Não Há Lugar Como O Lar - Percy/Nico AU Colegial, Parte II

Não há lugar como o lar - Percy/Nico AU Colegial, Parte II

Oi, como vai? Mais pedacinho da história. Conforme eu for escrevendo, vou colocando aqui. Todo feedback ou comentário é bem-vindo. E claro se você ver algo estranho me avise, às vezes eu acho que escrevi algumas coisas só que na hora a informação falta.

Boa leitura^^

Era estranho estar ali depois de tanto tempo. As paredes cor creme ainda eram as mesmas, ali estavam os mesmo bancos azuis e as mesmas mesas pretas, os mesmos corredores largos e a mesma cantina, pintada da mesma cor pastel. Ele até conseguia reconhecer alguns rostos familiares no meio de outros mais jovens. Era um dejavú, só que agora ele via as coisas do alto, numa perspectiva distante, quase deslocada, onde antes seus dias eram permeados por ansiedade e incerteza agora tudo parecia mais fácil e indolor, ainda que um pouco doloroso, mas sem importância e talvez até confortável. Talvez fosse pelo fato de Percy ainda estar segurando em sua mão, conversando com a mesma secretária de dois anos atrás, uma senhora de cinquenta anos, sempre sorridente e solícita.

No fim, não demorou muito para ele conseguir seus papéis de admissão que precisaria mostrar para seus professores.

— E então, língua portuguesa? Aula dupla? Eu também tenho. Deixa eu ver seu horário.

Nico deu de ombros e tirou de dentro da bolsa sua grade horária de aulas. Ele observou Percy pegar o papel de suas mãos, franzir a testa em concentração e entregar de volta o papel para ele: — Temos a maioria das aulas juntos. Você está nos clubes de artes e de música? Eu estou no de música também.

— Pareceu ser os mais fáceis.

— Eu aposto.

— Cala a boca. — Nico empurrou Percy pelos ombros e andou para fora da secretaria. Poucas pessoas sabiam que ele tinha facilidade para coisas criativas e talvez ele tenha tocado algo para Percy durante os anos. Bem, isso não era da conta de outras pessoas.

— Nico, as salas mudaram! Estamos usando os auditórios.

— Tá bom. — Nico revirou os olhos e dessa vez nem se surpreendeu quando Percy o alcançou e tocou em seu ombro, suas mãos grandes deslizando por suas costas até chegar em sua cintura, o guiando suavemente na direção correta. Na verdade, ele não se lembrava dessa escola ter um auditório, então, se deixou ser guiado por Percy, uma presença confortável e calorosa a seu lado.

***

Quando eles chegaram no auditório a aula já tinha começado. A professora Johnson não era do tipo que se importava com atrasos se a aula não fosse atrapalhada, pois isso Percy ficou parado na entrada principal da sala, longe do olhar da professora, preferindo ver Nico descer até o palanque onde a professora estava e entregar o papel para ela assinar. O que Percy podia dizer? Nico era uma visão bem mais interessante naquele momento, longas pernas encobertas por um jeans justo, bunda empinada, cintura fina, ombros largos, profundos olhos negros e uma boquinha que parecia estar sempre mordida e avermelhada, pele negra e bronzeada, parecendo ser tão macia que ele não resistiu a vontade de tocar nele assim que pôde, só para testar a teoria. Ele admitia, estava indo rápido demais, porém dois anos era tempo suficiente para saber se você gosta de alguém, não? Sem contar os sete anos antes disso. Talvez ele devesse ter ido para a Itália com Nico quando Hades ofereceu, sempre generoso mesmo que ausente na maioria das vezes.

Ele foi tirado de seus devaneios quando Nico terminou de falar com a professora e veio em sua direção, despreocupado e lento, como se tivesse todo o tempo do mundo, desfilando com suas roupas punk e atitude despretensiosa. Porque evitar algo que ele sabia que aconteceria cedo ou tarde? Se Percy pudesse, ele beijaria Nico ali e agora, para acabar com aquela tortura que se estendia por tantos anos. Mas ele podia se controlar, se tinha esperado por mais dois anos, podia esperar mais alguns dias.

— Tudo certo?

Nico apenas acenou e pegou em sua mão, o levando em direção ao meio do auditório onde eles podiam ter uma boa visão da professora e do que ela estava falando. Percy nem teve tempo de apreciar Nico tomando a iniciativa e tocando nele por vontade própria, embora sentisse que deveria se preocupar mais com a reação das pessoas ao redor deles, os olhares nada discretos e murmúrios feito zumbidos a seu ouvido, ele não costumava exatamente namorar garotos em público, principalmente porque Annabeth sempre estava por perto para fazer com que todos pensarem que ele estava com ela. Era o que era, ele só esperava não ter que socar alguns rostos. Porque ele faria, e com muito prazer.

— Per? — Ele escutou alguém o chamar e só tinha uma pessoa que ainda o chamava assim. — Em que capítulo a gente está?

— Sete.

— Obrigado. — Nico murmurou mais baixo do que antes e se pôs a ler, completamente concentrado no livro e no que a professora dizia. Restou a Percy se perguntar como alguém podia ser tão bonitinho? Tão adorável? Observando um pequeno vinco aparecer entre as sobrancelhas de Nico, em seus lábios formarem um biquinho frustrado até que ele pareceu encontrar o que procurava no livro, relaxando contra o acento e se colocando a fazer a anotações rápidas conforme a professora discutia o assunto.

Então, um barulho veio da fileira de cadeiras acima da sua, alguém o tocando no ombro. Ele se virou e lá estava Grover, seu mais antigo amigo de infância.

— Quem é o garoto novo?

— Nico.

— Aquele garoto quieto e triste que Sally tinha praticamente adotado? O seu garoto italiano? Agora eu entendo a obsessão.

— Cala a boca! — Percy sussurrou furiosamente. Ele não era tão obcecado assim… era? Percy olhou para o lado, só para ter certeza que Nico não tinha escutado, vendo que o garoto continuava concentrado na aula e voltou a se virar para Grover: — Depois a gente conversa.

— Como você quiser, Don Juan.

— Tanto faz.

Percy se virou para a frente, se inclinou sobre Nico, vendo onde eles estavam no livro e ignorou todo o resto. Quando Nico empurrou o livro em direção a ele para que os dois pudessem ler, Percy não hesitou. Colocou o braço ao redor do ombro de Nico, juntou suas cabeças e começou a ler. Quem sabe se ele pudesse se concentrar, a vozinha no fundo de sua mente pararia de lembrá-lo de que isso daria em mais confusão do que ele estava disposto a lidar.

Não há lugar como o lar - Percy/Nico AU Colegial

Oii, como vai? Eu estava tentando continuar minha história atual, A Refulgente, mas sabe quando não está rolando? Aí comecei outra que deve ter no máximo umas 50 mil palavras (embora eu não saiba como escrever nada curto ou não tenha o controle mental para isso), outra Percy/Nico é claro. E como está fluindo bem, decidi dividir o começo dela por aqui antes de colocar em outros lugares. Na verdade, aqui é o único lugar onde ela vai estar até eu completá-la, se é que isso vai acontecer. Então, vamos ver como as coisas vão.

