
— Porque bons garotos merecem o melhor.
— Eu sou…? Um bom garoto?
— O melhor.
Percy sentia como se estivesse numa degustação do seu restaurante favorito. Ele olhou um momento para o rosto em fogo de Nico e se permitiu finalmente fazer o que queria. Lentamente, para ver o que Nico iria fazer, ele tirou sua mão da cintura de Nico e a levou para a virilha do garoto, o tocando delicadamente por cima da calça jeans. Feito uma flor, Nico afastou as pernas e tirou as mãos do caminho, levantando os olhos para onde as mãos de Percy estavam indo, gemendo suavemente quando ele finalmente cobriu seu membro por cima da roupa.
— Tudo bem se eu fizer isso? — Percy perguntou, parando seus movimentos.
— Sim, por favor. — E em seguida, como um pensamento atrasado, disse: — Obrigado!
— Hmm, bom garoto.
Então, como ele havia prometido, abriu o botão das calças de Nico e abaixou o viper, vendo o pequeno volume sobre a cueca. Ainda mais devagar ainda, Percy massageou o membro por alguns momentos e o puxou para fora da cueca. Ele não podia negar, Nico era lindo em todos os lugares; a pele morena, a voz doce, o corpo macio. Ali em baixo ele também era tudo isso, o membro que cabia em sua mão, a cabeça avermelhada e molhada bem na pontinha, os pelos ralos e bem aparados na base. Ele sentia vontade de devorá-lo e só para quando Nico virasse um possa de prazer sobre suas mãos, rendido a seus pés.
Mas, hoje não, hoje ele levaria tudo o mais calmamente que ele pudesse.
— Por favor! — Nico choramingou, lágrimas surgindo em seus olhos.
Percy fechou os olhos por um momento e se concentrou em sua respiração. Era aquela sensação pesada no fundo de seu estômago que o tomava novamente, aquela voz possessiva e controladora lhe dizendo que se Nico era seu e estava se oferecendo assim para ele, Percy poderia fazia o que bem entendesse.
— Está tudo bem, querido. — Percy murmurou, mal reconhecendo a própria voz, ouvindo Nico gemer. Ele hesitou apenas um momento para prestar atenção na reação de Nico.
Ah, seu doce Nico. Ele o encarava com alguns olhos dilatados, implorando, demonstrando tanta confiança nele que Percy teve que se mexer. A mão que estava perto da virilha de Nico enfim encontrou seu caminho e envolveu o membro pulsante. Ele quase tinha esquecido a sensação de tocar em um lugar tão íntimo de outra pessoa. Percy testou as águas segurando em volta de Nico e depois roçou um de seus dedos na pontinha, recolhendo o pre-gozo e o trazendo para baixo, dedilhando a extensão para voltar a envolvê-lo por completo, aplicando um pouco de pressão.
— Assim? — Ele perguntou.
Bem, Nico não o respondeu exatamente, mas a forma que Nico estava apoiado contra seu peito, gemendo sem pudor, deveria ser um bom indício.
De repente, Percy se sentia curioso. Depois de tanto tempo sentia que tinha esquecido a forma do corpo de Nico. Ele usou sua outra mão e envolveu o baixo ventre de Nico, acariciando sua barriga. Subiu mais um pouco e encontrou seu abdômen, suas costelas e peito, tocando nos mamilos duros, onde ele se demorou por alguns instantes.
— Percy! — Ele ouviu Nico choramingar, se roçando contra ele.
— Eu sei. Estou te torturando.
Mantendo Nico preso contra seu peito, costas contra ombros, Percy continuou sua exploração, indo para baixo e voltando a massagear entre as pernas de Nico.
— Será que você podia… mais para baixo? — Então, Nico murmurou, todo dócil e obediente.
— Aqui? — Seus dedos curiosos fizeram o que Nico pediu, passando pelos testículos e encontrando a entrada de Nico. Um leve toque lhe disse o que Nico queria.
— Você anda se divertindo sem mim, hmm?
— Eu não sabia se… quando… ah…
Bem, ele ainda estava curioso. Devagar, Percy roçou um de seus dedos e logo Nico se abriu feito uma flor. E mesmo a seco, seu dedo entrou, quase sem resistência, indo até o final. Percy podia apostar que enquanto ele tentava dar um tempo para Nico pensar, Nico estava se divertindo sem ele.
— É isso o que você fazia quando eu não estava olhando?
Ele tentou colocar outro dedo e o surpreendendo, o dedo entrou quase sem resistência novamente. Nico se curvou todo de uma forma que parecia dolorosa e gritou a pleno pulmões: — É tudo sua culpa! Eu tentei… tentei… não é a mesma coisa!
Ah, isso o fazia querer… não! Não hoje. Hoje, ele se conformaria em tocar e observar, quem sabe em alguns dias Percy se sentiria forte o suficiente para avançar. Então, ele fez o que Nico tão desesperadamente pedia para que ele visse. Observou o membro de Nico pulsar, sem nada o tocar, enquanto que continuava a massagear o interior dele, movendo seus dedos devagar ao redor, os abrindo muito delicadamente até encontrar o lugar certo. Nico gemeu longamente, curvando a coluna e como mágica, viu Nico expelindo, jato atrás de jato, sem tocar em qualquer outro lugar.
— Eu te odeio! — Nico grunhiu quando enfim desabou contra seu peito, uma expressão de exaustão e êxtase ainda estampado em suas feições.
Bem, Percy acreditava em Nico. Às vezes, ele também se odiava um pouco, principalmente quando tinha que se controlar dessa forma.
— Eu também te amo.
Percy continuou segurando Nico contra seu peito e só se moveu quando teve certeza que Nico não continuaria o odiando.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
E então, divertido? Estou gostando bastante de abordar esse lado psicologico deles. Espero que o assunto não esteja muito pesado. Provavelmente na segunda tenha mais capitulos, se não tiver vai a versão em inglês.
Comentarios são sempre bem-vindos e me fazem escrever mais rapido ainda, o que se tornou verdade^^ Obrigada a todos que tiram um tempo para apoiar o blog.
Oii, como vai? Eu gostaria de avisar que a partir de agora vou estar mais presente por aqui. Vou começar a reblogar algumas coisas, que podem ser polêmicas ou não, e vou começar a fazer alguns textos sobre escrita e formas de escrever. Já que esse é meu blog pessoal, vou usá-lo para isso. Tipo, eu tenho um blog de dicas de escrita, assim vou usar esse espaço para discorrer sobre o que eu aprender e outras coisas. Espero que as coisas não fiquem muito confusas.
Hi, how are you? I'd like to let you know that from now on I'm going to be more present here. I'm going to start reblogging some things, which may or may not be polemic, and I'm going to start writing some texts about writing and ways of writing. Since this is my personal blog, I'm going to use it for that. Like, I have a writing tips blog, so I'm going to use this space to talk about what I learn and other things. I hope things don't get too confusing.
Hi, how are you? Yes, here I am with another story. The problem is that a little accident happened and I deleted about 100 gb of data from my computer, exactly where my stories were. The good news is that I had my most recent stories saved on google drive. Did I lose some things? A lot. I've been through the anger and frustration stage and now I'm at acceptance. And since I wanted to take my mind off it, I decided to review this story. Well… it doesn't have a very elaborate plot and it's super fetishized, but it's fun. I hope you enjoy it. From now on my posts will be bi-lingual, ok? The Portuguese version is in the second part of the text.
I don't have a cover for the English version yet, but I do have a summary!
“In a world where people are divided between submissives and dominants, Nico is forced to fulfill the mandatory service, unless he wants to be arrested and collared like the thousands of submissives he sees around the city.
#Nicercy #Pernico #Percico #Dom!Nico #Sub!Percy #role reversal”
PS: I was able to make the cover. Something very simple
Soooo.... this fanfic will be very smutt, ok? Just to let you know.
"That's right." One of the girls said to me.
"Like this?" I said and went back to sucking the man's cock, who was lying against the couch. I didn't think I was doing a good job, because all I had done so far was suck the fat head and lick whenever more pre-cum came out. It wasn't as bitter as I thought it would be and even less was a hard sore. But since the guy hadn't stopped moaning until now, I must have been doing it right.
"Now, you have to press your lips more together."
"Hmmm?" I murmured, looking for approval. I did as they asked and sealed my lips around the limb, going down just a little more so I could suck the entire head.
The guy practically threw himself off the couch, groaning as if he was in pain.
"Very good. Don't forget to hold on to the base, okay? Always be in control if you don't want them to take it away from you. Because they will take advantage of the opportunity."
I lifted my head for air and looked at them, staying true to my role as an innocent beginner.
"What's the easiest way to make them cum?"
"The testicles." Both girls said, looking at each other as they laughed." They're very sensitive, you know? A little tug can mean a lot of pain or a lot of pleasure."
"How?" I wanted to know, even though I already knew.
"Like this."
One of them, I think it was Roberta, said. She took one of her well-manicured hands to the large balls of the man in front of us, who was serving as a guinea pig, and touched him gently. She gave a slight tug and the man opened his legs wider and threw his head back, his member twitching all over, more precum slowly running down his length.
"Now, if you do that…" That's when she grabbed his balls with determination, holding them down and pulling them. The man screamed so loudly that it seemed like he was being murdered. Even so, he remained erect and excited, all obedient, panting, as if he was in a marathon.
"See? Now it's your turn."
"I don't think I can." It wasn't what a dominant should be doing, none of it was. After all, I hadn't even talked to this submissive, it wasn't right to touch something that didn't belong to me.
"Yes, you can."
"Why don't you try… kissing them?" One of them suggested.
"Kiss? Can I?" I looked at the submissive, all sprawled out in the chair looking out of breath. He was all rapid breathing and squinting, trying to keep still.
"You can do whatever you want, as long as you make it clear who's in charge."
"I'm not sure." Or maybe, I didn't want to.
"Come on, just this once. We won't make you do it again."
I looked at the man who seemed about to explode, his expression somewhere between extreme pleasure and extreme pain, making me even more uncomfortable. Because, again, this submissive wasn't mine; it was almost disrespectful. And I still didn't know if I wanted to have another sub after so long.
"Can I make him cum, then?" To get it over with? I thought annoyed.
The girls looked at each other and shrugged, Karla speaking this time:
"I think it's okay. He hasn't cum in over three months and we promised we'd let him."
"Three months?" I couldn’t believe what I was hearing. Not because it was hard to believe, but because… it seemed like things hadn’t changed at all.
"Yes, Nico. He's a masochistic submissive. He likes it and agreed to be here. Percy knew perfectly well what would happen."
"Do you think we force them to kneel at our feet? They do it of their own free will." Roberta said.
"Then, make it count. He won't cum for a lot longer than that."
"Are you sure about that? I guess I'm not the most indi--"
"Percy, tell him."
"I… please, ma'am… sir… I… I need it."
"Yes, good boy. I love to see you begging." Roberta stood up and walked towards Percy, massaging his hair like a loving mother would.
Percy, more than six feet tall and with well-build muscles, sighed and rubbed himself against the offered hand, as if it were the best gift in the world.
To me, this sounded like neediness and an abandonment complex.
"See. It's your choice, Nico. After all, you'll be taking care of him for as long as you're here. Percy is very good at following orders and adapts quickly to different people. Whether he comes today or in two months' time is your decision."
"Mine? So soon? You can't--"
"I thought you wanted to do that. And what better way to learn than by doing?"
I looked at Percy and saw that all this time he had kept his hands behind the chair, completely naked and submissive, without making a peep other than to give a moan or a plea, and without looking directly at us unless explicitly ordered. Now, Percy was looking at me with his head lowered, in a position of respect, but he was still looking at me through his eyelashes.
Was I really supposed to be there? Was I good enough to keep anyone satisfied after all this time?
"So, how is it going to be? Will he cum or not?" Was Roberta's last warning.
I took a deep breath and reached out my hands. Slowly, as slowly as I could, I touched Percy's large, swollen testicles, and began rolling them between my fingers.
I gasped in amazement and watched Percy shudder and then relax against the couch, letting out a soft moan. It had been a long time since I had approached another person for this purpose, and not even when I had a sub had I allowed myself to do this. Never. It would not be seen with good eyes if a dominant tried to please a submissive. A dominant's duty was to control and be pleased, while a submissive's was to obey and satisfy his master, without any deviation or anything in between. Now, no one had explained to me why things were like this, I only knew that for a submissive, pain was part of the package, while pleasure rarely was. At least, that was according to what I had been taught.
Just to test it out, I held his balls in one hand and pulled them down slowly, watching the expression on Percy's face change from pleasure to something… empty. I swore, instead of seeing pain there, all I saw was Percy's pure surrender.
Percy stretched out and gasped, curling his toes, but when I massaged him again as gently as before, loosening them, the most extraordinary thing happened. Percy groaned softly and long, arching his spine, his member twitching for the last time, while string after string of thick, yellowish liquid came out of the fat, reddish head, running down his toned thighs and defined abdomen.
