Oii, como vai? As coisas começam a ficar mais interessantes aqui. Não vou dar spoiler, mas... gostei muito desse capítulo.
Boa leitura!^^
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Nico sentia que estava fazendo algo de muito errado, como se estivesse manchando a imagem que Percy tinha dele. Mas eles já tinham se tocado daquela forma, dormido na mesma cama pelados e agora andavam pelos corredores de mãos dadas como os namorados que ele dizia que eles não eram, então, qual seria o problema se… se ele mostrasse o quanto Percy era importante para ele, principalmente se fosse pela forma que Percy cuidou dele na noite passada? Nico só queria retribuir o gesto. Assim, como quem não quer nada, ele disse:
— Per, preciso ir no banheiro.
Sem esperar, Nico ignorou o sinal da segunda aula e puxou Percy pelas mãos, o guiando em direção ao banheiro na área das quadras de esportes, banheiro esse que nessa hora do dia estaria deserto. Percy apenas inclinou a cabeça, todo confuso e o seguiu sem questionar, enquanto que Nico tentava agir normalmente para não estragar a surpresa, achando que era inocência demais até para ele, mas, sinceramente? Ele queria que Percy visse como era legal ser encurralado contra a parede e sem qualquer aviso.
Nico não deu muito tempo para Percy pensar. Assim que entraram no banheiro, guiou Percy para um dos cubículos, fechou a porta e colocou as mãos nos ombros de Percy, o empurrando para trás até que Percy bateu as costas na parede. Nico não conseguia acreditar como aquilo era divertido ver os olhos de Percy se arregalando e sua respiração se tornando mais apressada, sendo que ele ainda nem tinha começado.
E por que perder mais tempo? Olhando nos olhos de Percy, deixou que suas mãos deslizassem para baixo enquanto se ajoelhava entre as pernas de Percy, colocou o rosto sobre a virilha de Percy e massageou lugar sobre a calça jeans, deixando que sua boca se aproximasse, beijando o tecido que já tinha um bom volume perceptível.
Ele olhou para cima e sorriu, porém Percy não sorria de volta. Não, ele estava todo tenso, ombros retos, mandíbula trincada, respiração rápida e mãos em forma de punho ao lado do corpo. Isso costumava acontecer no passado também quando ele fingia que não via e que não sabia o que estava acontecendo; esse era Percy excitado e tentando esconder, tentando tanto ser o garoto honrado e bonzinho que todos pensavam que ele era. Quer dizer, Percy era o melhor, a questão era a libido alta que Nico não estava disposto a lidar naquela época.
Bem, agora as coisas tinham mudado, ou melhor, evoluído. O que ele podia dizer? Admitia que era lento para fazer as coisas que pessoas da idade dele já eram experientes. Quando ele tinha se visto sozinho e arrependido de cada decisão que envolvia sexo, principalmente por não ter lidado bem com Percy e... e beijos, já era tarde. Do outro lado do mundo e depois que o choque tinha passado, sentiu tanta falta de Percy que tinha pensado em voltar imediatamente e dizer que estava errado, implorando por perdão. No fim, sua família achou melhor que eles ficassem um tempo por lá.
Isso já não importava, ele preferia se concentrar no presente, na forma que Percy tentava se controlar, todo tenso e angustiado, querendo tocá-lo, mas como Percy tinha prometido, o amigo não iria forçá-lo. No fundo, Percy tinha razão; ele dizia uma coisa e fazia o contrário. Talvez ele só estivesse ajoelhado entre as pernas de Percy porque Percy disse que não faria isso novamente, e Nico queria testar o quanto Percy estava comprometido. Nico enfim levou as mãos para o botão das calças de Percy e o abriu, prestes a descer o zíper quando Percy segurou suas mãos.
— O que você está fazendo? — Percy praticamente o acusava e ele praticamente ria da cara de Percy, se sentindo vingado por aquela manhã na escada e com sua irmã.
— Você não quer?
— Você disse que queria ir devagar.
— Isso não é devagar pra você?
— Nico! — Percy chiou entre os dentes, mantendo a voz baixa. — Eu estou tentando e você não está ajudando.
— Eu só queria te recompensar, você me tratou tão bem noite passada…
Enquanto ele piscava os cílios da forma mais inocente que conseguia, falando todo doce e baixinho, viu o momento em que Percy desmoronou contra a parede, sua expressão num misto de frustração e angústia tão intenso que Nico não aguentou, ele encostou o queixo na perna de Percy e riu, gargalhando, deixando que sua risada ecoasse pelo banheiro vazio.
— Eu sabia que você ia se vingar de mim.
— Só um pouquinho. — Nico disse entre risadas. — Mas a oferta ainda está de pé.
— Está? — Percy murmurou, agora mais calmo e contido, levando uma das mãos aos cabelos de Nico, os acariciando suavemente. E Nico gostava muito disso, da voz e do toque firme e confiante, como Percy se certificou do que estava acontecendo com ele antes de deixar sua libido tomar conta. Era por isso que Percy merecia uma recompensa.
