This is something that I’ve been considering writing for a while but didn’t particularly want to put the work into until I was rereading The Titan’s Curse and came across a very specific line that went “She punched me in the gut.” I was so consumed with rage that I immediately began to reread the whole series and marked down every single instance that Annabeth was a dick to Percy.
One thing to note is that I’ve marked down every instance of Annabeth calling Percy “seaweed brain” as being mean. Friendly reminder that her nickname for Percy means “stupid” and has always meant stupid and will always mean stupid and that just because he’s used to it by now, doesn’t make it okay.
On that note, this also turned into me writing down every time someone other than Annabeth insults Percy’s intelligence just because I was curious.
(Alternating colors for easier reading)
TLT (pg 57) - [interrogation of Percy] The girl with curly blond hair hovered over me, smirking as she scraped drips off my chin with the spoon. [ … ] Somebody knocked on the door, and the girl quickly filled my mouth with pudding.
TLT (pg 64) - [describing Annabeth’s eyes] but intimidating, too, as if she were analyzing the best way to take me down in a fight.
TLT (pg 64) - “You drool when you sleep.”
TLT (pg 83) - When we reached her, she looked me over critically, like she was still thinking about how much I drooled.
TLT (pg 85) - She saw me looking, and her expression hardened again.
TLT (pg 85-86) - She grabbed my wrist and dragged me outside. I could hear the kids of cabin eleven laughing behind me. When we were a few feet away, Annabeth said, “Jackson, you have to do better than that.” [ … ] She rolled her eyes and mumbled under her breath, “I can’t believe I thought you were the one.”
TLT (pg 86) - [Percy is annoyed] “Don’t talk like that!” Annabeth told me. “You know how many kids at this camp wish they’d had your chance?”
TLT (pg 89) - [Clarisse is hazing Percy] Annabeth looked pained, but she did stay out of it.
TLT (pg 90) - [Clarisse is hazing Percy] Annabeth stood in the corner, watching through her fingers.
TLT (pg 92) - Annabeth stared at me. I couldn’t tell whether she was just grossed out or angry at me for dousing her.
TLT (pg 93) - “I’ve got training to do,” Annabeth said flatly. “Dinner’s at seven-thirty. Just follow your cabin to the mess hall.” [Percy apologizes] “Whatever.”
TLT (pg 123) - [Annabeth sets Percy up to be bait for Clarisse, Percy confronts her] Annabeth shrugged. “I told you. Athena always, always has a plan.”
TLT (pg 128) - Annabeth still taught me Greek in the mornings, but she seemed distracted. Every time I said something, she scowled at me, as if I’d just poked her between the eyes.
TLT (pg 147) - [Annabeth has volunteered for the quest] “I’ve been waiting a long time for a quest, seaweed brain,” she said. “Athena is no fan of Poseidon, but if you’re going to save the world, I’m the best person to keep you from messing up.”
TLT (pg 157) - [Percy is being optimistic] She gave me an irritated look. “It’s bad luck to talk that way, seaweed brain.” [Percy asks why Annabeth hates him] “I don’t hate you. [Percy disagrees] “Look…we’re just not supposed to get along, okay? Our parents are rivals.”
TLT (pg 169) - She was silent for a few more steps. “It’s just that if you died…aside from the fact that it would really suck for you, it would mean the quest was over. This may be my only chance to see the real world.”
TLT (pg 173) - [Percy lies to Medusa] “Your head is full of kelp.”
TLT (pg 185) - [Percy doesn’t know the myths] Annabeth flashed me an irritated look. [explanation of the myth] Annabeth straightened. In a bad imitation of my voice she said: “It’s just a photo, Annabeth. What’s the harm?”
TLT (pg 194) - [Annabeth wakes Percy after a nightmare] “Well,” Annabeth said, “the zombie lives.”
TLT (pg 217) - [After Percy jumps off the Gateway Arch] Annabeth stood beside him, trying to look angry, but even she seemed relieved to see me. “We can’t leave you alone for five minutes! What happened?”
TLT (pg 234) - [Percy asking Annabeth to go with him to get Ares’ shield] “Are you kidding?” She looked at me as if I’d just dropped from the moon. [ … ] “Me, go with you to the…the ‘Thrill Ride of Love’? How embarrassing is that? What if somebody saw me?”
TLT (pg 234) - [Percy picks up Aphrodite’s scarf] Annabeth ripped it out of my hand and stuffed it in her pocket. “Oh no you don’t. Stay away from that love magic.” [ … ] “Just get the shield, seaweed brain.”
TLT (pg 239) - [Percy has a plan] “Are you crazy?”
TLT (pg 244) - [Percy backtalking Ares] Annabeth said, “That was not smart, Percy.”
TLT (pg 251) - [Discussing what side they’ll pick] “Because you’re my friend, seaweed brain. Anymore stupid questions?”
TLT (pg 257) - [Grover can only bless wild animals] “So it would only work on Percy,” Annabeth reasoned.
TLT (pg 263) - [Percy trying to get Annabeth’s attention at the Lotus Hotel] She looked up, annoyed. “What?” [ … ] “Hey!” She screamed and hit me, but nobody else even bothered looking at us.
TLT (pg 282) - [Percy saves Grover and Annabeth from Crusty] “Be faster next time.”
TLT (pg 370) - [Percy wakes up after almost dying] “You idiot,” Annabeth said.
TLT (pg 374) - She pursed her lips. “You won’t try anything stupid during the school year, will you? At least…not without sending me an Iris-Message?”
TLT (pg 374) “Take care, seaweed brain.”
TLT total number of times Percy is called stupid: 10
TLT number of times Annabeth calls Percy stupid: 7
TLT number of times others call Percy stupid: Gabe (1). Grover (1). Thalia (1).
Every day, I’ll reblog this post with the next book so keep an eye out for that.
me, quietly whispering to the ao3 page of an author who doesn’t even know I exist: I am obsessed with you
Oii, como vai? Estamos tendo alguns dias de produtividade, não? O capítulo ia sair antes, por causa do feriado me permiti descansar. Eu definitivamente desisto de ter um cronograma de postagem, mas vou tentar atualizar toda semana. Então, é só passar aqui uma vez por semana, na sexta, porque se eu postar algo vai estar pronto na sexta até as 12h. E tipo, considerem os textos por aqui como rascunhos iniciais, ok? Ainda estou na minha fase criativa e eu amo colocor sub-plots e outras coisas no meio do enredo principal. Se eu seguisse meu planejamento original eu já teria terminado a história. Então, vamos relaxar e nos divertir. Obrigada pela presença!
Avisos: Aspectos mentais (Aqui teremos algumas conversas sobre esses assuntos)
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV
Nico colocou a caneta na última página em que havia escrito e repousou o diário ao lado de seu travesseiro, se espreguiçando. Ele tinha escrito mais do que pretendia. Bem, Percy teria uma pequena surpresa quando lesse. Mas no fim, Percy estava certo, escrever tinha tirado a pressão em seus ombros que Nico nem sabia estar lá. Foi um momento mágico, ao colocar seus pensamentos no papel, sua mente ficou leve e vazia, como se contasse o que o incomodava para alguém que não o julgaria e não tentaria dar ‘conselhos’ que ele não havia pedido.
