And Maybe There’s Something Special About Our First Love, And Something Heartbreakingly Unique About

And Maybe There’s Something Special About Our First Love, And Something Heartbreakingly Unique About
And Maybe There’s Something Special About Our First Love, And Something Heartbreakingly Unique About
And Maybe There’s Something Special About Our First Love, And Something Heartbreakingly Unique About

And maybe there’s something special about our first love, and something heartbreakingly unique about our second. But there’ s also just something about our third. The one we never see coming. The one that actually lasts. The one that shows us why it never worked out before.

More Posts from Auroraescritora and Others

8 months ago
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
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Teen Wolf AU: requested by Anonymous. Derek gets hit by a curse that separates his more gentle and happy parts from his darker self. Stiles is quite surprised to find that Derek is, in fact, able to smile, and maybe falls a little bit in love with Derek (or a lot) before he manages to merge the two parts together again. Derek, meanwhile, tries to not feel jealous of himself, because that’s just fucking ludicrous and he’s not that pathetic. 

5 months ago
Japan Has A Bara Maid Cafe And Im Typing This From The Airport

Japan has a bara maid cafe and im typing this from the airport

1 year ago
I Felt Like There Wasn’t Enough Polyam Trio Art Memes So I Decided To Make My Own
I Felt Like There Wasn’t Enough Polyam Trio Art Memes So I Decided To Make My Own
I Felt Like There Wasn’t Enough Polyam Trio Art Memes So I Decided To Make My Own

i felt like there wasn’t enough polyam trio art memes so i decided to make my own <3 self indulgence be damned

❤️💛💙

( feel free to share and tag me in any of the cute art you make i would love to see!!! 🥺💕)


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1 year ago

WAIT OMG ARE YOU Accohen????? 😭😭😭😭😭😭😭😭 FOMG OMG OMG!! I LOVE YOUR STORIES SO MUCH!!!! I read them all and I still come back to them once in every while when I need some wild Percico. 😭💖💖❤💕 I was so happy when I found you on Spiritfanfiction!!

It's such a blessing to see you on Tumblr. I just want to say that I love your stories a lot and thank you for writing them. (๑•̀ㅂ•́)و✧

Yes it's me! Owww thanks for the support! It's always nice to meet people who still like Percy and Nico! I came here because I rarely finish my fics, you know? I have extreme difficulty finishing so I thought I'd put it here first and that if I get to the end I'll put it on other platforms.

I actually didn't expect anyone here to still read pernico. So I'm really happy to see people liking and reblogging. Thank you very much. The truth is that I wanted to start a blog to write things without much expectation, you know? If I can finish the stories, great, if not that's fine too. I hope to see you around here in the next posts. It's always a pleasure, when self-criticism and writer's block let me write, it's always a good experience to start a new story and see if people are enjoying it.

Thanks again!


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1 year ago

ShortStory #1 - Na mesma moeda (Cockhold+cheating)

Olá, como vai? Estamos começando uma nova série de posts! Os ShortStorys. Vão ser textos pequenos ou cenas que podem ou não se ligar a outras histórias, apenas para continuar praticando e me permitir escrever para o fandom enquanto termino minha história original. Espero que vocês gostem^^

Na mesma moeda

Pelo que pareceu ser a milionésima vez, ele se mexeu na cadeira, tentando achar uma posição que não fosse tão desconfortável. Porém, depois de quase duas horas sentado naquela cadeira de madeira, ele não tinha mais esperanças de qualquer conforto. Will estava no quarto deles, lugar que ele e seu marido dividiam. Bem, não naquela noite. E se Will fosse sincero consigo mesmo, admitiria que Nico e ele não dividiam a mesma cama há muito meses.

Will estava tentando ser um bom companheiro, tentando se redimir por erros do passado, e esse era o único motivo dele estar nessa situação. Sua surpresa foi quando Nico, seu marido há dois anos descobriu sua traição. Ou melhor, o informou saber do ocorrido. A surpresa real foi saber que Nico queria que Will sentisse tudo o que ele havia sentido, e sem opção, Will concordou, é claro. Ou era isso, ou era o divorciou, perdendo seu melhor amigo dos últimos vinte anos.

Saber que Nico queria devolver na mesma moeda, era aceitável, agora ter que presenciar o ato ao vivo, era demais para ele. Especialmente ter que ver o cara de quase dois metros de altura, segurando Nico que quase desaparecia debaixo dele. Ver Nico gemendo como nunca tinha gemido para ele, era o que realmente era inaceitável.

Will, de verdade, não queria ver, nem sequer queria olhar na direção deles. Embora esse fosse o combinado. Will não podia levantar daquela cadeira até que Nico permitisse. Mas ele não pôde evitar, Nico gemeu de uma forma tão alta que Will teve que olhar. E mesmo daquela distancia era impossível não perceber o membro grande e molhado, deslizando de novo e de novo, parecendo abrir Nico ainda mais a cada movimento, a entrada pequena e delicada, agora, levemente inchada e rosada, as pernas escancaradas e a coluna curvada, gemidos ininterruptos, quase grunhidos enquanto o cara em cima de Nico, dava a entender que não pararia tão cedo, não até que Nico implorasse por misericórdia.

De alguma forma, Nico ainda teve tempo de zombar dele. Pois, de vez em quando, ele virava a cabeça e olhava para sorrindo, tão doce como sempre, porém, gemendo, como se aquele fosse o melhor dia de sua vida, e disse suavemente, “Agora que você viu como se faz, pode fazer também.”

Isso fez o coração de Will pular, sabendo que essa não seria a última vez que o veria transando com esse homem em sua casa. Wiil o amava mais do que seu senso de orgulho, e agora que Nico tinha o poder no relacionamento deles, não havia que pudesse o parar.

E assim, aconteceu. Todo fim de semana, Perseu vinha e usava Nico como bem entendia; o tocava, o beijava, o fodia e em uma era ocasião, Percy colocou Nico em seu colo e o espancou em sua frente, a expressão satisfeita no rosto do homem e os gemidos doces de Nico o enfurecendo um pouco mais a cada minuto. Mas se ele soubesse que aquele tinha sido o começo do seu fim, Will teria aproveitado seus últimos momentos, teriam tentando convencer Nico a parar com aquilo.

A partir daquele dia, Perseu começou a ir em encontros com Nico, só os dois, cinema, jantares, passeios românticos, motéis.

Como ele sabia disso? A fatura vinha em seu cartão de crédito, uma conta mais cara que a outra, descrições indicando que eles estavam viajando para cidades vinhas ou até passagens de avião. Mas nas vezes que eles estavam em casa? Ele ainda ouviu os gemidos, o choro de Nico, seus suspiros, e as risadas de Perseu e seus grunhidos de prazer. Se não bastasse isso, ele os ouvia conversando. Seus planos futuros, o que iam fazer para o aniversário de Nico e que roupa Nico devia usar para ir na festa que a mãe de Percy ia dar para ele.

Foi assim que Will teve que dar um basta nisso, os encontrando no sofá da sala, Perseu sobre Nico, o beijando, suas mãos no meio das pernas de Nico, pernas que estavam sobre o ombro de Perseu, três dedos se movendo profundamente dentro de Nico, apenas para ver esses dedos serem substituído pelo membro que Will admitia ser maior do que o seu, entrando devagar, mas deslizando sem problemas, Nico fechando os olhos e deixando escapar mais um daqueles gemidos que o assombraria pelo resto de sua vida.

Não havia nada que Will pudesse fazer.