Ele enfim baixou o zíper e deslizou os dedos para dentro da cueca de Percy até achar pele quente e o membro ereto, o puxando para fora, admirando o tamanho e largura. Ele sabia que isso ia soar clichê, mas… mas era grande e longo, pesado, cheio de veias saltadas e molhado na pontinha de forma que o fazia querer lambê-lo até que estivesse molhado novamente.
— Você não precisa. — Nico ouviu num sussurro ao mesmo tempo que as mãos de Percy vieram para sua nuca e couro cabeludo com mais vontade, a voz de Percy perto demais, o fazendo ver que Percy tinha se inclinado sobre ele, e que agora ele o puxava levemente pelo cabelo, o forçando a encará-lo antes de beijar seus lábios todo doce e suave, como se tentasse seduzi-lo: — Você não precisa. Nunca. Se você não quiser.
— Eu quero. — Se tinha uma coisa que ele tinha aprendido é que gostava disso, era a única coisa que tinha gostado antes da noite passada. Mas ele não falaria isso para Percy, tinha medo de ver a reação dele. Era mais fácil agir e deixar que as coisas acontecessem.
Então, tomando coragem e ainda observando a reação de Percy, ele segurou na base e levou os lábios a cabeçona, lambendo feito um sorvete para logo em seguida selar os lábios em volta e chupar, devagar e lento, se certificando que seus dentes estariam fora do caminho, fez uma leve pressão com os lábios e deslizou um pouco para baixo, bobeando a cabeça ainda mais devagar e enfim ouviu o primeiro gemido vir de Percy, estremecendo quando Percy puxou seus cabelos com força, o forçando a se afastar do membro.
— Quem te ensinou isso?
— Eu tive um namorado, sabe?
— Você disse que vocês não fizeram sexo. E isso é sexo.
— É?
— Se tem alguém tendo prazer ou gozando é sexo.
— Hmm. — Ele murmurou, lambendo os lábios. Percy ficava mais atraente ainda quando ficava todo… intenso.
Nico não devia pensar nessas coisas, sabia que não devia. Não era culpa dele se Percy continuava o segurando pelos cabelos como ele pertencesse a Percy ou se Percy continuava o encarando com aquele fogo no olhar, feito um animal enjaulado que queria vingança. Ele achava que precisava de ajuda psicológica, mas enquanto isso não acontecia Nico podia se divertir, não?
— Você vai foder a minha boca?
— O-oquê?
— Quem sabe você quer--
— Não diga mais nada! — Percy rugiu, frustrado, se aproximando mais de seu rosto. — Você quer me matar? O que eu fiz para merecer isso?
— Per.
— Onde meu garoto inocente e tímido foi parar, hm?
— Ele ficou solitário e decidiu arranjar companhia. Mas essa companhia não foi muito boa.
Percy choramingou, frustrado, parecendo se agarrar aos últimos fios do controle que tinha e o beijou de novo, dessa vez com língua e tudo, o mantendo preso pelos cabelos. Mas aquilo não era mais suficiente, ele queria… queria chupar Percy até que sentisse gozo descer por sua garganta, e foi o que fez, quando Percy enfim o deixou respirar, ele abriu bem a boca, molhou os lábios e os deslizou pela extensão do membro de Percy, ouvindo um longo gemido e uma pancada em algum lugar perto deles; Nico abriu os olhos para ver o que tinha acontecido, era Percy que tinha socado a parede atrás dele e tinha os olhos bem fechados e lábios mordidos que prendiam seus gemidos. Sim, ele conseguia sentir Percy pulsar em sua língua, parecendo se alongar ainda mais. Foi nesse momento em que Nico suspirou e relaxou o rosto, permitindo que aqueles últimos centímetros alcançassem o fundo de sua garganta.
Ele admitia que tinha engasgado indo com muita sede ao pote. Tudo valeu a pena quando Percy jogou a cabeça para trás e voltou a agarrar em seus cabelos, guiando e movendo sua cabeça. Foi lindo, foi mágico, ver o instante em que Percy o agarrou com força e quando ele menos esperava, sua boca estava sendo movida naquele membro gordo, de novo e de novo, sentindo as bolas de Percy baterem em seu queixo, enquanto ele apenas ficou ali, com as mãos no próprio colo, observando a cena se desenrolar e… ah… deixando que Percy controlasse seu corpo, encurralado contra a parede ao lado da privada. Ele nem mesmo percebeu quando Percy tinha gozado, se viu engolindo ao redor de Percy, devagar e sem pressa, fungando e flutuando, ouvindo Percy grunhir para de repente ser levantado pelos cabelos e depois pela cintura, Percy limpando seu rosto e o rodeando em seus braços, o tocando em todos os lugares que pudesse alcançar.
— Nico, bebê? — Então, ele mesmo estava gemendo quando Percy abriu suas calças e encontrou umidade ali. — Você gozou?
Ele… ele achava que tinha. Era algo que talvez tenha acontecido uma ou duas vezes antes… mas isso não importava. Ele flutuava e Percy o segurava para que ele não fosse muito longe enquanto lábios desciam contra os seus mais uma vez, e de novo e de novo, até que… ele não sabia… até que seus pés tocassem o chão novamente.
***
— Tudo bem?