Cansado de esperar, Nico deitou na cama e colocou a cabeça no travesseiro. O que Percy fazia para demorar tanto? Quando menos viu, tinha fechado os olhos, os abrindo novamente para sentir algo macio deslizar por seu corpo. Era uma toalha úmida e morna que Percy segurava. Nico piscou lentamente e então a figura de Percy se fez presente, cabelos molhados e peito desnudo, vestindo apenas uma tolha enquanto limpava seu corpo com delicadeza.
— Quer tomar um banho? — Percy murmurou, se aproximando mais dele, o fazendo se sentar contra o batente da cama. — Enchi a banheira pra você.
— Pode ser. — Ele deu de ombros, parecia uma boa ideia. Nico raramente via motivos para usar a banheira.
Assim, Percy o segurou pela mão e o guiou para o banheiro, perguntando:
— Como você se sente?
Ele não sabia. Um leve ardor que pulsava dentro dele, talvez? Um cansaço muscular e mental? Um relaxamento que nunca havia sentindo antes? Era tudo isso junto e mais. No geral? Nico se sentia bem, ou tão bem o quanto seria possível, parecido com quando ele ainda não tinha fugido para a Itália, talvez até melhor, agora que ele não precisava esconder o que sentia.
— Estou bem. — Nico deu de ombro novamente.
— Você se lembra das nossas regras?
Infelizmente, Nico lembrava. Percy devia estar se referindo a sempre ser sincero.
— Eu não sei. — Nico disse, tentando ser o mais sincero que podia. — É tudo muito novo para eu ter uma opinião formada.
— Nico.
Ele parou e encarou Percy que agora tinha os braços cruzados.
— Você tem que parar com isso. Não me diga o que eu quero ouvir.
— O que você quer que eu fale?
— O que você está sentindo. Algo doí? Você precisa de alguma coisa?
— Por que você está sempre me questionando?
— Porque você sempre está tentando me agradar.
— Qual o problema nisso?
Ele olhou para Percy e Percy olhou para ele parecendo que iria explodir. Mas nada disso aconteceu. Percy respirou fundo, fechou os olhos por um momento e quando voltou a abri-los, uma aura de calmaria se fez presente. Era um daqueles momentos onde Nico sabia que não iria ganhar, não importava o que ele fizesse. Então, deixou que Percy o guiasse até a banheira e o ensaboasse devagar e sem pressa.
— Você não vê o problema nisso? Mesmo? — Percy perguntou distraído, suas mãos deslizando para baixo, entre as pernas de Nico.
— As coisas sempre foram assim.
— É por isso que eu não fui atrás de você.
— Acho que não entendo.
— Descobri que eu… não consigo me controlar perto de você. Eu fiz você agir desse jeito. Te coloquei nessa caixinha perfeita e inquebrável. Ninguém devia viver assim, conforme os desejos de outra pessoa.
— Não é verdade, eu sempre fui assim.
— Será que é mesmo? Precisou que você fosse para longe e de cinco anos para dizer todas essas coisas para mim. Se você não se sentia confortável em me dizer o que você sentia antes, o que isso quer dizer?
Nico voltou a encarar Percy que tinha um olhar distante e percebeu que isso incomodava Percy mais do que ele pensava.
— Eu não gosto de brigar. Prefiro que as coisas fiquem assim.
— Assim, como?
— Sem conflito e sem drama. Não quero ter que pensar em cada passo do caminho. Eu só quero ficar com você e… te satisfazer. Não é o suficiente?
— Eu não posso fazer isso. — Então, Percy segurou em seu rosto e deslizou os dedos para sua nuca, a massageando devagar e o fazendo relaxar ainda mais. — Como posso ter certeza que não estou te machucando ou te impedindo de fazer outras coisas?
— Essa é a questão, não é? Você se sente culpado de quer as mesmas coisas que eu.
— Nico, não me torture.
— Eu não estou. — Quer dizer, ele achava que não estava. — Quando eu não quiser mais… essa coisa que a gente tem, você vai saber.
— Como?
— Eu vou querer fugir. Não como aconteceu hoje. Com vontade, como se minha vida dependesse disso.
— Nico!
— Sabe, quando as pessoas tentam se aproximar de mim eu costumo me sentir sufocado. Mas quando é com você eu só me sinto livre e seguro, mesmo que eu sinta medo.
Nico achava que estava enlouquecendo, parecendo um lunático a beira do precipício. Mas era a pura verdade, o que ele buscou em todas aquelas faces, não foi a beleza ou os olhos verdes profundos, não, sempre foi aquele sentimento de segurança e estabilidade, o conforto que os braços de Percy sempre lhe deram. Pois essas coisas eram difíceis de emular; se somente ele pudesse ter encontrado isso em outro lugar, Nico não se sentiria tão controlado e condicionado a fazer aquelas coisas que Percy tanto criticava, mesmo que Percy nunca tivesse pedido por elas. No fim, ele entendia o que Percy estava tentando implicar; as coisas só ficariam piores dali para a frente e eles provavelmente continuariam nesse jogo de gato e rato por um longo tempo até que ele se rendesse. O que Nico podia fazer se Percy era o único que o fazia se sentir assim, tão livre e preso ao mesmo tempo?
— Nico. — Agora a voz de Percy soou toda rouca e firme.
Opps. Ele olhou para baixo e viu que sua mão estava no colo de Percy, em cima da tolha, mas em um lugarzinho bem estratégico.
— Por que você não pode me dizer o que te incomoda?
Ele negou, não estava pronto para dizer o que realmente pensava para Percy. Embora ele soubesse, Percy sentia algo similar ou pior. Nico viu o quanto Percy tentou superá-lo com outras pessoas, antes e depois dele ir para a Itália. Então, no fundo, discutir era inútil. Eles precisavam de um consenso.
— Isso não vai levar a nada. Eu sugiro uma trégua. — Nico disse ao invés de se explicar.
— Trégua? Isso não é uma guerra.
— Então, por que tudo o que a gente faz é brigar e transar? Eu prefiro muito mais só transar.
Isso tirou um sorrisinho no canto dos lábios de Percy.
— O que você sugere?
— Eu vou… confiar em você e fazer tudo o que você me pedir se você parar de me questionar.
Agora, Percy só parecia triste.
— Não quero que você se sinta mal e acuado. Eu só me preocupo. Eu quero que você seja a sua melhor versão possível.
— E se eu só quiser ser o Nico que quer ficar com o Percy e não ter que discutir?
— Tudo bem. A gente pode fazer do seu jeito. Você tem que me prometer que se não estiver funcionando, você vai me contar.
— Eu prometo.