Ele saiu da sala e foi em direção a seu quarto, sentou no pé da cama e encarou a parede branca ao lado de sua televisão, ainda ouvindo os gemidos, agora os sons de pele batendo em pele se intensificando e ecoando ao redor do apartamento. Só restava a ele ligar para seu advogado.

Bem, as coisas aconteceram mais rápido do que ele pensava que poderia acontecer. Na semana seguinte, em uma terça-feira, parte de seus móveis tinham sumido junto com todas as coisas de Nico. A televisão que Nico tanto amava, o sofá, alguns utensílios de cozinha e tudo dentro do quarto do Nico. Ele se sentia sozinho e não poderia culpar ninguém além de si mesmo.

Foi interessante, não? Eu sempre quis escrever algo assim, mas nunca tive a oportunidade, especialmente pelo ponto de vista de outra pessoa. Espero que tenha sido interessante^^


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4 months ago

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XXVI

Hi, how are you? I'm late, but I'm here. In this chapter we develop our protagonists' relationship a little more. I hope you enjoy it.

CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III / CHAPTER IV / CHAPTER V / CHAPTER VI / CHAPTER VII / CHAPTER VIII / CHAPTER IX / CHAPTER X / CHAPTER XI / CHAPTER XII / CHAPTER XIII / CHAPTER XIV / CHAPTER XV / CHAPTER XVI / CHAPTER XVII / CHAPTER XVIII / CHAPTER XIX / CHAPTER XX / CHAPTER XXI / CHAPTER XXII / CHAPTER XXIII / CHAPTER XXIV / CHAPTER XXV

Nico snuggled deeper into Percy's arms, sighed, and feeling content, picked up the diary next to his pillow. The sun was still hiding in the sky and Nico already felt energized, the excess energy only encouraged that feeling of contentment to intensify. However, something held him in place, making him look out the window, allowing Nico to see the pool and the barbecue area. Never in his wildest dreams did he think that one day he would be so happy, feeling on top of the world.

Things weren't always easy, but Nico wouldn't trade Percy's presence for anything in the world.

He peeked out of the corner of his eye and saw that Percy was still asleep, sprawled out on the bed. Arms spread, belly up, with nothing to cover his body. Nico couldn't help but laugh, his chest growing warmer at the overwhelming thought. If Nico had known the power he had,that with a few words and a little courage, he could have all his  wishes granted, Nico would have done it years ago. Or maybe, he wouldn't. Maybe everything was happening at the right time and at the right moment.

The truth is, it took a long time for Nico to feel like himself, like he was someone worthy of having his own wants and desires, and not merely an object that other people could use.

He remembered very little of his childhood, most of his memories of his mother preserved in photographs, others, cooking or tending the garden with her, everything else lost in the long days before meeting Percy, leaving him with phantom feelings and impressions, hidden in a part of his mind that Nico could not access. However, if there was one thing that Nico still remembered, it was being a shy, lonely and traumatized boy; all he felt was fear and loneliness, alone in his crystal world, made of fictional superheroes and damsels in distress; his mother dead and abandoned by his father, a sister who, when she had time, paid attention to him, saying that his father was busy, but that she loved him. That was why, from an early age, Nico learned not to trust people. They approached him for a reason and they would always take something from him, even his sister, who at that time insisted on convincing him that staying there was better than returning to Italy and, in fact, it was Hades who asked her to keep Nico away from his real family, because, that way, the man would continue to have access to his mother's money as his legal guardian.

In the end, everyone was the same, everyone had the intention of taking advantage of him in one way or another. That is, until Percy showed up. First, Percy offered help. Then, a home, a family, company, affection. And instead of asking something from him, Percy offered and kept offering, leaving him confused for years. Even the money that Nico never had trouble getting, Percy made a point of offering. Or rather, sharing it with him. For many years Nico couldn't understand, how could someone give so much and not want anything in return?

Well, now Nico understood what Percy wanted from him. It just hadn't crossed his mind that Percy might be looking for a friend.

This was so sad and ironic that Nico wanted to cry, he wanted to go back in time and relive everything. Every moment and every laugh, every hug and innocent night shared. He wanted to go back and fix his mistakes before they even happened, he wished he had appreciated it more how things were and changed what happened in these last two years away from Percy, even though they had been essential for both of them.

No, it was better not to torture himself over something he couldn't fix. Nico wiped his face and opened the diary, flipping through the pages, realizing that only now that he had returned to Percy's side, the desire to draw and write had returned with him. It was strange, Nico might have even drawn when he was at his grandmother's house, something to keep himself busy, just to show that everything was okay and to reconnect with his grandfather and cousins. Even the small passages he wrote, those little scribbles, made in the hope that Percy would read them, were something he had lost the will to do during those years away from here.

In some ways, it was liberating. The freedom to do something because he wanted to and to know that Percy accepted him as he was, even if it was his deepest, most humiliating desires, and that Percy still chose to be with him was... it was the best feeling in the world.

Nico brought his hand to his throat, fingering the diamonds in his collar, and looked back at Percy, sleeping peacefully beside him, his chest rising and falling slowly, his long legs stretched out on the bed, a considerable bulge resting between them. Should Nico write something that... would continue to encourage Percy to feel as free as he did? Maybe Nico could reflect on last night?

Nico bit his lip and shrugged. That was why Percy had given him the diary, wasn't it?

“My safe word isn’t ‘no.’ Begging you to stop doesn’t mean I’m telling you to stop.

Tears, crying, and moaning are not a safe word. If I need to use it, I will. Until then, have fun.”

Nico stared at what he had written for a moment. He never imagined that someday he would be writing this kind of thing, but... it felt like something was missing. After all, Percy was giving him exactly what Nico had always wanted, so why not tell him everything he thought? Percy knew all his secrets, what was the harm in telling him all his thoughts too?

“Sometimes I’m not sure about anything. Other times, my whole being wants to be dominated and subjugated by you. Sometimes, I want you to force me, to hold me against the bed and give me no choice. Other times, I want you to just hold me and tell me everything is going to be okay. Can you decide these things for me? Can you give me pleasure and make me feel pain, just enough so that the memories of the past fade away?

I'm confused. Other people have hurt me and none of them have made me feel the way you do. Why is it different with you? Why do fear and uncertainty make me float with you?

So don't ask me what I want, just do it. I'll never blame you, you'll never disappoint me. Because I know that with you, I'm safe.”

Gods! He quickly closed the diary and brought it to his chest, squeezing his eyes shut. This wasn't exactly what Nico had in mind! What would Percy think of him? He hadn't meant to put all this weight on Percy's shoulders! He knew perfectly well that it wasn't right or fair to expect Percy to do... do this for him! Nico didn't even know what he was thinking anymore, he was just sure that he didn't want anything to change. Maybe if he hid the diary, Nico could avoid yet another forced therapy session.

Yes, that was what Nico was going to do it! He grabbed the diary and moved forward, wondering where he would hide it. Nico would have done it if Percy's hand hadn't moved to his waist, holding him tight and pulling him towards him. That made Nico stop, staying where he was, like a statue, now pressed against Percy's chest, the sleepy voice sounding near his ear.

"Where does my baby think he's going? Hmm?”

"Per! I... I..." Nico didn't know what to do. If he stuck his face under the pillow and never came out of there, would that be acceptable?  "I couldn't sleep.”

"Then, let Daddy rock you to sleep.”

Nico found it amazing how Percy could turn a simple sentence into a command. Or how he could sound so sexual without putting in any effort in it. Maybe it was all in his head, his anxiety making him see things that weren't even there.

“Baby,” Percy called in that velvety voice, and all his efforts to pretend nothing had happened went down the drain.

