2 Genres Of Fanfiction:

2 genres of fanfiction:

1) put that guy into situations

2) take that guy OUT of situations for the love of GOD let them REST 

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1 year ago

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Oii, como vai? Eu consegui fazer uma capa para uma das minhas histórias com Inteligencia artificial! Eu só queria compartilhar com vocês. ❤❤

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Eu fiz uma capa em Inglês também, mas por enquanto apenas tenho a versão em português. A história está incompleta, mas quem quiser ler >>> SpiritFanfic e AO3. Provavelmente no futuro vou traze-la para cá.


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1 year ago

“How come he don’t want me, man?”   Season 4, Episode 24: Papa’s Got A Brand New Excuse


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1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIII

Oii, como vai? Temos um novo capítulo. Espero que vocês gostem. Sem revisão.

Não sei se já falei sobre isso aqui. O tema da história, o relacionamento D/s, acho que não é algo tão comum, ou pelo menos não da forma que eu abordo o assunto. Quero conversar sobre maturidade, sabe? Sinceramente espero que ninguém menor de 18 anos esteja lendo essa história, e se tiver, tenha bom senso, ok? Não vou dizer que você não possa ler, apenas... não tente isso em casa! Especialmente com quem você mal conhece e possa abusar de você.

Sei que não é o caso de todo mundo, mas tem algumas pessoas que usam a comunidade BDSM para se aproveitar da inocência de outras pessoas. No fim, é sobre o poder que uma pessoa pode ter sobre a outra, no caso, um submisso colocar tanta confiança em outra pessoa e acabar em perigo por causa disso.

Enfim, eu só queria lembrar que nem todo mundo merece ter a sua confiança. Por exemplo, na história, Percy e Nico se conhecem há quase dez anos. Entende? Se lembrem de sempre serem sanos e seguros, ok?

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII

Percy se sentia como se fosse um criminoso. Ele tinha plena consciência que não devia ter ido ver Apolo e Vanessa sem a permissão de seus pais, afinal, tecnicamente, ele ainda tinha 17 anos e só seria considerado maior de idade dali há dois meses. Sua única opção foi se esgueirar pela casa. Ele se escondeu na entrada de empregados e só se moveu quando não viu ninguém por perto, passou pela cozinha e então correu escadas acima, ouvindo a voz de sua mãe e a de Nico na sala de estar. Era uma pena. Se Nico ainda estivesse dormindo, ele poderia enfim fazer o que tinha que fazer antes que sua mãe o convencesse do contrário.  

Sinceramente? Sally estava certa. Eles não deviam mexer com certas coisas, principalmente porque eram jovens demais e porque, de acordo com a lei, eles não seriam responsáveis no caso de algo dar errado. Mas... se Nico já praticou esse tipo de dinâmica com outras pessoas e ele também já estava mergulhado até o pescoço nesse meio, qual era o problema de apressar as coisas? Só um pouquinho? Seria apenas o suficiente para tranquilizar Nico que estava determinado a deixá-lo louco. 

De verdade, Percy não tinha escolha. Era o pior tipo de sentimento ver Nico implorando atenção como ele o estivesse ignorando de proposito; e se era o que Nico queria, pelo menos Percy faria da forma certa. Quer dizer, ele já tinha dado um diário para Nico e eles tinham também tinham as palavras de segurança, mesmo que Nico não tivesse notado o que elas realmente eram. Então, talvez, fosse a melhor alternativa. Assim, eles poderiam enfim esclarecer as coisas de uma vez por todas. 

Se dando por vencido, Percy andou até seu quarto, colocou a caixa em cima da cama e saiu do quarto rapidamente. Ele não queria que Nico pensasse que ele tinha o abandonado bem no momento que eles tinham se reconciliado, por sua causa, é claro; mas como ele poderia simplesmente dar o que Nico queria quando Percy sabia da responsabilidade de dominar alguém? Na maioria das vezes não seria apenas obediência e diversão. Era a expectativa por trás da palavra, do que realmente significa dominar a vida de alguém. O cuidado, a preocupação, se certificar que Nico estaria seguro e contente mesmo no meio da dor e da frustração, a real responsabilidade de ter a completa entrega e confiança de alguém a ponto de Nico levar cada palavra ou ordem sua ao pé da letra. E pelo que ele tinha visto, alguns submissos esperavam que o dominador tomasse todas as decisões por ele, e nisso, Percy não sabia se seria capaz de consentir. Esse era o real motivo dele hesitar tanto, quem dera fosse somente as fantasias de Nico, a expectativa sempre seria mais pesada do que qualquer coisa que eles pudessem praticar. 

— Percy? Pensei ter te visto entrar. Acho que precisamos ter uma conversa. 

O pior que ele temia aconteceu, alguém realmente tinha o pegado desprevenido. Era sua mãe, furiosa e com os braços cruzados. Percy nem teve tempo de descer as escadas, mas pelo menos ele tinha fechado a porta do quarto, a impedindo de ver o logo na embalagem da caixa. 

— Olha, não é o que você pensa. 

— Eu sei de tudo. Nico me contou. 

— Tudo? O que seria esse tudo? 

— Não tente me enganar. 