Tudo o que Nico podia fazer era esperar pelo melhor e tentar manter sua parte do acordo.
***
Quando eles acordaram de novo, o sol estava alto no céu, a manhã já dando lugar para a tarde numa temperatura mais amena. Eles ainda estavam na cama, sua cabeça no ombro de Percy e os braços de Percy em volta de sua cintura. Finalmente o silêncio durava mais do que cinco minutos. Eles não precisavam fazer nada ou estar em nenhum outro lugar que não fosse ali, onde eles tinham decido estar.
— Com fome? — Nico escutou Percy dizer bem baixinho, com a voz rouca de sono.
— Não.
— Nenhum pouquinho? Daqui a pouco Sally vai vir aqui, para ver se a gente ainda está vivo.
Isso seria engraçado. Nico até podia imaginar, Sally abrindo a porta e os pegando na cama assim, pelados e abraçados. Seria ótimo mesmo.
Com esse pensamento o assombrando, Nico se desgrudou de Percy e se sentou na cama, se sentindo levemente zonzo, porém contente, se espreguiçando até cair para trás, fechando os olhos. Talvez ele precisasse comer alguma coisa. Quando tinha sido a última vez? Ele se quer tinha comido algo na festa ou tinha apenas bebido?
— Cansado?
Nico suspirou e se deu por vencido, sabendo que sua paz estava prestes a acabar. Ele ficou de lado na cama e encarou Percy que não parecia nenhum pouco contente.
— Não muito.
— Sabe, acho que a gente devia criar um sistema.
— Eu acho que--
— Cada vez que você mentir para mim você será castigado.
— Você disse que não iria duvidar de mim!
— Não é uma dúvida quando eu sei a verdade, quando eu te vejo mentindo para mim.
— O que você quer que eu faça!
— Diga a verdade ou não diga nada.
— Oh.
— Você vai passar o resto da vida calado para me agradar?
Essa era uma boa pergunta. Era difícil voltar para a escuridão quando se via tanta luz.
— Isso não tem graça. — Ele murmurou, sentindo algo dentro do peito se alastrar.
— Não tem mesmo. Imagina o que eu sinto vendo vejo você se rebaixar, sendo menos do que você poderia ser.
— Eu não faço isso sempre.
— Não?
— Só com você.
Então, Nico observou Percy estender o braço e tocar em seu rosto numa leve carícia.
— Eu odeio o que eu fiz com você, o que seu pai fez.
— Você não fez nada. — Já seu pai, era outra conversa.
— Eu te moldei nessa pessoa perfeita que tem medo de ofender qualquer um.
— Isso não é verdade! Eu…
— Quero que você grite se você quiser. Quero que você me bata, que me xingue se tiver vontade. Que se revolte. Que exija. Eu nunca mais quero te ver tão magoado.
Talvez Percy tenha razão. Mas ele tinha mesmo que fazer essas coisas? Não era algo que ele se via fazendo.
— Não me entenda mal. Você não precisa. Mas se você quiser ou um dia fizer essas coisas, está tudo bem e é completamente normal.
— Normal? Como fazer essas coisas pode ser normal?
— Deuses. — Percy o abraçou com mais força e encostou a cabeça em seu ombro. — Você não tem que ser perfeito. Você entende isso?
Mas se ele não for perfeito, ninguém vai gostar dele. Como Nico não poderia ser o que ele já era?
— Está tudo bem. — Percy disse, mas Nico tinha a impressão que Percy falava isso para si mesmo.
No fim, Nico preferiu ficar calado. O que ele tinha a dizer não faria diferença nenhuma, e talvez Percy tenha razão. Se ele não tinha nada de bom para dizer é melhor ficar calado.
***
— Deuses, o que Percy fez com você?!
Assim que desceram as escadas, Sally os recebeu com um sorriso amoroso e abraços apertados. Isso é, foi o que aconteceu até Sally ver o hematoma no pescoço de Nico; hematoma esse que era, na verdade, um chupão bem colocado.
— Mãe, você está exagerando.
Nico, coitadinho, olhou entre eles, tentando entender o que acontecia. E Percy como um bom samaritano, o ajudou a entender. Como quem não quer nada, Percy levou a mão até o pescoço de Nico e Nico gemeu. Agora se era de dor, surpresa ou prazer, era difícil distinguir. Fosse o que fosse, aquilo fez seu coração disparar e outra coisa acordar.
— Oh. — Nico então disse, levando a mão está ao próprio pescoço. — Eu não percebi. Está muito feio?
— Eu não diria feio.
Ele ouviu risadas atrás dele, mas preferiu se concentrar em Nico que fazia um biquinho fofo e pegava o celular do bolso, se olhando no reflexo da tela.
— Percy! O que você estava tentando fazer? Arrancar um pedaço?
— Você não foi o único. — Percy abriu os dois primeiros botões de sua camisa e mostrou seu conjunto de marcas, unhas pequenas e o formato de dentes que desciam até desaparecer dentro de sua camisa.
— Eu… eu não fiz isso! Fiz?
— E muito mais.
Percy não se aguentou, ele riu e puxou Nico para um abraço, beijando seu rosto. Mas tudo parecia estar bem, porque assim que Percy o abraçou, Nico derreteu contra seu ombro, o abraçando de volta.
— Esta tudo bem. Você pode me morder o quanto quiser, eu gosto. — E pelo jeito que as coisas iam, Nico gostava também.
Percy ouviu um pigarro e se virou para ver Sally, nenhum pouco feliz com a demonstração de… afeto.
— Percy Jackson! Não é assim que se trata as pessoas.
— Foi algo mutuo. E se você quer saber, Nico que começou. Pode perguntar para Annabeth, ele foi a primeira a ver. Ta vendo aqui? Foi o primeiro. — E bem perto de sua nuca, onde o cabelo começava a crescer longo, estava uma marca que começava a sumir.
Nico escondeu o rosto em seu ombro e Sally cruzou os braços. E antes que outra onde de reclamações chegassem, Percy se apressou:
— Permissão para chupões? — Nico acenou que sim, muito encabulado para enfrente a sala cheia de testemunhas, o que não impediu os xingamentos e protestos.
— É o suficiente. — Sally levantou uma de suas mãos, as levando ao rosto, e se virou para Nico, o fazendo levantar o rosto. — Está tudo bem, querido? Como estava a festa? Melhor que nos velhos, tempos, não?
Imediatamente, Percy viu que tinha algo errado. De repente, Nico abriu a boca, prestes a falar alguma coisa e então, a fechou, se encolhendo contra seus braços. O pior foi ver Nico levantando a cabeça e olhando para ele, como se esperasse a permissão de Percy para alguma coisa, mantendo os lábios selados com força. Ele ouviu outro pigarro e percebeu que todos estavam esperando que Nico respondesse. Grover, Tyson e Sally, todos estranhando o comportamento de Nico.
Restou a Percy sorrir e guiar Nico para a sala de estar e sentar com ele no sofá.
— O que está acontecendo, hm?