Nico turned in Percy's arms and faced him, feeling his body heat up as Percy got closer, now hugging him from behind and massaging his neck, running his hands through his hair. It was these moments that made him realize that he would do whatever Percy told him to do.

"Where did that little head of yours go, hm?”

When Nico continued to stare at him, Percy continued, a playful smile appearing on his lips.

"How about you let go of the diary?”

"Oh.”

Nico hadn't even realized what he was doing, he was hugging the diary to his chest, keeping Percy away from him.

Slowly, Percy raised his hand and took the diary from Nico's hands, staring at the cover of the notebook for a few seconds.

"What are you up to? If I open this, will I find a surprise?”

"What? No! Of course... no." Nico felt his face heat up and tried to think of a better excuse. If he acted quickly, he could still get out of this situation unharmed.

Unfortunately, Nico was too slow. Still smiling, Percy opened the diary, finding the last written page, marked by the pen.

Nico didn't want to look, he didn't! He buried his face in Percy's neck and hoped for the best.

"Hm. Now, now. Safe words? And.." Then, Percy stopped talking in the next moment, tensing up.

However, it seemed that Percy was willing to keep the truce between them. He merely moved and pulled Nico closer, making him sit on his lap. Percy grabbed Nico by the neck, making Nico face him, and kissed his lips, a soft and unhurried touch.

"I love you too. No matter what happens.”

Nico could only nod in agreement, watching Percy's green eyes shine in the dim light of the room.

"I always forget how strong you are. How much you've lived." Percy slid his fingers down the back of Nico's neck and began to stroke his hair there, looking at him seriously. "I promise I won't ask anymore, I won't doubt your decisions.”

"You don't have to do these things for me. It's very selfish.”

"I want to do it. I like it. I feel guilty for liking it so much." Percy seemed to think for a few moments and then spoke again, his voice softening, but his gaze burning Nico completely. “If I could, I would put you on a leash and not take my eyes off you. I would control all your thoughts and desires, your pleasure and your pain, your orgasms.”

"And why don't you do it?" Nico found himself saying, diving into the fantasy.

Well, maybe it wasn't a fantasy. Maybe Nico would be willing to do that and more if Percy made that decision for them.

"It's not right. I wouldn't be any different from Hades." However, Percy seemed to be really thinking about it, stroking Nico's hair as if he were a docile pet. "We can start slowly.”

Nico thought he had moaned, feeling a tremor run through his body, as if Percy was doing much more than just touch his hair and talk to him.

"What do you think about this? Want to try it?”

Nico nodded again, forgetting about the diary, the old memories, and the thin walls.

"How?”

"Hmmm." Percy stared at him for a few more moments, making his anxiety reach new peaks of adrenaline. Nico didn't need to worry because Percy soon had mercy on him. "Take the box I showed you yesterday. It's on the floor near the wardrobe.”

With shaky legs, Nico obeyed. He got out of bed, his legs feeling weak and almost tripped in the dark room, spotting the box in a corner near the wall. Nico picked it up and brought it close to Percy who opened it, revealing the items inside.

"W... what is this?”

The question was rhetorical, of course.

It wasn’t that Nico didn’t know what those things were. What was important to note was the intention behind the gesture. A muzzle, a blindfold, soft handcuffs, and a large, thickly textured pink collar. Something Nico had seen a few months ago, but never thought he would get to wear it. The collar was so big and looked so heavy…

“What do you think?” Percy asked again, watching him closely.

"I don't know." Nico whispered, distracted by the thought of what it all meant.

"Go ahead, choose one of them.”

Nico couldn't help but grab the pink collar and gasp. Maybe he was in shock, maybe it was the surprise. The leather strap was heavier than he thought, soft to the touch, but simple and beautiful. It almost felt like he was being proposed to for the third time. Like, this time it seemed to be something decisive, didn't it? A physical proof that was impossible not to notice, since the collar was bigger than his head.

“Did you like it?”

Nico finally looked at Percy, immediately regretting it. Percy wasn't doing anything out of the ordinary. He was, in fact, standing still, with his back against the bed frame, Percy was not even touching him. Was it all in his head? Has Percy always looked at him that way? Or was it something new, something hidden? Nico wasn't sure, but if he could bet, it seemed like Percy wanted to do something really bad to him, something that Nico would willingly let him do, and that probably neither of them would feel any remorse for.

“Oh.” Nico gasped, his reaction coming too late, realizing that maybe what Percy had said about… about putting him on a leash wasn’t just to make Nico feel good. 

For a moment Nico felt the need to run away, like last time, feeling like a prey, like he was going to be devoured if he wasn’t careful. This was what he wanted, wasn’t it? For Percy to dominate him completely? For him to not hold back? He just hadn’t expected… this. All of this. He hadn’t expected to feel so desired.

Percy shifted, leaning toward him, and Nico let it happen, realizing what he felt was far from fear. He let Percy take the collar from his hands and place the heavy leather around his neck, above his choker, buckling the bolt tight enough for the collar to stay in place.

Nico gasped and put his hands to his throat, holding onto the collar and Percy's hands, who was still holding him by the neck. Nico couldn't help but notice, Percy had that intense and strange expression on his face, his fingers around his neck, enjoying the texture of the leather against his warm skin, caressing where his neck met the collar. Nico didn't understand, he thought he was going to pass out, no matter how much air he got into his lungs or if the collar wasn't so tight. His hands were shaking, his eyes were watering, his head was spinning. His body was throbbing.

“Baby,” Percy finally said, breaking some of the tension. His voice was playful, laughing at his face, but low and husky, mocking him and comforting him in equal measures. “Breathe.”

Nico didn't like this. He thought it was wrong and that in the end, it was all just a fantasy. Now that he was faced with the reality, he didn't know if he could face it. Maybe... maybe he wasn't so submissive after all and just wanted to... feel protected?

"Shhhh, it's okay. I'm taking it off now. See? It's over.”

Percy raised his hand and showed that, indeed, the collar was now in his hands. So why did Nico still feel so... so ready to run away or have a panic attack, but so excited and anxious, that the feeling made him freeze like a small animal about to be slaughtered?

"It's okay if you're not ready, it's a big responsibility.”

"I hate you!" Nico screamed, frustration leaving his body with the high-pitched sound.

No, that wasn't true. He didn't hate Percy, but sometimes he hated what Percy made him feel. Or the problem was that he liked it more than he should.

"You hate me, do you?" Percy dropped the collar on a random corner of the bed and grabbed his hair, pulling it, making Nico moan. "I'm showing you what it means to be a submissive.”

"I... I didn't ask for this!”

“You think you can just get away with the easy parts and ignore the rest?” Percy didn’t raise his voice or even look angry, though his eyes were still bright and his expression was as serious as before, maybe even more intense. But there was something… something that burned inside him and sent shivers down his spine.

"I didn't mean to--"

"You never do.”

The truth was, Nico hadn't thought about it. Did he just want the easy part? It had to be true. It wasn't the first time he'd tried to run away. Maybe that was the solution.

"Hmmm… I have to consent, right? So, I... allow you... to…”

"What are you trying to say, Nico?”

"I consent to you forcing me when I don't want to... I allow you to stop me from running away, if I try to.”

"Gods, Nico!" Now Percy looked like the same boy he knew, his face contorted between a grimace of pain and a maniacal smile. "What do I do with you?”

"Don't leave me.”

“Gods!” Percy practically growled, catching him off guard in a tight hug, pressing their shoulders and abdomen together. “Let’s forget about this. Neither of us are ready for that step.”