Para manter as coisas organizadas, vou reblogar o último capítulo conforme eu for atualizando o blog, assim fica mais fácil de acompanhar.

Ainda não tenho um sumário pronto, e em linhas gerais segue assim: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro e bem rápido! Nessa história vou tentar ser mais direta. Será que eu consigo? Boa leitura!

PS: Se vocês virem algum erro sobre quanto tempo Nico estive na Itália é porque mudei de cinco anos para dois. Texto sem muita revisão, mesmo assim, espero que vocês gostem.

Parte I

— Olha quem voltou! O garoto italiano. — Nico apenas teve tempo de se virar antes de ser prensado contra ombros largos e braços fortes que o abraçaram com tanta força que o levantaram no ar, o deixando sem ar e fazendo com que seus livros e bolsa caíssem ao chão, a porta de seu armário sendo fechada com um estrondo barulhento.

— Perseu Jackson!

— Só a minha mãe me chama assim.

Mas Percy estava rindo, o girando no ar enquanto as pessoas ao redor olhavam para eles. Também, não era para menos. Eles estavam bem no meio do corredor onde havia vários armários, dando para a entrada das classes de aula. Nico não resistiu, ele envolveu os braços ao redor do pescoço de Percy e o abraçou tão forte quanto Percy tinha feito, enterrando o rosto contra o pescoço de Percy.

— Eu senti sua falta. 

— Eu também senti a sua. — Nico murmurou de volta e se afastou, finalmente conseguindo ver o rosto de Percy. 

Olhos tão verdes quanto ele se lembrava, nariz reto e empinado, lábios finos e largos sempre em um sorriso bonito. O que tinha mudado era a altura, quase dois metros, e músculos. Onde ele se lembrava de um garoto tímido e um pouco triste tinha se transformado nesse… nesse homem feliz e cheio de vida. Confiantes. Embora ele ainda pudesse ver a bondade e a amizade que eles costumavam ter, mas essa coisa entre eles… esses abraços todos eram algo novo. Ele não podia evitar a comparação com o passado, onde ele era jovem demais e Percy era… Percy era Percy, abrindo a porta de sua casa para um garotinho triste e solitário.

— Dois  anos, hein? Eu pensei que você nunca ia voltar.

— Hm.

— Me deixe te ver melhor. — E o que ele nunca esperaria do garoto mais hétero e tímido que ele já tinha conhecido aconteceu, Percy levou uma de suas mãos a seu rosto e penteou seus cabelos para trás, expondo sua face por completo. E ele? Bem, Nico apenas encarou Percy de volta, tão focado no garoto quanto Percy se focava nele. Todas as ligações e vídeo-chamadas não se comparavam ao que a realidade lhe mostrava, o fazendo se questionar o que tinha acontecido nesse tempo todo para fazer Percy agir assim, tão… tão afetuoso, tão atencioso. Ele ainda namorava Annabeth, não? Ainda era o capitão do time de basquete? Esse devia ser o caso, pois Percy vestia a jaqueta do time.

— Hm… Percy? Me põe no chão, sim? — Nico fez o seu melhor para ficar sério.

— Por quê?

— Você não tem uma namorada?

— Eu tenho?

Então, Percy sorriu ainda mais e enfim o colocou no chão para em seguida afrouxar o agarre em seu rosto e em sua cintura, sem se afastar, porém se inclinando um pouco sobre ele, como se tivesse algo em seu rosto que ele precisava ver mais de perto.

— Como você tem estado? Por que você não me disse que chegava essa semana?

— Por quê? Você ia me buscar no aeroporto?

— É claro, meus amigos merecem o melhor.

— E o que seria esse melhor?

— Eu, é claro.

Nico jurava que estava tentando ficar sério. Pelo jeito que as coisas iam, Percy queria algo a mais e no momento ele não estava interessado. Mas não adiantou, Nico se segurou nos ombros de Percy e gargalhou; ele achava que essa era uma das piores cantadas que ele já tinha ouvido.

— Ei, não ri da minha cara. Eu sou um cara legal.

— E muito humilde, também. 

— Muito. — Percy disse e enfim o soltou, se encostando a seu lado em frente aos armários e Nico suspirou em alívio, pegando suas coisas do chão e as guardando no armário. Às vezes Percy era um pouco demais para ele; era o que Nico tinha descoberto durante os anos nas milhares de conversas que eles tiveram nesse tempo todo. Ele não sabia quando Percy tinha mudado do garoto introvertido para essa pessoa esfuziante, mas ele gostava. E odiava ao mesmo tempo, fazendo seu estômago se revirar de nervosismo.

— Agora, de verdade, como as coisas têm estado?

— Você sabe, sempre iguais. — Nico deu de ombros e fechou o armário, tirando os livros que usaria naquele dia, os guardando na bolsa. — Bianca veio comigo.

— Faculdade? — Percy perguntou. — E você?

Nico deu de ombros mais uma vez e se encostou ao lado de Percy, voltando a encará-lo de perto, o olhando sobre os cílios, tentando não demonstrar como realmente se sentia. Achava que nunca se conformaria com a beleza do amigo, agora duplicada conforme os traços suaves da adolescência davam lugar a músculos definidos e um rosto angular e forte, o sorriso de canto, o olhar intenso, a atitude confiante… e… bem, tudo isso e muito mais.

— O que tem isso?

— O que te traz de volta?

— Eu senti falta de casa. — Nico acenou para si mesmo. — Por um tempo pensei que fosse em Verona, mas… eu sempre ficava me perguntando o que estava acontecendo por aqui.

— Então, você decidiu voltar? Simples assim?

— Por que não? Eu vou fazer dezoito em alguns meses. Queria aproveitar esse último ano e rever o pessoal.

Bem… ele queria rever algumas poucas pessoas e uma delas estava bem em sua frente, olhando para ele como se quisesse… como se quiser ver o que tinha dentro de sua mente. E como costumava acontecer, ele foi o primeiro a perder nesse joguinho para ver quem desviava o olhar primeiro.

— Então… você sentiu saudade e veio para ficar ou… 

— Vim para ficar. Hades vai vir depois.

— Fico feliz. — Percy disse, ainda sorrindo, algo mais sincero e bonito, como se tivesse se cansado de flertar. — Quem sabe a gente pode se ver mais tarde. Comer alguma coisa?

— Mais tarde quando?

— Hoje. Depois da prática de basquete. Quer me ver jogar?

— Oh, não! Era isso o que eu temia! O clichê colegial! — Mas ele ria e Percy ria junto, o fazendo lembrar dos velhos tempos.

— Sabe, você não pode falar de mim. Você era todo bonitinho e tímido e voltou parecendo sair de um filme dos anos oitenta. Jaqueta de couro, calça rasgada e isso… é delineador? — Percy se aproximou mais uma vez dele e segurou suavemente em seu queixo, apenas mais uma desculpa para tocá-lo, disso Nico tinha certeza; não que estivesse reclamando. Percy podia fazer isso e muito mais. — Você é o perfeito garoto bonzinho que ficou rebelde.

— Eu ainda sou um bom garoto.

Isso fez Percy parar por um momento, ainda com as mãos sobre o rosto de Nico, e o encarar longamente apenas para um sorriso de canto aparecer junto a covinhas.

— É mesmo? O quanto você é um bom garoto?