Mas tudo o que Nico fez foi negar e olhar para o próprio colo, se recusando a encará-lo.
— Por favor.
Isso fez Nico olhar entre os silhos para ele e respirar fundo: — Eu pensei sobre o que você disse ontem a noite.
— Sobre não mentir?
— Sobre ficar calado.
Algo no peito de Percy se apertou naquele instante, e torcendo para que não fosse o que ele pensava, perguntou: — Por que você ficaria calado?
— Você disse que se fosse para eu mentir, eu devia ficar calado, E já eu não tenho nada de importante para dizer, vou fazer o que você pediu.
Percy achava que tinha parado de respirar. Ele não estava falando serio! Quem é que iria seguir uma ordem tão ridícula. Ele só queria fazer Nico responder de qualquer forma que não fosse aceitar tudo sem protestar, queria fazê-lo reagir e ver o que estava acontecendo. E ao contrário disso, Nico decide seguir a risca da pior forma possível?
— Bebê, por favor. Eu estava errado. Eu só queira que você reagisse.
— Reagisse, como?
— Como você quiser. — Percy então sorriu, tentando incentivar Nico. — Vamos, pode gritar comigo. Pode me xingar. Eu fiz algo muito ruim. Eu mereço uma punição.
— Punição? — Nico entortou a cabeça, feito um cachorrinho confuso e se aproximou. Ele o beijo nos lábios, num selinho doce e suave e tocou em seus cabelos, sorrindo angelicalmente. — Pronto. Sua punição.
Percy queria chorar. Por que tudo o que ele falava parecia sair ao inverso? Ou talvez fosse Nico fazendo o melhor que podia.
— Você está me punindo ou consolando?
— Se eu escolho a punição, você tem que aceitar.
Percy se deixou levar e abraçou Nico bem apertado, o ouvindo suspirar de prazer.
— Eu não te mereço. Eu só queria que você se sentisse livre para se expressar. Te fizeram ficar calado por tanto tempo que tenho medo que agora aconteça o mesmo.
— Eu sei. — Nico murmurou baixinho, parecendo contente.
— O que você tem a dizer é importante, sempre será.
— Pensei que se eu ficasse calado não precisaria medir minhas palavras.
— Não me faça chorar.
— Você é um bobo. — Nico enfim diz, parecendo a única coisa sincera no meio daquilo tudo. — Eu tomei essa decisão. Eu tive toda a liberdade do mundo, mas no fim do dia, ainda sentia falta de você e de como as coisas eram.
Por no fim, a vida se tratava de decisões e consequências. Ele continuou abraçado a Percy e entendeu, Percy estava tão perdido quando ele nessa confusão toda, entendeu que era um período de adaptação e logo tudo voltaria ao normal. Agora, o que esse normal era, ambos não faziam ideia, já que eles nunca tiveram uma amizade comum.
— Eu sinto muito. — Nico diz mais uma vez. — Acho que é um período de adaptação. Vou tentar não levar a sério tudo o que você disser.
— Eu fico muito contente com isso. — A verdade é que Percy estava aliviado, dando graças a todos os deuses e divindades por encontrar alguém tão compreensivo, embora ele gostaria que Nico fosse mais combativo.
Não o intendam mal, Nico era uma das pessoas mais independentes e responsáveis que ele já tinha conhecido, mas o que Nico tinha de independente, também tinha de dependência emocional. E às vezes essa dependência emocional era pesada demais para que ele pudesse carregar sozinho, embora ele estivesse disposto a carregá-la pelo resto da vida se isso garantisse a permanência de Nico em sua vida.
— Então, a gente tá bem? — Nico perguntou, levantando a cabeça e o espiando timidamente.
— É claro, bebê. Contanto que você esteja.
Nico pareceu imediatamente tranquilizado. E se era isso o que Nico queria, Percy faria seu melhor resolver as coisas. Obviamente pedir não tinha resolvido, tão pouco conversar ou pressionar. O jeito seria fazer as coisas do jeito tradicional. Não que ele soubesse estar fazendo algo no passado, mas se funcionou antes, vai funcionar agora.
Sorrindo, como se nada tivesse acontecido, ele guiou Nico de volta para a cozinha e se sentou ao lado de Nico em frente a mesa, descobrindo tarde demais que todos ouviram sua conversa com Nico. O que ele podia fazer? O bem-estar de Nico era mais importante do que os olhares de reprovação. Ele sabia que logo veria a repreensão, e se errar um pouco fosse necessário para consertar o que ele havia feito, que fosse! Percy nunca se arrependeria de colocar Nico em primeiro lugar.
— Panquecas ou ovos?
— Panquecas. — Nico respondeu para ele. Então, panquecas seriam. Não era uma novidade. As comidas favoritas de Nico eram doces, e as salgadas tinham um sentimento nostálgico, do tempo em que a mãe de Nico ainda estava viva. Então, ao lado das pequenas e da cobertura de chocolate, Percy colocou um croissant de queijo junto um copo de suco e uma xícara de café.
Era incrível mesmo. Até parecia que nada de ruim tinha acontecido a mesmo de dez minutos atrás. Nico deu o primeiro cole em sua xícara de café e sorriu como se fosse o dia mais feliz de sua vida, mergulhando em suas panquecas açucaradas. E assim, como num passe de mágica, o ambiente voltou a ser amigável, Nico conversando com Sally animadamente, enquanto ele, Grover e Tyson observavam, tremendo pelo próximo banquete que eles seriam obrigados a participar.
— Cara, obrigado por me deixar ficar. Minha mãe está de volta.
— Pode ficar o quanto quiser, o quarto é seu. Por que você não faz uma mala e fica até a formatura? Não falta muito.
— Se um ano inteiro não é muito… — Ambos, ele e Grover, deram de ombros e Grover socou seu ombro amigavelmente, fazendo os dois sorriem. Era uma boa ideia, especialmente quando ele e Nico fossem embora; sua mãe ficaria sozinha e Grover sempre seria uma ótima companhia.
— De verdade! O que você ainda faz naquela casa?
— É! Sempre vai ter espaço para você. — Tyson finalmente se dignou a participar da conversa, geralmente preferindo ficar longe do drama. — Você já trabalha pra gente, o que custa ser parte da família?
— Você chama sorrir para os clientes e levá-los para a mesa certa quando outros não podem, trabalhar?
— É claro que é. Você até usa um terno bonitinho e penteia o cabelo com gel. — Tyson continuou, todo feliz em zombar de Grover, de volta a rotina natural deles.
— Cala a boca! Aquilo nem é um uniforme. Juniper gosta disso… — As últimas palavras de Grover soaram bem baixas, parecendo estar encabulado.
E bem, quem era Percy para interromper um momento tão doce e feliz.
Ele se virou para sua comida e deu a primeira garfada em seus ovos, macios e com pouco sal, do jeito que ele mais gostava e deu um cole em seu café forte sem açúcar ou leite, percebendo que Nico já tinha terminado de comer e olhava para ele com um sorrisinho no rosto.