"Liar " Now that Nico saw it, it was so obvious. Percy had always been ready, he was just the one who was still too innocent to realize what was happening before it was too late.

“Okay,” Percy agreed. “How about we save the collar for... special occasions?”

"Like what?”

"When you're excited, there's no one around and... you want something more intense.”

"Like last night?”

“Of course,” Percy said. So why did Nico think that wasn’t the case?

So, what do you think? Comments are always welcome.

See you soon!


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1 year ago

Nova História! Amor de Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

Oii, como vai? Estamos de volta! Porém, com novidades.

Antes que vocês me perguntem, não, não vou largar a "NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR", é só que... bem... por que ninguém me disse que os últimos capítulos estavam tão ruins? Tipo... precisou um leitor me dizer "isso está estranho", dá forma mais monossilábica que eu já vi para eu finalmente entender. Acho que isso aconteceu porque a história que eu estava escrevendo antes dessa estava bem pesada, então, a proposta dessa vez era ser algo leve, mas de tão leve, ficou bobo e não muito crível. Enfim, enquanto eu penso na melhor forma de concluir essa história, vou revisar "AMOR DE BABÁ (REFULGENTE)", exatamente a história que fez eu querer escrever algo leve e bobo. Vai entender.

O problema aqui é que quando eu estava escrevendo a AMOR DE BABÀ, escrevi em primeira pessoa. Não foi uma boa decisão, sabe? Ai, eu reescrevi as primeiras 50 mil palavras e ficou bem melhor. Outro problema é que eu ia monetizar ela, então, acabei mudando o nome dos personagens, ok? Vou colocar uma lista abaixo para simplificar quando os personagens forem surgindo. Ou você pode ler como uma original.

Espero que vocês gostem.

Nesse post colocarei os primeiros três capítulos.

Nova História! Amor De Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

Sinopse: Certo, ele disse a si mesmo. Nada pessoal. Claro. Não era nada de mais, apenas mais um emprego onde Matteo ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse o suficiente para a faculdade. Ele deu alguns passos em direção a porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza. Logo em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto. Impaciente e vencido pela ansiedade, Matteo tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. Certo, nada pessoal.

 Matteo!Babá, Derek!Professor

Essa é uma história sobre um estudante que, para ter dinheiro na faculdade, se torna babá, conhecendo o pai das crianças e desenvolvendo um sentimento/tesão por ele. A partir daí as fantasias começam a surgir e tudo vai se complicando entre eles. 

Personagens Percy Jackson: Derek Davis Moore Nico di Angelo: Matteo Rossi Pagano Annabeth Chase: Sofia Gray Jason Grace: Hazel Levesque: Will Solace: Diego Lewis Hades: Personagem original: Alice Gray Moore Personagem original: Logan Gray Moore

Lista a ser atualizada!

Também disponível em versões antigas no AO3 e no SpiritFanfic.

Nova História! Amor De Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

Aquele não era um dos melhores dias na vida de Matteo. De fato, não era a melhor semana, mês ou ano.

— Matteo. — O gerente do lugar onde trabalhava disse assim que o viu se aproximar da porta de entrada. 

Esse era o momento que Matteo mais temia a cada manhã desde que começou a trabalhar naquele lugar. 

Andrew McMillan se aproximou dele a passos despreocupados e parou em sua frente, o cumprimentando todo feliz e animado. O gerente tinha o cabelo penteado para trás, pele alva e olhos negros que sempre reviravam seu estômago. Matteo não poderia dizer que o homem era feito, porque de fato, ele era um dos homens mais bonitos que já tinha visto. Mas algo nele, por detrás daqueles olhos escuros e calculistas, o fazia repensar cada palavra que saia de sua boca, buscando o duplo sentido que sempre vinha, cedo ou tarde.

O gerente o olhou de cima a baixo, vitorioso, o fitando com maldade, olhos esses que faiscavam a cada segundo que se passava, em que nenhum dos dois dizia nada.

“É, era hoje”, Matteo pensou. 

Seus ombros caíram e ele suspirou, conformado com seu destino. Andrew pareceu ficar ainda mais feliz enquanto anotava algo em sua prancheta. Sorrindo mais aberto ainda para ele, Andrew voltou a examinar Matteo como se ele fosse um espécime misterioso, o apreciando daquela forma que fazia Matteo se sentir desconfortável, algo que somente esse gerente conseguiu fazer em seus poucos anos de vida. E mesmo que fosse uma máscara, Matteo não deixaria Andrew saber como esses olhares o faziam querer vomitar, como sua ansiedade aumentava conforme eles continuavam parados no meio da calçada, principalmente por saber que ninguém viria em seu socorro.

Isso só poderia significar uma coisa. 

— Senhor, posso explicar tudo. Eu--

— O ônibus atrasou? Ficou preso no trânsito? — Andrew balançou a cabeça, fingindo pesar e tocou em seu ombro, fazendo Matteo paralisar em repulsa, sentindo um medo que ele não sabia de onde vinha. — Dessa vez, não há nada que eu possa fazer por você.

— Por favor, eu preciso desse emprego! 

— Estou do seu lado, mas você sabe as regras. Essa já é a quinta vez esse mês. 

— Não tem nada que você possa fazer? 

 Matteo se arrependeu de perguntar assim que as palavras saíram de sua boca. 

— Talvez haja, mas eu não sei… — Andrew cruzou os braços e se aproximou de Matteo, como se fosse contar um segredo a ele. — Isso requer um sacrifício. Você está disposto a isso? 

— Ah. — Matteo murmurou, dando um passo para trás. 

Não era a primeira vez que Andrew falava uma coisa dessas. A questão é que Matteo nunca havia levado a sério nenhuma dessas… sugestões, mas agora que ele estava ali, não sabia se iria querer continuar em lugar como aquele, mesmo que pudesse ou precisasse muito. 

— Sinto muito, Matteo. — Andrew disse, sua voz soando piedosa e gentil, para logo em seguida acrescentar: — Não podemos nos esquecer de passar no RH, certo?

Matteo não sabia o que tinha mudado naquela manhã. Ele tinha acordado cedo, tomando banho, pegado sua mochila do encosto da porta de seu quarto e andado pelos corredores de sua casa silenciosamente para não acordar ninguém. Tinha pegado o ônibus lotado no mesmo horário e enfrentado uma hora de viagem até chegar ao seu emprego atual, um restaurante que dizia ser gourmet, mas que, na verdade, era uma imitação híbrida desses restaurantes de comida rápida; hambúrgueres, sanduíches, milkshakes e pizzas de todos os sabores. E como em todos os outros dias, ele havia descido do ônibus bem em cima da hora e corrido para o digníssimo estabelecimento em que trabalhava. 

É claro que seu gerente o esperava na entrada, como todos os outros dias. Ele tinha espiado para dentro do lugar e viu que eles já haviam aberto todas as portas, limpando as mesas e colocado as cadeiras nos lugares, podendo ouvir o barulho das pessoas já trabalhando em seus postos. 

Assim, meio confuso, porém, aceitando seu destino, Matteo seguiu Andrew pelo restaurante naquela estranha caminhada da vergonha. Não seria a primeira vez que algo assim aconteceria, o rodízio de trabalhadores sendo bem grande por ali. Ainda assim, a maioria das pessoas o olharam com sorrisinhos tão maldosos quanto o de Andrew, e os outros, que o encaravam com uma pena sincera, ele sentiria falta. Tirando isso, todo o resto podia se explodir se dependesse dele. 