Percy parou por um momento, se dando conta que a mãe estava blefando. Se ela soubesse de alguma coisa, Sally já estaria esbravejando de uma forma bem mais especifica. No máximo, ela devia ter visto algo nos ombros ou no pescoço de Nico. Mas... será que ele devia esconder essas coisas de sua mãe? Sempre era melhor ter um plano reserva caso ele fizesse besteira. 

— Tudo bem. A gente fez sexo, satisfeita? — Percy levantou a mão antes que Sally pudesse continuar, vendo o rosto dela se aprofundar na fúria, feito uma mãe leoa defendendo seu filhote. — Sei que prometi, eu tentei fazer do seu jeito e olha o que aconteceu! Nico pensou que eu não queria ficar com ele. Descobri que ele...  

— Ele o quê? 

— Você sabe... 

— Não, eu não sei. 

— Nico acha que estou rejeitando ele se eu não... tocar nele. 

— Oh. — Sally suspirou e se escorou na parede, parecendo derrotada. 

— Vou fazer as coisas do jeito certo dessa vez.  

— Percy, o que você está dizendo? O Nico não é assim. Ele é bondoso e calmo e... 

— Super obediente? Gosta de agradar a todo mundo ao redor dele? 

— Percy, eu te proíbo de-- 

— Ele é um submisso, mãe. O que você quer que eu faça? Por que você acha que eu me afastei de dele? É isso o que você quer? 

— Eu decido o que acontece nessa casa e isso não vai acontecer. 

— Já é tarde demais, você não vê? Não fui eu quem começou com isso. 

— O quê? 

— É isso mesmo. Nico andou se divertindo sem mim na Itália. E se eu encontrei um lugar e fui acolhido, tenho certeza que ele também vai encontrar. 

Isso enfim pois um fim na discussão. Sally parecia arrasada a um ponto que Percy não tinha visto antes, nem mesmo quando ela descobriu que Percy tinha tendencias suicidas. 

— O que pode ter acontecido para Nico querer essas coisas? Ele deve ter aprendido com alguém. 

Era uma boa pergunta. Para um garotinho que evitava sequer a menção de sexo para se tonar um submisso era um grande passo. 

— Talvez o que ele contou sobre o Hades seja pior do que a gente pensou? 

— Percy! Eu não quero pensar nessa possibilidade. — Sally levou a mão ao rosto, se negando a acreditar que Hades seria capaz de abusar sexualmente de um garotinho tão indefeso. Quando ela voltou a encarar Percy, Sally tinha um brilho estranho no olhar. — Parece que a gente tem mais trabalho pela frente. 

— Mãe, não! Nico não falou nada sobre isso. Não quero que ele se sinta pressionado. 

— Querido, é claro que ele não falou sobre isso. Você falaria? É o que abusadores fazem. Eles manipulam pessoas mais frágeis do que eles e as fazem crer que ninguém vai acreditar nelas. Nico precisa de um empurrãozinho na direção certa. 

— Eu não sei. Vamos falar com ele, se for o caso-- 

— Deixa comigo. Hades Di Ângelo não sabe com quem se meteu!    

*** 

A vida de Percy era uma grande bola de cansaço, pois era assim que ele se sentia. Uma coisa pequena que parecia ser sem importância, de uma hora para a outra, crescia e crescia, e quando ele menos percebeu, os pequenos sinais de perigo se tornaram um vendaval de problemas. Ele não estava reclamando, era melhor saber o que acontecia do que ser pego de surpresa mais tarde. O primeiro deles era sua mãe sempre se metendo no que ela não devia. Eles desceram as escadas e imediatamente ele soube; assim que chegaram no andar de baixo, viu Sally endireitar a coluna, como se ela estivesse se preparando para ir a guerra.  

Por sorte, as três pessoas presentes não haviam reparado na presença deles. Nico estava sentado em frente a mesa de refeições, parecendo irritado com algo que Tyson falava para ele, enquanto Grover apenas ria estirado na cadeira onde se sentava. Então, antes que algo pudesse acontecer, Percy segurou no ombro dela, sorriu e se abaixou na direção da mãe, sussurrando: 

— Mãe, a gente conversou sobre isso. 

— Eu preciso-- 

— Não, eu vou falar com ele quando for a hora certa. 

— Per-- 

— Me prometa. Estou falando sério. 

— Perseu Jackson! 

Isso enfim chamou a atenção de Nico. Ele ignorou o olhar fulminante da mãe sobre ele e seguiu em direção a Nico. Sally podia ficar irritada o quanto quisesse, mas hoje não era o dia certo de discutir essas coisas; hoje, ele iria colocar Nico numa coleira bonita e fazer as coisas da forma certa. 

Isso é, ele faria isso se Nico permitisse. Porque esse era seu segundo problema do dia. Era até engraçado se Percy fosse sincero consigo mesmo, Nico olhou em sua direção por um breve momento e simples assim, o ignorou, olhando para a prato em frente a ele, movendo a comida com a garfo de um lado para o outro. 

— Parece que alguém não teve uma noite muito boa. — Tyson continuou, mastigando enquanto falava. Era um tanto nojento. O que Percy podia fazer? Quando o irmão estava com esse tipo de humor nada podia impedi-lo. A não ser quando Nico estava com um humor ainda pior. 

Em câmera lenta, ele viu Nico pegar um pãozinho ainda quente, o olhar por um momento e, então, Nico jogou o pão na cara de Tyson, acabando com o riso de Tyson, mas arrancando gargalhas de Grover que quase caiu para trás de tanto que ria. 