— O que foi, hm? Quer mais?
— Não. Eu gosto de te ver feliz e se divertindo com seus amigos. Você não costumava fazer isso.
— É verdade. Eu disse que tinha problemas, não disse?
— Acho que não levei isso a sério. Você sempre parece tão decidido e confiante.
— Isso não quer dizer que eu estivesse certo.
— Hm. — Nico murmurou, pensativo. — Nunca pensei por esse ângulo. Acho que todos tem algo a esconder. Algumas pessoas só esconder melhor.
— É isso mesmo. Quanto mais coisas as esconder, melhores atores somos, não? — Percy não pode se conter, Nico estava sendo tão sincero que ele merecia uma recompensa. Ele puxou Nico pela nuca e o beijou ali mesmo na frente de todos, um beijo daqueles destinados para quatro paredes.
— O que foi isso? — Nico disse assim que recuperou o folego.
— Uma recompensa para um bebê obediente.
Corando dos pés a cabeça, Nico apenas olhou para ele, fazendo um biquinho lindo, mas sem reclamar. O que ele podia fazer? Se era desse jeito que Nico entendia, então era como seria dali para frente.
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E então? Eu tenho a impressão que o Nico está se tornando tão dramatico... ou será a visão do Percy sobre ele? Bem que eu também acho que o Nico pensa que o Percy é um pouco dramatico também 🤣🤣🤣🤣 Qual sua opnião? Sua comentario me ajuda a entender os pontos fracos da história para que eu possa rescrever da melhor forma no futuro.
Obrigada por ler!
Reading a book: “Ah, yes, brilliant. That totally makes sense. How clever!”
Attempting to write a book: “I am a complete and utter fraud. Who gave me permission to wield words? Someone revoke my keyboard.”
Make Me Choose Challenge └ @milevenhearteyes asked: Timothée Chalamet or Tom Holland?
“The most important thing, in anything you do, is always trying your hardest, because even if you try your hardest and it’s not as good as you’d hoped, you still have that sense of not letting yourself down.”
Oii, como vai? Esse era para ser um capítulo curto, ai resolvi fazer algo especial mais para o final. Espero que vocês gostem! Vejam as notas finais para mais informações.^^
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI
— Presta atenção! — Percy gritou e passou a bola para Chris Rodriguez, um garoto alto de feições hispânicas. Um amigo ótimo, mas que agora estava lhe dando nos nervos.
Tudo bem, não era culpa de Chris. Percy queria terminar logo aquele treino e encontrar Nico que o esperava nas arquibancadas. Era demais pedir que o tempo passasse mais rápido? Ele gritou de novo, agora vendo Charles Beckendorf se distrair com a namorada líder de torcida.
Porra, será que dava para alguém fazer alguma coisa certa!?
— Cara, pega leve! — Grover veio correndo até ele quando o treinador encerrou o treino antes do normal. — Seu garoto não está cuidando de você?
Grover estava certo, Nico tinha cuidado muito bem dele. Percy até tinha relaxado depois do ato, mas então ele sentiu aquela raiva subir para a cabeça observando aquelas pessoas cobiçarem o que era dele. Quando Nico era solitário e indefeso ninguém fez nada, preferindo o isolar, mas agora que Nico cresceu e ficou alto com aqueles ombros largos e intensos olhos negros, levando seu violão pelos cantos, praticamente sendo impossível não se encantar quando ele cantava, pensando que ninguém o via, isso o tirava do sério. Trazia seu pior lado para fora.
Ele admitia que estava enlouquecendo, devagar e constante, brigando com quem tentasse se aproximar. Esse devia ser o único motivo para ele querer que as pessoas ficassem longe de Nico. Quer dizer, não era muito diferente do que acontecia antes. Não que ele tentasse esconder, Percy afastava as pessoas de propósito e sabia disso. Nico também sabia disso. Até o zelador sabia. Ele queria se sentir mal por agir dessa forma, impulsivo e… tão errado. Pensou que esse Percy tinha ficado no passado e que ele tinha morrido com a partida de Nico, se achando tão adulto agora que não agia dessa forma. Isso é, até Nico voltar e mostrar para ele que ainda era o mesmo menininho inseguro e ciumento.
— Per-cy! Terra para Percy. Tem alguém em casa? — Grover disse e balançou a mão em frente a seu rosto, vendo que agora um grupo de garotos se formava ao redor deles.
Era normal, afinal ele era o capitão e eles costumavam ter conversas sobre possíveis mudanças na estratégia de jogo. Hoje não era um desses dias, hoje ele não tinha prestado atenção em nada, em passes de bola, a posição dos jogadores na quadra ou quantas cestas foram feitas.
— Desculpa, gente. Vocês estão dispensados.
— Jackson, qual é? Fala logo. — Luke disse, caminhando despreocupado até ele.
Percy respirou fundo e tentou se concentrar.
— Falar o quê?
— Você não vai pirar de novo, vai? — Outra pessoa falou, embora todos soassem iguais para ele.
— Quem concorda no sub-capitão tomar conta do time? — É claro que Luke falou isso já que ele era o sub-capitão.
— Façam o que vocês quiserem.
Nada importava mais do que Nico. Calmamente, ele tirou a faixa de capitão do braço e jogou para quem estivesse mais perto, dando as costas para eles.
— Quero ver quanto tempo vocês duram.
— Percy, volta aqui! Eu estava brincando! Desde quando você escuta o que eu digo?
Mas ele não voltou, continuou marchando para a saída, lembrando de pegar suas coisas perto do vestiário e só parou quando encontrou Nico na parte de baixo da arquibancada, alheio ao que acontecia à sua volta. Ele estava sentado na grama, com as costas apoiadas no pé da estrutura da arquibancada, dedilhando o violão e murmurando algo baixo na voz mais aveludada e doce que ele já tinha ouvido. Nico parou de tocar e então se virou em direção ao caderno em frente a ele para anotar algo, tudo isso enquanto as pessoas ao redor o observavam com admiração.
Sabe, ninguém costumava assistir aos treinos além das líderes de torcida, mas ali no sol do fim de tarde e com os pássaros cantando, Nico nunca esteve tão belo; cabeça abaixada e postura relaxada, lhe dando a impressão que cada vez mais a plateia se multiplicaria se isso continuasse acontecendo. Então… então aquela raiva voltou com tudo e foi tão de repente que ele parou antes que Nico pudesse notar sua presença, não queria que Nico visse essa parte sua. Ele inspirou fundo por longos momentos e só quando teve certeza que conseguiria se controlar, se aproximou o resto do caminho, parando na frente de Nico.
— Você está pronto? — Perguntou a Nico.
— Hmhm. — Nico acenou, levantando a mão do violão e se espreguiçando. — Você não tem que fazer nada? Ainda são três horas da tarde.
— Não, hoje sou todo seu.