It was so sudden that I snatched my hands away from him, jumping back. I watched Percy writhe around, grunting and sniffling, tears welling in his swollen eyes until finally the member in question stilled and fell still, still fully erect, against Percy's abdomen.
"Oh, magnificent!" Roberta exclaimed, satisfied, clapping her hands. "You just ruined an orgasm. How do you feel?"
The strange thing was that Roberta asked me this and not Percy, who was still moaning softly, his member throbbing again, right in front of us.
"How do I feel? Shouldn't it be Percy--"
"Don't worry about it." Roberta said, smiling sweetly.
"But he's still hard!"
"Oh, it's just a small detail." Roberta said and Carla agreed."Now that he's had his orgasm, back to the cage."
"Cage? You mean…" That torture instrument? I meant to say to her.
"Chas-ti-ty." Carla said, spelling it out. "He’s the most obedient when he’s denied. You won’t have any problems with him. Unless you want to have some fun. Just don’t let him cum too often."
I crossed my arms and looked at them. Roberta and Carla were watching Percy with affectionate looks. Then I looked at Percy who had his eyes closed, already calming down, looking tired and… satisfied? No, the best description was content. Yes, frustratingly content.
"Thank you, ladies, sir."
“Good boy,” Roberta said. She walked around the room and stopped next to Percy again, stroking his hair as she turned to me. “You know, he’s a very lonely man. Most of the time, all he needs is some affection and a little attention. When things start to get too frustrating, a spanking or a scene will do the trick. Once or twice a month, a good fuck is essential.”
"How? And why?" I had to ask.
"Percy comes to us to… release this aggression he has. It's cathartic for him. Sometimes you're going to have to be firm and strict. The more he fights, the firmer you're going to have to be. But that's only going to happen if you don't give him what he needs."
"How could I know that? It's ridiculous!"
"He is a vocal person. If he needs something, he will ask you. It can be with gestures or words, it is very difficult not to understand. If you have any questions, you can come to us."
"Are you sure I'm the best person for this?"
"Yes. You are gentle, but firm when necessary. The authority Percy needs."
"And why not one of you two?"
"We already have our toys. We were just teaching him until we found the perfect one."
"Am I that person?"
"We didn't choose you, although we think you're a good match."
"Percy chose." Carla finished Roberta's speech.
"Percy choose?"
I had to look at Percy slouching against the chair after that. He was now flushing all over, looking anywhere but at me.
"Hmm." I murmured, maybe starting to get interested. "I guess that's okay. I just…"
"You…?"
"I don't promise anything. I'll try, but if it doesn't work out… don't blame me."
"No one will do that. Here, we are a family. It may not seem like it, but we are."
"I know. I didn't mean to offend you."
"You don't offend." Carla said.
"Well, then. Welcome to our family. This is the key to your house. Make yourself comfortable and then tell us what you think. Percy is already settled in, so if there are any problems, contact us, okay?"
Tired of arguing, I nodded and accepted the leash that was attached to Percy's leash. It was made of leather, a thin, black strip that connected to the collar Percy wore, an equally heavy black leather collar, that wrapped around Percy's neck just like hands would, keeping him in place like a dog with a muzzle.
So we both stood up, me from the super soft cushion, and Percy from the leather couch. But when I stood up, I wasn't prepared for what happened. Percy, the one who was supposed to be the soft and vulnerable submissive, stood up with me, easily over four inches taller than me. The funny thing is, I didn't feel smaller than him, and if I wasn't seeing myself, Percy could have been the smallest of them all judging by his attitude. Percy was hunched over a little, had his hands behind his back and kept his head down, looking straight ahead like he wanted to hide, even though hunching over the way he was doing, Percy stull was easily the tallest person in the room.
"Thanks, I guess."
I tried to smile and tugged lightly on Percy's leash. He was, of course, always a step behind me, but close enough, almost burying his face in my neck and leaning over me. I didn't know why, but I had the feeling that all this closeness wasn't necessary. I sighed and looked back, catching Percy staring at me.
I stopped in my tracks and continued to stare at him until he realized what he was doing and lowered his head, looking embarrassed.
"I'm sorry, Master."
"Sure.
I looked at him for a few more seconds and turned around, continuing on our way. If I wanted to get out of this without having to serve some sentence or become a submissive myself, I would have to make it work. It was all the fault of those ridiculous laws that said that either I was a dom or I was a sub, and that if by the age of twenty-one I didn't decide for myself, the government would decide for me.
That's what happens when you have no interest in sex. Now I would have to make up for all the lost time. If I completed at least one year of "Mandatory Services", I would be free to live as I pleased. Because I fought until I could no longer, I would have to live monitored and always watched until all this was over.
I wasn't sure what to do, so I grabbed my things from the administration building and followed the guard who led us to house number 43. The guard saluted and walked away, quickly moving away from us. Strange. I looked at the door, and remembered the key that had been given to me. I took it out of my pocket and inserted it into the electronic lock. It was actually a card. All I had to do was tap the card and give my fingerprint, and voila! A low beep sounded, the door unlocked and opened automatically for us.
I still couldn't believe it, everything was so strange and so tidy… I put my head inside the house and wanted to leave. This wasn't my house, it wasn't my home--
"Sir?"
Me? Was I the Sir?
I looked at Percy and saw that the giant man was still waiting with me outside the house, two steps away from me.
At least he learned quickly.
"Why didn't you come in?" I felt the need to ask.
"Because… you didn’t come in either."
What? Did that mean I had to go in first? It reminded me of Maria and Hades… memories that were better left in the past.
"Come in, Percy." I said instead.
And only when I said that did Percy sigh in relief and come in, carrying my bags with him.
Strange.
I went into the house with him and walked to the living room, making him stop with me. Percy kept looking at me, still holding the bags and waiting for something, and only then did I realize that I was still holding his leash, that in fact I was holding it tightly, forcing him to stay close.
"Could you please put my things in the bedroom?" I let go of his leash and watched it fall from my hand, it seeming to move in slow motion until it hit Percy's bare chest and the tip rested on his abdomen, contrasting beautifully with his tanned skin, without a single mark on his entire sculpted body.
My gaze stayed there for a moment, taking in the perfection that he was when I heard a throat clear.
"Is that an order or a question?" I heard Percy say.
I looked at Percy, feeling a smile trying to appear for the first time since I got here, but Percy didn't look well at all. He had gone pale and was staring at the ground, trying to shrink himself.
"I'm sorry, sir."
"Nothing to be sorry. And don't call me sir."
"What should I call you?"
"Nico or Niccolas. Whatever you want."
"I shouldn't. It's not appropriate."
I thought about it and started walking around the room, forcing myself to get used to the idea of living there and having a submissive again.
"How about you call me Nico when it's just the two of us? And call me whatever's appropriate when we're in public?"
"Yes, sir." When I frowned, Percy finished."Yes, Nico."
Then, Percy turned around, walked out of the room and when he reappeared, he had an object in one hand and a pot in the other.
"Si-- Nico, I… I brought this."
Percy placed the things on the coffee table and I approached, analyzing the objects.
Was that…? No! But it was! A chastity belt, the cage Roberta had told me about. When the girls mentioned it I thought they were joking, it wouldn't be the first time they had done that to me. But there it was, a solid iron object in a light and silver color, looking quite heavy.
I walked over to Percy and touched his shoulder, trying to comfort him.
"You don't have to do this. I won't tell them." I said in the gentlest tone I could.
"I… I want to. Could you…"
I blinked, trying to make sure what I saw was real and, yes, Percy spread his legs wide, offered the object to me and lowered his head, obedient and submissive, practically begging. I still remembered what they had said, Percy would ask for what he needed and it was up to me to grant his wishes.
"Is that what you want?"
Percy nodded, but I still didn't know how to do it. I didn't even know if I wanted to.
"Should I…?"
"Yes."
"How will it fit?"
Because, in fact, the cage was very small, at most two to three centimeters of space. I don't know how that was possible. Or comfortable.
"Do you want to show me?" And when Percy made a face, I added: "Just this time."
You see, things were complicated. Percy was still half-erect and all that stuff certainly wouldn't fit in such a narrow space. Like, it was really big, bigger than mine, I could tell.
I watched Percy sit on the couch, spread his legs wide and fit the first part of the object over his testicles. He fastened them properly, took the second part of the iron, fitted it over the head of his member and pushed it down. I could only suffer in silence watching Percy shift uncomfortably, trying to make something so big fit into something so small.
"Nico, could you get it for me?"
Percy pointed to the pot and when I got closer I saw that it was ice. A lot of ice, some already melted and others quite whole. I took the pot to Percy, already fearing the worst, when I heard:
"Can you pass it on to me?
Yes, he didn't say "pass to me" but rather "pass on me".
Gods, I was going straight to hell. But trying to be a good dom, I crouched down between his spread legs and picked up a piece of ice. I brought it to the base of Percy's cock and began to gently slide the ice around there.
"Like this?"
"Harder… oh!… harder… please?" Percy moaned, begging, panting fast.
I did it, grabbed more ice and pressed harder, going up to where the cage wouldn't reach when I heard a little stinging moan. The cage fit in and went all the way down, Percy's cock softening, now confined within those measly three inches. It was indeed more than a tight fit.
"Are you okay, darling?" I couldn't help myself, stroking his legs, trying to calm him down.
“Yes,” Percy replied quietly, his cheeks flushed. “I need to put the padlock on the lock.”
I looked around and saw that there was indeed a tiny padlock on the table next to a key. I reached over and picked it up, walking back to Percy, fitting the padlock into the lock and securing it.
"Like this?" I asked again.
"Yes. Yes." Percy repeated breathlessly, slumped against the couch, still completely exposed, feeling like not to care that I kept looking at him.
"And the key?"
"I want you to hold it for me."
"What do you need? You know I'm new to this, don't you? You have to tell me, no matter what it is."
But as I said this, my hands went to Percy's cage. I felt like I was in an amusement park, wanting to try out all the toys at once. And I was definitely starting to understand what the girls meant by "having your own toys." I didn't remember having a submissive being this much fun.
I slid my hands down Percy's legs, watching his soft gasp and his muscles tremble, and touched those still swollen balls, looking very needy. I massaged them carefully and heard a high-pitched moan coming from Percy.
"Does it hurt a lot?"
"Hmmhm." Percy shook his head, even though his expression was somewhere in between pain and pleasure, even though he tried to hide his face.
"Percy, do you want me to stop? With words, please."
"No, ah! No, Sir."
The funny thing was that I couldn't understand how someone of that stature and strength could enjoy something like that, so… constricting, or should I say, liberating? Because as I continued my exploration of his balls, playing with them and moving them, Percy spread his legs wider and threw his head back as if he was cumming; I squeezed a little more and a liquid began to come out of the reddish head, through the metal.
Was Percy cumming? And how was that possible? No, that should be the only way to show he was aroused and since there was no way to get an erection, his fluids just… overflowed, right?
I definitely didn't remember doing that with my old submissive.
"Are you okay?" I asked when Percy moved his waist, moaning softly.
"Yes, Sir."
Just to test it out, I got tired of crouching down and knelt between his legs. I looked at Percy's almost closed eyes and opened my mouth, bringing my head between his legs. I held onto his legs and licked the swollen tip along the cage, slowly and deliciously, without worrying about anything other than his moans. I must say it wasn't much skin to touch, but it was enough to taste Percy and make him scream. I decided it was enough when Percy arched his spine and grabbed his hair, gasping. Not that I wasn't having fun, but it was getting late and I was responsible enough to understand when I saw someone reaching their limit. Or maybe it was me who was reaching mine.
I stood up, watching Percy sprawled against the couch, but I only moved when I saw that he was breathing normally. I stroked Percy's hair, since that seemed to calm him down, and picked up the bowl of ice that now only had melted water in it. I left the room and started walking around the house. I saw a bathroom, some empty rooms until at the end of the hallway I found the kitchen. I poured the water in the sink, got a glass of water, and went back the way I had come.
When I entered the room again, Percy was still there. His eyes were closed, his legs on the couch as he gripped them, the anxiety in Percy's movements quite obvious. I saw no other choice, I placed the glass on the coffee table, sat down next to Percy on the couch and touched his shoulders, making Percy jump, startled.
"It's okay. What happened?"
"Nico?"
Of course."
"Oh." Percy said, looking even more surprised, taking his face off his legs and looking at me closely, his face lighting up when he saw me.
"You thought I was gone? Where would I go?"
"To give me back. It wouldn't be the first time."
Wow… something was very wrong here. Who would give Percy back? He was so handsome and strong and hot… prejudiced people, that's what they were.
"It's okay. Let's go to the bedroom. Show me the way?
Percy nodded and stood up.
With his legs still wobbly, Percy leaned on me and we both went upstairs to the our room.
"How do you feel? Does it hurt a lot?" I thought I had asked for the tenth time.