Agora eles estavam fora do banheiro, andando em direção ao refeitório depois de jogar uma água no rosto e de uma bala de hortelã. Ele não se orgulhava, mas tinham gastado muito tempo entre acordar, conversar com Bianca, dirigir até o colégio e... ir ao banheiro. Sua garganta ainda estava seca e seus lábios inchados, seus joelhos doíam e uma sensação fantasma permanecia em seu couro cabeludo onde Percy tinha puxado. Contudo, ele não conseguia controlar aquela sensaçãozinha no fundo de seu ser, contente e satisfeita, pela forma que ao invés de Percy estar segurando em sua mão, ele agarrava em sua cintura, todo possessivo, encarando qualquer um que dirigisse um olhar para ele que durasse mais do que três segundos. Nico também tinha sentido falta disso. E isso o fazia uma pessoa terrível.
— Nico.
— Hm? — Ele respondeu quando Percy parou no meio do corredor, tocando em seu rosto e o fazendo encará-lo.
— Eu sinto muito. Não queria que aquilo acontecesse. Isso não tem que mudar nada entre nós.
Então era isso. Percy realmente tinha medo de que ele fosse correr para a Itália como tinha acontecido antes.
— Per, eu quis.
Para provar que tudo estava bem, ele ficou na ponta dos pés, abraçou o pescoço de Percy e juntou seus lábios, deixando que seus olhos se fechassem por um momento. Percy imediatamente o abraçou pela cintura e o beijou de volta, todo intenso, mordiscando seus lábios e juntando suas línguas, roubando seu ar.
Ele ouviu um pigarro e um assobio, e não se importou, era tarde demais para se preocupar com o que as pessoas iriam dizer. No momento ele precisava acalmar Percy e mostrar que estava tudo bem. Então, descolou seus lábios e continuou no meio dos braços de Percy, levando suas mãos para os cabelos do amigo, tentando consolá-lo.
— Relaxa, tudo bem? Eu estava curtindo o momento.
— Curtindo? — Percy repetiu, franzindo as sobrancelhas, talvez o apertando com mais força.
— Eu gostei. — Ele deu de ombros, tentando não rir, enquanto o vinco no rosto de Percy se aprofundava. — Qual o problema nisso?
— Se você gosta tanto assim, não precisava ter ido para tão longe.
Nico quase revirou os olhos, sabia o quanto Percy podia ser ciumento e ele sabia o quanto ele próprio podia ser ciumento de volta. Sempre tinha sido assim, o motivo que realmente o assustou e o forçou a fugir, mostrando a ele sentimentos que não conseguia lidar. Ele sabia exatamente o que aconteceria se ele voltasse e ali estava a prova, a possessividade em pessoa. Sabia que não devia, mas também tinha sentido falta disso.
— Per. — Foi tudo o que ele disse por alguns momentos e Percy abaixou ligeiramente a cabeça, parecendo se dar conta do que fazia. — Estou aqui agora, não estou? Eu prometo que é tudo o que aprendi na Itália.
Era uma mentira, é claro. Mesmo que ele tecnicamente ainda fosse virgem.
— É? — Isso foi o suficiente para que Percy perdesse a expressão assassina e seu rosto se suavizasse num olhar doce, embora um pouco desconfiado.
Um beijinho veio em seguida, um roçar de lábios suave e molhado, mãos deslizando em sua nuca num afagar afetuoso.
— Prometo que isso não vai se repetir.
— Não prometa o que você não pode cumprir. — Ele disse quando enfim as borboletas em seu estômago se acalmaram e completou: — Não me importo se voltar a acontecer.
— Desculpa. — Percy disse em seu tom usual, parecendo voltar ao normal.
Percy deu de ombros e enfim deu um passo para trás, olhando para Nico todo sorridente, apenas para levantar uma das mãos e ajeitar os cabelos de Nico, as mãos Percy deslizando para o pescoço de Nico, e só então Nico percebeu que Percy estava massageando o lado de seu pescoço, porque a área latejava levemente.
— Chupão?
Outra coisa que não o surpreendia. Quer dizer, como ele pôde não ver? Não era a primeira vez que isso tinha acontecido.
— Você é um cachorro? — Resmungou sem realmente se importar, o resto de seu corpo não estava muito melhor. E como ele poderia ter o direito de reclamar quando podia ver um chupão na parte alta do peito de Percy onde a camisa não escondia a pele?
— Desculpa. — Percy disse mais uma vez, seu sorriso se alargando.
É, parece que nada tinha mudado.
— Você quer comer?
Por que não? Ele deixou que Percy voltasse a segurar em sua cintura e ambos caminharam em direção a cantina. Percy fez o pedido para eles, um suco, um milkshake e um pedaço de torta. Bianca teria se revoltado instantaneamente se visse como Percy nem o tinha deixado falar, como se ele não tivesse a capacidade para tal. A verdade é que ele mal teria percebido esse comportamento se seu ex não tivesse feito o mesmo com ele, meses atrás. Ele tinha se ofendido na época, finalmente começando a entender o problema, vendo o que seus antigos amigos diziam. E agora, observando Percy pegar o pedido e trazer para a mesa em que eles estavam... ainda era difícil se importar com isso quando se tratava de Percy.
Aparentemente, uma cegueira o abatia quando ele via aqueles olhos verdes e sorriso feliz.