— Agora, quem é que não está tendo um dia bom? Hm? — Um sorrisinho vitorioso apareceu no rosto de Nico e na maior demonstração de infantilidade, Tyson mostrou a língua para ele, pegando o pãozinho que havia caído em seu prato, dando uma grande mordida nele. 

— Comida arremessada é ainda mais gostosa. Vamos ver quem ganha? 

Era claro que imaturidade tinha ganhado essa rodada. Percy não viu outra alternativa a não ser bancar o adulto. Bem na hora que Nico se preparava para lançar outro pedaço de pão, Percy parou ao lado de Nico e tocou em sua nuca. Ele sequer o segurou, apenas colocou a mão sobre o pescoço de Nico. O efeito foi imediato. Nico parou com a mão levantada e olhou para cima, em seu rosto uma expressão de garoto arteiro.  

— Se comporte.  

Essas palavras pareceram ter um efeito ainda mais potente. Devagar, Nico abaixou o braço, colocou o pão no próprio braço e olhou para baixo, todo encabulado. Percy nem havia o repreendido ou dito para ele parar, mas foi como se ele tivesse feito. Era... intoxicante. Se ele desse qualquer outra ordem a Nico, ele acataria? 

— Coma. — Percy disse e esperou para ver o que aconteceria. 

Por um momento, ninguém se moveu. Nico continuou todo encolhido contra o assento da cadeira, se remexendo inconfortável. Nem mesmo o barulho dos saltos de sua mãe se aproximando pareceu despertar Nico de sua vergonha. Nico permaneceu assim por mais uns momentos e enfim voltou a segurar no garfo, dessa vez cortando um pedaço da panqueca e a levando aos lábios, parecendo que iria cair no choro a qualquer momento. 

— Bom garoto. — Percy disse mais uma vez, testando para ver o que Nico faria.  

Ele acariciou os cabelos ali e sentiu Nico imediatamente relaxar, mastigando devagar sobre seu olhar atento e corar discretamente. A real pergunta era se as coisas sempre tinham sido assim ou era algo novo.  

Percy olhou para sua família que agora parecia tão comportada quanto Nico e viu que ninguém tinha estranhado a cena. Era verdade que ele por vezes tinha que apartar discussões assim, sem importância, mas Nico sempre reagiu a ele dessa forma? Percy odiava o que seu cérebro fazia com ele, apagando esses tipos de informação e depois o fazendo questionar se era real ou apenas sua imaginação fértil. 

— Onde você... — Nico começou a dizer, ainda olhando para o próprio prato. — Você não estava na cama quando eu acordei... alguma coisa aconteceu? 

— Eu tive que sair bem rápido. É uma surpresa. 

— Surpresa? Eu vou gostar disso? — Mas o que Percy escutou foi “vai ser divertido?” 

— Eu garanto que sim. 

— Eu só... não gosto de acordar sozinho. 

Hm. Percy entendia, realmente entendia. Mas já que Nico queria ir nesse caminho, Percy tinha a obrigação de ser responsável. 

— Isso não vai se repetir. Tive um bom motivo. 

— Que seria...? 

— Você vai descobrir. Logo. 

Percy tinha falado com um tom de finalidade que geralmente ele não gostava de usar. Quer dizer, ele era o dominante ali, não? Então, ele iria agir como um. E Nico parecia ter noção disso mesmo que eles não tivessem tido uma conversa séria e definitiva. Porque Nico olhou para ele com curiosidade e ao invés de discutir, ele fez um biquinho manhoso e voltou a comer, dando uma garfada nos ovos mexidos. 

— Você quer? — Nico deu mais uma garfada e ofereceu a Percy, que aceitou apenas para ver um sorriso aparecer no rosto de Nico. 

Bem, o que ele poderia fazer? Percy puxou uma cadeira para perto e deixou Nico o alimentar em intervalos onde as coisas voltaram ao normal, sua família voltou a conversar e Nico se manteve quieto aceitando tudo o que Percy colocasse em seu prato. 

*** 

Nico pegou sua bolsa do chão e aceitou quando Percy ofereceu a mão para ele, ouvindo o sinal tocar. Era sexta-feira e geralmente esse era o dia que Nico mais gostava, um dia que tinha poucas aulas e o fim de semana inteiro para descansar. Ou era o que costumava acontecer. Desde que ele tinha voltado todos os dias eram cheios de altos e baixos, pequenos momentos em que Nico guardava com carinho esperando que eles durassem pelo resto de sua vida. Ele só... só não esperava que depois de tantos desentendimentos as coisas se tornariam tão fáceis. Imprevisíveis? Sim. Mas nunca forçadas, mesmo quando acontecia algo que fazia sua cabeça girar. 

Felizmente, esse era um dos momentos bons. Desde que tinha acordado naquela manhã sua cabeça estava... vazia. Ele não conseguia se preocupar sua problemas, como provas que se aproximavam ou com Annabeth que continuava os rondando. Nem mesmo quando Percy o repreendeu no café da manhã. As coisas apenas pareciam estar no lugar certo novamente, como se ele nunca tivesse ido embora, entretanto, elas pareciam estar melhores ainda, sentindo que eles tinham dado um passo importante em direção ao futuro que ele sempre sonhou. 