I couldn't help it. I knew Percy was fine, now warmly dressed and covered up to his neck, but still, I couldn't help it. It must have been my guilt for treating him like that, like a… like an object. There, I said it. I just wished Percy would say something more than "yes, sir" and "more", like now, for example.
"Words, please."
Percy settled himself more comfortably in the bed, on the side he was lying on, and turned to me, his eyes almost closed, content. He pulled the covers up higher and continued to look at me without saying a word.
"Percy."
"Yes, Nico."
See? “Yes.” That was all he would say to me.
With his eyes blinking slowly and hands under the blankets, Percy just let himself be lulled into tranquility as he stared at me.
"Aren't you going to talk to me?"
When Percy didn't say anything, I sighed. I gave up trying and turned to take off my shoes and dirty clothes.
"Hearing your voice makes me feel better. Safe."
I felt hands on the middle of my back and turned to see what was happening. It was Percy, of course, hugging me from behind.
"I already said I'm not going anywhere."
"Then…"
"I need to take off my clothes."
Percy let go of me like he was being burned and I missed him immediately.
"I don't care. You can touch me. I just need…"
I got up before another accident happened. I took off all my clothes, got under the covers and opened my arms:
"Do you mind? I like sleeping like this."
Percy shook his head and practically threw himself into my arms, wrapping his long, muscular arms around my waist and resting his head on my shoulder, in the hollow of my neck.
"Thank you, Nico."
"The pleasure is all mine." I said, relaxing against the bed frame.
That day had been very long indeed. First, I was late for work, and then two officers from the Human Affairs Bureau showed up. They were even prepared with handcuffs and everything, in case I decided to resist. The most shocking thing was when they asked for my address and told me that I needed to pack my bags.
“Take whatever you can,” one of them said.
“Your boss already knows you’ll be away for a week.” The other one added.
That was all they told me until we got to the government facility that managed the younger, more troubled couples. In the past, the excuse they had given was that because of the internet, people had stopped socializing and this was a necessary measure for those who had trouble finding a partner. It was true that the birth rate and lasting marriages had gone up and everything, and the death and aggression rate, both in men and women, had gone down, but deep down, everyone knew that this was just another way to control and make sure everyone did their part to keep the species going.
As soon as I got out of the car, a very large sign in capital letters could be seen: “Institute of Human Affairs”. It looked more like a brothel, a very sterile and fancy one, but that’s what it was.
Right at the door, two women greeted me with smiles and hurried gestures, asking me to follow them. For the first time in my life, I did what they asked, hoping that if I obeyed, everything would end as quickly as possible.
We went through the administration of the place and then they took me through a hall so long I thought it would never end.
They stopped in front of a door and turned to me.
"I'm sorry for the rush. Right now, we have a lot of residents and we have to figure this out really quickly. We'll explain everything later, but for now, we need you to choose someone, the person who catches your attention the most, okay? Don't worry if it doesn't work out, we have time to change if necessary."
"Exchange what?" Was all I could say before one of them dragged me into the room, while the other stayed outside, waiting.
I entered the room and saw that there were five people inside. Three women and two men, all naked, sitting in comfortable chairs while some of them talked among themselves.
"Ladies and gentlemen, we have a visitor."
As soon as they heard what the woman said, they stood up and stood tall with their spines straight, chests puffed out and hands behind their backs, keeping their feet apart.
"Very well." The woman said, clapping her hands. "What are you waiting for, inspect your submissives."
"Me?" I said, pointing to myself.
“You expect me to choose for you?” She giggled and began to pace the room. “How about Katt, here? She can make your wildest fantasies come true.”
I crossed my arms and turned my head to the wall, refusing to participate in this.
"No? Then one of the boys. Luke is a good choice. You'll never get bored with him."
I turned towards her to tell her that this was ridiculous when I saw who she was referring to, the man was as tall as me and his eyes sparkled, which meant that the woman was right in her predictions.
"I don't want anyone. Why don't you send me home and sort this all out with someone else, okay?"
"Unfortunately, that's not possible. Either you choose one of them and follow our orders, or something worse could happen. You don't want that to happen, do you?"
"Do I really need it?"
"Yes, I'm afraid so."
"Okay. Then…" I turned to the available options and analyzed each one of them. I wouldn't go near a woman even if they paid me, that simply wasn't my thing, and what was left were the two men; one was Luke, who smiled at me, promising nights of intense pleasure. Then, I turned to the other man, who was practically hiding on the far side of the room, looking like he wanted to disappear from there.
I walked down the row of people and stopped in front of him. The man was looking down and had such a sad expression that I felt the urge to hug him. And when I say man, I mean it. While the other people in the room couldn't have been more than twenty or twenty-two years old, this one must have been at least thirty. I felt like I shouldn't be so impulsive, but when I least expected it, I grabbed his chin, trying to make him look at me. There, I discovered the most beautiful and deep blue-green eyes I had ever seen.
"I want him." I said, without thinking. The man just blinked slowly and frowned, not saying a word or struggling against my grip.
"Very good, a great choice. Percy will fit you perfectly." The woman then turned to the room and announced:" You are all free. Sorry, guys."
People murmured in annoyance, but obeyed. They left one by one until only she, Percy and I were left. The rest, you already know, I “learned” the basics about sex, contraceptives and other things. And in fact, I never thought that being responsible for someone could be so… interesting. It wasn’t a burden, as I thought it would be, and it wasn’t tiring and annoying, as I thought it would feel; it was like opening my eyes to a new world, a world that I thought I had forgotten the rules of, but that I was willing to rediscover.
"What do you want to know?" I heard Percy speaking softly, against the skin of my neck, when I thought Percy had already fallen asleep.
"Hmm… I want to know everything.
"That's not a question."
"Okay then, smarty pants. Your favorite color?"
“Favorite color?” Percy asked, his voice taking on a cheerful tone.
"Yes, what's the problem?"
“Blue,” he said, sighing. “All shades of blue.”
"Just blue?"
"Just blue."
"Favorite food?"
"I don't have one."
"Come on, tell me something."
"I… when I was little, on my birthday… my mother used to make everything blue. Sweets, pie, cake. Even the soda was blue."
“So your favorite food is blue?” I wanted to laugh at the absurdity of it. But it was cute and sweet, just like Percy."
"Favorite band?"
"I don't know, I like a lot of them. I just… collect music."
"Who do you admire most?"
“My mother.” This time, Percy didn’t hesitate to admit it. “She was the strongest person in the whole world. When my father disappeared, she did the best she could.”
"Was it difficult?"
"Hmmhm." Percy murmured, snuggling closer to him. "For a while it was, I did what I could to help her."
"What happened?"
"She died before I could give her what she should have had."
"And now?"
"Now? I have my own business, I am the CEO of a company that provides investment services. J&C association and administration."
And I'm still trying to get out of college!
I stroked Percy's hair and kissed his cheek.
"That's very good. She must be proud, no matter where she is."
"I just wish she were here."
“Me too.” I replied when Percy fell silent, reminding me of my mother, who was still very much alive. I would like to say that my story was as traumatic as Percy’s, but that would be a big lie. I decided to keep quiet too and continue playing with Percy’s hair until sleep came to both of us.
"Can you pass me the flour?" I heard Percy say in his low, husky voice.
We were in the kitchen, baking chocolate chip cookies, while the food was spread out on the table. Percy stirred the mixture and I watched his firm, determined movements, occasionally throwing an ingredient into the dough. I was sitting and he was standing, practically ignoring me, and yet, I couldn't tell which was sweeter—the cookies, aromatic and sweet, or him, looking so competent and handsome in his dark blue apron.
“Beautiful,” was what I wanted to say to Percy when I found him in the kitchen that morning.
For a moment when I woke up, I opened my eyes and didn't recognize where I was. I looked around, looking for my bedside clock, only finding my cell phone, which was dead. I investigated the rest of the room and remembered, I wasn't at home, I was in a government institution serving a type of non-punitive sentence. However, what really made me get out of bed was the smell of food. Of coffee and something sweet, something that reminded me of better days, of childhood, of my sisters and our home in Italy.
When I came downstairs, I was treated to the best of sights. Percy was shirtless and barefoot, standing in front of the stove, stirring something in a giant frying pan while humming to himself. Percy tasted the food with a small spoon and turned off the heat, then turned to the counter, already mixing something in a large transparent dish.
"Hmm… what a nice smell." I came up behind him and put my hands on his waist, resting my head under his neck, giving him a little kiss there. Well, maybe more than one.
Percy groaned, tensing, and stopped what he was doing until I released him and I walked around the counter, stopping in front of him.
There it was, that lovely blush on his face, Percy's eyes fixed on the platter.
"Do you want cookies? They shouldn't be long."
"I didn't mean to invade your space."
"You didn't."
"So, why don't you look me in the eyes?"
Percy stopped stirring the dough and lifted his head, looking at me, looking embarrassed.
"I'm not used to this."
"To what?" I wanted to know.
"That, someone's approaching me of their own free will. That… unpretentious affection."
How was I supposed to understand this? That Percy didn't let other people get close, or that other people didn't want to get close to him?
"What does that mean?
“When people look at me,” Percy said, turning his attention back to the cookies. “…they expect me to act a certain way.”
"How?"
Percy shrugs and pours some milk into the mixture.
"How do they expect you to act, Percy?"
"Well… I'm tall and muscular, I know. They expect me to want to have sex with them, when in reality I want them to have sex with me."
Hmmm… that wouldn't be a problem with me. But that's not what I said.
"I am really sorry."
“It’s okay.” Percy shrugged again. “I understand why they think that.”
However, Percy had such a sad look in his eyes… his spine was also hunched, as if he was trying to protect himself, which told me that this had happened more often than Percy let on.
"I think we should talk." I said, changing the subject.
"Talk?"
"Yes."
Percy seemed to deflate even more. Anyway, he nodded, poured the cookie dough onto a baking sheet, put it in the oven, and followed me out of the kitchen.
"Sit down, Percy. I don't bite." I laughed at my own joke, even though Percy trailed behind me, discouraged.
I watched Percy sit on a couch across from me, about ten feet away, and sighed. I didn't understand what all the fuss was about. So I got up, walked around the living room, and sat down next to him, holding his shaking hands.
"Relax, no one is leaving here. I want to talk about limits."
“Limits?” Percy exclaimed in surprise, as if the notion of such a word had never crossed his mind.
"Yes, limits. What is allowed and what is not. Your tastes and how you want to be treated. How you don't want to be treated."
“How do I want to be treated?” I saw Percy cross his arms over his chest and lean back, as if the question offended him.
"Yes." I said. "Do you know the concept of consensuality?"
"Who doesn't know? What does this have to do with us?"
I almost smiled. It was nice to know that Percy could do more than just follow orders. Because, I had to admit, I didn't know if I could live with someone who couldn't have a shred of self-respect or understand the difference between right and wrong.
"I want you to tell me what you like."
“You’re not supposed to know about th-” Percy stopped mid-sentence, his eyes widening. “I… I didn’t mean it like that.”
"Yes, you did." I smiled at him, feeling the guilt lift from my shoulders with each word. "How do you like it? Like this?"
I held his hands and stroked them slowly, watching his reaction. A small gasp escaped his lips.
"Or like this?" I approached and grabbed him by the neck, holding onto his collar. I pulled his hair back and kissed him, making him lean all the way towards me.
When I released him, Percy let out such a delicious little moan, panting so sweetly, that I couldn't resist and kissed him again, biting his lower lip and sticking my tongue in his mouth until he melted completely.
"Do you really like pain?"
Percy didn't respond and I pulled his hair again, eliciting a broken moan from him: "Ye-es!"
"Humiliation? Being dominated?"
"Yes!"
This time, I didn't even need to get an answer out of him. Percy was breathing so fast and rubbing his thighs together so impatiently that it was hard not to understand.
"Active or passive?"
"Passive? Active? Both?" Percy said, panting, all confused, holding onto my shoulders, his eyes wide open, looking at me head on for the first time, even though there was no intention of confrontation.
"You'll have to be patient with me."
"Patient?" He tilted his head to the side, trying to understand.
"I'm a virgin."
Well, that was almost it.
It wasn't true, but I wanted to see the reaction on his face. Well… it had been so long since I done it that I felt like one. And Percy didn't disappoint me, the expression of surprise came first, then curiosity. Percy looked down, towards my waist, and bit his lip, looking very interested.
"Will you teach me, Percy? How do you like to be touched? How do you want to touch me?"
Percy just nodded, looking uncertain.
"Let's learn together, okay? I don't want you to feel uncomfortable."
That seemed to reassure Percy. I kissed him once more on the lips and slowly released him.
"Why don't you finish the cookies while we eat? Roberta is waiting for us."
Percy waved excitedly and stood up, but before he walked away, he planted a wet kiss on my cheek and fled to the kitchen. I followed in his shadow, and sat down in the same place as before. He served us and after a few minutes, the cookies were ready. With both of us already dressed and ready for another session with Roberta and Carla, I held Percy's hand and smiled at him. I just needed to remember to ask them for some tips and, if possible, read Percy's profile. I knew they would have all the information we would need if I wanted this to work.