Foi quando Nico levantou a cabeça, o olhou entre os cílios e sorriu para ele, todo meigo e tímido, o levando de volta para tempos mais simples.
— Vamos? — Ele quase esqueceu das pessoas ao redor, murmurando mais distantes deles. Bastou Nico acenar novamente enquanto guardava suas coisas para enfim segurar em suas mãos que elas desapareceram de vista, insignificantes, feito insetos barulhentos.
Ele pegou a mochila de Nico, o ajudando, enquanto Nico levava o violão na mão que não estava ocupada pela sua.
— Música nova?
— O grupo de prática de banda vai se apresentar no baile.
— Vai, é? — Percy até já podia imaginar quanto fãs Nico conseguiria nessa noite.
— Por que você não me disse que ia ter um? Eu nunca fui.
— Eu não estava planejando ir. — Não desde que Nico tinha voltado, mas agora que ele mencionou o baile… — Você quer ir comigo?
— Senhor Jackson! Você está me chamando para sair? É um encontro?
— Só se você quiser.
Percy não conseguiu se conter, Nico estava rindo e fazendo piadas com tanta alegria que isso esquentava seu coração a ponto que ele teve que parar no meio do caminho e beijar Nico até que ambos estivessem sem ar; em seus lábios, maçãs do rosto, mandíbula e pescoço. Ele só parou quando Nico riu tanto que lagrimas saíram de seus lindos olhos negros.
— Então, está marcado. É um encontro.
— Seu bobo. — Nico suspirou, o encarando bem de pertinho, e outro impulso o tomou. Percy secou as lágrimas de risadas que ainda caiam e o beijou mais uma vez, apenas para expressar o quando ele o amava.
— Estou falando sério. Até vou usar um terno. O que você acha?
— Eu acho que você vai ficar muito bonito.
— Eu pensei que eu já era. — Nico sorriu de novo e Percy nem tentou se controlar dessa vez, ele abraçou Nico pela cintura e o beijou como na noite passada, como se ninguém estivesse vendo, e só parou quando Nico gemeu, agudo no fundo da garganta, e o afastou, o empurrando sem força pelo peito.
— Per. — Nico choramingou, piscando devagar, quase gemendo de frustração, mas tão suave que ele sentia vontade de encostá-lo contra a parede e resolver o problema deles bem ali. Isso iria mostrar a quem Nico pertencia.
O quê? Não! Ele não era essa pessoa. Ele não…
— Per? — Ele sentiu dedos macios contra seu rosto e piscou, tentando tirar esses pensamentos da cabeça. Nico parecia preocupado com um leve vinco entre as sobrancelhas. — Tudo bem?
— Claro, tudo bem.
Nico tinha razão em ter fugido dele. No fim, o perigo não estava nas outras pessoas e sim nele, um garotinho doente e possessivo.
— Você quer comer alguma coisa? Está ficando tarde.
Percy apenas acenou, sendo puxado por Nico em direção a seu carro. Ele sentia a preocupação emanar de Nico, era a forma que ele falava todo baixinho e cuidadoso, os toques afetuosos em seu braço ou ombro como se tentasse consolar um garotinho que tinha caído e machucado a perna. E mesmo sabendo de tudo isso, Percy ainda não se sentia culpado. Entendia perfeitamente o que estava fazendo, e ainda assim, deixou que Nico o consolasse, absorvendo a atenção que Nico lhe dava feito uma esponja no deserto.
No fim, eles acabaram voltando àquele mesmo restaurante que Nico tanto tinha gostado, pedindo outra garrafa de vinho e toda a macarronada que Nico foi capaz de comer. Ele sabia que devia pelo menos avisar a mãe que a esse ponto deveria estar preocupada sua ausência, mas Percy logo se esqueceu disso. Contente, observou Nico comer com vontade e beber mais da metade da garrafa de vinho como se fosse água, bem menos bêbado que na vez anterior. Percy não se importava, porque, na realidade, estava exatamente onde queria estar, com Nico sorrindo para ele e prestando atenção somente nele.
***
Imediatamente, Nico soube que algo estava errado. Ou melhor, que eles estavam caindo nos mesmos vícios de antes. Para falar a verdade, era difícil se preocupar com essas coisas. Era muito, principalmente quando Percy estava tão perto e cheirava tão bem, aqueles braços fortes em volta dele e os beijos que o faziam estremecer. Mas ele precisava… precisava…
— Lindo. — Percy murmurou contra seus lábios, o puxando para perto até que não restasse nenhuma distância entre seus corpos. Eles ainda estavam no restaurante e essa não era uma atitude adequada para se ter em um lugar público.
— Per. Para com isso.
— Hm? Eu não-- eu sinto muito.
— A gente precisa conversar.
Isso fez Percy parar. Nico viu Percy respirar fundo e o encarar todo sério. Isso era pior ainda, a expressão no rosto de Percy o fazia querer abrir as pernas e obedecer tudo o que Percy mandasse, e ele sabia exatamente o que Percy pediria se eles se deixassem levar.
— A gente não precisa conversar. — Percy falou quando ele não disse nada.
— Não precisa?
— Eu sei de tudo. É o meu comportamento.
— Se você sabe…
— Não consigo me controlar.
Hm… isso era uma evolução. Ele acenou e sorriu, orgulhoso de Percy.
— Sei que não é certo.
— E o que mais?
— Vou tentar melhorar.
Nico deixou o ar sair e relaxou contra o assento do restaurante.
— Olha, eu não me importo de verdade.
— Não? — Agora Percy parecia sinceramente confuso.
— Eu sei quem você é e porque faz essas coisas. Talvez eu tenha certa culpa…
— Então, qual o problema?
— Isso afeta sua relação com as pessoas. Você é capitão e vai ser orador da turma. Não quero que isso… que nosso relacionamento destrua o que você lutou para conquistar.
— Nico. — Foi quando ele viu Percy arregalar os olhos e o encarar com um olhar perdido.
— Você sabe que eu não fui embora por causa de você, não sabe?
— Eu pensei que…
— Per, você não é o problema, nem mesmo sua mania de nos isolar dos outros me incomoda.
— Eu sou horrível.
— Eu também sou. Eu… eu te incentivei. Quando alguém mostrava interesse em você, eu… não me orgulho do que fiz.
— O que você fez? — E onde ele achava que veria julgamento, Percy mostrou a ele a pura curiosidade.
— Você lembra da Rachel e dos irmãos Stroll? Não quero falar disso. O problema aqui é que eu… eu não queria sexo e não sabia como dizer isso pra você, então, eu… eu fugi e agora… tudo está pior!
— Não diga isso. Eu prometo que--
— Não, você não entende! Eu senti sua falta todos os dias. Nunca mais quero passar por isso. Eu… eu… você nunca mais vai se livrar de mim! Está me ouvindo! Nunca mais! — Para provar seu ponto, ele puxou Percy pela jaqueta e o beijou, praticamente batendo seus dentes.
— Bebê.
— Não, não é isso. Quero dizer que agora você não tem razão para me deixar estragar as coisas.