Matteo levantou a cabeça, segurou firme em sua bolsa e foi para os fundos do restaurante onde ficava a contabilidade. Ele podia estar indo embora, mas Andrew se arrependeria por abusar de seu poder.

***

— Cara, eu não acredito que você fez isso! Meu pequeno herói. — Diego disse, abrindo um sorriso enorme.

Matteo não sabia por quanto tempo aguentaria isso. 

Diego olhou para ele de cima a baixo e o abraçou bem forte depois de apertar suas bochechas até que elas adormeceram de tão doloridas, o jeito do namorado se tornando tão energético que Matteo pensou que elas fossem se distender e cair no chão flácidas. Um beijo veio em seguida, doce e suave em seu rosto, outro no queixo, descendo devagar com aquelas pequenas bitoquinhas que só serviam para deixá-lo mais irritado.

— Diego, para com isso! E eu não sou pequeno. Como um metro e setenta e nove pode ser pequeno?

Matteo fechou os olhos por um momento e inspirou profundamente, ele apenas precisava respirar. 

Geralmente não se importaria de Diego estar tão perto, até gostava quando Diego lhe tocava daquela maneira um pouco sexual demais, porém, nada que ultrapasse o que ele se sentia confortável em fazer. Hoje não era um desses dias; hoje essas carícias suaves o sufocavam, lhe fazendo sentir preso dentro de uma caixa que não havia escapatória ou buracos onde o ar pudesse entrar. Diego o asfixiava, o estrangulando naquele cuidado que o namorado insistia em oferecer quando Matteo não havia pedido por isso.

Ele respirou fundo e desviou dos lábios de Diego, o empurrando pelo ombro. Deu uma mochilada em Diego, seguido de um soco no ombro do namorado. Sim, Diego, seu namorado corpulento e idiota apenas riu, o rosto quadrado e gentil lhe irritando um pouco mais a cada segundo. Se não bastasse ter passado duas horas na delegacia e ser questionado como se fosse ele quem tivesse cometido o crime, teve que ficar uma hora extra no escritório do RH negando os “bônus” e “benefícios” em troca de “confidencialidade”. Um tempo depois, quando foi liberado do interrogatório, Sr. Jones, dono daquela franquia, fez de tudo para que ele não prestasse queixa, ainda mais quando viu que as câmeras que ficavam na porta do restaurante haviam gravado tudo em áudio e vídeo, tendo provas suficientes para acusar o gerente de abuso de poder e assédio sexual.

Sinceramente? Matteo sabia que não daria em nada e que o processo demoraria para ser julgado e, ao mesmo tempo, sabia que tinha que fazer aquilo; todas aquelas tardes tendo que ouvir as piadinhas que, no fundo, eram sinceras demais, precisavam ser denunciadas. Sem perder tempo e se sentindo muito vingado, Matteo fez a única coisa que podia, pegou o celular e fez a denúncia. Logo viaturas bloquearam a frente do estabelecimento e os empregados foram dispensados, enquanto que o Sr. Jones e companhia foram processados por danos morais e abuso de poder. Agora, se ele ganharia o caso era algo a se ver no futuro quando a decisão judicial fosse tomada. 

O problema real apareceu quando Matteo foi solto do interrogatório. Sem dinheiro para o almoço e com a passagem do ônibus contada, decidiu que continuar com seu dia como se nada tivesse acontecido era a melhor das táticas. Se arrastando pelas ruas ao sair da delegacia, Matteo caminhou as poucas quadras se forçando a visitar Diego no centro comunitário, exatamente como ele sempre fazia naquela hora do dia; Matteo se encontraria com Diego na hora do almoço, o único momento onde Diego estava livre para falar com ele e depois iria para casa procurar por outro emprego até que tivesse o suficiente para pagar os custos da faculdade.

Matteo virou a esquina e continuou seu caminho, distraído e tão chateado pelas últimas horas que mal percebeu o que acontecia. Quando viu, mãos lhe puxaram pelas costas e o arrastaram para um beco ali perto enquanto alguém o prensava contra a parede e uma boca se colocava sobre a dele sem sua permissão. E de tão aflito só percebeu que era Diego quando deu um soco no estômago dele e um chute bem-dado em sua virilha.

— Diego Lewis! — Matteo arfou surpreso, irritado, enfurecido. Embora Matteo admitisse que estava um pouco traumatizado com toda aquela experiência, aquele não era o momento ou o lugar certo para fazer esse tipo de coisa. Também admitia que não estava no seu melhor momento, Matteo poderia matar alguém se lhe dessem a motivação certa.

Diego não pareceu ligar para o que ele falava. Gemendo ofegante, Diego se aproximou de Matteo e o segurou pela cintura, falando: — Isso não se faz com um homem, baixinho.

Então, dessa vez, se sentindo culpado e um pouco temeroso pelo que Diego poderia fazer, ou pior, temendo que Diego dissesse algo para seu pai, Matteo deixou que Diego continuasse. Diego o levantou um pouco do chão e ele automaticamente enrolou os braços e pernas ao redor de Diego. 

Diego… ele… Diego não gostava de ser contrariado, sabe? Se as coisas não saíssem exatamente como Diego queria, algo podia explodir ou ser lançado pelos ares. Matteo preferia evitar esse tipo de discussão. Ou outros tipos de reações. Não seria a primeira vez que eles brigariam pela ausência de sexo ou pela ausência de Matteo no geral. Ele não estava pronto e Diego estava. Ele não queria se casar e Diego já tinha comprado as alianças. Matteo definitivamente não queria morar junto com ele enquanto Diego tinha comprado uma casa com direito a berçário e tudo mais o que eles poderiam precisar na visão deturpada de Diego. Matteo nem sabia se queria esse tipo de responsabilidade, mas, ainda assim, esse era ele fazendo uma forcinha pelos pais e por todos os outros que pensavam que logo o casório aconteceria. E talvez… só talvez… não fosse tão ruim assim ter um namorado bonito e gostoso que estava disposto a ficar com alguém tão chato e… antiquado feito ele. Apesar de saber dos erros de Diego, ignorando as pessoas que Diego ficava por trás de suas costas, ele não se importava contanto que todos continuassem satisfeitos.

Matteo ficava se perguntando… quem é que namorava por três anos e não queria fazer sexo? Ou não se importava com traições?

Ele não conseguia explicar, havia algo nisso tudo… algo entre eles que não parecia… certo. Quer dizer, o problema deveria ser ele, não? Diego lhe traía porque ele não conseguia dar aquele último passo, não importava quantas vezes Diego tentasse; Matteo sempre desistia no momento final. Apenas parecia… errado, como se Matteo estivesse prestes a cometer o maior erro de sua vida.

Matteo sentiu um arrepio estranho e incômodo subir por sua coluna quando Diego o segurou com mais força do que o costume e o puxou firme pelos cabelos, sussurrando em seu ouvido:

— Senti tanto a sua falta, baixinho. Onde você esteve que não atendeu o celular?

Ah, talvez ele não estivesse tão desconfortável assim… quer dizer, Diego era sempre gentil demais, sabe? Tão cuidadoso, e esse cuidado todo fazia com que Matteo se sentisse um fraco, como se ele fosse quebrar em mil pedaços a qualquer momento, e Matteo não gostava disso nenhum pouco. Mas quando Diego perdia o controle? O tocando com força e com vontade, sem medo de lhe machucar como se, na verdade, ele quisesse o ferir, mas só um pouquinho, apenas para deixar uma marca nele, exatamente como Diego fazia agora…? Era outra história. Era nessas horas que Matteo diria sim se Diego lhe pedisse. O fato era que se Diego tinha que se forçar a ser bonzinho para tratá-lo bem… Matteo não queria viver com alguém que no fundo fingia ser algo que não era. Não importava o motivo.