So, what did you think? I was thinking of turning this one into an original too, but… despite the theme, it gives me such a feeling of immaturity! It also seems a bit rushed. Yet, besides the fact that it makes me feel a bit ashamed because of the fetishization, I like it. It's different from what I would write nowadays. It was written in 2020! I feel older and older by the minute. As always, it's incomplete, but it's around 80,000 words long. Maybe I'll finish it at some point. For now, I'll put it up here. It's also on AO3 and SpiritFanfic.
You would like to see more of this story? Please go to page's bottom and a answer quick question, ok?
***************************************************************
Oii, como vai? Sim, aqui estou eu vindo com mais uma história. O problema é que aconteceu um pequeno acidente, sem querer excluí uns 100 giga de informação do meu computador, exatamente onde minhas histórias estavam. A boa noticia é que eu tinha minhas histórias mais atuais salvas no google drive. Eu perdi algumas coisas? Muitasss. Já passei pelo estagio da raiva e frustração e agora estou na aceitação. E como eu queria tirar minha mente disso, decidi rever essa história. Bem… ela não tem um plot bem elaborado e é super fetichizada, mas é divertida. Espero que vocês gostem. A partir de agora meus posts serão bi lingues, ok? A primeira parte desse texto contem a versão em inglês.
Sumário!
"Em um mundo onde pessoas são dividas entre submissos e dominadores, Nico é obrigado a cumprir o serviço mandatório, a não ser que ele queira ser preso e encoleirado feito os milhares de submissos que ele vê pela cidade.
#Nicercy #Pernico #Percico #Dom!Nico #Sub!Percy #reversão de papéis."
— Assim mesmo. — Uma das garotas disse para mim.
— Assim? — Eu disse e voltei chupar o membro do homem deitado contra o sofá. Eu não achava que estivesse fazendo um bom trabalho, porque tudo o que fiz até agora foi chupar a cabeça gorda e lamber sempre que mais pré-gozo saia. Não era tão amargo como eu pensava que seria e muito menos tão difícil assim. Mas como o cara não tinha parado de gemer até agora, eu deveria estar fazendo certo.
— Agora, você tem que apertar mais os lábios.
— Hmmm? — Murmurei, procurando por aprovação. Fiz o que elas me pediam e selei meus lábios em volta do membro, descendo só um pouco mais para poder chupar a cabeça inteira.
O cara praticamente se jogou para fora do sofá, gemendo como se doesse.
— Muito bom. Não se esqueça de segurar na base, ok? Sempre esteja no controle se não quiser que eles o tirem de você. Porque eles vão aproveitar a oportunidade.
Levantei minha cabeça para tomar ar e olhei para elas, me mantendo fiel ao meu papel de principiante inocente.
— Qual a forma mais fácil de fazer eles gozarem?
— Os testículos. — Ambas as garotas disseram, se entreolhando enquanto riam. — Eles são muito sensíveis, sabe? Um pequeno puxão pode significar muita dor ou muito prazer.
— Como? — Eu quis saber, mesmo que eu já soubesse.
— Assim.
Uma delas, acho que Roberta, disse. Ela levou uma de suas mãos bem feitas até as grandes bolas do homem à nossa frente servindo de cobaia, e o tocou suavemente. Ela deu uma leve puxadinha e o homem abriu mais as pernas e jogou a cabeça para trás, seu membro se contorcendo todo, mais pregozo escorrendo lentamente pela extensão.
— Agora, se você fizer isso… — Foi quando ela segurou nas bolas com vontade, as prendendo para baixo e as puxou. O homem gritou tão alto que parecia que ele estava sendo assassinado. Mesmo assim, ele continuou ereto e excitado, todo obediente, arfando, como se estivesse em uma maratona.
— Viu? Agora é sua vez.
— Não acho que eu possa. — Não era o que um dominador devia estar fazendo, nada daquilo era. Afinal, eu nem tinha conversado com esse submisso, não era certo tocar em algo que não me pertencia.
— Você pode, sim.
— Porque você não tenta... beijá-las? — Uma delas sugeriu.
— Beijar? Eu posso? — Olhei para o submisso, todo estatelado na cadeira parecendo estar fora do ar. Ele era todo respiração rápida e olhos bem apertados, tentando se manter quieto.
— Você pode fazer o que quiser, contanto que você deixe claro quem é que manda.
— Eu não tenho certeza. — Ou talvez, eu não quisesse.
— Vamos, só dessa vez. Não vamos te obrigar de novo.
Olhei para o homem que parecia a ponto de explodir, sua expressão entre o extremo prazer e a extrema dor, me deixando ainda mais incomodado. Porque, de novo, esse submisso não era meu; era quase uma falta de respeito. E eu ainda não sabia se queria ter outro submisso depois de tanto tempo.
— Eu posso fazer ele gozar, então? — Para acabar logo com isso? Pensei irritado.
As garotas se entreolharam e deram de ombros, Karla falando dessa vez:
— Acho que tudo bem. Ele não goza há mais de três meses e nós prometemos que deixaríamos.
— Três meses? — Eu não podia acreditar no que ouvia. Não porque fosse difícil acreditar e sim porque… parecia que as coisas não tinham mudado nada.
— Sim, Nico. Ele é um submisso masoquista. Ele gosta e concordou em estar aqui. Percy sabia perfeitamente o que iria acontecer.
— Você acha que obrigamos eles a se ajoelhar a nossos pés? Eles fazem por vontade própria. — Roberta falou.
— Então, capriche. Ele não vai gozar durante um tempo bem mais longo do que isso.
— Você tem certeza disso? Acho que eu não sou o mais indi--
— Percy, diga a ele.
— Eu... por favor, senhora... senhor... eu... eu preciso.
— Sim, bom garoto. Adoro te ver implorando. — Roberta se levantou e foi em direção a Percy, massageando seus cabelos como uma mãe amorosa faria.
Percy, com quase dois metros de altura e músculos bem trabalhados, suspirou e se esfregou na mão oferecida, como se fosse o melhor presente do mundo.
Para mim, isso parecia carência e complexo de abandono.
— Viu. É sua escolha, Nico. Afinal, você vai cuidar dele pelo tempo em que estiver aqui. Percy lida muito bem em seguir ordens e se adequá rápido a pessoas diferentes. Se ele goza hoje ou daqui a dois meses, é sua decisão.
— Minha? Tão cedo? Você não pode--
— Eu pensei que você quisesse fazer isso. E qual o melhor jeito de aprender do que a prática?
Olho para Percy e vejo que durante todo esse tempo ele manteve as próprias mãos atrás da cadeira, completamente pelado e submisso, sem dar um piu que não fosse para dar um gemido ou uma súplica, e sem olhar diretamente para nós se não fosse explicitamente ordenado. Agora, Percy olhava para mim de cabeça baixa, numa posição de respeito, mas ainda olhava para mim entre os cílios.
Será mesmo que eu devia estar ali? Será que eu era bom o suficiente para manter alguém satisfeito depois de tanto tempo?
— Então, como vai ser? Ele goza ou não? — Foi o último aviso de Roberta.
Respirei fundo e estendi as mãos. Devagar, o mais devagar que pude, toquei nos grandes e inchados testículos de Percy, e comecei a rolá-los entre os dedos.
Arfei, maravilhado, e observei Percy estremecer todo e depois relaxar contra o sofá, soltando um gemidinho manhoso. Fazia muito tempo que eu não me aproximava de outra pessoa com essa finalidade, sendo que nem quando tive um submisso me permitia esse tipo de gesto. Nunca. Não seria visto com bons olhos se um dominador tentasse dar prazer a um submisso. O dever de um dominador era controlar e ser agradado, enquanto o de um submisso era de obedecer e satisfazer seu mestre, sem nenhum desvio ou nada no meio. Agora, porque as coisas eram assim, ninguém tinha me explicado, eu só sabia que para um submisso, a dor fazia parte do pacote, já o prazer, raramente. Pelo menos, era de acordo com o que tinham me ensinado.
Só para testar, segurei as bolas em uma mão e as puxei para baixo, devagar, vendo a expressão no rosto de Percy mudar de prazer para algo… vazio. Eu jurava, ao invés de ver dor ali, tudo o que vi foi a pura entrega de Percy.
Percy se esticou todo e arfou, curvando os dedos do pé, entretanto, quando voltei a massageá-lo tão suavemente quanto antes, as afrouxando, a coisa mais extraordinária aconteceu. Percy gemeu baixinho e longamente, curvando a coluna, seu membro estremeceu pela última vez, enquanto que fio atrás de fio de um líquido grosso e amarelado saiu da cabeça gorda e avermelhada, escorrendo pelas coxas torneadas e abdômen definido.
Foi tão repentino que tirei minhas mãos dele, dando um pulo para trás. Observei Percy se remexer todo, grunhindo e fungando, lágrimas saindo de seus olhos inchados até que finalmente o membro em questão se acalmou e caiu ainda completamente ereto contra o abdômen de Percy.
— Oh, magnífico! — Roberta exclamou, satisfeita, batendo palmas. — Você acaba de arruinar um orgasmo. Como você se sente?
O estranho era que Roberta perguntava isso para mim e não para Percy que ainda gemia baixinho, seu membro voltando a pulsar, bem na nossa frente.
— Como eu me sinto? Não deveria ser Percy--
— Não se preocupe com isso. — Roberta disse, sorrindo docemente.
— Mas ele ainda está duro!
— Ah, é só um pequeno detalhe. — Roberta disse e Carla concordou. — Agora que ele teve seu orgasmo, de volta para a gaiola.
— Gaiola? Você quer dizer… — Aquele instrumento de tortura? Eu quis dizer a ela.
— Cas-ti-da-de. — Carla disse, soletrando. — Ele é o mais obediente quando é negado. Você não terá nenhum problema com ele. A não ser que você queira ter alguma diversão. É só não deixar ele gozar com muita frequência.
Cruzei os braços e olhei para elas. Roberta e Carla observavam Percy com olhares afetuosos. Depois olhei para Percy que tinha os olhos fechados, já se acalmando, parecendo cansado e... satisfeito? Não, o que melhor o descrevia era contente. Isso, frustrantemente contente.
— Obrigado, senhoras, senhor.
— Bom garoto. — Roberta disse. Ela deu a volta na sala e parou mais uma vez ao lado de Percy, acariciando os cabelos dele, enquanto se virava para mim. — Sabe, ele é um homem muito solitário. Na maior parte do tempo tudo o que ele precisa é de um carinho e um pouco de atenção. Quando as coisas começarem a ficar muito frustrantes, uma palmatória ou uma cena já dá contra. Uma ou duas vezes por mês, uma boa transada é essencial.
— Como? E porquê? — Tive que perguntar.
— Percy vem até nós para... descarregar essa agressividade que ele tem. É catártico para ele. Às vezes, você vai precisar ser firme e rígido. Quanto mais ele lutar, mais firme você vai ter que ser. Mas isso só vai acontecer se você não der o que ele precisa.
— Como eu poderia saber disso? É ridículo!
— Ele é uma pessoa vocal. Se ele precisar de alguma coisa, ele vai te pedir. Pode ser com gestos ou palavras, é bem difícil não entender. Qualquer dúvida você pode vir até nós.
— Você tem certeza que sou a pessoa mais indicada para isso?
— Sim. Você é suave, mas firme quando necessário. A autoridade que Percy precisa.
— E porquê não uma de vocês duas?
— Nós já temos nossos brinquedinhos. Só estávamos ensinando ele até que achássemos a pessoa perfeita.
— Eu sou essa pessoa?
— Não fomos nós que escolhemos, apesar de acharmos que vocês são um bom par.
— Percy escolheu. — Carla terminou a fala de Roberta.
— Percy escolheu?
Tive que olhar para Percy relaxado contra a poltrona depois disso. Ele agora tinha o rosto todo corado, olhando para qualquer lugar que não fosse para mim.
— Hmm. — Murmurei, talvez começando a me interessar. — Acho que tudo bem. Eu só...
— Você…?
— Não prometo nada. Vou tentar, mas se não der certo… não me culpem.
— Ninguém vai fazer isso. Aqui, nós somos uma família. Pode não parecer, mas nós somos.
— Eu sei. Não quis ofender.
— Você não ofende. — Carla disse.
— Pois, bem. Seja bem-vindo oficialmente a nossa família. A chave da sua casa é essa. Se acomode e depois nos diga o que você achou. Percy já está instalado, então se houver algum problema nos contate, ok?
Cansado de discutir, concordei e aceitei a guia que era ligada à correia de Percy. Ela era feita de couro, uma tira fina e negra que se ligava a coleira que Percy usava, uma igualmente de couro preto e pesada, agarrado ao redor do pescoço de Percy exatamente como mãos fariam, o prendendo feito um cachorro em uma focinheira.