— Acho que você nunca vai descobrir.

Mais um silêncio e mais um olhar que no passado o faria correr em busca de abrigo mais rápido que um foguete. Entretanto, esse Nico tinha ficado para trás junto com sua inocência.

— Hm. — Foi tudo o que Percy disse durante alguns momentos, e Nico jurava que ele estava se aproximando em direção a seu rosto quando o sinal tocou, os interrompendo.

— Certo. — Nico pigarreou, endireitando a coluna e olhando ao redor. — Acho que eu tenho que ir.

— Qual seu primeiro horário?

— Língua portuguesa. Preciso passar na secretaria primeiro.

— Eu vou com você.

Nico nem tentou negar, ele tinha sentido tanta falta de Percy que estender um pouco mais as coisas não faria mal. Ele se desencostou do armário e, de novo, aconteceu algo que ele não esperava. Percy pegou a mochila de seu ombro, a carregando para ele e com a outra mão, entrelaçou os dedos com os seus, o puxando suavemente pelo corredor quase vazio em direção à administração do colégio.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Então, aceitável? Percebi que meus diálogos não são os melhores. Sua opinião ou feedback educado é sempre bem vindo^^

Obrigada por ler!

More Posts from Auroraescritora and Others

2 years ago

Reblog if you've ever read a fic that was better than published books


Tags
2 months ago

SITTER'S LOVE - Nico!Babysitter, Percy!Teacher-father - Chapter XXVII and Chapter XXVIII

Previous chapters: CHAPTER I / CHAPTER II / / CHAPTER III, CHAPTER IV e CHAPTER V / Chapter VI e Chapter VII / Chapter VIII e Chapter IX / Chapter X, Chapter XI, Chapter XII e Chapter XIII / Chapter XIV / Chapter XV / Chapter XVI e Chapter XVII / Chapter XVIII and Chapter XIX / Chapter XX and Chapter XXI / Chapter XXII and Chapter XXIII / Chapter XXIV, Chapter XXV and Chapter XXVI

Chapter XXVII

Nico rang the doorbell and swore to himself that today was the day. Percy opened the door and smiled at him, and for a moment it was like everything had returned to normal, he could even visualize Percy bending down and hugging him tightly. But then the spell was broken and Percy looked away, closing the door behind them. No “good morning” or “how are the therapy sessions going?” Percy just turned his back on Nico and walked towards the kitchen, forcing him to follow him through the entrance hall, the living room and finally the kitchen and dining room.

It seemed that in the end nothing but Percy's behavior had changed. As most of the time, the children were already at the table, Percy pulled out a chair inviting him to sit, and without looking at him, he sat next to Percy, all while remaining silent. This would be the perfect moment, wouldn't it? Everyone ate calmly, seeming to be more asleep than awake.

Turning to the side, Nico looked at Percy who was already looking back at him.

“Yes?” Percy murmured, as if Nico had asked a question. Was he that obvious? Or was Percy just paying attention? And besides, should he be happy that Percy still cared? Or should he be irritated that he felt watched? Nico shook his head and denied it. The truth was, he didn’t know what to say. Would it be fair for him to accuse Percy of something when Percy was doing exactly what he had asked?

"It's nothing," He said back. "Do you still need me to sleep here on Friday?”

Percy made a confused face and he found himself smiling.

"Your parents' event?”

"Damn! I forgot their anniversary present. They've been married for thirty years.”

"That’s cool. I’m glad you have two days until then." Nico suggested discreetly.

Percy opened his eyes wide and jumped out of his chair, as if he had been shocked. However, it was Nico who was shocked. Percy grabbed him by the back of the neck, kissed his cheek and murmured, “Thank you, baby.”

Distracted, Percy disappeared from the dining room faster than Nico could follow, leaving only the sound of the front door slamming shut along with his heart beating rapidly. For some reason, Nico felt bad, like he had done something wrong. And according to the doctor, if something seemed wrong and he wasn't sure, it was better not to do it. Or at least to analyze whether he could face the consequences. 

So, the solution was to pretend that nothing had happened, avoid the curious gaze of the children and spend the rest of the day thinking about what had happened. Relief soon came when it was time to take them to school. He studied a little during the rest of the morning and helped the cook make lunch. Nico knew it wasn't part of his job as a caregiver, but it calmed him, made him relax while the sound of pots and pans and the voice of Beca, the head chef, kept him company.

It was time to pick up the kids once again and dinner began. It was another day that Percy would arrive late, probably after dinner, and that was okay. Percy always showed up before the kids went to bed, and there’s nothing wrong with that. The problem was all his when, watching a series with them, the three of them fell asleep under the light of the television, the darkness of the early evening and the sound of the actors' voices slowly lulling them. When Nico realized the time, it was another one of those days when he had slept past work, the clock hands showing fifty past nine. He rubbed his eyes to see better and saw that the kids were still sleeping, resting on his shoulders, their arms crossed over his belly, as though he were their teddy bear.

"Comfortable?" Percy asked him. He sat on the couch and watched him from there, his arms crossed and legs apart, sitting in the dark, analyzing him, while his green eyes passed over the scene of him and the children, sleeping together and peacefully.

"Sorry, I ended up falling asleep." Nico cringed and looked at the children in his arms, feeling embarrassed, like a little boy who had done something naughty.

"Why are you still here?" Percy said.

"I know I shouldn't have fallen asleep, but--”

"No, what are you still doing working here. Didn't I give you enough money? Do you need more?”

That's when Nico realized, Percy wasn't accusing him. He was being sincere and asking if Nico needed help. Nico denied it, he wouldn't need money for a long time.

"So, what's the problem? I know that the universities are still accepting applications.”

“I…”

"Isn't that why you're here? To make money?" Percy insisted. The man didn't move or try to comfort Nico like he would have before, Percy just stared at him seriously and intensely, waiting for an answer.

"I don’t need money." With a clear and concise voice, Nico decided to be honest, but he couldn’t look at him while he said it.

"So, what do you need?”

Nico found himself smiling, this was so cliché! Did Percy expect him to say “what I need is you”? He couldn’t do that.

"I don’t need anything. I want…" Nico raised his head and forced himself to say: "I wanted to spend some more time with the children before I leave.”

Percy stood up and gave him one of those crooked smiles. However, this was one of the worst he had ever seen. It was cynical and mean, full of bad intentions.

"I understand. The children will be very sad to see you go.”

"Are you… firing me?" Nico asked in disbelief.

“Nico,” Percy said. He walked around the coffee table, stopped right next to Nico, and bent down until he was at the right height, touching him gently. First in his hair, then sliding his hands down to rest on his neck. “You can’t keep wasting your time here. You deserve better than to be catering to the whims of a rich man.”

Was Percy talking about himself? And admitting that he was playing with him?

"I know I can be stubborn and bossy. I like things my way and I can't stand being rejected. But this isn't about me, it's about your future. When are you going to start thinking more about yourself and less about others? Can you promise me that?”

"Promise what?" Nico said, too distracted by Percy's closeness. It was the result of those hands stroking the back of his neck.

"That you will do what is best for you. That you will follow your heart.”

"Percy." Nico didn't know what to say. Why was this happening?

"I'll be honest, I have contacts at the college. I know classes start next month. Why don't you stop by? I'm sure they'll help you.”