— Não está com fome? Quer outra coisa?
— Não, obrigado.
Ele deu a primeira garfada e se sentiu tão feliz em sentir o mesmo gosto, mesmo que sua felicidade tivesse outro motivo. Por que essa felicidade era tão intensa só porque Percy fazia isso por ele?
— Coma devagar.
— Sim, papai. Vou comer direitinho.
Percy não parecia nenhum pouco impressionado pela piada. Ele fez uma careta e pegou o guardanapo, limpando o canto da boca de Nico, dizendo: — Por favor.
E Nico? Ele apenas sorriu e continuou comendo contente, feliz por saber que nada tinha mudado; o cuidado e preocupação ainda evidentes, só que agora o sexo tinha se tornado parte do relacionamento deles, enfim completando o que faltava.
— Obrigado. — Nico disse sem pensar, observando Percy jogar fora o guardanapo. — Eu nunca disse quanto sou agradecido.
— Não quero sua gratidão. — Percy, então o encarou, fazendo força para não ficar todo sério e estragar o clima feliz. Mas ele não podia enganar a Nico.
— Eu sei. Queria que você soubesse.
— Então?
— Isso entre a gente não tem nada a ver com gratidão.
Nico queria falar mais, queria dizer que nunca quis magoá-lo e que nunca mais iria abandoná-lo. Ao contrário disso, Nico segurou na mão de Percy e sorriu para ele. Imediatamente, o ambiente ao redor voltou a ficar leve e o mundo ao redor deles parou de girar, no meio daquele caos todo criando um lugarzinho apenas para os dois.
***
— Exatamente quem eu estava procurando!
Nico piscou rapidamente, desviando de seu olhar, e parecendo surpreso pela interrupção.
Percy suspirou. Quem mais podia ser? Grover e Luke, é claro. Para Percy não fazia diferença quem tinha os atrapalhado, tudo o que ele sabia é que se arrependia de ter amigos como os dele. Mas ele se negou a deixar que Nico se afastasse; mantendo a mão de Nico sobre a dele, se virou para os amigos:
— O que vocês querem? — Ouvindo Nico rindo dele, segurou em sua mão com mais firmeza ainda, e só não reclamou porque Nico momentos depois encostou a cabeça em seu ombro, doce, meigo e inocente, seus olhos negros irradiando felicidade.
— Onde você estava? Perdeu um teste. — Luke disse.
— Você vai no treino? — Grover completou. Ambos tinham sorrisos estranhos no rosto.
— O que foi?
— Parece que mosquitos morderam vocês. Noite dura?
Percy apenas suspirou, ele estava cansado demais para as piadinhas deles.
— Percy, cara! Você desapareceu! Você não atende mais o celular?
— Tanto faz.
— Ohhhh é um daqueles dias. — Luke disse, acenando, fingindo estar pensando sobre algo sério.
— Não, é um daqueles “dia do bebê”. Você não se lembra?
— Nãao! Perigo, perigo! É melhor a gente não se aproximar.
Luke pegou no braço de Grover e juntos eles deram três passos para trás, ainda de frente para eles, como se não quisessem dar as costas para um animal selvagem.
— Vocês são inacreditáveis. — Percy murmurou, tentando não deixar que as memórias o lembrassem porque esses momentos eram chamados de “dia do bebê”.
— A gente só queria saber como você estava! — Grover gritou já se afastando. — É bom te ver de novo, Nico.
Luke concordou e acenou sorrindo, ainda arrastando Grover para longe.
— Dia do bebê? O que isso significa? — Nico disse quando enfim eles desapareceram do outro lado do refeitório, o encarando com uma expressão curiosa.
— Não é nada.
— Nada? — Nico insistiu. — Isso tem a ver com os dias que a gente ficava em casa sem ver ninguém?
— Talvez.
Parte das vezes isso tinha a ver com a depressão que Nico tentava esconder, mas em outras, calmas e felizes, tinha a ver com ele querer a atenção de Nico toda para ele.
— Que fofo. Vocês até têm um nome para isso. — A voz de Nico era brincalhona, então Percy achou que era seguro colocar a mão no ombro de Nico e puxá-lo para mais perto.
— Não foi ideia minha.
— Eu sei. É engraçado.
— O que é engraçado?
— Todo mundo menos eu via o que estava acontecendo.
— Quando você fala assim parece que eu te enganei. — Percy disse, tirando do peito o que estava engasgado há anos.
— Não foi exatamente assim. No fundo eu sabia.
— Você não estava pronto.
— Eu não estava. — Nico disse num tom de finalidade ainda com a cabeça encostada em seu ombro, o que significava que ele não queria falar sobre isso. Não que eles precisassem, pois era óbvio. Sabia que Nico apenas falava essas coisas para tranquilizá-lo. A verdade é que Nico tinha se mostrado ser muito mais forte e independente que ele mesmo, e que se Nico dizia todas essas coisas era para que ele se sentisse melhor, Percy até conseguia imaginar o que mais Nico tinha percebido e se essas coisas tinham sido o motivo dele precisar atravessar o oceano para se sentir seguro.
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Então, o que acharam? Interessante?
Estava pensando em mudar as atualizações para uma vez na semana com capítulos mais ou menos com 5 mil palavras. Assim, gostaria de saber da sua opinião!