Assim, ambos nos levantamos, eu da almofada super macia, e Percy, do sofá de couro. Porém, quando eu fiquei em pé, não estava preparado para ver o que aconteceu. Percy, aquele que deveria ser o submisso suave e vulnerável, se levantou junto, tendo facilmente mais de dez centímetros a mais que eu. O engraçado é que eu não me sentia menor do que ele, e se duvidasse, Percy poderia ser o menor de todos se dependesse da atitude dele. Ele se curvava um pouco, tinha as mãos atrás das costas e mantinha a cabeça abaixada, olhando para a frente como se quisesse se esconder, mesmo que até se curvando fosse facilmente a pessoa mais alta na sala.
— Obrigado, eu acho.
Tentei sorrir e puxei levemente a correia de Percy. Ele foi, é claro, sempre um passo atrás de mim, mas perto o suficiente, quase enfiando o rosto no meu pescoço e se curvando sobre mim. Eu não sabia porque, mas tinha a impressão que não era necessária toda essa aproximação. Suspirei e olhei para trás, pegando Percy me olhando fixamente.
Eu parei no meio do caminho e continuei o encarando até que ele se deu conta do que fazia e abaixou a cabeça, parecendo encabulado.
— Me desculpe, Mestre.
— Sei.
Olhei mais alguns segundos para ele e me virei, continuando nosso caminho. Se eu quisesse sair dessa sem ter que cumprir alguma pena ou me tornar um submisso, eu teria que fazer isso dar certo. Tudo culpa dessas leis ridículas que diziam que, ou eu era um dom, ou eu era sub, e que se até meus vinte e um anos eu não decidisse por conta própria, o governo decidiria por mim.
Isso que dá não ter interesse por sexo, agora eu teria que recuperar todo o tempo perdido. Se eu cumprisse no mínimo um ano de “serviços prestados”, estaria livre para viver como bem entendesse, como lutei até não poder mais, teria que viver monitorado e sempre vigiado até que tudo isso acabasse.
Eu não sabia muito bem o que fazer, então peguei minhas coisas no prédio da administração e segui o guarda que nos guiou até a casa de número 43. O guarda bateu continência e se afastou, andando apressado para longe da gente. Estranho. Olhei para a porta, e me lembrei da chave que tinha sido entregue a mim. Eu a peguei do bolso e a coloquei na fechadura eletrônica. Na verdade, era um cartão. Tudo o que eu precisava fazer era encostar o cartão e dar minha digital, e voilá! Um apito baixo soou, a porta destrancou e se abriu automaticamente para nós.
Eu ainda não podia acreditar, tudo era tão estranho e tão arrumadinho… coloquei a cabeça para dentro da casa e já quis sair dali. Essa não era minha casa, não era meu lar--
— Senhor?
Eu? Eu era o senhor?
Olhei para Percy e vi que o homem gigante ainda esperava comigo do lado de fora da casa, a dois passos de distância de mim.
Pelo menos ele aprendia rápido.
— Porque você não entrou? — Tive a necessidade de perguntar.
— Porque… o senhor não entrou também.
O quê? Significava que eu tinha que entrar primeiro? Isso fazia eu me lembrar de Maria e Hades… lembranças que era melhor ficar no passado.
— Entre, Percy. — Eu disse ao invés.
E somente quando eu disse isso foi que Percy suspirou aliviado e entrou, carregando minhas malas com ele.
Estranho.
Entrei na casa junto a ele e caminhei até a sala de estar, o fazendo parar comigo. Percy continuou olhando para mim, ainda segurando as malas e esperando por alguma coisa, e só então percebi que eu ainda segurava a guia dele, que na verdade eu a segurava com força, o forçando a permanecer perto.
— Será que você poderia colocar minhas coisas no quarto? — Soltei sua guia e a vi cair da minha mão, ela parecendo se mover em câmera lenta até bater no peito nu Percy e a ponta repousar em seu abdômen, contrastando lindamente com sua pele bronzeada, sem nem uma marquinha em todo seu corpo esculpido.
Meu olhar ficou ali por um momento, observando a perfeição que ele era quando ouvi um pigarro.
— Isso é uma ordem ou pergunta? — escutei Percy dizer.
Olhei para Percy, sentindo um sorriso querer aparecer pela primeira vez desde que cheguei aqui, mas Percy não parecia nada bem. Ele tinha empalidecido e olhava para o chão, tentando se encolher.
— Me desculpe, senhor.
— Nada disso. E não me chame de senhor.
— Do que devo chamá-lo?
— Nico ou Niccolas. O que você quiser.
— Eu não devo. Não é apropriado.
Pensei sobre isso e comecei a andar pelo cômodo, me forçando a me acostumar com a ideia de morar ali e de ter um submisso novamente.
— Que tal você me chamar de Nico quando somos só nós dois? E me chamar do apropriado quando estivermos em público?
— Sim, senhor. — Quando fiz uma careta, Percy concluiu. — Sim, Nico.
Então, Percy se virou, andou para fora da sala e quando voltou a aparecer, ele tinha um objeto na mão e um pote na outra.
— Sen-- Nico, eu… eu trouxe isso.
Percy colocou as coisas em cima da mesa de centro e eu me aproximei, analisando os objetos.
Aquilo era…? Não! Mas era! Um cinto de castidade, a gaiola que Roberta tinha citado. Quando as garotas mencionaram isso pensei que fosse brincadeira, não seria a primeira vez que elas fariam isso comigo. Mas ali estava, um objeto de ferro maciço de cor clara e prata, parecendo bem pesada.
Eu me aproximei de Percy e toquei em seu ombro, tentando confortá-lo.
— Você não precisa fazer isso. Não vou contar a elas. — Eu disse no tom mais manso que pude.
— Eu… eu quero. O senhor poderia…
Pisquei, tentando ter certeza se o que eu via era real e, sim, Percy abriu bem as pernas, ofereceu o objeto a mim e abaixou a cabeça, obediente e submisso, praticamente implorando. Eu ainda me lembrava o que elas tinham dito, Percy pediria o que ele precisasse e cabia a mim conceder seus desejos.
— É o que você quer?
Percy acenou que sim, mas eu ainda não sabia como fazer isso. Nem sabia se queria.
— Eu devo…?
— Sim.
— Como vai caber?
Porque, de fato, a gaiola era bemmm pequena, no máximo dois a três centímetros de espaço. Eu não sei como isso era possível. Ou confortável.
— Você quer me mostrar? — E quando Percy fez uma careta, eu completei: — Só dessa vez.
Vocês veem, o negócio era complicado. Percy ainda estava meio ereto e tudo aquilo com toda a certeza não caberia em um lugar tão estreito. Tipo, era muito grande, mais do que meu, isso eu podia afirmar.
Observei Percy sentar no sofá, abrir bem as pernas e encaixar a primeira parte do objeto em seus testículos. Ele as prendeu direitinho, pegou a segunda parte do ferro, encaixou sobre a cabeça do membro e a empurrou para baixo. Eu só podia sofrer em silêncio vendo Percy se remexer desconfortável, tentando fazer algo tão grande caber em algo tão pequeno.
— Nico, você poderia pegar para mim?
Percy indicou o pote e quando me aproximei vi que era gelo. Muito gelo, alguns já derretidos e outros bem inteiros. Levei o pote até Percy, já temendo pelo pior, quando ouvi:
— Você pode passar em mim?
Sim, ele não disse “passar para mim” e sim “passar em mim”.
Deuses, eu iria direto para o inferno. Mas tentando ser um bom dom, me agachei entre suas pernas abertas e peguei um pedaço de gelo. Eu o levei até a base do membro de Percy e comecei a deslizar o gelo suavemente por ali.
— Assim?
— Mais… ah!... mais forte… por favor? — Percy gemeu, implorando, arfando rápido.
Eu fiz, peguei mais gelo e pressionei com mais força, subindo até onde a gaiola não alcançava quando ouvi um gemidinho ardido. A gaiola entrou e foi até o fim, o membro de Percy amolecendo, agora confinado dentro daqueles míseros três centímetros. Era de fato um encaixe mais do que apertado.
— Você está bem, querido? — eu não pude me conter, acariciando as pernas dele, tentando o acalmar.
— Sim. — Percy respondeu baixinho, suas maçãs do rosto coradas. — Eu preciso colocar o cadeado na tranca.
Olhei em volta e vi que de fato havia um cadeado minúsculo em cima da mesa junto a uma chave. Me estiquei e o peguei, voltando para perto de Percy, encaixando o cadeado na tranca e o prendendo.
— Assim? — Voltei a perguntar.
— Sim. Sim. — Percy repetiu sem ar, jogado contra o sofá, ainda todo exposto, parecendo não se importar que eu continuasse o olhando.
— E a chave?
— Quero que fique com o senhor.
— Do que você precisa? Você sabe que sou novo nisso, não sabe? Você tem que me dizer, não importa o que seja.
Mas enquanto eu dizia isso, minhas mãos foram em direção a cinta de Percy. Eu me sentia em um parque de diversão, querendo experimentar todos os brinquedos de uma só vez. E definitivamente, começava a entender o que as garotas diziam com “ter seus próprios brinquedos”. Eu não lembrava ser tão divertido ter um submisso.
Deslizei minhas mãos pelas pernas de Percy vendo seu suave arfar e seus músculos tremerem, e toquei naquelas bolas ainda inchadas, parecendo muito necessitadas. Eu as massageie cuidadosamente e ouvi um gemidinho agudo vindo de Percy.
— Doí muito?
— Hmmhm. — Percy negou com a cabeça, mesmo que a expressão dele ficasse entre o meio-termo entre prazer e dor, mesmo que ele tentasse esconder o rosto.
— Percy, você quer que eu pare? Com palavras, por favor.
— Não, ah! Não, senhor.
O engraçado era que eu não conseguia entender como alguém daquela estatura e força poderia gostar de algo assim, tão… constritivo, ou eu deveria falar, libertador? Porque enquanto eu continuava minha exploração por suas bolas, brincando com elas e as movendo, Percy abriu mais as pernas e jogou a cabeça para trás como se estivesse gozando; eu apertei mais um pouco e um líquido começou a sair da cabeça avermelhada, através do metal.
Percy estava gozando? E como isso era possível? Não, esse deveria ser o único jeito de demonstrar estar excitado e como não havia como ter uma ereção, seus fluidos apenas… se manifestavam, certo?
Eu definitivamente não lembrava de ter feito isso com meu antigo submisso.
— Tudo bem? — Perguntei quando Percy moveu a cintura, gemendo baixinho.
— Sim, senhor.
Só para testar, cansei de ficar agachado e me ajoelhei entre suas pernas. Olhei para os olhos quase fechados de Percy e abri a boca, levando minha cabeça para o meio de suas pernas. Segurei nas pernas dele e lambi a pontinha, devagar e gostoso, sem me preocupar com nada além de seus gemidos. Devo dizer que não era muito, porém era o suficiente para sentir o gosto de Percy e fazê-lo gritar. Decidi que era o suficiente quando Percy curvou a coluna e agarrou os próprios cabelos, arfando. Não que eu não estivesse me divertindo, mas estava ficando tarde e eu era responsável o bastante para entender quando eu via alguém chegar ao seu limite. Ou vai ver, era eu quem estava chegando no meu limite.
Eu me levantei, observando Percy todo estatelado contra o sofá, mas só me movi quando vi que ele respirava normalmente. Acariciei os cabelos de Percy, já que isso parecia acalmá-lo e peguei o pote com gelo que agora só tinha água derretida. Saí do cômodo e comecei a andar pela casa. Vi um banheiro, alguns quartos vazios até que no fim do corredor encontrei a cozinha. Despejei a água na pia, peguei um copo de água e voltei por onde tinha vindo.
Quando entrei na sala novamente, Percy ainda estava lá. Ele tinha os olhos fechados, as pernas em cima do sofá, enquanto ele as agarrava, a ansiedade nos movimentos de Percy bem óbvia. Eu não vi outra escolha, coloquei o copo na mesa de centro, me sentei junto a Percy no sofá e toquei em seus ombros, fazendo Percy pular, assustado.
— Está tudo bem. O que aconteceu?
— Nico?
— É claro.
— Oh. — Percy disse, parecendo mais surpreso ainda, tirando o rosto das pernas e me olhando de perto, seu rosto se iluminando ao me ver.
— Você pensou que eu tinha ido embora? Para onde eu iria?
— Me devolver. Não seria a primeira vez.
O-ou… alguma coisa estava muito errada ali. Quem devolveria Percy? Ele era tão bonito e forte e gostoso… pessoas preconceituosas, era isso o que elas eram.
— Está tudo bem. Vamos para o quarto, sim? Me mostra o caminho?
Percy acenou e se levantou. Com as pernas ainda bambas, Percy se apoiou em mim e ambos subimos para o andar superior da casa.