— Bebê? Tudo bem? 

— Hm. Só estou cansado. 

— A gente tá quase chegando. 

— Ta bom. 

Eles estavam mesmo. Nico mal tinha percebido o momento em que haviam entrado no carro de Percy, não se lembrava de ter colocado o sinto ou quando eles tinham chegado no bairro com eles moravam. Ele olhava para fora da janela, sem registrar nada, deixando sua mente viajar, vazia, se sentindo tão calmo como nunca antes. Tinha sido o sexo da noite passada? Ou era apenas a presença de Percy? E de onde vinha essa paz de espírito toda? 

Isso não importava, ele saiu do carro quando Percy abriu a porta para ele, aceitou a mão que Percy mais uma vez lhe oferecia e subiu as escadas enquanto Percy o guiava. Hm... talvez fosse isso. Sempre tinha sido isso, não? A ausência de deveres e obrigações? Não sempre e nem de tudo, só um pouquinho. Estava tudo bem se ele se permitisse não tomar nenhuma decisão por algumas horas, certo? 

— Lindo. Levanta a perna. 

— Oh. 

Ele fez, levantou uma perna e depois a outra, permitindo que Percy tirasse seus tênis, meias e calça. 

— Os braços. 

Nico os levantou também, Percy trocando sua camisa por uma camiseta confortável. 

— Melhor? Um pouco de água? 

Nico não hesitou, pegou o copo de água da mão de Percy e a tomou em um folego só, se sentindo bem imediatamente. 

Será que tinha acontecido algo durante o dia para ele estar se sentindo assim? 

— Bom garoto. — Percy disse e beijou seu rosto, o segurando pela nuca, praticamente o embalando em seu colo. 

Algo acendeu em seu cérebro, prazer irradiando por seu corpo sem motivo nenhum.  

Oh, então era isso? Devia ser esse o motivo dele estar se sentindo tão leve e contente. Não devia ser algo normal se sentir assim durante tanto tempo, certo? Quer dizer, ele tinha acordado de mal humor, mas logo aquele sentimento de estar fazendo a coisa certa e estar no lugar certo o preencheu, o fazendo esquecer que devia estar bravo com Percy. 

— Eu... não fala assim comigo. 

— Assim como? 

— Assim... com essa voz... me tocando dessa forma... 

— Eu sempre fiz isso. O que mudou agora? 

— Eu... — Mas Nico já começava a não se importar se Percy fazia isso de proposito. Era normal ouvir a voz de alguém e imediatamente sentir todas essas coisas? 

Nico ouviu Percy rir e um arrepio percorreu sua coluna. Era um baixo e grave ao pé do seu ouvido, o fazendo perceber que Percy, de fato, estava fazendo isso de proposito. Talvez ele tivesse gemido e se agarrado ao pescoço de Percy, Percy mordiscando seu ombro, subindo até encontrar mais uma vez o lóbulo de seu ouvido. 

— Tudo bem, eu admito. — Percy murmurou. — Você tem estado muito suscetível a... sugestões. Sou eu ou é algo geral? 

— Só você. — Nico se pegou dizendo, vendo que era a verdade. — Acho que... eu confio em você. 

— Me sinto honrado. — Percy disse sem nenhuma ironia, o tom de voz baixo e aveludado dando lugar a algo mais normal. — Eu tinha medo que isso acontecesse. Nunca vou abusar da confiança que você me dá. 

— Eu sei disso. Nunca duvidei disso. 

— É por isso que tenho que falar algo com você. 

Esse não. Será que ele estava encrencado? 

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Espero que tenha sido divertido e desculpa pelo texto no inicio, como escritora o minimo que posso fazer é informar. Me lembro como foi descobrir esse mundo, e nem sempre é o que as pessoas te fazem acreditar. Essa história deve ser usada meramente como intertenimento e não uma verdade absoluta.

Até a proxima!


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1 year ago

Não Há Lugar Como o Lar - Hiatus!

Oii, como vai?

É, aqui estou eu, parando de novo. Entretanto, isso não é algo ruim. Na verdade, é muito bom. Esse ultimo ano me permiti ser livre criativamente. Escrevi o que eu quis e quando eu quis, mesmo que às vezes eu fugisse do meu planejamento inicial. E foi o que aconteceu, eu acabei de me deixando levar além da conta e coloquei algo que mudou muito a premissa da história. A boa notícia é que só faltam aqueles últimos quinze por cento para a história se encerar. O pior é que eu nem tinha percebido que tinha me desviado tanto assim, já que o objetivo dessa história era escrever sobre adolescentes no ambiente colegial, sabe? Aí eu coloquei D/s de forma muito incisiva e outras cenas um pouco estranhas. Se não fosse um leitor me dizer "Que estranho" eu nem teria me tocado do caminho que eu estava tomando. 

Enfim, abaixo explico com mais detalhes o que aconteceu e também dou um resumo geral do que eu estava planejando para os últimos capítulos. Obrigada a todos que acompanharam até aqui!