"You are… I can't accept this.”

"Why not? You already have a guaranteed spot. I'll just speed up the process.”

"Do you want to get rid of me that much? I didn't mean to hurt you.”

"Don't be silly, you didn't hurt me, you just hurt my pride. I'll survive.”

Nico found himself smiling again, Percy's sincerity always amused him.

"Are you… sure? I didn’t expect things to get this complicated.”

"Don't worry, I get it. You don't want to be with me. I'm big enough to take a no.”

"No, I didn't mean to--”

"So, it's decided. This will be your last week, they expect you on Monday morning.”

Percy stood up, taking his heat away from him and Nico fell back, sinking into the beanbag.

"So mean." Alice muttered against Nico’s shoulder.

"Bad daddy." Logan agreed from the other side.

Nico could only sigh and help them up, while he put away their notebooks, books and pens. Nico put them to bed and escaped downstairs before Percy had the idea of taking him home.

Chapter XXVIII

"So, it's decided. This will be your last week, they expect you on Monday morning.”

Percy stood up, taking his heat away from him and Nico fell back, sinking into the beanbag.

"So mean." Alice muttered against Nico’s shoulder.

"Bad daddy." Logan agreed from the other side.

He sighed and helped them up. The three of them, in a joint effort, put away their notebooks, gathered their books, and put their pens inside their pencil cases. Then, taking the children's hands, Nico led them to their beds, covered them with the sheets, and escaped the house before Percy had the idea of driving him home. Unfortunately, Nico had the misfortune of findingJason in the living room waiting for him when he arrived at the apartment, exactly as a good, responsible adult would wait for his child who had broken curfew.

"How was your day? Did anything different happen?" He heardJason say as he walked past the living room, heading straight to the kitchen, trying to avoid the questionnaire. AndJason? He went straight to the microwave, pressed a few buttons and then brought out a bowl of pasta with sugo sauce, one of his favorite dishes.

"Hm." Nico murmured, without confirming anything. He accepted the food, almost putting his head inside the plate.

"Nico, what's going on? Why did Percy call me asking me to help you move out?”

“I knew it!” he thought triumphantly, even though Nico didn’t feel victorious at all.

"He fired me.”

“Why?”

"Do you remember about my scholarship?”

"I remember."Jason confirmed.

"It's still available.”

"Didn't you need money for the expenses?”

"Yes." Nico lowered his head, feeling embarrassed to say the rest.

“So?”

"I have the money. It will probably last the entire course. I think there is still some left for a P.H.D.”

He watchedJason's face change from concern to a familiar mocking smile.

"Oh, you mean he gave you all that money?”

"Not exactly. I worked a lot of overtime. Sometimes I slept overnight. I stayed up late…”

"I know, you are a model worker. We should all strive to be like you!”

"Blake! I didn't ask him to give me any money!”

"But you feel bad anyway.”

Nico nodded, defeated. He felt like he was selling himself, this exchange that was supposed to be between employer and employee far more intimate and intense than was advisable.

"What do I do? Give him his money back?”

"I can't tell you what to do.”

“But?”

"You are so close to achieving your dream. Why don't you think of it as a loan from a friend who cares? There's nothing stopping you from paying it back when you can.”

"Maybe. So… why do I still feel so bad? It's like he's paying for something I can't offer.”

“Ah,”Jason murmured, seeming to understand. “The solution might be to walk away from him.”

Nico nodded once more and lowered his head to the table. He had thought about this before, it was what he had been trying to do for the past few days. For some reason, this distance between him and Percy also felt wrong, like something was missing. Why did everything have to be so complicated? Why did he have to leave behind all the people he loved the most?

“What’s wrong, Nico?” This timeJason’s voice was soft, his hand resting on his arm.

"Why does this have to happen? Why do I have to stay away from everyone?”

"Everyone?”

"Percy, my father, my family. Why?”

"Do you miss them? Your family?”

Nico didn't answer, but it was obvious. He just buried his head deeper into his arms and pushed the food away, trying to take a deep breath.

"It's okay. You don't have to avoid them if you don't want to, just a little distance is enough.”

"Just a little?" Nico didn't know if he understood.

"You know, I still visit Zeus. I have dinner with him every week.”

"He… he’s a horrible person.”

"He is, but he's my father and I miss him.”

"Does Thalia know about this?”

"She knows. She respects my decision.”

"I don't feel comfortable with that.”

"Are you uncomfortable or do you want to get revenge on them for everything they did to you?”

He lifted his head and stared atJason.

"You can forgive them or not, that's your choice. Wanting them to suffer as much as you suffered is not healthy.”

"I don't want that. I never wanted it.”

“Not consciously,”Jason told him in a patient tone. “Our subconscious mind likes to play tricks on us. The important thing here is that you feel happy and satisfied with your life. Do you miss them? Go visit them. Do you feel hurt? Walk away. Sometimes we have to choose between what’s right and what’s good for us, even if it hurts other people.”

When he just looked at his friend,Jason smiled at him and gently touched his shoulder.

"I want you to think about this. Right now, what makes you feel good? Is it giving Percy his money back or following your dream?”

There was something there that Nico had never thought about.

***

A few days later, Nico was still thinking about whatJason had suggested. What made him happy? Wasn't it strange that he had never thought about it? He kept wondering what Hades would do if he knew how he lived, if Will would be mad if he did what he wanted, he even remembered wondering if Bianca and Hazel would approve of his decision. Now, asking himself that question, wondering what made him happy, hadn't crossed his mind untilJason pointed it out to his face. He just wanted some peace, whatever came of it was a bonus.

The door opened and Percy smiled at him, hugging him tightly, just like Percy used to do before all this drama happened, and he, putting his worries aside, decided that enjoying that moment, melting against his broad chest, was the best thing he could do in that situation. Did Percy and his big hugs make him happy? Much more than Nico could explain. But then, why did he feel so sad?

"Am I a happy person?" He asked Percy when the man released him and closed the door.

Percy slowly turned towards him and looked at him strangely, still smiling, and ruffled his black hair, shaking his head.

"You don't know if you're happy? I would say yes. But only you can answer that." Percy looked at him once more and finally looked worried. "Are you okay?”

Nico didn't know how to respond. So he looked down, feeling strangely embarrassed.

"It's nothing.Jason told me something last night…”

"Is that so?”

"Whether I do what makes me happy or whether I do what other people expect of me." He looked at him and asked again: "Do you think I do what other people want me to do?”

"Nico, I don't want you to feel bad. It's not exactly a bad thing.”

"Oh." Nico murmured, half numb.

"You rarely say no to anyone and you always help everyone. You are someone who likes to feel useful. There is nothing wrong with that. But, yes, I think it is a good question. What makes you happy? For a long time I did what would make my parents happy. It did not turn out well for me. Even though I am in a privileged position right now.”

“I understand.”

"Doing what other people want for a while doesn't mean you have to do it forever.”

Well, it made sense. That's what was happening, wasn't it? He'd done what his family wanted for a long time, and now he was free to go his own way.

"You're right." Nico said to Percy. Nico hugged him tightly around the neck and kissed the face he loved to look at so much. "You always say the right thing.”