***
— Como você se sente? Dói muito? — Eu achava que já tinha perguntado pela décima vez.
Eu não conseguia evitar. Sabia que Percy estava bem, agora com uma roupa quente e cobertas até o pescoço, mas ainda sim, eu não pude evitar. Devia ser a culpa de ter o tratado daquela forma, como um… como um objeto. Pronto, falei. Eu só gostaria que Percy falasse algo mais do que “sim, senhor” e “mais”, como agora, por exemplo.
— Palavras, por favor.
Percy se acomodou melhor na cama, no lado em que se deitava, e se virou para mim, seu olhar quase se fechando, contente. Ele puxou as cobertas mais para cima e continuou me olhando sem dizer uma palavra.
— Percy.
— Sim, Nico.
Viu? “Sim”. Era tudo o que ele me falava.
Com seus olhos piscando devagar e mãos debaixo dos cobertores, Percy apenas se deixou ser ninado na tranquilidade, enquanto me encarava.
— Você não vai falar comigo?
Quando Percy não disse nada, suspirei. Desisti de tentar e me virei para tirar meus sapatos e roupas sujas.
— Ouvir sua voz faz eu me sentir melhor. Seguro.
Senti mãos no meio das minhas costas e me virei para ver o acontecia. Era Percy, é claro, me abraçando por trás.
— Eu já disse que não vou a lugar nenhum.
— Então…
— Preciso tirar a roupa.
Percy me soltou como se estivesse sendo queimado e eu senti sua falta imediatamente.
— Eu não me importo. Você pode me tocar. Eu só preciso…
Me levantei antes que acontecesse outro acidente. Tirei toda roupa, me enfiei debaixo das cobertas e abri os braços:
— Você se importa? Gosto de dormir assim.
Percy negou com a cabeça e praticamente se jogou em meus braços, rodeando minha cintura com seus longos e musculosos braços e encostou sua cabeça sobre meu ombro, entre o vão do meu pescoço.
— Obrigado, Nico.
— O prazer é todo meu. — Falei, relaxando contra o batente da cama.
Aquele dia tinha sido, de fato, muito longo. Primeiro, cheguei atrasado no trabalho, depois, dois oficiais do Gabinete de Assuntos Humanos apareceram. Eles até foram preparados com algemas e tudo, caso eu decidisse resistir. O mais chocante foi quando eles me falaram para eu dizer meu endereço e que eu precisava fazer as malas.
“Leve tudo o que você puder” — Um deles falou.
“Seu chefe já sabe que você se ausentará por uma semana.” — O outro completou.
Foi tudo o que me disseram até chegarmos às instalações governamentais que gerenciavam os casais mais novos e problemáticos. No passado, a desculpa que tinham dado é que devido à internet as pessoas tinham parado de socializar e essa era uma medida necessária para aqueles que tivessem problemas em achar um par. É verdade que a taxa de natalidade e casamentos duradouros tinha crescido e tudo, e a taxa de mortes e agressividade, tanto em homens quanto em mulheres, baixado, mas, no fundo, todos sabiam que essa era apenas mais uma forma de controlar e ter certeza que todos fariam sua parte para a continuação da propagação da espécie.
Assim que desci do carro, um letreiro bem grande em letras garrafais podia ser visto: “Instituto de Assuntos Humanos”. Estava mais para bordel, um bem esterilizado e chique, mas era o que era.
Logo na porta, duas mulheres me receberam com sorrisos e gestos apressados, pedindo que eu as seguisse. Pela primeira vez na vida, fiz o que me pediam, na esperança que se eu obedecesse tudo aquilo terminaria o mais rápido possível.
Passamos pela administração do lugar e depois elas me levaram por um corretor tão longo que pensei que ele nunca teria fim.
Elas pararam em frente a uma porta e se viraram para mim.
— Sinto muito pela pressa. No momento, estamos com muitos internos e temos que dar um jeito nisso rapidíssimo. Vamos explicar tudo depois, agora, precisamos que você escolha alguém, a pessoa que mais te chamar atenção, ok? Não se preocupe se não der certo, temos tempo para trocar se for necessário.
— Trocar o quê? — Foi tudo o que consegui dizer antes de uma delas me arrastar para dentro da sala, enquanto que a outra ficou do lado de fora, esperando.
Entrei na sala e vi que lá dentro havia cinco pessoas. Três mulheres e dois homens, todos pelados, sentados em cadeiras confortáveis enquanto alguns falavam entre si.
— Senhoras e senhores, temos um visitante.
Assim que ouviram o que a mulher disse, eles se levantaram e se ergueram com suas colunas eretas, peito estufado e mãos atrás das costas, mantendo os pés afastados.
— Muito bem. — A mulher disse, batendo palmas. — O que você está esperando, inspecione seus submissos.
— Eu? — Eu disse, apontando para minha pessoa.
— Você espera que eu escolha por você? — Ela deu uma risadinha e começou a andar pela sala. — Que tal Katt, aqui? Ela pode realizar suas fantasias mais loucas.
Cruzei os braços e virei a cabeça para a parede, me negando a participar disso.
— Não? Então, um dos rapazes. Luke é uma boa escolha. Você nunca se sentirá entediado com ele.
Eu me virei em direção a ela para dizer que aquilo era ridículo quando vi a quem ela se referia, o homem era tão alto quanto eu e seus olhos faiscavam, o que significava que a mulher estava certa em suas previsões.
— Eu não quero ninguém. Porque você não me manda para casa e resolve tudo isso com outra pessoa, sim?
— Infelizmente, isso não é possível. Ou você escolhe um deles e acata nossas ordens, ou algo pior pode acontecer. Você não quer que isso aconteça, quer?
— Eu preciso mesmo?
— Sim, eu sinto que sim.
— Tá bom. Então… — Eu me virei para as opções disponíveis e analisei cada uma delas. Eu não chegaria perto de uma mulher mesmo que me pagassem, aquilo simplesmente não era minha praia, e o que restou foram os dois homens; um era o tal de Luke, que sorria para mim, prometendo noites de intenso prazer. Então, me virei para o outro homem, que praticamente se escondia no lado mais distante da sala, parecendo querer sumir dali.
Andei pela fileira de pessoas e parei em frente a ele. O homem olhava para baixo e tinha uma expressão tão triste que senti o impulso de abraçá-lo. E quando digo homem, é exatamente isso. Enquanto que as outras pessoas na sala não deviam passar de vinte ou vinte e dois anos, esse deveria ter no mínimo uns trinta. Eu sentia que não deveria ser tão impulsivo, entretanto quando menos vi, segurei no queixo dele, tentando fazê-lo me encarar. Ali, descobri os olhos verde-azulados mais bonitos e profundos que eu já tinha encontrado.
— Eu quero ele. — Eu disse, sem pensar. O homem apenas piscou, lento, e franziu as sobrancelhas, sem dar uma palavra ou lutar contra meu agarre.
— Muito bom, uma ótima escolha. Percy irá se encaixar a você perfeitamente. — A mulher, então, se voltou à sala e anunciou: — Vocês estão liberados. Desculpe, gente.
As pessoas murmuraram chateadas, mas obedeceram. Elas saíram uma a uma até que só restou ela, Percy e eu. O resto, vocês já sabem, “aprendi” o básico sobre sexo, conceptivos e outras coisas a mais. E de fato, nunca pensei que ser responsável por alguém pudesse ser tão… interessante. Não era um fardo, como pensei que seria, e não era cansativo e irritante, como pensei que me sentiria; era como abrir os olhos para um mundo novo, um mundo que eu pensei que tinha esquecido as regras, mas que estava disposto a redescobrir.
— O que você quer saber? — Ouvi Percy falando baixinho, contra a pele de meu pescoço, quando eu pensava que Percy já tinha caído no sono.
— Hmm… quero saber tudo.
— Isso não é uma pergunta.
— Então, tudo bem, espertinho. Sua cor favorita?
— Cor favorita? — Percy questionou, sua voz tomando um tom alegre.
— Sim, qual o problema?
— Azul. — Ele disse, suspirando. — Todos os tons de azul.
— Só azul?
— Só azul.
— Comida favorita?
— Eu não tenho uma.
— Vamos, me diga alguma coisa.
— Eu… quando eu era pequeno, no meu aniversário… minha mãe costumava fazer tudo azul. Docinhos, torta, bolo. Até o refrigerante era azul.
— Então sua comida favorita é azul? — Eu queria rir do absurdo disso. Mas era fofo e doce, igual a Percy.
— Banda favorita?
— Eu não sei, gosto de várias. Eu só… coleciono música.
— Quem você mais admira?
— Minha mãe. — Dessa vez, Percy não hesitou em admitir. — Ela era a pessoa mais forte do mundo. Quando meu pai desapareceu, ela fez o melhor que pôde.
— Foi difícil?
— Hmmhm. — Percy murmurou, se aconchegando melhor a ele. — Durante um tempo foi, fiz o que pude para ajudar ela.
— O que aconteceu?
— Ela morreu antes que eu pudesse dar o que ela devia ter tido.
— E agora?
— Agora? Tenho meu próprio negócio, sou CEO de uma empresa que presta serviços de investimentos. A J&C associação e administração.
E eu ainda tentando sair da faculdade!
Acariciei os cabelos de Percy e beijei seu rosto.
— Isso é muito bom. Ela deve estar orgulhosa, não importa onde ela esteja.
— Eu só gostaria que ela estivesse aqui.
— Eu também. — Respondi quando Percy se calou, me fazendo lembrar da minha mãe, que ainda estava bem viva. Eu gostaria de dizer que minha história era tão traumática quanto a de Percy, mas isso seria uma grande mentira. Decidi também me calar e continuar brincando com os cabelos de Percy até que o sono chegasse a nós dois.
***
— Você pode me passar a farinha? — Ouvi Percy falar em seu tom de voz baixo e rouco.
Estávamos na cozinha, assando biscoitos de chocolate, enquanto que a comida nos esperava espalhada pela mesa. Percy mexia a mistura e eu observava seus movimentos firmes e decididos, vez ou outra, jogando algum ingrediente na massa. Eu sentado e ele de pé, praticamente me ignorando, e ainda assim, eu não sabia o que era mais doce — os biscoitos, aromáticos e adocicados, ou ele, parecendo tão competente e bonito com seu avental azul-escuro.
“Lindo”, foi o que eu quis dizer a Percy quando o encontrei na cozinha naquela manhã.
Por um momento ao acordar, abri os olhos e não reconheci onde estava. Olhei para os lados, em busca do meu relógio de cabeceira, apenas encontrando meu celular, descarregado. Investiguei o resto do quarto e me lembrei, eu não estava em casa, estava em uma instituição do governo cumprindo um tipo de pena não-punitiva. Entretanto, o que realmente me fez sair da cama foi o cheiro de comida. De café e algo doce, algo que me fazia lembrar de dias melhores, da infância, de minhas irmãs e da nossa casa na Itália.
Quando desci as escadas, fui presenteado com a melhor das visões. Percy estava sem camisa e descalço, em frente ao fogão, mexendo algo em uma frigideira gigante, enquanto cantarolava. Percy provou a comida com uma colher pequena e desligou o fogo, logo em seguida se virou para a bancada, já misturando algo em uma grande travessa transparente.
— Hmm… que cheiro bom. — Cheguei por trás dele e coloquei minhas mãos em sua cintura, encostando minha cabeça sob seu pescoço, dando um beijinho ali. Bem, talvez mais de um.
Percy gemeu, ficando tenso, e parou o que fazia até que eu o soltei e dei a volta na bancada, parando em frente a ele.
Ali estava, aquele adorável tom avermelhado em seu rosto, seus olhos fixados na travessa.
— Você quer biscoitos? Eles não devem demorar.
— Não quis invadir seu espaço.
— Você não invadiu.
— Então, porque você não me olha nos olhos?
Percy parou de mexer a massa e levantou a cabeça, me encarando, parecendo encabulado.
— Não estou acostumado com isso.
— Com o quê? — Eu quis saber.
— Isso, alguém se aproximando de mim por vontade própria. Esse… afeto sem pretensões.
Como eu deveria entender isso? Que Percy não deixava outras pessoas se aproximarem ou era as outras pessoas que não se aproximavam?
— O que isso quer dizer?
— Quando as pessoas olham para mim… — Percy disse, voltando sua atenção para os biscoitos. — … elas esperam que eu aja de certa forma.
— Como?
Percy dá de ombros e derrama um pouco de leite na mistura.
— Como eles esperam que você aja, Percy?
— Bem… sou alto e musculoso, eu sei. Elas esperam que eu vá querer transar com elas, quando, na verdade, quero que elas transem comigo.
Hmmm… isso não seria um problema comigo. Mas não foi o que eu disse.
— Sinto muito.
— Está tudo bem. — Percy deu de ombros mais uma vez. — Entendo porque eles pensam assim.