Sinto que minha escrita está indo em uma direção diferente nos últimos anos, sabe? Sobre as cenas +18? Cada vez sinto menos vontade de escrever sobre elas, e vou repensar se essas cenas são realmente necessárias, principalmente nessa história. Então, provavelmente, vou passar a escrever menos sobre isso. Quer dizer, na "Refulgente", escrevi algo assim, uma história cheia de tensão e quase nenhum smutt. E falando nisso, estou monetizando a "Refulgente" e provavelmente vou monetizar essa também. Mas não se preocupem, vou tentar mantê-las gratuitas, ou pelo maior tempo possível. Sei que não é o que vocês querem escutar, porém, sinto que seu eu não começar a ganhar algum dinheiro com isso, vou acabar desistindo, exatamente como outras pessoas que eu conheci.

Vou colocou o link no meu perfil para as histórias que eu tenho disponíveis em outras plataformas, e se vocês puderem me apoiar vou ficar muito feliz. Quem sabe a gente possa trocar histórias? Estou sempre em busca de novas histórias contanto que elas sejam bem-escritas.

Obrigada por tudo. Qualquer novidade, volto aqui. E falando nisso, alguém é beta por aqui? Daqueles bem críticos? Só para não me deixar escrever mais besteira. Eu já tenho uma, mas eu queria alguém sem medo de me criticar, sabe? Alguém extremamente sincero e tenha senso de crítica, especialmente quando se refere ao enredo e estrutura narrativa. Sempre é bom ter mais do que uma ou duas opiniões. Porque, infelizmente, escrever não é um trabalho tão solitário quanto as pessoas te fazem acreditar.

Ah, esqueci de dizer. Já sei qual vai ser o final dessa história. Também estou planejando alguns extras.

Agora vem o spoiler, então, leia com cuidado!

Basicamente, o Nico vai começar a relaxar mais ao redor dos amigos de Percy. Vou fazer algumas cenas com todos reunidos no pátio da escola, o Nico flertando com o Luke sem nem perceber, Percy ficando puto da vida, Luke tanto amenizar as coisas e Grover rindo da cara deles. A relação do Nico e do Percy se torna mais natural, a relação deles chamando atenção das outras pessoas enquanto para eles tudo parece normal. As provas finais vão começar, e Annabeth vai voltar e pergunta para o Percy quando ele vai comprar os convites deles para o baile na frente do Nico. Nico sai correndo irritado e Percy vai atrás. Nico diz para Percy que não quer que Percy fale ou veja Annabeth. Chega o dia do baile e Grover tem um acidente causado por Luke, assim, Percy e Nico vão para o hospital e perdem o baile, onde Nico iria tocar com a banda.

Agora, seria a parte dramática. Nos últimos dias antes do ano letivo acabar, Nico vê Annabeth beijando Percy. Nico sabe que Annabeth fez aquilo de proposito, mas não consegue evitar o panico e a vontade de fugir. Percy imediatamente vai atrás de Nico e o acalma; se Percy se ajoelha e implora ou o abraça apertado e começa a consolar Nico, ainda não decidi. No final, eles se entendem e Percy fala que Nico não precisa se preocupar, logo eles estariam indo para a Itália se casar e tudo isso ficaria para trás, que Nico precisava apenas esperar uma semana para o final das avaliações e o diploma. A partir daí, Percy ignora todos os amigos na escola e Luke vai na casa de Percy para falar com ele. Percy diz que Luke não fez nada para ajudá-lo quando Percy já havia o salvado várias vezes, batido em pessoas por causa dele tentando defendê-lo. Percy dá um soco em Luke e o manda embora. Mais tarde Nico conversa com Percy e diz que talvez tenha exagerado, que Percy não precisa se isolar por causa dele. Percy diz que vai pensar sobre isso.

As últimas cenas antes do epílogo é com Percy se despedindo dos amigos no colégio e Annabeth encurralando Nico em um dos corredores quando Nico sai de sua última avaliação. Ela empurra Nico que cai de bunda no chão. Ele olha para Annabeth e de repente não entende porque se sentiu tão ameaçado por ela. Para resumir, Nico começar a rir e Annabeth fica ainda mais furiosa quando Nico diz que ela é patética. Annabeth chuta o estomago de Nico, mas antes que algo mais serio possa acontecer, Percy chega, indo buscar Nico como eles tinham combinado. Percy segura Annabeth e a empurra para longe, ajudando Nico. Percy nem mesmo olha para Annabeth e pega a bolsa de Nico do chão, o ajudando a andar para fora daquele colégio de uma vez por todas.

Para o epílogo vou fazer Nico e Percy na Itália, Percy conhecendo a Nona do Nico, Poseidon e Triton indo para o casamento. Os melhores amigos do Percy também vindo para o casamento e talvez mais algumas cenas do passado, quem sabe os amigos do Nico na Itália? Estava pensando em escrever sobre a Sally, como ela está organizando o casamento, ela chega duas semanas e quando vê o fornecedor para o buffet, reprova tudo e pede a cozinha do restaurante emprestada pelas próximas semanas por uma boa quantia de dinheiro. Sally gosta tanto da cidade que acaba comprando o restaurante e comprando uma casa na cidade, mas isso é por que Percy decide ficar pelo próximo ano por lá, vendo como Nico estava feliz. Sally passa os próximos meses viajando entre os Estados Unidos e Veneza, tão energética como sempre, contente de ver Percy finalmente satisfeito. No fim, Luke, Tyson, Grover e Clarise os seguem para a Itália e Percy e Nico, ganham uma casa á beira-mar, finalizando a história com um por do sol e um beijo doce.