— Nico. — Percy falou aquilo tão baixinho e suavemente que ele teve que parar por um momento. — Você é a melhor coisa na minha vida. Eu te amo, é minha culpa você pensar dessa forma.
— Não é sua culpa. E eu… eu também te amo.
Pronto, Nico tinha dito o que precisava. Por algum motivo sentia um aperto no coração, uma pressão no peito que só o toque de Percy aliviava. Ele mal conseguia pensar racionalmente, porque nada daquilo era racional. Não essa possessividade que ambos sentiam ou essa necessidade de estar perto um do outro. Não podia ser saudável. Ou normal. Como as outras pessoas podiam viver sem se sentir tão amadas e desejadas como ele sentia ao olhar para Percy?
— Está tudo bem. — Percy disse, esfuziante em seu sorrir. — Você pertence a mim e eu pertenço a você. Pode não ser comum, mas porque resistir a isso?
— Está tudo bem mesmo?
— Está, eu prometo. Vou fazer de tudo para que dessa vez as coisas deem certo. Você confia em mim?
— Eu confio. — Como ele podia não confiar quando seu corpo e alma se elevavam com o simples toque de dedos contra sua nuca e lábios molhados contra os seus?
— Você não precisa se preocupar, está tudo sobre controle.
Ele acreditou.
Com um suspiro aliviado, Nico se deixou ser abraçado e consolado. Confiaria que Percy cuidasse de tudo, exatamente como sempre tinha sido.
***
Cena Bônus: Achei que esse capítulo ficou pequeno, então decidi trazer uma cena do passado. Um presente curto para vocês.
— Obrigado por vir. — Percy Jackson abriu a porta e deu passagem para ela entrar.
Clarisse estranhou imediatamente, eles não eram os melhores amigos e nunca seriam. Ela não sabia explicar, Percy costuma ter uma aura de quem pisaria em qualquer um para ter o que queria… ou melhor dizendo, Percy era um das pessoas mais intimidadoras que ela já tinha conhecido. Clarisse sabia que Percy usava sua altura e força para se destacar, mas era algo mais do que isso. Sinceramente? Nunca pensou que fosse ser convidada para participar das festas dos populares, e muito menos pelo garotinho magro e nerd que sentava todas as aulas ao lado do capitão psicopata de basquete. O que mais a constrangia era como da noite para o dia a atitude de Percy tinha mudado, de valentão para polidamente educado.
Era por isso que nesse momento Clarisse estava parada em frente a porta de Percy Jackson, hesitando em dar o próximo passo. Nunca se sabia o que poderia ter dentro da casa de um psicopata. Mas, enfim, quando parecia que nenhum dos se renderia, Percy estendeu a mão. Entretanto, ele só pegou a travessa com os sanduíches e salgadinhos de suas mãos quando ela ofereceu a ele primeiro.
— Isso é muita coisa. — Ele disse, obviamente fazendo força para parecer simpático.
— Não foi nada. — Não foi mesmo, eles tinham encomendado no dia anterior. Talvez sua mãe tenha exagerado.
A verdade é que ela não sabia ao certo o que levar. Tudo o que Nico tinha dito era para ela trazer alguma coisa e aparecer até o meio-dia. Geralmente ela ficaria bem longe daquele tipo de gente, mas Annabeth tinha pedido para ela espionar, por isso estava ali, tentando ser civilizada com a pessoa mais selvagem que ela já tinha conhecido.
— Entre. — Foi tudo o que ele disse antes de dar as costas e seguir pelo longo corredor para dentro da casa.
Ela o seguiu, se surpreendendo pelo tamanho da sala de estar. Ali havia uma grande mesa de buffet onde Percy tinha colocado os salgados, sofás longos e confortáveis, puffs, um telão de cinema e tanta comida que ela achava ser impossível de comer, sem contar os móveis de bom gosto, decoração em tons pastéis e uma maravilhosa vista para um jardim bem cuidado e uma piscina olímpica.
— Se sinta à vontade. — Sem esperar, Percy desapareceu subindo as escadas e entrou em outro corredor.
— Ele é assim mesmo. Você se acostuma.
Distraída, Clarisse deu um pulo e olhou em direção ao sofá. Era Grover! Finalmente alguém decente nesse lugar.
— O que está acontecendo aqui? Cadê as pessoas dessa festa.
— Festa? É mais uma noite do pijama.
— Noite do pijama?
— Percy e Nico não gostam de confusão.
— Hm? — Ela não estava entendendo nada.
— A gente se reúne pra comer alguma coisa e assistir um filme. Às vezes pra jogar alguma coisa.
— É isso que vocês gente rica fazem?
— Não, mas Percy e Nico gostam assim.
— “Percy e Nico”? Eles são uma entidade por acaso? Um ser único?
Isso fez Grover gargalhar. Sentando no sofá, o garoto segurou a barriga e jogou a cabeça para trás.
— Você está mais certa do que pensa! Gostei de você, acho que vai se encaixar muito bem com a gente.
— A gente? Quem exatamente? Não estou vendo ninguém.
— Gente, temos companhia! — Grover colocou a mão em volta da boca e gritou, criando um eco pela sala. Miraculosamente, pessoas começaram a vir de todas as direções, escadas abaixo, e de cada corredor ou porta fechada.
— Clarisse, é bom te ver. Como vai a esgrima?
Silena foi a primeira a se aproximar. Ela tinha sido sua parceira por anos antes de ter que se focar nos estudos e nas líderes de torcida. Beckendorf estava atrás dela, todo sério e quieto. Quem Clarisse não esperava encontrar era Luke e Thalia, Leo também. Não que fosse surpresa, todos eram populares de seu próprio jeito. Ela só não entendia porque Annabeth não estava entre eles; ela parecia alguém que se encaixaria perfeitamente.
— O que te traz ao nosso humilde cafofo? — Luke perguntou todo charmoso, desfilando até se sentar a seu lado. — Nunca pensei que te viria aqui.
— Nico me convidou, então, eu vim. — Ela deu de ombros. Talvez ela só estivesse curiosa para saber como aquela gente vivia.
— Não se preocupe, logo perde a graça. Você vai ver.
Como se anunciando a deixa, Percy e Nico desceram as escadas, de mãos dadas e falando algo em um tom tão baixo que seria impossível escutar daquela distância. Entretanto, assim que Nico viu sua presença, ele veio até ela e a abraçou, dizendo: — Fico feliz que você tenha vindo. Está com fome?
— Talvez, depois.
— Certo. — Nico sorriu para ela, segurando em suas mãos rapidamente e se levantou indo em direção a Percy que tinha observado tudo de braços cruzados e com a expressão mais ameaçadora que ela já tinha visto. Isso é, tudo isso aconteceu antes de Nico se voltar para Percy, pois no instante seguinte, Percy sorriu, mostrando dentes brancos e covinhas bonitas, com tanto amor no olhar e oferecendo apenas bondade e felicidade para Nico, que Clarisse pensou que Percy fosse duas pessoas diferentes.