Ainda teremos um capítulo curto na sexta e no fim de semana vou decidir. Então, votem. Seu apoio e presença são sempre bem-vindos.^^
Oii, como vai? Faz tempo que a gente não conversa, não?
Bem, eu estive adiando esse momento por alguns meses. Esse ano foi um período bem difícil para mim, praticamente fiquei doente o ano todo com uma infecção no fígado e o diabetes que rouba toda a minha energia. Por isso, acabei não escrevendo tanto e deixando de lado alguns projetos. Então, esse post vai servir para informar o que vai acontecer a partir de janeiro, e se eu tiver energia, talvez eu já comece em agora em dezembro.
Não sei se vocês sabem, eu mantive um blog de dicas de escrita durante mais de cinco anos, com quase dois mil seguidores, ele se chamava @escritoremaprendizado e @desafiodeescritadiario, com mais de quinhentos posts (em português, já que já muito desses blogs em inglês). Sei que não é muito, mas ele me ajudou muito na pandemia, só que depois de um tempo ele acabou virando um trabalho não remunerado, o que acabou perdendo o sentido inicial. Então, como estou com saudade de fazer isso, vou retomar esses posts por aqui. E claro, vamos continuar com os meus amados Percy/Nico, vou trazer outras história para cá, em inglês e português. Espero que vocês possam me acompanhar nesse próximo.
Eu só queria agradecer mais um ano juntos. Sei que as vezes eu passo uma vibe antissocial, mas esse nunca é meu objetivo. A verdade é que eu tenho muita dificuldade em socializar na internet, as vezes eu fico muito ansiosa e até deprimida por motivos que não tem nada a ver com vocês, mesmo que eu quisesse receber mais comentários e engajamento, ai eu acabo me distanciando da internet por motivos de sanidade. Então, se você se sentir a vontade, pode me mandar asks, seja sobre minhas histórias ou se você precisar de ajuda na escrita. Tipo, sei que raramente termino minhas histórias, mas tenho duas ou três terminada que ainda não trouxe para cá.
Enfim, nesse ano vou tentar ficar mais próxima do fandom, embora não seja uma promessa.
Sobre a retrospectiva...? Bemmmm, eu só escrevi um pouquinho e anunciei a "Amor de babá", (o que pretendo postar ainda essa semana). Vamos tentar recuperar o tempo perdido. Me desejem sorte.
Ah, então. Acho que não comento muito essas coisas por aqui, mas estou tentando ganhar dinheiro com a minha escrita, ainda que esteja sendo um processo lento.
Estou testando algumas plataformas. Como o Patreon, e a Tapas. Vou deixar os links abaixo. Se vocês puderem me apoiar, ficarei feliz, embora não seja uma obrigação. Ainda estarei aqui amanhã com um novo capítulo da "There's no place like home" como de costume.
Escritor em Aprendizado | está criando Ajuda e Dicas de Escrita | Patreon
EscritoraAurora | escrita e histórias, fanfics e originais | Patreon (Tem somente um história postada. Mais história em breve!)
Tapas (Vocês podem entrar no meu perfil e ver as minhas histórias por lá.)
Dreame (Uma das minhas histórias completas. Se você puder dê uma olhada^^)
AO3
SpiritFanfics
Até logo.
i wish you guys could read the amazing fic i haven't written and probably will never write, it's fire
nico has one problem: cerberus (who needs pets!) has 3 heads and he has only 2 hands
#desafiodascempalavras
Prompt: Apocalipse
Tema: Eles estavam procurando por sobreviventes, mas eu escolhi ficar quieto. Eu gostava daqui.
Prompt tirado de https://promptuarium.wordpress.com/2020/01/06/survivors-2/
Eles estavam procurando por sobreviventes, mas Nico escolheu ficar quieto. Ele gostava dali, era tranquilo, não havia problemas e nem monstros a serem destruídos.
Ele nunca pensou que fosse gostar tanto de um mundo onde noventa e cinco por cento da população tinha perecido por culpa de uma nova vacina contra o câncer e, ao invés de prevenir tumores, a vacina acabou por mudar o DNA das pessoas, as transformando em um tipo de zumbi que não representava qualquer tipo de perigo; eles andavam por aí durante dias e dias e quando a energia deles acabavam ou eles se definhavam devido a desnutrição, as pessoas infectadas apenas caiam no chão e não se levantavam novamente.
Mas é claro que Nico tinha que ouvir a voz “dele”.
Nico se abaixou atrás de um arbusto, fechando sua bolsa cheia de frutas e ouviu novamente a voz chamando.
— Tem alguém aí?
Nico se virou, se preparando para rastejar para longe dali quando uma voz falou novamente, bem as suas costas:
— Eu sabia que era você. Eu pensei que era minha imaginação, porque faz tempo que eu não sinto a energia de um semideus, então quando eu--
— Cala a boca! Eles vão te escutar!
Nico pegou Percy pelo braço e o puxou para longe, subindo por um caminho íngreme e entrando em uma caverna escondida pela árvores. Era a única opção se ele quisesse continuar escondido.
I received a comment saying that the function of that strap over Bucky's chest is to drag him over for a kiss, so yes.