Bem, espero não ter decepcionado muito. Obrigada a todos que me acompanharam até aqui. Assim que eu tiver novos capítulos para essa história, aviso aqui.

Até a próxima.


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6 months ago

someone said ‘the version of me you created in your mind is not my responsibility’ and wow

7 months ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIX

Oii, como vai? Mais um capítulo!

Eu já disse por aqui que o Percy não é uma pessoa tão boa assim? Pois é, o Nico também não. Mantenham isso em mente para os capítulos futuros.

Sem nenhuma revisão.

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV / CAPÍTULO XXV / CAPÍTULO XXVI / CAPÍTULO XXVII /CAPÍTULO XXVIII

— Depois. Eu prometo. — Percy disse, se afastando a lentos passos em direção a porta. — Não se divirta muito sem mim.

Nico não pretendia. Desde que tinha voltado da Itália raramente se divertia se Percy não estivesse por perto. Os amigos que ainda tinha por ali insistiam em dizer como Percy era o pior dos vilões e os que não diziam nada, se mantinham distantes, hesitantes e medrosos apenas com o pensamento do que Percy poderia fazer com eles.

Não era ridículo? Nico tão pouco estava interessado neles. Ele admitia sentia falta de seus amigos em Veneza, sua família, o sol escaldante, as construções centenárias e o ar limpo. Mas ele sentiria muito mais a falta de Percy, e se ficar longe de cidade natal fosse necessário, era o que faria.

A porta finalmente se fechou as suas costas, permitindo que ele voltasse a olhar para seu reflexo no espelho. Isso era outra coisa que admitia, gostava de ver aquela coleira em volta de seu pescoço; Nico podia se ver no futuro a usando sem pudor. Via ele e Percy numa grande casa no campo, o sol batendo em sua pele enquanto ele se ajoelhava, descansando a cabeça no colo de Percy, os dedos longos o acariciando como se ele fosse um animalzinho de colo. Ser um submisso não era o que ele tinha imaginado, a dor era passageira, mal se registrando em seu cérebro, e o prazer durava horas, dias se ele se permitisse. Era estranho, e as vezes, parecia errado se colocar nessas situações, deixar ser usado como Percy bem entendesse. Os olhares de pena era o que realmente o incomodava, como se a qualquer instante seus “amigos” se ofereceriam para ajudá-lo. Belos amigos esses que quando ele mais precisou, pouco ofereceram um mínimo de conforto.

Esse era o único motivo dele ter voltado, além dos ciúmes que o corroeu ao ver Annabeth e Percy tão juntos nas redes sociais. Nico não precisava passar por toda essa tortura mais uma vez, ver Annabeth pelos corredores ou as mesmas pessoas que tentaram abusar dele mais de seis anos atras. O que restava a Nico era respirar fundo e superar seu trauma, ou melhor, ignorá-los até que eles não tivessem importância. Porque, isso aqui, a coleira em volta de seu pescoço era a prova que no fim tudo valeria a pena. De alguma forma, o peso que alguns dias atras o sufocava, agora o mantinha preso na realidade; era uma promessa, um juramento que no fim tudo daria certo se ele aguentasse mais um pouco, só mais um pouco, e, então, ele poderia se libertar de tudo o que o puxava para baixo.

Bem, no fim, Percy tinha razão. Era melhor ele descansar um pouco, sair no estado em que estava apenas geraria mais preocupação e conselhos que ele não havia pedido. Se sentindo exausto, Nico ignorou o telefone que apitava, indicando que uma nova mensagem havia chegado, e se deixou cair na cama. Se arrastou até seu travesseiro, se cobriu com o edredom e fechou os olhos. Dez minutos bastariam. Talvez trinta.

***

Quando Percy voltou para casa foi direito para seu quarto, onde sabia que Nico estaria. Ele podia incentivar Nico a sair com os amigos, se divertir e ser independente, mas no fundo, gostava das coisas do jeito que elas eram; Nico sempre em casa, sempre esperando por ele feito um garoto bem-corportado deveria. E mesmo sabendo que Nico estaria na cama, ignorando mais uma vez os amigos, Percy subiu as escadas de dois em dois degraus e empurrou a porta lentamente. Como ele imaginava, lá estava seu bebê, coberto com o edredom até a cintura, dormindo pacificamente, feito um anjinho, o seu anjinho, sempre muito obediente.

Ao invés de entrar e trocar de roupa, Percy voltou a encostar a porta, deixando que Nico dormisse por mais alguns minutos. Desceu as escadas e entrou na cozinha, encontrando mãe por lá, a ajudando a guardar a cesta de legumes que haviam ganhado do fornecedor.

— Onde está Nico? Estou louca para testar aquele guisado.

— Ele está dormindo.

Esse era o momento em que Percy esperava que as reclamações chegassem, mas elas nunca chegaram.

Sally se virou para ele, andou em sua direção, e segurou em seus ombros, sorrindo docemente.

— Estou tão orgulhosa. Nico tem estado bem menos cansado e feliz. — Então, Sally endireitou a coluna e colocou as mãos na própria cintura. — Ainda não gosto de ver vocês fazendo essas coisas por trás das minhas costas, mas até funcionando.