"It's a talent " Percy murmured back, hugging him equally tightly around the waist, almost lifting him off the ground. "Unfortunately, we have a change of plans.”

"Hmm?" Nico questioned, confused by the abrupt change.

"My parents want to see the children.”

"I know." He could already imagine the situation. "I don't have any clothes.”

"Of course! How could I forget?”

Percy pulled him by the hand and right there in the middle of the living room were three-foot-long racks filled with suits, blazers, and full-length coats. All of them appeared to be his size. He had forgotten how manipulative Percy could be; it was so obvious that this had been planned that it made his blood boil.

"Percy Jackson!”

Nico marched the rest of the distance to the clothes and checked them, they still had the store tag on them. A very exclusive and expensive one at that.

"Did you like it? If you want, you can take home what we don't use today.”

You know what was the most ridiculous thing? Percy's posture. He had a straight spine, a puffed-out chest, and a bright smile on his lips. And to top it all off, Nico could hear the children's voices laughing from the kitchen.

"When did you have time to buy all this?”

"It was nothing, just a phone call.”

"You're kidding me, aren't you?”

Percy scratched his head and looked at Nico, pretending to be embarrassed.

"Would you believe me if I told you that the clothes were lost in our wardrobe?”

"No." Nico heard another pair of laughs and couldn't hold it in. "And you guys, what are you doing, hiding there?”

The children came running and hugged him around the waist, happy and content.

"Yesterday when you left early, we stopped by the mall and bought half a store!" Logan said excitedly. "It's our gift to you.”

"Don't be mad at Daddy." Alice finished for Logan.

This was a plot against him.

"That's not fair. How could I be mad at you?”

"So, did you like it?" Percy asked again, calm and smiling. But the way he looked at him was as if… as if Percy had found something very interesting; which made him uncomfortable and, at the same time, happy.

"If you think you can buy me because of what you did… you don't have to. It's okay. It was my decision, you just respected me.”

"Nico, I'm not trying to buy you. It's just a gesture of gratitude. You've done a lot for our family. We want to reward you.”

"I don't need that. Seeing you happy is enough for me.”

"We know." Alice said.

Nico looked at Alice and saw that she was already looking at him. She had changed so much that he was even surprised; it seemed magical the way the little girl who hid behind her long black hair transformed into this confident teenager who faced her problems head on.

"We'll never forget you!" Logan said. "And you have to promise to call.”

Nico smiled at them and waved, trying not to show how much more their words meant, something that those clothes that must have cost an entire year of his pay, could never compare.

“I promise.”


Tags
7 months ago
Is Your Mission Important Enough To Miss On A Local Dilf (deity I’d Like To Fuck)? I Don’t Think
Is Your Mission Important Enough To Miss On A Local Dilf (deity I’d Like To Fuck)? I Don’t Think
Is Your Mission Important Enough To Miss On A Local Dilf (deity I’d Like To Fuck)? I Don’t Think
Is Your Mission Important Enough To Miss On A Local Dilf (deity I’d Like To Fuck)? I Don’t Think

Is your mission important enough to miss on a local dilf (deity I’d like to fuck)? I don’t think so

4 months ago

2024 Tumblr Top 10

1. 15 notes - Oct 23 2024

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XVIII

2. 11 notes - Nov 6 2024

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XX

3. 11 notes - Oct 29 2024

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XIX

4. 9 notes - Feb 16 2024

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - A volta!

5. 8 notes - Nov 19 2024

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XXII

6. 8 notes - Nov 14 2024

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XXI

7. 8 notes - Apr 15 2024

ShortStory #1 - Na mesma moeda (Cockhold+cheating)

8. 7 notes - Dec 3 2024

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XXIV

9. 7 notes - Jan 5 2024

2023 Review

10. 6 notes - Aug 16 2024

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIII

Created by TumblrTop10


Tags
1 year ago

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XII

Hi, how are you doing? Things are finally calming down. Maybe there'll be another chapter later this week!

In today's chapter we have another scene from the past. I hope you like it^^

And I have some news. I've made a cover for this story! Also made with artificial intelligence. I feel like I should get paid since I'm practically training them already! But it looks cute.

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XII
THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER XII

Previous chapters: CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III / CHAPTER IV / CHAPTER V / CHAPTER VI / CHAPTER VII / CHAPTER VIII / CHAPTER IX / CHAPTER X / CHAPTER XI

I hope you enjoy it!

''You're funny.'' Nico told him.

''You are.’’

And like third graders, which they both were, they laughed again as they heard the bell ring. Percy hadn't even realized that half an hour had passed, what was more time than he'd usually spent with his old friends these days. And what that said about him, hm?

''We have to go.'' He heard Nico say.

They really had. In a hurry, he helped Nico collect the lunch boxes and accompanied him to his next class, discovering that Nico was in fact in the same classes as him. Was Percy so distracted by trying to hide that he didn't see what was going on around him? Well, that would change from that moment on.

***

A few more days passed and with them, Percy began to pay attention to his surroundings. 

It was strange. How had Percy not noticed Nico's presence until that moment? Everytime Percy looked around, Nico would be there, at any place or time of day, too. That is, until they both went off to their respective homes, rehearsals or trainings, and even then, Percy would still be thinking about Nico; while waiting for his older brother to pick him up or at home helping his mother cook, trying new dishes.

That's what continued to happen for a long time, days, weeks, months, even, was hard to get a sense of time when the hours passed so quickly and the days were all the same. Percy felt like he was emerging from a paralyzing sleep, finding something that finally held his attention. One day he noticed that Nico sat at the front of the room and was very close to the exit door. On another, Nico was more towards the middle of the room and then the little boy appeared next to him, sharing the double desk with him. Grover was in the desk next to his with Juniper, Luke behind him with Thalia.

Percy looked at Nico once again and saw him writing something around a drawing, a black helmet, the handwriting as beautiful as the features of the figure. Percy wanted to ask since when they had sat together. Since when had Nico been part of his group of friends and since when had he felt so comfortable with Nico's presence, with the quietness that Nico's actions brought. Instead, he said in the lowest voice possible:

''What's that?”

''Hm?' 'Nico muttered and looked at him, as calm as ever. ''A design for a novel. I don't know if I'll finish it.”

The strangest thing was that he knew exactly what Nico was talking about. Percy had seen the draft of the novel in one of the breaks shared with food, and like everything Nico did, it was beautiful and delicate, as if Nico put a part of his soul into everything he touched with his hands, whether it was a piece of paper, art, food or homework.

''You should. It's beautiful.”

Nico didn't say anything, he just lowered his head and continued scribbling, his face hidden behind long, black hair that shone as it reflected the sunlight. Nico then doodled a sword and an armor, leather gloves, a crown of roses. The more Percy watched Nico draw, the less Percy understood what was holding his attention so much. Maybe it was the slim hands, the long, elegant fingers, maybe it was Nico's concentrated attitude, or maybe was the relaxed body next to his, his head next to Nico's, admiring the soft lines that revealed so much beauty.

'''Alright, guys. Get your books.'' The teacher said and out of nowhere, part of the magic was broken.

The drawings were still in Nico's notebook, just as beautiful as before, and they were still stuck together, leaning over the shared desk. The difference was that Nico had tensed and looked up at Percy, as if Nico hadn't paid attention to what was happening around him until he heard the teacher's voice. Percy also realized something, maybe he was very close to Nico, hugging him by the shoulders like a prison with no escape.