— Você está me escutando? — Matteo ouviu novamente uma voz suave ao pé de seu ouvido. Ele se sentiu arrepiar e desistiu de tentar raciocinar.

Matteo queria dizer que não fez de propósito. Ele queria ter respondido à mensagem e as ligações de Diego e mesmo que ele quisesse ter contado tudo o que tinha acontecido imediatamente, não teria conseguido, estava no meio de um interrogatório policial; não que a resposta para isso parecesse ser importante no momento, não para Diego. Ele voltou a beijar Matteo como se esse fosse o único objetivo de sua vida e todo o ar ou pensamentos fugiram para fora da cabeça de ambos.

Aquilo… aquilo era tão errado, bem no meio da rua onde qualquer um que passasse poderia vê-los… Matteo se remexeu e tentou falar, sentindo o ar abandonar seu corpo, desconfortável por outra razão. Bem, talvez ele tenha gemido baixinho, Matteo não saberia dizer, tentado se afastar de Diego só para ser puxado de volta contra sua vontade.

— Qual é o problema? — Diego disse entre suspiros e mordiscadas, a língua dele voltando para dentro da boca de Matteo, massageando a sua e se movendo daquela forma que Matteo mais gostava, o fazendo relaxar mais um pouco, apenas o suficiente para Diego abaixar o zíper das suas calças.

E de novo, ele não tinha o direito de escolha. Diego enfiou os dedos dentro de sua cueca, o fazendo arfar. Entretanto, esse foi o momento onde Matteo ouviu algo, um som estridente que o fez abrir os olhos e perceber o que estavam fazendo. Matteo então desviou a boca dos lábios de Diego, o empurrou pelos ombros e colocou as pernas no chão enquanto fechava o zíper das próprias calças, procurando pelo celular que tocava. Ele definitivamente deveria ter ido para casa em vez de ir até ali há duas quadras do centro comunitário onde crianças e adolescentes vinham em busca de ajuda.

Bem, costumes eram difíceis de serem quebrados.

Matteo enfim se abaixou, abriu o zíper da mochila e encontrou o maldito celular que estava no fundo de um bolso estreito.

— Matteo Rossi? Temos uma vaga para você. — Alguém falou imediatamente, mal lhe deixando atender a ligação.

Era Caren da agência de empregos, sua voz seca e mal-humorada podia ser reconhecida em qualquer lugar. Mal-educada e rude, soava aguda a seus ouvidos.

— Claro. Sobre o que seria?

— Cuidar de duas crianças durante o dia. Com horas extras e direitos trabalhistas.

Com toda certeza seria melhor do que o último emprego. Nisso Matteo podia confiar.

— Pra quando?

— Amanhã às 7h.

— Tudo bem. Devo usar uniforme?

— Não, apenas apareça no horário.

Assim, o telefone foi desligado na cara dele e Diego que estava a seu lado encostado na parede riu, o tocando no rosto e lhe beijando agora suavemente.

— Parece que nossa diversão acabou.

— Você não viu nada. Sabe o que aconteceu hoje? — Diego levantou as sobrancelhas e se inclinou em direção a Matteo, curioso, o que lhe deixou muito aliviado. Ele amava Diego, mas não estava no clima para beijo nenhum.

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Matteo desceu do ônibus e parou em frente a um grupo de casas luxuosas, já estranhando o lugar. Ele segurou o celular com força e verificou o endereço que lhe mandaram. Sim, era ali, Rua dos pinheiros… eh… o que parecia estar certo, havia árvores tão altas que pareciam desaparecer entre as nuvens. Ele deu de ombros e andou pela calçada larga, sentindo como se entrasse em um mundo desconhecido ao ver que os tijolos no chão eram pintados de uma cor amarela num tom dourado e fosforescente, se estendendo sem fim por longos quilômetros que mais parecia sair de um conto de fadas conforme as fileiras de residências se perdiam ao horizonte e além.

Ele não podia evitar, se via deslumbrado por aquele lugar; eram os grandes portões que delimitavam as propriedades, as separando por muros ainda mais altos. Árvores gigantes e canteiros menores com flores em diferentes formatos e cores que bloqueavam a visão das outras casas ou do que havia dentro daqueles portões. 

Ele continuou andando e parou em frente ao conjunto que tinha o número 17, onde mais um grande portão de ferro negro subia mais alto do que ele podia ver. Matteo não conseguia expressar como era estranho estar num lugar como aquele, o ambiente era tão quieto e a ausência de qualquer pessoa por ali fazia sua pele se arrepiar. E só para ter certeza, ele verificou mais uma vez se aquele era o endereço correto. Matteo coçou os cabelos, tentado a abrir mais uma vez o e-mail com os dados do contratante, porque aquilo só podia ser um engano; o que ele presenciava não podia ser chamado de casa. Agora que chegava bem perto dos portões, podia ver que era um conjunto de pequenas mansões bonitas e bem estruturadas. Cercas brancas, largos jardins, parques, piscinas, academias e tudo mais o que pudesse ser imaginado, além de seguranças que protegiam o perímetro ao redor da propriedade e nas áreas comuns a todos os moradores.

Parecia que ele de fato tinha entrado em uma realidade paralela, o que era estranho. Matteo sentia que ele não era alguém que aquelas pessoas contratariam para trabalhar ali, alguém sem faculdade, sem qualificações ou indicações profissionais adequadas. Mas já que Matteo estava ali… ele deu de ombros outra vez. Que mal tinha em tentar?

Ele andou até a frente do portão e apertou o interfone:

— Com licença, sou Matteo Rossi. Tenho uma reunião com Sofia Gray na casa 4.

— Sim, bom dia. A Senhorita Gray deixou um recado. — O porteiro solicito e educado, lhe disse. — Ela pede desculpas por não poder recebê-lo pessoalmente. Nós o encaminharemos até o local.

Restou a Matteo agradecer e esperar que os portões se abrissem. 

Ele jurava que estava tentando manter a mente aberta, porém, a coisa mais esquisita aconteceu em seguida. Enquanto parte do portão deslizava para o lado, dois seguranças com o triplo do seu tamanho o olharam de cima a baixo e pararam em sua frente.

— Documentos. São regras do condomínio. — Matteo achou mais estranho ainda, mas tudo bem. Já que ele tinha embarcado nessa loucura, iria até o fim.

Ele abriu o zíper da mochila e entregou a eles sua carteira de habilitação. O mais alto e ruivo pegou o documento de suas mãos e tirou uma prancheta de dentro do posto da guarita, se aproximou, olhou para as informações que tinha e depois pareceu comparar com as informações do documento. 

O mesmo guarda-costas escreveu alguma coisa no papel e entregou o documento e a prancheta para ele, dizendo: — Assine aqui. — Foi tudo o que o ruivo lhe disse antes de Matteo assinar rapidamente e o segurança conferir a assinatura. Quando as informações pareceram bater, o outro segurança que estava ao lado acenou e o guiou até um carro que o esperava em frente a outro portão menor.

Matteo se deixou ser encaminhado até o próximo portão e sentiu vontade de rir; primeiro, esse era algum tipo de prisão luxuosa? E em segundo, por que havia um carrinho de mini golfe ali? O mais interessante era que o carinho até vinha com um motorista particular.

Ainda achando graça, ele entrou no carro, colocou o cinto de segurança e se deparou com um garoto da idade dele, algo entre vinte e vinte e cinco anos, cabelos castanhos, olhos negros e um bonito sorriso largo.