— Por isso que você não pega mais no meu pé?

— Você está fazendo um bom trabalho. Continue fazendo isso, hm? Assim eu não vou precisar.

— Ei! Quem é seu filho aqui?

— Querido, eu te conheço. — Sally sorriu mais uma vez e deu as costas para ele, terminando de guardar os legumes, pegando outras coisas como começar o guisado.

Percy apenas sorri, dando de ombros. A verdade é que ele não estava fazendo nada demais. Era Nico quem ela deveria elogiar. De fato, Percy sentia que não estava fazendo nada de especial e que talvez eles fizessem bem um para o outro. Bem, Percy planejava fazer isso mesmo que Nico nunca mais quisesse ter sexo com ele. 

***

Quando Nico acorda o céu ainda está claro, o sol brilhando mais forte com o calor do meio-dia. Porém, o sentimento de desespero havia sumido e em seu lugar, o contentamento surgiu. Ele não abriu os olhos imediatamente, sentindo o calor aquecer seu rosto e dedos gentis percorrerem seu coro cabeludo, o fazendo suspirar.

Era Percy que o acordava. Nico reconheceria aquele perfume em qualquer lugar, a forma que Percy o tocava, a voz aveludada chamando por seu nome, o fazendo sentir ainda estar dormindo, sonhando com a casa de sua nona, onde ele e Percy estavam nas plantações de morangos, andando calmamente pelas longas fileiras de frutos, o sol batendo em seu rosto.

— Está se sentindo melhor?

Nico mal podia lembrar porque tinha estado tão triste. Então, apenas acenou. Saiu debaixo das cobertas e se engatinhou até alcançar Percy que estava sentado na cama. Sentou no colo de Percy e o envolveu com as pernas para logo em seguida abraça-lo pele pescoço, o beijando devagar, selando seus lábios juntos suavemente.

— Hmm... meu bebê quer brincar?

— Não sei.

— Você ainda está usando a coleira.

— Oh.

Era verdade, Nico não tinha percebido. No final das contas, ela nem era tão pesada assim. Embora não parecesse certo estar a usando nesse momento.

— Tira pra mim?

Ali estava, a decepção no rosto de Percy. Ele tentou esconder, é claro, por trás de um sorriso inocente. Como de costume, ignorar certas coisas até que o momento certo chegasse, sempre era o melhor a se fazer.

Sem pressa, Percy segurou em seu pescoço, e desafivelou o fecho, percorrendo os dedos por sua pele, parecendo se despedir do couro e dando boas-vindas a pele agora descoberta, colocando um beijinho entre a gargantilha que estava por debaixo da coleira e o vão entre sua clavícula.

— Tão lindo. Mal posso esperar para te ver num terno branco. Você vai usar a coleira pra mim? Vai colocar algo bonito por debaixo, hm?

Nico sentiu seu rosto esquentar imediatamente, sabendo que Percy o encarava bem de perto. Ele não tinha pensado sobre isso. Esse seria o momento onde eles verdadeiramente se tornariam submisso e dominador? Onde ele se ajoelharia aos pés de Percy e permaneceria dessa forma pelo resto de suas vidas? Nico sabia que tecnicamente nada mudaria, mas, então, por que parecia que eles estavam prestes a dar um grande passo na relação deles?

Ele teve que levantar a cabeça e encarar Percy como raramente fazia, vendo os olhos verdes brilhando com algo que Nico preferia não examinar profundamente, o sorriso ainda encaixado nos lábios bonitos, mostrando dentes brancos e perfeitos. O que fez Nico se perguntar, será que ele sabia no que estava se metendo?

— É isso o que vai acontecer quando a gente se casar? Eu pensei que era apenas uma fantasia.

— Pode ser o que a gente quiser.

Mas tudo o que Nico podia ouvir era “Vai ser o que eu quiser que seja”. E, estranhamente, esse pensamento não o assustou; não era como ele fosse se tornar um escravo sexual e ser jogado numa masmorra escura onde o sol nunca pudesse alcançá-lo.

— E se eu não quiser? — Nico enfim perguntou, tirando aquilo do peito.

Nico observou Percy continuar a olhar para ele, como se Percy não tivesse nenhuma dúvida no mundo, vendo um sorriso muito mais sincero aparecer.

— Então, a gente não faz.

— Certo.

— Mas... você não tem curiosidade para saber como seria?

— Não tenho certeza.

Nico desviou o olhar, fingindo pensar sobre o assunto. Era claro que ele tinha curiosidade. Quando ele pensava que Percy não podia o surpreender mais, uma nova avalanche de emoções o pegava desprevenido. Sentia que passaria o resto da vida sendo surpreendido, se afogando em um mar de prazer ao lado de Percy.

— Hm. — Foi tudo o que Percy disse antes de se levantar e levar a coleira com ele. Percy anda até o guarda roupa, leva a caixa preta junto e a guarda lá dentro, fechando o armário com um movimento final. — Parece que a brincadeira vai ter que ficar para outro momento.

De qualquer forma, assim era melhor. Desse jeito ninguém cairia na tentação de fazer algo além do que ambos estavam dispostos a enfrentar.