Porém, Percy tinha um olhar tão triste… sua coluna também estava curvada, como se ele tentasse se proteger, o que me dizia que isso tinha acontecido mais vezes do que Percy deixava transparecer.
— Acho que a gente devia conversar. — falei, mudando de assunto.
— Conversar?
— Sim.
Percy pareceu murchar ainda mais. De qualquer forma, ele acenou, botou a massa dos biscoitos em uma assadeira, a colocou no forno, e me seguiu para fora da cozinha.
***
— Se sente, Percy. Eu não mordo. — Ri da minha própria piadinha, ainda que Percy se arrastasse atrás de mim, desanimado.
Observei Percy se sentar em um sofá à minha frente, há quase dez metros de mim, e suspirei. Eu não entendia o motivo para tanto drama. Por isso, me levantei, dei a volta na sala de estar e me sentei do lado dele, segurando em suas mãos que tremiam.
— Relaxe, ninguém vai embora aqui. Quero falar sobre limites.
— Limites? — Percy exclamou surpreso, como se a noção de tal palavra nunca tivesse passado por sua mente.
— Sim, limites. O que é permitido e o que não é. Seus gostos e como você quer ser tratado. Como você não quer ser tratado.
— Como eu quero ser tratado? — Vi Percy cruzar os braços em frente ao peito e se inclinar para trás, como se a pergunta o ofendesse.
— Sim. — Eu disse. — Você conhece a concepção de consensualidade?
— Quem não conhece? O que isso tem a ver com a gente?
Eu quase sorri. Era bom saber que Percy poderia fazer mais do que somente obedecer ordens. Porque, eu tinha que admitir, não sei se conseguiria viver com alguém que não seria capaz de ter o mínimo de auto-estima ou entender a diferença entre o certo e o errado.
— Quero que você me diga o que você gosta.
— Você não deveria saber dessas c-- Percy parou no meio da frase, arregalando seus olhos. — Eu… eu não quis dizer isso.
— Sim, você quis. — Sorri para ele, sentindo a culpa sair de meus ombros a cada palavra. — Como você gosta? Desse jeito?
Segurei em suas mãos e as acariciei devagar, vendo a reação dele. Um pequeno arfar saiu de seus lábios.
— Ou desse jeito? — Me aproximei e o peguei pelo pescoço, segurando na coleira dele. Puxei seus cabelos para trás e o beijei, o fazendo se curvar todo em minha direção.
Quando o soltei, Percy deixou escapar um gemidinho tão gostoso, arfando tão docemente, que não resisti e o beijei novamente, mordendo seu lábio inferior e enfiando minha língua em sua boca até que ele se derretesse completamente.
— Você gosta mesmo de dor?
Percy não respondeu e eu puxei seus cabelos novamente, arrancando um gemido entrecortado dele: — Si-im!
— Humilhação? Ser dominado?
— Sim!
Dessa vez, nem precisei arrancar a resposta dele. Percy respirava tão rápido e esfregava as coxas uma na outra tão impaciente, que era difícil não entender.
— Ativo ou passivo?
— Passivo? Ativo? Os dois? — Percy disse, arfando e confuso, se segurando em meus ombros, seus olhos bem abertos, me encarando de frente pela primeira vez, mesmo que não houvesse nenhuma intenção de enfrentamento.
— Você terá que ser paciente comigo.
— Paciente? — Ele entortou a cabeça para o lado, tentando entender.
— Sou virgem.
Bem, era quase isso.
Não era verdade, mas eu queria ver a reação no rosto dele. Bem que… fazia tanto tempo que eu me sentia como se fosse um. E Percy não me decepcionou, a expressão de surpresa veio primeiro, depois a de curiosidade. Percy olhou para baixo, na direção da minha cintura, e mordeu os lábios, parecendo muito interessado.
— Você vai me ensinar, Percy? Como você gosta de ser tocado? Como você quer me tocar?
Percy apenas acenou, parecendo incerto.
— Vamos aprender juntos, tudo bem? Não quero que você se sinta desconfortável.
Isso pareceu tranquilizar Percy. Eu o beijei mais uma vez nos lábios e o soltei devagar.
— Porque você não termina os biscoitos enquanto comemos? Roberta nos espera.
Percy acenou animado e se levantou, mas antes de se afastar, plantou um beijo molhado em meu rosto e fugiu para a cozinha. Fui atrás, seguindo em sua sombra, e me sentei no mesmo lugar de antes. Ele nos serviu e depois de alguns minutos, os biscoitos estavam prontos. Com nós dois, já vestidos, e preparados para mais uma sessão com Roberta e Carla, segurei na mão de Percy e sorri para ele. Eu apenas precisava me lembrar de pedir algumas dicas a elas e se possível, ler o perfil de Percy. Eu sabia que elas teriam todas as informações que iriamos precisar se eu quisesse que isso desse certo.
Então, o que vocês acharam? Eu estava pensando em transformar essa em original também, mas... apesar do tema, ela me passa uma sensação de imaturidade tão grande! E também me parece um pouco apressada. Apesar dessas coisas, e além de me dar um pouco de vergonha por causa da fetichização, eu gosto dela. É diferente do que eu escreveria hoje em dia. Foi escrita em 2020! Cada vez me sinto mais velha. Como sempre, está incompleta, mas tem por volta 80 mil palavras. Talvez eu termine ela em algum ponto. Por enquanto, vou colocá-la. Ela também está no AO3 e no SpiritFanfic.
Agora, eu gostaria de saber quem tem interesse continuar lendo essa história.
There is this a peculiar set of reasons and biases when it comes to NOT commenting on AO3.
They are all false, but here they are:
Do not comment on old fics
Do not comment on each chapter of a multichapter
Do not comment if the author left the fandom
Do not comment if the author doesn’t respond to comments
It can be summoned up as DO NOT ACT LIKE YOU ENJOYED THE WORK AND YOU LIKE THE AUTHOR.
It comes from the idea, that if you leave a comment on my old work, or leave too many comments, I will think you are strange, clingy, and gross.
Readers are imagining it as commenting on an old Facebook photo — only your granny and creepy strangers do that.
That is not the case with AO3.
Writers put their works there for long-term storage, and we expect, wish, and hope that you will like our works and tell us about it.
This has awful consequences. Fanfic authors feel constant pressure to create more and crippling fear of being forgotten, useless, and being literally kicked away from fandom.
I’m online friends with a few great fandom authors, who wrote storied with thousands of kudos, but ALL of them at some point expressed this fear. Very talented people told me, “I’m not sure if I should have ‘writer’ in my bio. I didn’t post anything new in the last half of a year.”
Some young or entitled readers might say, “Hm, well, they are right. They should create MORE to be relevant. Isn’t that a good thing to push authors to write more?”
For better or worse, life doesn’t work like that. We are talking about real people, who go to real schools, have real jobs, families, and all the other important things outside the fandom. Some of them might push to create more from that fear, but most would only get more frustrated and depressed about the whole fanfic writing.
So, please, if you like the work comment on it.
Even if it’s old, even if it’s a multichapter, even if the author doesn’t have time and energy to interact. Especially in all those cases.
Encourage your authors, and show them your support.
Oii, como vai? Demorei, mas cheguei. Como sempre a ansiedade quase me mata, mas aí dá uma vontade de escrever e faço um capítulo em menos de dois dias. Esse capítulo vem com aviso de cena +18, nada muito intenso, eu acho? Estava pensando em colocar as cenas mais intensas em algum lugar fechado porque sinto que um dia a censura vem, sabe? Vou pensar nisso para a próxima história, por enquanto fica aqui disponível para quem gostar de ler.
Espero que você gostem^^
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII
Anteriormente:
— Meu bebê está com ciúmes, hm?
— Não sei do que você está falando. — Mas o rubor no rosto de Nico dizia o que Percy precisava saber.
— Por que a gente não conversa num lugar mais calmo? — Mas antes de guiar Nico para longe da multidão, Percy se voltou para Annabeth: — Você não foi convidada. Vá embora.
— Mas, Percy! Você prometeu!
— Eu não prometi nada.
— Seu mentir--
— Não vou repetir.
Com isso, ele pegou Nico pela mão e o guiou para dentro da casa, deixando para trás uma multidão curiosa e uma loira espumando de raiva.
O pior era que ao invés de ficar bravo com a demonstração de possessividade, seu peito voltou a se aquecer. Ele nem ao menos poderia julgar o comportamento de Nico quando ele próprio fez coisas piores. Na verdade, Percy amava ver Nico tão afetado e emotivo, tão diferente do garotinho que guardava tudo para si mesmo e que nunca mostrava o que sentia. Percy se sentia aliviado, como se ele não precisasse carregar esses sentimentos sozinho e que talvez, só talvez, Nico o quisesse tanto quando Percy queria Nico.
— Para de sorrir. — Nico murmurou contra seu ombro, ainda o segurando pela cintura. Estava tudo bem porque Percy o segurava de volta, tão forte quanto Nico, o guiando pelas costas e escadas acima, para dentro de seu quarto mais uma vez, ambos se sentando em sua cama.
— Você quer conversar? — Percy tentou. Ele amava saber que Nico tinha agido daquela forma por causa dele, o problema era que esse não era um comportamento que Nico costumava ter. E se tinha alguma coisa errada, Percy queria consertar antes que fosse tarde demais.
Não que ele realmente esperasse que Nico fosse esconder algo dele, mas…
— Não é nada. — Mas, então, Nico levantou a cabeça do seu ombro e o encarou com aqueles grandes olhos negros, lacrimejando, e segurou em sua camisa como se fosse arrancá-la para fora do caminho. — É só que… é só que ela continua me perseguindo! Dizendo que você ficou com ela e… e que vocês passaram muito tempo juntos e que por isso você ia no baile com ela!
— Nico. Bebê. — Talvez ele tenha soado um pouco… autoritário. Rude. Até frio. Às vezes, era o único jeito de fazer Nico escutá-lo, o que funcionou perfeitamente.
Nico parou imediatamente de reclamar e seu rosto corou num tom incrivelmente avermelhado. Percy amava esses momentos onde ele podia ver o velho Nico ressurgindo, todo obediente e comportado, tão tímido que o fazia querer trancar a porta e mostrar o quanto Annabeth era insignificante. Talvez ele devesse, ações sempre falariam mais alto do que palavras.
— Qual o problema? — Percy tentou mais uma vez.
— É verdade?
— Eu fiquei com alguns garotos. Luke é um deles. Ela só me ajudou com algumas sessões de estudo e em troca eu iria no baile com ela.
— É só isso? — Nico se aproximou mais dele, se ajoelhando na cama e engatinhando para sentar em seu colo.
— Eu nunca ficaria com ela. Depois de estudar com ela duas vezes, encerrei nossas sessões.
— Por quê?
— Eu não precisava mais. — Percy deu de ombros, mas isso não pareceu convencer Nico mesmo em seu estado inebriado.
— Ela tentou te beijar, não foi?
— Como você sabe disso?
— Ela pode ter insinuado algo assim…
Então esse era o problema.
— Lindo, você não precisa se preocupar. Eu vou me casar com você. Não é o suficiente para provar o quanto eu te amo?
Nico o encarou longamente e mordeu os lábios, parecendo ansioso: — Só porque você me deu uma aliança não significa que um casamento vai acontecer.
Deuses! E Percy pensando que ele era o inseguro da relação.
— Você quer marcar a data? Que tal no mês seguinte da nossa graduação? No verão antes da faculdade?
— Eu… — Nico abriu bem os olhos, parecendo acordar, e se sentou melhor no colo de Percy, colocando certa distância entre eles. — A gente nem teve uma festa de noivado! Como eu poderia marcar… marcar…
Agora Nico parecia que iria vomitar. Ou talvez sair correndo de ansiedade.
— Shhh… é uma ideia que eu quero que você pense com cuidado. Quero ficar com você pelo resto da vida. Uma festa e um documento dizendo que somos um casal é apenas um detalhe. Você está me entendendo, Nico?
— Per! — Nico guinchou e se atirou contra Percy, o pegando desprevenido. Nico os derrubou para trás na cama e Percy gargalhou, surpreso e contente, ouvindo Nico fungar: — Porque você faz isso comigo!? Eu quero casar em um lugar bonito e ao ar livre! Com muita música e comida. Depois quero viajar o verão inteiro com você e te levar para conhecer minha nona!
— Isso é ótimo. Mas, por que você está chorando? — Percy sorriu para Nico e levou a mão ao rosto levemente corado e agora começando a inchar por causa das lágrimas. — Não chore, sim?
— Então, não fale essas coisas pra mim! Meu coração não aguenta. — Para mostrar o quanto Nico estava sendo sincero, ele segurou na mão de Percy e a levou para o próprio peito.