— Primeira vez?

Ele acenou, tentando não demonstrar como tudo aquilo o incomodava e o divertia ao mesmo tempo.

— Não se preocupe, todo mundo fica meio assustado na primeira vez. Qual o seu nome?

— Matteo.

— É um prazer, Matteo. Você pode me chamar de Gabe. Vou te dar uma carona pelo tempo que você ficar por aqui.

— Por quê? Você acha que eu não vou ficar muito tempo?

— Ninguém fica. Não é nada pessoal. Você sabe como são essas pessoas.

— Como elas são?

— Acho que você vai descobrir, não vai?

Assim, quando ele menos percebeu, Gabe parou o carro em frente a casa de número 4. 

Sorrindo todo charmoso com covinhas e dentes brancos, Gabe perguntou: — Eu posso? — E antes que Matteo pudesse responder, Gabe o ajudou a tirar o cinto de segurança, deu a volta no carro e estendeu a mão para ele. 

Por um motivo que Matteo não compreendia, sentiu uma quentura subir por seu pescoço até encontrar suas maçãs do rosto, um sorriso se formando em seus lábios quando a mão de Gabe tocou na sua e mais envergonhado ainda, ele aceitou a ajuda oferecida. 

Matteo desceu do carro e Gabe que estava perto dele o puxou suavemente por um momento, os deixando mais perto ainda, Matteo quase podendo sentir a respiração de Gabe contra seu rosto. Ele observou a forma que Gabe parecia querer se aproximar o resto da distância e pigarreou, enfim dando um passo para trás em direção a casa. Matteo encarou uma última vez os olhos negros de seu mais novo amigo que pareciam brilhar quase maliciosos ao encará-lo e viu o tal sorriso se alargar por algum motivo que Matteo não entendia.

— Não se esqueça, não leve para o lado pessoal. — Ele piscou para Matteo, todo charmoso e deu a volta no carro, entrando no lugar do motorista. 

“Certo. Nada pessoal. Claro.” Matteo pensou consigo mesmo, vendo Gabe se afastar rapidamente pelas ruas do condomínio, arrancando para longe dali. 

Ele se permitiu respirar fundo e encarou a casa de dois andares que era rodeada por um jardim tão extenso que não era possível ver nada além da natureza, alguns carros e mais árvores que cresciam altas com folhagens volumosas. Não restava para Matteo nada além de tentar ignorar a exuberância do lugar, dizendo a si próprio, não era nada demais; esse seria apenas mais um emprego onde ele ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse dinheiro o suficiente para custear seus estudos. Apenas mais um dentre tantos outros. 

Ele deu mais alguns passos em direção à porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza, seguindo o resto do design da casa; tudo muito pálido e em tons pastéis, isso ficando claro até mesmo do lado de fora da casa. Em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto, restando a Matteo respirar fundo mais uma vez, tentando se acalmar. Ele arrumou suas roupas amassadas e segurou na alça da mochila passando a mão nos cabelos, tentando ajeitá-los no reflexo da tela do celular, o que se provou ser inútil. Não havia milagre naquele mundo que o faria se sentir adequado ou bem-vestido, assim, ele se forçou a esperar o mais paciente que alguém como ele poderia.

Não era nada demais, disse a si mesmo mais uma vez. Ele sempre ficava nervoso no primeiro dia e isso nem tinha a ver com os chefes insuportáveis ou abusivos que Matteo já teve o prazer de aturar, não, tudo isso estava impregnado em sua pele não importando para onde ele fosse. Fazia parte de sua condição psicológica.

Impaciente e vencido pela ansiedade, ele tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu bruscamente, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. O homem parecia ter pulado para fora da cama, vestindo apenas calças de moletom cinza e mostrando… mostrando uma trilha de pelos que levava a um certo volume avantajado naquele lugar.

— Sim? — O homem murmurou rouco, seus olhos mal se abrindo e tão sério que Matteo pensou em dar meia volta e escapar daquela situação estranha.

Se sentindo pior ainda, como se alguém revirasse suas entranhas, Matteo manteve seus olhos acima dos ombros do homem seminu e conferiu o celular, verificando novamente o e-mail que a agência tinha enviado.

Casa 4. Empregadora - Sofia Grey.

— Posso falar com a senhora Sofia Grey ?

— Volte no próximo mês. Talvez no próximo ano, sim? Nunca pensei que ela gostasse dos mais novos… — O homem murmurou quietamente como se Matteo não devesse ter escutado, principalmente a última parte, distraído, nem parecendo se importar com a presença dele.

— Senhor…?

— Moore, Derek Moore. — Ele disse de má vontade, bocejando.

— Sr. Moore. — Matteo falou. Ele fez questão de ignorar o que aquele senhor insinuava. — Me avisaram sobre a vaga de cuidador infantil. A agência me enviou aqui.

— Ah.

Derek Moore não agiu como ele esperava. Não, o homem apenas levantou as sobrancelhas e o encarou pela primeira vez parecendo lhe analisar, o dissecando com seus analíticos e intensos olhos verdes, como se tentasse decidir se Matteo valia o seu tempo. O que fez Matteo se sentir ainda mais estranho, querendo se esconder e socar a cara daquele homem ao mesmo tempo.

— Você tem experiência com crianças? — Derek Moore lhe disse, mesmo que não fosse o que o homem pretendia falar. Isso estava nítido para Matteo.

— Cuido dos meus irmãos desde criança. Serve? — Quando Matteo viu que parecia desrespeitoso demais, completou: — O anúncio não exigia especificações.

— Me deixe ver.

Não parecia ter sido um pedido.

— Claro. — Ele deu de ombros, fingindo não se importar com aquele interrogatório todo.

Matteo entregou o celular para o Sr. Moore e se sentiu vitorioso quando o homem não achou nada de errado. Sr. Moore apenas pareceu ler, virou a cabeça para o lado e suspirou fundo, dizendo: — Típico dela.

— Se o senhor quiser posso ir embora. — Afinal, nenhum dinheiro era suficiente para passar aquele tipo de humilhação. Ou o que ainda estava por vir. Matteo nunca tinha certeza do que poderia acontecer.

— A culpa não é sua. Entre.

Sr. Moore deu espaço para que Matteo entrasse e assim a porta se fechou, dando início a algo que ele em hipótese alguma poderia ter previsto.

Nova História! Amor De Babá - Percy/Nico, Nico!Babá & Percy!Professor

— A culpa não é sua. Entre.

Sr. Moore deu espaço para Matteo entrar e fechou a porta, logo em seguida caminhou para dentro da casa, o guiando pela câmara de entrada.

Matteo tentou seguir pelo cômodo na velocidade do homem, mas teve que parar por um momento. A primeira coisa que viu foi o branco em seu tom mais puro, vendo que conforme ele andava e seus olhos percorriam o saguão, o branco se misturava a outras tonalidades mais claras e neutras. Ele piscou, olhando ao redor e se perguntou o que mais iria encontrar naquele lugar. As paredes eram brancas e os móveis de uma cor clara, neve pálida, que contrastavam com os quadros bonitos no qual ele nunca poderia reconhecer seu real valor mesmo que o pagassem, decoravam tais paredes intercaladas por grandes janelas que iam até o chão em pontos estratégicos; tudo era tão imaculado, tão limpo e claro que ele teve medo de dar um passo à frente e sujar alguma coisa. Por isso, com o maior cuidado possível, Matteo pisou no tapete branquíssimo que se estendia por toda a entrada e andou o mais rápido que pôde tentando alcançar Sr. Moore que já lhe esperava na entrada para a sala de estar, parecendo impaciente.