''Sorry.'' Even with all this in mind, Percy made no move to pull away or let him go.

Percy thought Nico was the most beautiful thing he had ever seen. There was nothing like seeing the blush spreading across Nico's face, the darker skin taking on a warmer hue, to look at and to touch too, because even over his clothes, Percy could feel the heat emanating from Nico at the points where they touched; at his shoulders and hips, almost making Percy touch that delicate, beautiful face.

''...mind.”

''Sorry?”

''I don't mind.' 'Nico repeated in the same low, discreet tone, then turned to his notebook and picked up the books they would need.

Percy got the impression that Nico cared, yes, but in a... positive way. He saw the little boy open the book to the right page, lean against the back of the chair and up his arm, starting to read while the teacher explained the subject, like that scene was something completely normal. This made Percy wonder once again: had he ever done this with Nico? Since when were they so close? Wasn't it Annabeth who should have been by his side? Sure, they'd never been that close or acted the way he and Nico were acting, but... since when did she sit on the other side of the room with Clarisse and Silena? Shouldn't he have cared a little more than just being slightly surprised? She was his friend, wasn't she...? Shouldn't Percy miss her? So why had he only noticed Annabeth's absence now?

''Is everything all right?' 'He heard a soft voice beside him, and then, Nico's hand rested on his arm, Percy noticing in his friend's face a worried look.

Percy took a deep breath, letting his shoulders relax, and found himself smiling, something inside his chest warming and pulsing, as if the spark of an unknown feeling inside him was waking up.

''Everything is great. Wonderful. Incredible.”

''You dork.'' Nico rolled his eyes and leaned back against him, continuing to read the text the teacher had asked them.

Well, after that, Percy quickly understood what was going on; or rather, his psychiatrist had helped him understand. Nico wasn't stalking him, but in fact, Nico was doing the same thing he was; Nico was trying to live a discreet life away from prying eyes. Even he, at the age of eleven, admired the image that Nico made. The little boy stood out so much among the other studentes that Percy could clearly see the difference. Straight, wavy, thick hair, a small, fleshy mouth, intense black eyes, it was such a beautiful set that it gave Nico an androgynous, feminine look, although it was impossible to mistake Nico for a girl.

The point was, Nico had found the best places to hide, the same ones that Percy had found too. The music room, the forest, the bleachers near the sports fields further away from the classrooms.

Percy couldn't help himself, day after day, he found himself doing the same steps.

In addition to spending his time in class close to Nico, always during breaks, whether during the day or in the afternoon, he found himself walking and finding his way to the familiar bleachers with the familiar mop of hair in the far corner trying to hide. They never agreed out loud, it was just something that had become routine.

Nico would leave first, Percy would exchange a few words with his remaining friends and then he would follow Nico; he would practice basketball for a few minutes on the courth floor and then he would sit down next to Nico, accepting a lunchbox filled with the things he loved most, cake and pie, blueberry juice too, and sometimes, Nico would surprise him, baked potatoes or pancakes; if Nico was in the mood, lasagna or something Italian. No matter what it was, Percy would happily eat every grain and every bit of food. If Nico made it for him, the least he could do was repay him by eating it all. But it seemed so little compared to what Nico did for him... Percy wanted to share something with Nico that was important and valuable too. But what could be more valuable than sharing the food you've made yourself with someone?

''Your drawings are very good. Where did you learn?’’

They were once again in the stands, Percy ignoring the ball still in his hands to watch Nico take a forkful of food into his mouth, stopping midway with the fork between his lips.

''Hm?’’

''Where did you learn to draw?’’

''Oh, that?'' Then Nico looked down at his lap, where the notebook was, and put his lunchbox down. ''I had a lot of free time.”

Percy didn't know if he had understood… but Nico smiled at him, seeming to understand his confusion.

''I don't have any friends. I never had. Imagination was all that I had.”

''And what am I? A tree?’’

''No, you're a popular and rich athlete.’’

''You're right. I have many riches, how about you share them with me?”

''What are you saying?'’ Nico smiled again and Percy felt a throbbing in his chest that had nothing to do with the asthma he had as a baby.

''My mother likes to cook.’’

''Isn't that obvious? I mean, she has a restaurant, doesn't she?'' Nico said and tilted his head to the side, like that would make him understand what Percy meant.

''She'd love the company.”

''Don't we... have a paper to finish?’’

''I have plenty of space at home. My mother won't mind.’’

''Are you sure? I've never been to anyone's house.’’

This only made Percy's chest tighten even more.

''There's always a first time, right?’’

Nico looked at him, seemed to analyze him from head to toe and ended up shrugging.

''I will trust you.’’

At the time, Percy didn't know why he was having so many palpitations or why the feeling of relief had seized him so intensely. Later, he would recognize it as the fear of being rejected, and even if he didn't understand it yet, he knew that someone as sweet, beautiful and talented as Nico would never reject him so rudely. Thiat way, they finished eating and went on to their next classes, arranging to meet at the main gate after the last class.

***

Percy admitted, he had wasted more time than intended talking to the literature teacher. Apparently, he needed to try harder if he wanted to have a future at that school. She argued with him, went over every little thing he'd done wrong, and even gave him extra assignments to make sure his mistakes were corrected. Percy left the classroom as quickly as he could, and as soon as he saw the time, Percy ran down the corridors towards the school's main gate. When he arrived at the place he and Nico had marked, he remembered why Nico was always hiding in corners, which made Percy remember why he was hiding too.

They had already experienced this scene. Nico was pressed against the wall outside the gate and two other boys surrounded him, one of them was holding Nico by the neck while the other looked around suspiciously. The difference this time was that a crowd was watching them and no one was doing anything to stop what was about to happen.

Percy approached them, pretending to be another spectator, and listened the murmurs, while one of the boys spoke:

'Who's going to protect you now, huh? Because of you, our friends were expelled. Why don't you put yourself in your place and--’’

''What place would that be?’’

Percy couldn't help himself. This time, he didn't want any explanations. 

He stepped out of the crowd and the next thing he knew, he was face to face with the boys, or rather, his fist was against their faces. The pain came immediately, as he felt his nuckes collide with the nose of one the boys who were older than him, but who were no match for Percy.

''It's easy to mess with people smaller than you, isn't it? Why don't you play with someone your own size?”

''Would that be you?”

''What do you think?”

The silence fell, a silence that had become common no matter where Percy went. The nose of the boy he had punched was now swollen, blood trickling down his face, and the other, who had been too shocked to react, seemed to wake up from his trance. That would be the perfect moment for them to fight back, wouldn't it? Well, that's what people say, cowards soon give up if they find someone to resist them. And that's what they did, the boy who had watched his friend get knocked down with a single punch, pulled the other by the arms, helping him up and they both staggered into the crowd, running away with their tails between their legs.

Percy watched them fleeing in the distance between the cars and turned to Nico who was still leaning against the wall, the corner of his lips reddened and and on his arms and neck, marks of fingers and nails. The worst part was seeing the tears that kept falling or how Nico cowered, expecting other people to come and do the same to him. Percy didn't think, realizing that this was becoming something usual for them, and Percy didn't like it one bit, the fact that Nico had to hide in corners because of people's prejudice. 