De fato, o coração de Nico estava disparado, pulsando forte e descompassado sobre suas mãos. Talvez Percy devesse dar mais uma razão para o coração de Nico continuar a bater tão forte por sua causa. Então, observando Nico respirar rápido, Percy deslizou sua mão do peito de Nico para o abdômen dele, devagar e sensual, desceu mais um pouco e encontrou as calças de Nico. Bastaram alguns suaves toques e com uma leve pressão, um pequeno volume se formou ali, Percy decidindo que se eles se apressassem ninguém perceberia a demora deles.
— O que-- o que você está fazendo?
— Mostrando o quanto o meu garoto é especial para mim.
— Percy!
Já era tarde para Nico. Percy tirou Nico de seu colo, o colocou na cama, se ajoelhou no tapete felpudo e puxou Nico para a beirada da cama. Em poucos instantes, Percy abriu as calças jeans de Nico e puxou o membro para fora, todo ereto e molhado na cabecinha, poucos pelos finos decorando a virilha. Percy gostava disso em Nico, gostava de tudo nele, desde o membro pequeno até o pelos discretos, amava que com o mais suave dos toques Nico sempre ficava excitado, às vezes tentando esconder, outras, manhoso, se deixando levar. Hoje, eles pareciam estar no meio-termo, Nico tocando em seus ombros, parecendo que iria para-lo só para gemer e jogar a cabeça para trás quando Percy acariciou a base, sentindo a pele macia, envolvendo o membro inteiro de Nico com a mão, massageando devagar até que uma verdadeira bagunça se estabelecesse.
— Você quer gozar na minha mão ou na minha boca? — Percy perguntou na intenção de permitir que Nico decidisse, apenas para ter o prazer de ver o constrangimento emanar das feições de Nico. — Se você não me dizer, não vou te deixar gozar.
— Per-cy!
— Vamos, é só uma palavrinha.
— Não!
— Você quer que eu pare?
— Percy!
— Por favor?
Quando Percy viu que dessa vez ele tinha perdido, se deu por vencido.
— Dessa vez, eu decido. Mas na próxima, vou te torturar até você implorar.
Percy era um homem de palavra. Sem avisar, segurou nas pernas de Nico, as colocou sobre seus ombros e agarrou os quadris de Nico, o mantendo no lugar. Ele gostaria de dizer que tinha durado, o problema é que eles não tinham muito tempo. Bastou uma longa lambida, um beijinho na cabecinha e algumas chupadas que Nico estivesse gozando, as pernas de Nico se enrolaram em volta de seu ombro e os dedos longos e finos se fincaram, puxando seu cabelo. Foi uma visão maravilhosa para Percy, em dois minutos Nico tinha gozado e agora o garotinho arfava olhando para teto, derretido contra os lençóis. Percy podia dizer com segurança, tinha sido um recorde até para ele. Mas tudo bem, eles tinham o resto da noite e do domingo para aproveitar.
***
Depois de cinco minutos, Nico e Percy apareceram na festa de mãos dadas e ambos bem mais calmos que antes. Nico tinha o rosto corado e a expressão relaxada, enquanto Percy estava com os cabelos ligeiramente fora do lugar e um grande sorriso no rosto. Era óbvio o que tinha acontecido para qualquer pessoa com um bom senso, embora fosse algo novo para a pequena multidão naquele jantar. Nico costumava ser um anjo intocado, mas parecia que agora ele tinha se tornado humano como todos os outros. Bem, Percy não se importava com as fofocas, o que não significava que ele gostasse da forma que as pessoas olhavam para Nico. Será que seria muito ruim se ele pegasse Nico e fosse para outro lugar? Talvez…
— Percy, meu rapaz! — Percy ouviu uma voz retumbar atrás deles e imediatamente soube quem era. O tão infame Hades. Não para ele, porém não foi Percy quem teve que viver com um pai ausente. Poseidon podia ter traído sua mãe, mas o homem esteve presente em cada etapa de sua vida.
— Senhor. — Percy cumprimentou.
— Vejo que vocês finalmente se acertaram.
Hades se aproximou e com um grande sorriso cheio de dentes brancos e olhos tão negros quanto os de Nico, apertou sua mão de forma energética. Já quando chegou a vez de Nico ganhar um abraço, o garoto deu um passo para trás, suas feições antes contentes se amargurando mais rápido do que uma fruta podre caindo ao chão.
— Hades. — Nico disse, e só para se certificar, deu outro passo para trás, se afastando de Hades e Percy. — Quem te convidou?
— Sally. Vim com Bianca. Ela deve estar em algum lugar por aqui.
— Ótimo. — Sem qualquer outra palavra, Nico deu as costas para eles e se meteu na multidão, desaparecendo de vista.
— Vejo que as coisas estão indo bem?
— Elas estão. Obrigado.
— Como Nico está?
— Muito bem. Melhor do que antes.
— Isso é bom. Continue assim.
Com isso, Hades tocou em seu ombro, acenou e tão rápido quanto Nico, desapareceu entre as pessoas.
O que Percy podia dizer? Os Di Angelo eram conhecidos pela brevidade. Eles sempre eram diretos e diziam apenas o que precisavam. Podia parecer estranho, Percy sabia disso. O fato era que ele e Hades tinham um trato. Percy contava o que acontecia na vida de Nico e Hades não se meteria no relacionamento deles. Funcionava bem para todo mundo. Houve um tempo em que Percy pensou que Hades iria impedir a amizade entre ele e Nico, mas, então, no dia seguinte Hades fez uma visita a sua casa, falou com sua mãe e pediu desculpas. Desde então eles têm esse acordo. Nico sabe disso, é claro, o que não torna nada mais fácil. Percy sempre ficava preocupado quando pai e filho se encontravam, por isso, foi sua vez de se meter na multidão, buscando pela cabeleira negra de Nico.
Não demorou muito para encontrá-lo, Nico estava sentado em uma das mesas vazias. Pratos, taças e talheres já estavam organizados na mesa para o jantar que aconteceria mais tarde. Ninguém precisava dizer o que estava acontecendo. Percy deu a volta na mesa e abraçou Nico por trás, o apertando forte entre seus braços.
— Sinto muito. — Sussurrou para que somente Nico pudesse escutar.
— Ele perguntou como eu estava?
— Sim.
— Ridículo.
E realmente era. Ao invés de Hades falar com o filho, o homem preferia perguntar para ele, ou para qualquer pessoa que não fosse o próprio Nico.
— Sinto muito. — Era tudo o que ele podia dizer. Então, colocou o rosto contra o pescoço de Nico e o beijou ali, escutando Nico rir, se contraindo todo.
— Faz cócegas.
— Cócegas. Sei.
— Seu bobo.
Nico se virou em seus braços e enfim o abraçou de volta, suspirando, colocando o rosto encostado em seu ombro.
— Não sei porque ainda me importo.
— Ele é seu pai.
— Ele nem teve coragem de visitar a gente na casa da nona! E depois, ele aparece assim, como se tudo estivesse bem.
— Eu sei.
— Sabe quanto tempo eu não via ele? Um ano inteiro! Tive que telefonar para ele avisando que eu estava voltando. Que tipo de pai faz isso?
— Shhh. Ele não vale sua preocupação.
— É tão frustrante!
— Nico.
— O quê foi?
— Quer dançar comigo?
— O quê? — Isso fez Nico parar no meio de outra reclamação e levantar a cabeça, seus olhos lacrimejando, sem derrubar nenhuma lágrima.
— Vamos dançar.
Percy segurou na mão de Nico e o puxou suavemente pelo gramado até chegar no centro do jardim, onde uma pista de dança improvisada tinha sido colocada. Percy parou no centro da pista feita de uma espécie de piso de plástico e se aproximou de Nico, colocou uma de suas mãos na cintura de Nico e outra em seu ombro, enquanto Nico apenas ficou lá, parado no meio das outras pessoas que dançavam, sua reação congelada chamando mais atenção ainda do que seria o normal.
— Percy! Eles estão olhando pra gente! — Nico murmurou entre os dentes, tentando se esconder contra o peito de Percy.
— Deixe eles olhar. Devem estar com inveja. Olha pra você, tão bonito e inteligente. Como eles poderiam não admirar algo tão lindo?
— Per-cy!
— Tá bom. — Percy sorriu para Nico e o puxou para mais aperto até que nenhum centímetro restasse entre eles. — Olhe para mim, tudo bem? Só pra mim.
A expressão no rosto de Nico se suavizou e só assim Nico relaxou, colocando as mãos nos ombros de Percy.
— Obrigado. — Nico murmurou, o olhando entre os cílios. — Não sei o que eu faria sem você.
Percy queria soltar uma piadinha para ver se aliviava o peso no coração de Nico, mas quando se tratava de família, não havia como consertar as coisas. Então, ele decidiu fazer o que de melhor Percy sabia fazer; segurou no pescoço de Nico e o beijou no meio da pista de dança. O mundo parou de girar e o silêncio se fez dentro de sua cabeça, porque Nico o abraçou pelo pescoço e abriu a boca, permitindo que seus lábios se tocassem, sem vergonha e sem pudor algum. Foi quando Percy finalmente soube que não havia nada a temer ou a esconder. Mesmo com todos os problemas, agora sabia que Nico finalmente era seu.
***
A festa tinha sido um grande sucesso. Os pratos já tinham sido retirados e as taças de sobremesas comidas pela metade estavam espalhadas pelas mesas, embora taças de bebidas ainda estivessem sendo oferecidas. Champanhe, vinho, whisky e cerveja, apenas as pessoas que gostavam de beber ou que ainda dançavam estavam presentes, com a maioria dos convidados se despedindo de sua família no caminho para a saída. Bem, o fato é que estava ficando tarde e eles enfim poderiam abandonar a festa sem parecer mal-educados.
Ele acenou para Luke, Thalia, Clarisse e Cris que passaram por eles, decidindo que era a vez deles irem também.
— Bebê.
— Hm?
— Está na hora de ir pra cama.
— Cama?
Percy segurou Nico pela cintura para que ele não caísse e Nico se ajeitou em seu colo, arrumando a cabeça contra o ombro de Percy. Era agora ou nunca, parecendo que passariam o resto da noite sentados e bebendo sem controle, o que acabaria dando em um espetáculo mais grandioso do que Percy estava preparado para lidar.
Ele beijou o rosto de Nico e se levantou, segurando nas pernas de Nico, enquanto Nico se apoiava sobre seus ombros.
— Hmmm… Per.
— Shhh. Segura firme.
Foi o que Nico fez. Eles andaram pelo gramado, Percy carregando Nico feito um bebê e Nico reclamando de ser acordado. O bom é que não restava mais ninguém que pudesse envergonhá-los. Sua mãe já tinha se retirado com Tyson já que Paul, o novo marido de sua mãe estava fora em uma viagem de negócios, Hades e Bianca tinham ficado na festa pelo menor tempo possível e todos seus amigos estavam bêbados demais para se lembrar de alguma coisa, ou também já tinham ido embora. Percy queria dizer que Nico estava pesado e que era difícil de ver por onde eles iam, mas isso seria uma mentira. Nico era tão leve que ele mal sentia o peso, o que ele sentia era Nico colado a ele, suas pernas em volta de sua cintura, o volume entre elas óbvio demais para que ele pudesse ignorar.
— Per. — Nico disse novamente, naquele mesmo tom suave e doce. Só que ele não esperava que Nico fosse ser quem iria iniciar as coisas, beijando seu pescoço e respirando contra sua orelha, ou melhor, gemendo e o agarrando com força.
— Estamos quase lá.
Eles estavam mesmo, Percy apenas precisava andar mais alguns passos e abrir a porta. Ou é o que ele teria feito se Nico não escolhesse aquele momento para levantar a cabeça e com os olhos deslocados e dilatados, e rosto corado, segurar em seu rosto e encostar seus lábios em um suave e quase inocente toque.
— Você vai me fuder hoje? Na sua cama, onde sua família pode ouvir?
Percy congelou no meio do caminho, suas pernas falhando na mesma velocidade que o sangue em seu corpo descia para seu membro.
— Deuses, Nico! O quanto você bebeu?.
— Eu não estou bêbado!
A forma que Nico mal conseguia manter os olhos abertos ou sua fala lenta, mostrava o contrário. Felizmente, Percy estava sóbrio o suficiente para continuar os poucos passos até seu quarto e trancar a porta, se certificando que ninguém os interromperia.
— Você foi um garoto muito arteiro hoje. Você merece uma punição. Meu garotinho lembra o que eu disse hoje mais cedo?
— Hmm… que você me deixaria gozar? — Nico tentou, esperançoso.
— Não, que eu te faria implorar.
— Oh. — Foi tudo o que Nico disse antes que ser jogado na cama e de suas calças serem arrancadas.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Como sempre fico muito contente com a presença de vocês e todos os comentários, likes e reblogs. Faz toda a diferença e se vocês puderem me contar o que estão achando até aqui me ajudará muito para a fase da revisão^^
Obrigada por ler e até a próxima vez que pode ser no fim de semana ou depois!
I made this meme back in 2023
Did I cook back then? lol
Me was in benninging of me writin’ career
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
464 posts