Oii, como vai? Então... eu não ia postar hoje, mas me deu uma vontade de escrever tão grande e eu simplesmente não conseguia parar, foi o que saiu. Também aproveitei para escrever um pouco sobre o Hades para não escrever coisa pior no futuro. Me desculpem se a escrita estiver muito apressada, é o que acontece quando escrevo muita coisa de uma vez.
Espero que vocês gostem^^
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Se Nico soubesse, ele nem teria levantado da cama naquela manhã. De fato, se tivesse o poder, teria voltado no tempo para o exato momento antes de brigar com Annabeth na festa e feito tudo diferente, continuaria a mentir para Percy, fingindo que estava tudo bem, mesmo que no fim do dia, era um problema a menos que ele teria que lidar. Sim, ele era o único culpado por tudo aquilo, por não contar o que acontecia com ele no momento certo e por não falar o suficiente no momento errado. No fim, Percy apenas estava fazendo o que ele tinha pedido, mas de um jeito que Nico não tinha previsto, tomando as rédeas da situação quando ele menos esperava. Um bom exemplo disso foi naquela manhã, uma segunda-feira como qualquer outra. Ou era o que ele pensava.
Nico não sabia como não tinha percebido essas coisas antes, o quanto a solidão tinha desaparecido com a presença de Percy e, em contrapartida, a reação que ele gerava nas pessoas. Nico tinha voltado há uma ou duas semanas, mas parecia que os cinco anos fora do país nunca tinham acontecido. As pessoas ainda olhavam para ele e o tratavam da mesma forma, o preconceito velado e mal escondido para quem quisesse ver. Era a cor de sua pele? A homofobia? Ou era o fato de Percy voltar a ignorar qualquer pessoa quando ele estava por perto? Era um peso que Nico não se lembrava de sentir antes. Não que ele pudesse evitar ou tivesse qualquer inclinação para fazê-lo, pois naquela manhã ele tinha acordado do jeito que sempre imaginou ser impossível, com beijos demorados e caricias que o faziam suspirar. Com abraços apertados que aqueciam sua alma e o fazia se sentir seguro. É claro que tudo isso entrou em pausa quando eles tiveram que sair da cama e ir para a escola e enfrentar o cruel mundo dos adolescentes.
Ele mal percebeu o silêncio em volta deles até que Nico entrou com Percy na primeira aula do dia. Ele só entendeu o que acontecia quando viu Annabeth no fundo da sala, envolta de um grupo de pessoas.
— Não liga para ela, sim? — Percy disse e levou a mão de Nico aos lábios.
Então, tudo fez sentido. Eles estavam de mãos dadas, desfilando pela escola sem nenhuma preocupação. Nico apostava que Annabeth estava fazendo seu melhor para espalhar a nova fofoca; o jogador popular estava transando com o garoto recém-transferido, embora ele tivesse certeza que a maioria se lembrava dele.
Nico não teve muito mais tempo para pensar sobre o que as pessoas falavam dele. Percy o puxou para o outro lado da sala e se sentou com ele em uma das carteiras do canto, perfeitamente longe e protegido dos olhares curiosos. Ele queria poder dizer que não tinha conseguido se concentrar na aula, quando, na verdade, foi o contrário; os sussurros se tornaram som de fundo e quando ele menos viu, mais um dia escolar se encerrava, Nico se vendo na reflexão da janela do carro, observando a avenida cheia de árvores e lojas, o comércio agitado naquela hora do dia.
— Tudo bem? — Percy perguntou a seu lado, colocando uma das mãos sobre sua perna enquanto dirigia em direção à casa deles, quer dizer, em direção à casa dos Jackson.
— Acho que sim. A gente pode passar na minha casa? Eu queria pegar minhas malas.
— O que foi? Minhas roupas não são suficientes?
Percy estava brincando, é claro. Ele não poderia continuar usando as camisas que ficavam escorregando de seus ombros ou suas antigas roupas, mesmo que elas estivessem muito bem conservadas.
— Per.
— Tudo bem. Eu faço tudo pelo meu bebê. — Percy mostrou a ele um enorme sorriso, como se ele tivesse contado a melhor piada do mundo e Nico decidiu ignorar.
Cada vez que ele dizia não ser um bebê, alguma coisa acontecia mostrando o tanto que Percy estava certo. Ficando calado, Nico colocou suas mãos por cima da mão de Percy e as segurou, entrelaçando seus dedos.
— Estamos quase lá. Você quer que eu pegue ou você pega?
Era uma boa pergunta. Nico não queria encontrar Hades dentro da casa, porém fazia dias que não conversava com Bianca.
— Você entra comigo?
— É claro. Tudo o que você precisar.
Então, depois de alguns minutos, Percy estacionou o caro em frente a casa e ambos pararam na porta, o porteiro dando passagem para ele assim que o reconheceu. Nico nem tentou cumprimentar o homem, tudo o que ele queria era pegar suas coisas o mais rápido possível e falar com Bianca se ela estivesse em casa. Imagina sua surpresa ao ver o pai na sala de estar, sentando no sofá enquanto lia o jornal e tomava uma xícara de café.
— Nico, que surpresa. Pensei que você tinha esquecido onde é sua casa.