***

Percy se sentia estranhamente leve e despreocupado naquela manhã. Como era de costume, estavam todos sentados á mesa para tomar o café da manhã. Ele e Nico entraram na cozinha de mãos dadas e se sentaram em silêncio, um do lado do outro, se movendo e sincronia, ouvindo Grover e Tyson discutirem sobre algo sem importância, enquanto Sally tentava fazê-los se comportarem. O bom de viver no meio do caos era que seus pratos já estavam na mesa com um copo de suco e outro de café para cada um deles.

Ele admitia que não estava prestando atenção no que eles falavam, pois, agora, entendia porque Nico gostava tanto de ficar perdido no próprio mundinho. Não o entendam errado, Percy amava sua família, faria qualquer coisa por eles num estalar de dedos, mas, as vezes, tudo o que ele queria era um momento paz e silencio; mal podia esperar para se casar com Nico e ter um lugar só para eles.

— Per? Você não vai comer?

— Hoje não. — Respondeu sem prestar atenção, voltando a segurar na mão de Nico. Isso o fez olhar para seu bebê que o encarava com curiosidade, um sorriso discreto nos lábios, seus olhos brilhando com diversão. — Tudo bem.

Percy se espreguiçou, tomou um gole de seu café e pegou um croissant: — Satisfeito?

Ele não esperou pela resposta de Nico. Ajudou Nico a descer da cadeira, o puxou para fora da cozinha, e foi atras de suas bolças as encontrando onde Percy as havia deixado; na entrada da porta da frente, junto com a bolsa de sua mãe e as chaves dos carros. A viagem de carro até o colégio foi mais silenciosa e calma ainda, o fazendo sentir que hoje nada poderia perturbá-lo. O que mais Percy poderia querer naquele mundo além da companhia de Nico? Um beijo de bom dia? A mão de Nico sob a sua? A certeza de um futuro juntos? Percy já tinha tudo isso. Então, por mais que houvesse obstáculos, não havia motivo para preocupações.

Foi assim que Percy saiu do carro e abriu a porta para Nico, envolvendo sua cintura. Eles entraram no colégio e ignoraram os olhares, Percy se concentrando em Nico, vendo o rosto de seu bebê esquentar quanto mais ele olhava.

— O que deu em você hoje? — Nico enfim disse, permitindo a Percy ouvir sua voz pela primeira vez naquele dia. Uma voz baixa e rouca ainda do sono, acariciando seus sentidos.

Percy não diz nada, apenas leva sua mão ao rosto de Nico e fez um carinho ali, vendo os olhos de Nico se fecharem em prazer, vendo o sorriso de Nico voltar com tudo, quase o cegando, contente. Então, Nico inclina a cabeça em direção a Percy e seus lábios se encontram, mas é apenas isso, um selinho, um gesto de afeto. Os olhos de Nico voltam a se abrir e assim eles ficam, parados no meio do corredor, abraçados, como se somente eles existissem.

Percy sentia como se estivessem conversando através desses olhares e sorrisos. O melhor era que ele entendia cada palavra. 

— Você é um bobo. — Nico diz. Percy concorda.

Mas, então, eles ouvem o sinal tocar. Era hora de voltar a realidade. Percy e Nico são obrigados a voltar a andar, seguindo em direção a seus armários, na verdade, em direção ao armário de Percy por seu o maior entre ambos; Nico tinha deixado de usar o seu há anos atras, mesmo antes de ir para a Itália. A maioria de suas aulas eram as mesmas, então, eles dividiam os livros, os professores há tempo tinham desistido de separá-los. De fato, suas notas estavam tão boas que os professores não tinham motivos para separá-los; e Percy tinha certeza, nunca esteve tão pronto em sua vida. Era a influência de Nico, o fazendo estudar sem nem perceber. 

Infelizmente, chegando lá, sua bolha de contentamento foi quebrada.

— Ora, ora. Vejam quem temos aqui? O casal de ouro?

Percy bufou, prestes a dar meia volta e aparecer na aula sem seus livros, quando Nico segurou em seu braço. Com apenas um olha de Nico ele entendeu tudo. Certo. Eles iriam pegar seus livros e cadernos, e iria para aula, como o esperado. Percy tomou a frente. Andou o resto da distância até o armário quatorze, pegou o que tinha que pegar e o fechou, batendo a porta com força que o necessário.

— Hmm... parece que alguém está tenso. Eu conheço uma forma de te relaxar. Porque a gente não se encontra mais tarde?

Isso era demais para Percy. Ele levantou a cabeça e encarou aqueles olhos cinzas e frios, respirou fundo e abriu a boca quando sentiu mãos gentis segurarem em seu braço. Nico o encarava de bem perto, seus olhos negros furiosos o dizendo mais do que suas palavras poderiam. Annabeth não merecia nem mesmo seu nojo e desprezo. Ótimo, Percy faria o que Nico estava pedindo.

Percy não voltou a olhar para ela, decidindo por beijar o rosto de Nico, tentando acalmá-lo, e o abraçou pelos ombros o levando para longe. Logo Annabeth seria apenas a lembrança de uma garota invejosa e inconveniente.

Eles entraram em sua primeira aula do dia, colocaram seus cadernos e livros sob a mesa e se sentaram. Logo as provas começariam.

Ahhh finalmente estamos chegando no fim! Espero que vocês estejam gostando. Comentários são sempre bem-vindos. Até a próxima. Provavelmente ainda essa semana.


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auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

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