He walked over to Nico and stopped in front of him, offering his hand. He had learned the hard way that touching someone when you don't feel safe or when you're in shock is the worst thing to do. So he just stood close without touching Nico, and tried to get his attention:

''Nico.'' Percy said in the softest voice.

''No, I… Percy?'' Percy held on and tried to be strong, Nico seemed to be reacting to everything worse than the previous time.

''I'm sorry. I didn't mean to... I was waiting for you... then, these... these boys showed up and…’’

Percy didn't know what to do. He felt his heart break when Nico took a step towards him and opened his eyes wide, his pupils unfocused and wet, as if Nico was waking up from a nightmare, and held onto his hands, trembling and breathing fast, still curled up on himself.

''It's allright. Can I hug you?”

''Hug me? Why... why would you want to touch someone like me?’’

''It looks like you need it.’’

''I... I need?'' Then, Nico looked at Percy with the most desolate and lost look he had ever seen.

''Nico. It's allright.'' Percy said it again, refusing to accept what those people were doing to Nico.

''I have to... I have to talk to Bianca, my... my sister.’’

''We will. After we get to my place. Yes?’’

''You promise?’’

''I promise.’’

Then, as if a key had been turned, Nico grabbed his arm and picked up their bags from the floor, saying: ''You dropped it.'' Just like that, like nothing had happened. But Nico was still shaking, gripping his arm tighter and handing one of the bags to Percy, holding his own against his chest in the hope that the bag and Percy would protect him.

Gods! How could someone do this to such a vulnerable and defenseless being? What had Nico done to be treated like this? Then, Percy looked around, recognizing these people. Some were in the same class as them, others Percy knew in passing, and none of them had the decency to help a classmate being abused. That's why they said he was a "rebel", and if it was up to him, things would continue exactly as they were.

''Are you ready?'' Percy said when he saw that Nico was beginning to calm down.

''Hm. Thank you.’’

Percy took Nico's backpack from his shoulder, put it with his own, and led Nico by the hand between the cars parked near the school, spotting a familiar black pick-up truck.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Thank you for reading. And if you can, send your appreciation in the comments. Until next time!


Tags
3 months ago

So, hi! I really like your blog and i have a question: do you know some apps or "programs" (idk) for writers?

Hey, nonny! I’m glad you like the blog, and thanks for your question <3 

Here’s a huge list of some writing programs I found: 

FREE

FocusWriter

-designed to keep you focused and distraction-free

WriteMonkey

-writing and editing software to keep you focused

LibreOffice

-free alternative to Microsoft Office

Scribus

-formatting and publishing software

FreeMind

-mind-mapping and organizing program

Trello

-idea organization

Pocket

-pin pages to reference later

Twerds

-reminds you to write daily and tracks your writing

oTranscribe

-transcribes audio quickly and conveniently

Coffitivity

-a white noise player to help you focus

ZenPen

-minimalist writing software so you don’t get distracted

Power Thesaurus

-a crowdsourced thesaurus

Twinword Writer

-writing software with a built-in thesaurus

Cliché Finder

-finds the cliches in your writing

Calmly Writer

-an extremely simple interface to help you focus when writing

The Most Dangerous Writing App

-if you stop writing for more than about three seconds, it deletes everything you’ve written

PAID

Daily Page

-sends you a prompt every day to get you writing

ProWritingAid

-reviews and evaluates your writing for grammar and other mistakes

Blank Page

-a simple writing program that allows you to set goals for yourself

750 Words

-a writing interface that encourages you to write 750 words (about three pages) every day, and allows you to analyse your writing. my personal favourite. 

Ilys

-an interface where you can only see the last letter you wrote, to help cure writer’s block

I hope that helped you out! (Side note: most of the paid programs have free trials.) If you have another question, feel free to ask us! 

-Mod Gen

If you need advice on general writing or fanfiction, you should maybe ask us!

1 year ago
auroraescritora - Aurora Escritora
auroraescritora - Aurora Escritora

Thinking of them being domestic in their apartment in New Rome🤲 (and un-colored background version bc I found it cute)


Tags
2 years ago
@sketchy-panda​

@sketchy-panda​


Tags
4 months ago

AMOR DE BABÁ - Nico!Babá, Percy!Professor - Capítulo II

Olá, como vai? Mais um capítulo chegando. Nessa parte Nico e Percy vão se conhecer. Espero que vocês gostem!

CAPÍTULOS ANTERIORES: Capítulo I

AMOR DE BABÁ - Nico!Babá, Percy!Professor - Capítulo II

Nico desceu do ônibus e parou em frente a um grupo de casas luxuosas, já estranhando o lugar. Ele segurou o celular com força e verificou o endereço que lhe mandaram. Sim, era ali, Rua dos pinheiros… eh… o que parecia estar certo, havia árvores tão altas que pareciam desaparecer entre as nuvens. Ele deu de ombros e andou pela calçada larga, sentindo como se entrasse em um mundo desconhecido ao ver que os tijolos no chão eram pintados de uma cor amarela num tom dourado e fosforescente, se estendendo sem fim por longos quilômetros que mais parecia sair de um conto de fadas conforme as fileiras de residências se perdiam ao horizonte e além.

Ele não podia evitar, se via deslumbrado por aquele lugar; eram os grandes portões que delimitavam as propriedades, as separando por muros ainda mais altos. Árvores gigantes e canteiros menores com flores em diferentes formatos e cores que bloqueavam a visão das outras casas ou do que havia dentro daqueles portões. 

Ele continuou andando e parou em frente ao conjunto que tinha o número 17, onde mais um grande portão de ferro negro subia mais alto do que ele podia ver. Nico não conseguia expressar como era estranho estar num lugar como aquele, o ambiente era tão quieto e a ausência de qualquer pessoa por ali fazia sua pele se arrepiar. E só para ter certeza, ele verificou mais uma vez se aquele era o endereço correto. Nico coçou os cabelos, tentado a abrir mais uma vez o e-mail com os dados do contratante, porque aquilo só podia ser um engano; o que ele presenciava não podia ser chamado de casa. Agora que chegava bem perto dos portões, podia ver que era um conjunto de pequenas mansões bonitas e bem estruturadas. Cercas brancas, largos jardins, parques, piscinas, academias e tudo mais o que pudesse ser imaginado, além de seguranças que protegiam o perímetro ao redor da propriedade e nas áreas comuns a todos os moradores.

Parecia que ele de fato tinha entrado em uma realidade paralela, o que era estranho. Nico sentia que ele não era alguém que aquelas pessoas contratariam para trabalhar ali, alguém sem faculdade, sem qualificações ou indicações profissionais adequadas. Mas já que Nico estava ali… ele deu de ombros outra vez. Que mal tinha em tentar?

Ele andou até a frente do portão e apertou o interfone:

— Com licença, sou Nico Di Ângelo. Tenho uma reunião com Annabeth Chase na casa 4.

— Sim, bom dia. A Senhorita Chase deixou um recado. — O porteiro solicito e educado, lhe disse. — Ela pede desculpas por não poder recebê-lo pessoalmente. Nós o encaminharemos até o local.