— Engraçado. — Nico rebateu. Ele nem se deu o trabalho de ver a reação do pai, e olhando para a frente, continuou seu caminho escadas acima. — Eu pensei que eu não tinha um pai.
— Garoto! Volte aqui! Nesse instante!
Claro, como se ele fosse obedecer um completo estranho. Nico continuou a andar calmamente, e mesmo ouvindo Percy trocar algumas palavras com Hades, isso não o abalou, era algo comum entre eles. Logo Percy estava a seu lado novamente, lhe oferecendo um sorriso e um ombro amigo. Sinceramente? Nico não se importava. Cada vez se importava menos. Ele já tinha uma família, e não era um homem irresponsável que o faria se sentir culpado por ignorar alguém que devia ser o primeiro a apoiá-lo.
Sem fazer muita bagunça, Nico pegou suas malas, seus objetos pessoais e algumas caixas que haviam chegado somente agora da Itália, e deu uma volta no quarto, se certificando que tinha pegado tudo.
— É só isso? — Percy perguntou para ele, parecendo triste.
— O resto está em Verona. Eu não sabia quando tempo iria ficar por aqui.
— O que isso quer dizer?
Nico deu de ombros e verificou debaixo da cama.
— Pensei que você estaria namorando alguém. Se preparando casar, sabe? Pensei que eu voltaria para terminar o colégio e me desculpar. E depois… acho que voltar para a Itália para ajudar minha nona.
— Serio? Eu significo tão pouco? — Percy parecia magoado, mas essa não era a questão.
— Eu não esperava tudo isso.
Nico decidiu encarar Percy quando o silêncio se alongou mais do que o normal.
— Sempre esqueço o que eu fiz com você.
Não, Nico se negava a entrar nessa discussão mais uma vez. Ele se negava.
— Quer dizer… — Nico disse, tentando mudar de assunto. — Você sabia onde eu estava.
— Eu sabia. — Percy concordou. — Eu planejava ir atrás de você. Depois de me formar.
— Hm. — Nico murmurou sem saber o que dizer. Isso era algo bom, certo?
— Eu queria dar tempo para você… viver.
— Acho que não entendi.
— Não queria que você vivesse se perguntando o que poderia ter acontecido sem a minha sombra te rondando. Sei que isso é mais forte do que nós dois.
Quando Percy falava desse jeito, parecia que eles não tinham opção, como se fosse algo sem livre arbítrio. Talvez fosse. Porque se Percy tivesse aparecido em sua porta, ele teria largado tudo e teria dito sim para qualquer coisa que Percy sugerisse.
— Desculpa, eu não queria falar sobre isso de novo. Vamos, sim? — Percy disse e beijou seu rosto, tentando sorrir, antes de pegar as malas e uma das caixas, deixando para ele carregar os itens mais leves.
Eles desceram as escadas e lá estava Hades bloqueando a passagem. Felizmente, Bianca também estava lá, ela pegou algumas coisas de sua mão e tentou sorrir para ele, exatamente como Percy tinha feito, tentando o consolar.
— Nico, precisamos conversar. — Hades disse, ainda bloqueando a porta de saída.
— Agora você quer conversar? O que você teria para me dizer?
— Precisamos conversar sobre o seu futuro.
— Futuro? Desde que seja longe de você, eu aceito.
— Eu sou seu pai. Você me deve respeito!
— Que respeito?
— Nico, por favor. — Bianca se meteu no meio deles e implorando com o olhar, continuou a falar: — Você poderia ouvir o que ele tem a dizer?
— Eu sinto muito. — Ele disse, não se sentindo nenhum pouco culpado. — Eu não quero saber dos planos dele para mim. É sua responsabilidade agora.
— Sei que a gente errou com você e--
— Errou? — Nico balançou a cabeça, se negando a acreditar. — Eu te amo, Bia. De verdade. Mas não tenho nada a ver com a família Di Angelo. Ele é seu pai muito mais do que meu. Aproveite.
— Niccolas. Me obedeça nesse instante! — A voz de Hades retumbou pelo ambiente, profunda e rouca, feito um trovão. Talvez isso tivesse o aterrorizado alguns anos atrás, agora tudo o que ele sentia era uma profunda raiva.
— O que você vai fazer? Me bater? Esse não é seu jeito preferido de lidar com garotos desobedientes?
A cena a seguir se tornou um belo espetáculo aos olhos de Nico. Bianca ficou pálida feito uma folha em branco, Hades se enfureceu mais ainda, porém a reação mais interessante foi ver Percy congelar como a mais perfeita estatua grega. Seria essa mais uma camada de culpa para Percy “tentar não conversar com ele”?
— Está tudo bem. Vai em frente. — Nico disse quando ninguém mais se atreveu a dar um pio. — Vê se deixa pelo menos uma marca, assim fica mais fácil para entregar como prova para as autoridades. O que você acha disso?
— Você não teria coragem.
— Não? Então, tenta a sorte. — E ainda assim, quando Hades não se moveu para longe da porta, Nico foi forçado a continuar: — Você vai me forçar ou vai sair da frente?