E como todo o resto, o chão daquela casa também era de um granito branco que reluzia quase lhe cegando. Ele tinha mencionado a grande escada em caracol que levava ao andar de cima? Era lindo, algo saído de algum conto de fadas. Matteo podia muito bem imaginar uma princesa descendo por aqueles degraus claros e lustrados. Ele escutou um pigarro e enfim desviou o olhar da escada vendo que havia duas portas à direita e uma a esquerda, e o cômodo que ele pensava ser uma pequena sala de estar se abriu ampla mais à direita, bem iluminada pelas grandes janelas que também havia ali mostrando o jardim bem cuidado, com mais paredes brancas, sofás creme, uma mesinha de centro e uma televisão de setenta polegadas presa a parede.

Feito um idiota, ele continuou andando enquanto olhava para os lados e sem querer tropeçou no fim do tapete, parando no início da sala de estar. Já o Sr. Moore, tinha andado a passos confiantes pelo longo corredor, lhe esperando, parecendo a cada minuto mais impaciente agora parado no meio da sala.

— Entre. Por favor. — Sr. Moore lhe disse tão sério quanto antes.

Por algum motivo que Matteo não podia explicar, ele se sentia em conflito, embora… embora soubesse ser um tipo diferente de conflito. Era uma sensação engraçada no pé do estômago que fazia os pelos em sua nuca se arrepiarem, como se… podia parecer ridículo, mas ele sentia ter entrado em uma armadilha de forma que se pisasse em falso seria devorado. Ele admitia, tinha atração por um tipo específico de homem. Alto, forte e… decidido. 

Bem, ele não sabia se “decidido” era a palavra certa, mas Matteo gostava de acreditar nisso. Ele não sabia, talvez fosse toda aquela pele à mostra, a forma que o homem seminu estava parado no meio do cômodo como se não tivesse nada a esconder, a forma que Sr. Moore parecia usar sua altura para exigir… exigir algo dele. Também era o jeito que aqueles olhos que brilhavam intensos pareciam o espreitar, contidos, atentos, tentando comunicar algo que Matteo se negava em compreender.

Também poderia ser aquele lugar gigante e deserto que lhe dava essa impressão de sufocamento, como se ele fosse minúsculo e a vastidão branca fosse engoli-lo naquela casa que parecia ser a perfeita prisão feita de ouro. Ou ainda pior, poderia ser algo inédito, algo que Matteo recusaria até o fim por puro senso de moral; ele odiava essa sensação que subia por sua coluna e lhe deixava mais confuso,  pois, não era justo,  ele estava irritado com o homem há menos de dez minutos e agora, bem… Matteo não podia esconder, era algo que vinha a ele naturalmente; essa sexualidade que tentava enterrar o máximo que pudesse e que era óbvio se ele pudesse comparar, era a semelhança na postura desse homem que o encarava dos pés à cabeça tão intensamente que lhe deixava desconfortável e ao mesmo tempo com vontade. 

Mas tudo estava bem, Matteo podia admitir isso para si mesmo. O único motivo de hesitar tanto era a lembrança do que havia acontecido ontem, era exatamente por conhecer pessoas como esse homem, autoritário e confiante, como se fosse óbvio que os outros viviam para atender seus desejos, que ele tinha perdido o emprego. Matteo não queria que acontecesse a mesma coisa tão rápido. Ou que acontecesse algo pior.

Ah, por que ele não escutou sua intuição e foi embora quando pôde? Quer dizer… ninguém o obrigava a estar ali, certo? Sr. Moore apenas tinha segurado a porta, lhe dando passagem e andado para dentro da casa. Talvez um pouco com a cabeça empinada? Talvez se colocando mais ereto do que antes como se… como se estivesse estufando o peito? E só talvez… só talvez ele pudesse ver um brilho meio sinistro naqueles olhos que por algum motivo Matteo não conseguia desviar a atenção… Não, devia ser coisa da ansiedade que gostava de lhe pregar peças.

Matteo respirou fundo e fez o seu melhor para se convencer, ele fazia esse sacrifício apenas pelo dinheiro. 

Inspirou profundamente, mais uma vez, e deixou o ar sair, dando o primeiro passo para dentro da sala. Depois deu mais um e parou na frente do Sr. Moore que o encarou por mais uns segundos, seu rosto ilegível, braços cruzados em frente ao peito, parado no meio do cômodo com as pernas afastadas. Era difícil impedir seus olhos de seguir a direção natural das coisas.

— Me siga.

Sem esperar por Matteo, Sr. Moore andou a passos largos em direção aos sofás na sala de estar e se sentou pesadamente contra uma das milhares de poltronas que enfeitavam o cômodo, o forçando a ir atrás dele.

— Não vou enrolar. Minha esposa viaja a maior parte do tempo e eu cuido das crianças. Sou pesquisador e não tenho tempo a perder. Elas têm uma rotina. Você deve acordá-la às sete em ponto, trocar elas, me ajudar com o café da manhã, levá-las para a escola, buscá-las, ajudá-las com o dever de casa, mantê-las entretidas até a hora de ir dormir e dar banho nelas no fim do dia. Durante o resto do tempo, eu não me importo com o que você faz. Se você fica aqui ou em outro lugar, não é da minha conta.

— Hmm… tudo bem? — Matteo disse meio confuso, a irritação voltando a subir por seus nervos. — O senhor vai estar presente em algum momento? Ou devo fazer alguma coisa a mais?

— E o que seria isso?

O homem finalmente sorriu para Matteo, mas era algo tão zombador e cínico que ele quase se levantou da cadeira para dar um soco nele.

— Olha, eu não sei o que você faz na casa das outras pessoas, mas aqui você vai fazer o que foi contratado para fazer. Cuidar das crianças e arrumar a bagunça que elas fizerem. Duzentos reais por dia é o suficiente?

— Duzentos reais? — Matteo disse, surpreso. Isso era o dobro do que ele esperava.

— Duzentos reais mais transporte e almoço. Você está livre para comer ou fazer o que quiser.

Sr. Moore deu mais um sorrisinho na direção de Matteo e se espreguiçou lentamente ao se levantar, Matteo observando cada movimento com mais atenção do que o necessário, ainda levemente confuso e se negando a corar. O pior era saber que ele era tão óbvio, não conseguindo evitar o constrangimento.

— Não se preocupe. Acontece com todo mundo. — Sr. Moore piscou para Matteo e enfim se afastou, mas não sem antes falar: — Subindo as escadas, estou no primeiro quarto à direita. As crianças devem ser acordadas em vinte minutos.

Matteo acenou meio zonzo e viu a silhueta dos ombros largos de seu mais novo chefe desaparecer escadas acima.

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Espero que vocês tenham gostado, vou adorar receber um feedback sincero, mas sem pressão. Ficou confuso? Lento demais?

Obrigada por ler!


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5 months ago
François Boucher, Venus On A Wave (detail)

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1769

4 months ago

The Hunger Games has the FUNNIEST arranged marriage of all time btw. Katniss realizes she'll have to marry Peeta and she's obviously upset so Haymitch tries to comfort her by saying "you could do a lot worse" and Katniss is like "well DUH of course I could do worse than Peeta he's the best & handsomest person on the face of the planet but that's not the POINT I want to be able to choose for MYSELF". Then she goes and chooses Peeta anyway lol. Comedy gold I tell you

8 months ago

My inner introvert is screaming 😂😂😂

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auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

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