Ela estava ali há cinco minutos e achava ser suicídio social tentar fazer qualquer coisa que atrapalhasse o que estava acontecendo entre os garotos. E a cada momento que passava, se surpreendia mais. Viu em câmera lenta Percy receber Nico entre seus braços e o apertar bem forte para em seguida beijar a testa de Nico, enquanto Nico apenas sorria contente, praticamente engolido pelo corpo de Percy. Ela nunca tinha visto um gesto tão fraternal se tornar tão sexual e possessivo em meros segundos.
— Isso é normal? Nico precisa de ajuda? — Ela cochichou para Grover e Luke que estavam a seu lado.
— Você acha que ele precisa?
Era uma boa pergunta. Quase desaparecendo atrás de Percy, viu Nico arrastar Percy para o meio da sala e se sentar entre os puffs, em frente a uma mesinha de centro. Logo alguém trouxe alguns pratos de comida para perto deles e todos começaram a comer, mesmo que os pratos estivessem mais próximos de Nico. Isso é, quase todos começaram a comer, Percy apenas observou o desenrolar dos fatos, parecendo fiscalizar o que acontecia ao redor dele com um olhar satisfeito vendo Nico comer com entusiasmo.
— Quer mais? — Percy perguntou a Nico. E sem esperar a resposta, voltou com uma bandeja cheia de mini-pizzas. — O seu favorito.
— Obrigado, Per. — Nico sorriu docemente e sua voz soou ainda mais amorosa, destilando mel, açúcar e tudo de bom no mundo.
— Acho que vou vomitar.
Clarisse concordava com Luke, meio hipnotizada vendo aquela cena doméstica. Felizmente ela foi quebrada quando Percy olhou para eles com um sorriso de canto para lá de cínico, dizendo:
— O banheiro fica na segunda porta à direita. — Entretanto, Percy logo disse, se lembrando de ser um anfitrião: — Porque vocês não pegam um prato. Não quero ter que jogar comida fora.
E já que ele dizia de forma tão amável, por que não?
Clarisse foi a primeira a se levantar e ir até a mesa do buffet. Ela começou com um pedaço de bolo de limão e um copo de suco de maçã. Se sentou ao lado de Nico e dessa vez, não parecia que Percy iria a fuzilar com o olhar. Percy sinceramente parecia contente em se sentar colado a Nico e vê-lo comer com um olhar enamorado.
Até o fim da noite, assistindo o segundo filme e vendo Nico dormir sobre o ombro de Percy na maior demonstração de amor que ela já tinha visto, Clarisse chegou a uma clara conclusão. Tinha pena de Annabeth e de qualquer um que tentasse ficar no caminho de Percy Jackson e seu doce companheiro que de inocente tinha apenas o sorriso.
***
— Por que tanta comida? — Era a grande questão da noite.
Clarisse percebeu que assim que um prato se esvaziava, outro substituía seu lugar, um mais gostoso do que o outro. Tudo o que ela sabia é que não aguentava mais, e que não conseguia parar de comer.
— A família do Percy tem um restaurante.
— Eu sei disso. Todo mundo sabe.
— Nos considere um grupo de testadores. — Nico disse a ela, comendo um doce que Clarisse não sabia o que era. — Se a gente gosta, entra no cardápio. Se não, em revisão.
— A questão é. Quem fez tudo isso?
— Eu e Sally. — Nico deu de ombros e sorriu quando viu a reação de Clarisse.
— Você sabe cozinhar?
— Desde pequeno.
— Você não é rico? — Quando Nico olhou para ela, todo confuso, Clarisse completou: — Quer dizer, você não tem empregados para isso?
— Cozinho quando estou nervoso ou ansioso.
— Sério?
— Pra gente, comida é um gesto de amor.
Mas Nico não falava isso olhando para ela, não, Nico tinha as mãos no colo e seu rosto estava corado, observando Percy conversar com um grupo de garotos perto da varanda enquanto eles continuavam perto da mesinha de centro.
— Um gesto de amor?
— Sei que Percy parece grosseiro às vezes. É só que ele tem dificuldade em confiar nas pessoas.
— E você?
— Eu confio nele.
— Claro.
— Sabe… a gente cuida dos nossos amigos…
— O que isso quer dizer?
Nico sorriu de novo para ela, seus olhos negros brilhando, enquanto ele mordia mais um pedaço do doce. Logo Clarisse entendeu o que acontecia, Percy vinha caminhando em direção a eles, todo orgulhoso de si mesmo. Num primeiro momento Clarisse não tinha entendido nada, e só percebeu a armadilha quando um garoto menor apareceu atrás de Percy. Era Chris, o garoto que ela tinha visto pelos corredores e nunca tinha tido a coragem de falar com ele.
Era até engraçado. Percy puxou Chris para a frente e deu um empurrão no garoto até que ele estivesse em sua frente, o rosto corado de vergonha.
— Clarisse, quero te apresentar Chris Rodriguez.
— A gente já se viu por aí.
— Isso é ótimo, não? — Percy piscou para ela e guiou Nico pelo braço tão rapidamente para longe que quando viu, ela e Chris estavam sozinhos. E já que eles estavam ali… por que não? Ela sorriu para Chris, pensando que no fundo Percy Jackson não era tão ruim assim.
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E então, o que acharam? Sei que as ultimas cenas deviam ser curtas, mas eu não consigo me controlar. Também não queria fazer flashbacks, entretanto eles são tão interessantes que vou fazer mais alguns. Eles vão ficar meio bagunçados, nada que atrapalhe na compreensão da história, mas com toda certeza vou ter que revisar a ordem deles dentro dos capítulos.
Espero que tenha sido uma boa leitura. Sugestões e comentários construtivos são sempre bem-vindos!
Ah, esqueci de avisar, espero que cenas +18 não estejam muito estranhas e que talvez a contagem de palavras passe as 50 mil palavras, vou tentar me controlar, mas vocês me conhecem. Me desejem sorte.
Também fica defino o cronograma de postagem. Uma vez por semana nas quartas-feiras.
Obrigada por ler!
sorry for the vague-ish posts that aren’t inherently directed at anything nor are tethered to a single idea/fandom. I’ll probably post actual art later
Okay with the caveat that I have not personally verified this, but it does appear to be supported by google support threads and their abuse policy--
User sloan_spencer_author on instagram reports that another author they know had their Google docs access suspended for sharing explicit content.
I know that lots of y'all on f1blr use google docs, so I'd encourage you to back up your work locally (on your hard drive/an external drive). I don't know what a good alternative is--I've been using Proton Drive (since I already pay for a Proton email) and I don't see anything in the terms of service about prohibiting explicit content, so. Maybe that and Word or OfficeLibre? Man, I don't know. Our cyberpunk dystopia sucks.
My inner introvert is screaming 😂😂😂
Set of holographic stickers dedicated to The Holy Trinity.
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
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