— Seu--
— Nico, deixa comigo. Eu vou cuidar disso. — Percy disse a seu lado, o fazendo lembrar o que namorado ainda estava ali. Era estranho. Geralmente essas coisas aconteciam quando não havia testemunhas.
Era isso!
— Não precisa. Sei que Hades vai tomar a decisão certa, não vai? Principalmente com duas testemunhas presentes?
Nico, então, se virou para Hades e esperou. Hades podia ser irresponsável e violento, mas ele não era burro.
Ainda fumegando de raiva, Hades saiu de frente da porta, mas não sem antes dizer:
— O que você vai fazer? Viver o resto da vida com o dinheiro dos outros? Mendigando por atenção?
— O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta. Logo você não terá qualquer poder sobre mim ou sobre o que pertence a minha mãe. Diga adeus a sua fortuna, querido papai.
Assim, Nico deu as costas para Hades e saiu porta afora para nunca mais voltar. Ele faria Hades pagar por tudo o que ele fez e o faria devolver cada centavo que tinha sido tirado de sua mãe.
***
Nico se sentia sortudo. De verdade.
Eles colocaram suas coisas dentro do carro há tempo de Bianca dizer que iria telefonar para ele e Percy arrancar com o carro para longe daquela casa. Agora, por que ele se sentia sortudo? Bem, ele tinha sorte de Percy esperar até que eles chegassem em casa para abraçá-lo e tentar consolá-lo. O engraçado é que ele não precisa ser confortado. Dessa vez, tudo o que ele queria era bater em alguma vez para ver se assim a tensão saia de seus ombros. O que ele fez? Se deixou ser confortado mesmo assim. Deixou que Percy o abraçasse bem forte, que acariciasse seus cabelos daquela forma que fazia seus pelos se arrepiarem e deixou que Percy o beijasse longamente.
— Eu não sabia. Eu nunca-- por que você não me disse?
— Eu sabia que você faria alguma coisa idiota.
— Ele te batia! E eu… eu fiz o mesmo!
— Eu não diria isso. Hades nunca foi tão talentoso para me fez gozar.
— Nico!
— Desculpa! — Ele acabou rindo, sentindo parte da tensão deixar seu corpo. — Eu não queria ser mandado para longe por causa dele.
— Eu sinto muito. Você teve que passar por isso também e eu nunca desconfiei. Tudo faz sentido agora. Você não gostava de ir para a sua casa ou evitava Hades a todo custo.
— Eu não queria te preocupar.
— Não diga isso. Hades nunca mais te ver. Isso é uma promessa.
— O que você vai fazer?
— Você confia em mim?
Como ele não poderia quando Percy olhava para ele tão serio e com aqueles olhos verdes intensos?
— Eu confio. Você sabe disso.
— Vou tomar conta de você. E dessa vez, vou me certificar que essas pessoas paguem pelo o que elas fizeram.
E de novo, Nico pensou em contestar. Mas se Percy queria? Quem era ele para negar? Ele sabia que não devia gostar tanto de ser colocado num pedestal ou de ser protegido como se fosse de cristal. O problema real era que ele gostava, amava ver o senso de posse que emanava de Percy. Se quer era um problema quando ele permitia que acontecesse e até consentia com as ações de Percy? Então, cansado de hesitar, Nico apenas concordou, deixando que Percy continuasse com os beijos e abraços. A melhor parte foi quando Sally chegou do trabalho com Grover e Tyson. Ele se aninhou contra o peito de Percy e se permitiu apreciar o momento, vendo a reação da família Jackson. Bem, vendo a reação da sua família, porque eram eles quem haviam oferecido um lar para ele, os vendo ir de surpresos para furiosos em menos de dois minutos. Era algo que acalentava sua alma e afagava seu senso de vingança. Por que tentar lutar contra sua natureza quando ele podia ter tudo o que queria? No fim, Nico ouviu muitos “sinto muito” e “a gente vai cuidar de tudo”, finalizando com “você está seguro com a gente”.
Nico também sabia que eles não estavam dizendo aquilo apenas para confortá-lo, mas ver o rosto deles cheio de afeto e senso de justiça fazia algo dentro dele se acalmar, uma satisfação enorme borbulhando para fora dele em forma de um sorriso. Isso não devia ser muito comum, certo? Começar a rir quando eles mostravam tanta preocupação? A verdade é que Nico já se sentia vingado apenas pelo fato de alguém saber o tipo de pessoa que Hades Di Angelo realmente era.
— Obrigado. — Ele acabou dizendo quando a família o abraçou em conjunto, Sally quase chorando enquanto Grover e Tyson tinham uma expressão seria e neutra no rosto, o fazendo se lembrar quando Percy estava tentando se controlar para não destruir o que visse pelo caminho; Percy podia ser o integrante da família que mais mostrava suas emoções, mas por trás do rosto inocente e bondoso era Tyson quem agia primeiro.
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E então, o que vocês acharam? Está divertido escrever sobre o Nico e desvendar o se passa na cabeça dele. Eu só queria deixar claro que o Nico está onde está porque ele quer e não ser submisso demais. Eu não sei se essa semana ainda tem mais capítulos e não sei quando a tradução chega. Mas vocês sabem, quantos mais comentarios mais incentivo para eu escrever.
Obrigada pela presença!
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
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