Restou a Nico agradecer e esperar que os portões se abrissem. 

Ele jurava que estava tentando manter a mente aberta, porém, a coisa mais esquisita aconteceu em seguida. Enquanto parte do portão deslizava para o lado, dois seguranças com o triplo do seu tamanho o olharam de cima a baixo e pararam em sua frente.

— Documentos. São regras do condomínio. — Nico achou mais estranho ainda, mas tudo bem. Já que ele tinha embarcado nessa loucura, iria até o fim.

Ele abriu o zíper da mochila e entregou a eles sua carteira de habilitação. O mais alto e ruivo pegou o documento de suas mãos e tirou uma prancheta de dentro do posto da guarita, se aproximou, olhou para as informações que tinha e depois pareceu comparar com as informações do documento. 

O mesmo guarda-costas escreveu alguma coisa no papel e entregou o documento e a prancheta para ele, dizendo: — Assine aqui. — Foi tudo o que o ruivo lhe disse antes de Nico assinar rapidamente e o segurança conferir a assinatura. Quando as informações pareceram bater, o outro segurança que estava ao lado acenou e o guiou até um carro que o esperava em frente a outro portão menor.

Nico se deixou ser encaminhado até o próximo portão e sentiu vontade de rir; primeiro, esse era algum tipo de prisão luxuosa? E em segundo, por que havia um carrinho de mini golfe ali? O mais interessante era que o carinho até vinha com um motorista particular.

Ainda achando graça, ele entrou no carro, colocou o cinto de segurança e se deparou com um garoto da idade dele, algo entre vinte e vinte e cinco anos, cabelos castanhos, olhos negros e um bonito sorriso largo.

— Primeira vez?

Ele acenou, tentando não demonstrar como tudo aquilo o incomodava e o divertia ao mesmo tempo.

— Não se preocupe, todo mundo fica meio assustado na primeira vez. Qual o seu nome?

— Nico.

— É um prazer, Nico. Você pode me chamar de Gabe. Vou te dar uma carona pelo tempo que você ficar por aqui.

— Por quê? Você acha que eu não vou ficar muito tempo?

— Ninguém fica. Não é nada pessoal. Você sabe como são essas pessoas.

— Como elas são?

— Acho que você vai descobrir, não vai?

Assim, quando ele menos percebeu, Gabe parou o carro em frente a casa de número 4. 

Sorrindo com covinhas e dentes brancos, Gabe perguntou: — Eu posso? — E antes que Nico pudesse responder, Gabe o ajudou a tirar o cinto de segurança, deu a volta no carro e estendeu a mão para ele. 

— Não se esqueça, não leve para o lado pessoal. — Ele piscou para Nico, todo charmoso e deu a volta no carro, entrando no lugar do motorista. 

“Certo. Nada pessoal. Claro.” Nico pensou consigo mesmo, vendo Gabe se afastar rapidamente pelas ruas do condomínio, arrancando para longe dali. 

Ele se permitiu respirar fundo e encarou a casa de dois andares que era rodeada por um jardim tão extenso que não era possível ver nada além da natureza, alguns carros e mais árvores que cresciam altas com folhagens volumosas. Não restava para Nico nada além de tentar ignorar a exuberância do lugar, dizendo a si próprio, não era nada demais; esse seria apenas mais um emprego onde ele ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse dinheiro o suficiente para custear seus estudos. Apenas mais um dentre tantos outros. 

Ele deu mais alguns passos em direção à porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza, seguindo o resto do design da casa; tudo muito pálido e em tons pastéis, isso ficando claro até mesmo do lado de fora da casa. Em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto, restando a Nico respirar fundo mais uma vez, tentando se acalmar. Ele arrumou suas roupas amassadas e segurou na alça da mochila passando a mão nos cabelos, tentando ajeitá-los no reflexo da tela do celular, o que se provou ser inútil. Não havia milagre naquele mundo que o faria se sentir adequado ou bem-vestido, assim, ele se forçou a esperar o mais paciente que alguém como ele poderia.

Não era nada demais, disse a si mesmo mais uma vez. Ele sempre ficava nervoso no primeiro dia e isso nem tinha a ver com os chefes insuportáveis ou abusivos que Nico já teve o prazer de aturar, não, tudo isso estava impregnado em sua pele não importando para onde ele fosse. Fazia parte de sua condição psicológica. Embora isso não tenha durado muito tempo.

Impaciente e vencido pela ansiedade, ele tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu bruscamente, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. O homem parecia ter pulado para fora da cama, vestindo apenas calças de moletom cinza e mostrando… mostrando uma trilha de pelos que levava a um certo volume avantajado naquele lugar.

— Sim? — O homem murmurou rouco, seus olhos mal se abrindo e tão sério que Nico pensou em dar meia volta e escapar daquela situação estranha.

Se sentindo pior ainda, como se alguém revirasse suas entranhas, Nico manteve seus olhos acima dos ombros do homem seminu e conferiu o celular, verificando novamente o e-mail que a agência tinha enviado.

Casa 4. Empregadora - Annabeth Grey.

— Posso falar com a senhora Annabeth Grey?

— Volte no próximo mês. Talvez no próximo ano, sim? Nunca pensei que ela gostasse dos mais novos… — O homem murmurou quietamente como se Nico não devesse ter escutado, principalmente a última parte, distraído, nem parecendo se importar com a presença dele.

— Senhor…?

— Jackson, Percy Jackson. — Ele disse de má vontade, bocejando.

— Sr. Jackson. — Nico falou. Ele fez questão de ignorar o que aquele senhor insinuava. — Me avisaram sobre a vaga de cuidador infantil. A agência me enviou aqui.

— Ah.

Percy Jackson não agiu como ele esperava. Não, o homem apenas levantou as sobrancelhas e o encarou pela primeira vez parecendo lhe analisar, o dissecando com seus analíticos e intensos olhos verdes, como se tentasse decidir se Nico valia o seu tempo. O que fez Nico se sentir ainda mais estranho, querendo se esconder e socar a cara daquele homem ao mesmo tempo.

— Você tem experiência com crianças? — Percy Jackson lhe disse, mesmo que não fosse o que o homem pretendia falar. Isso estava nítido para Nico.

— Cuido dos meus irmãos desde criança. Serve? — Quando Nico viu que parecia desrespeitoso demais, completou: — O anúncio não exigia especificações.

— Me deixe ver.

Não parecia ter sido um pedido.

— Claro. — Ele deu de ombros, fingindo não se importar com aquele interrogatório todo.

Nico entregou o celular para o Sr. Jackson e se sentiu vitorioso quando o homem não achou nada de errado. Sr. Jackson apenas pareceu ler, virou a cabeça para o lado e suspirou fundo, dizendo: — Típico dela.

— Se o senhor quiser posso ir embora. — Afinal, nenhum dinheiro era suficiente para passar aquele tipo de humilhação. Ou o que ainda estava por vir. Nico nunca tinha certeza do que poderia acontecer.

— A culpa não é sua. Entre.

Sr. Jackson deu espaço para que Nico entrasse e assim a porta se fechou, dando início a algo que ele em hipótese alguma poderia ter previsto.

Obrigada por ler. Sua presença é muito bem vinda. E se você puder me deixar um comentário dizendo o que gostou ou não, eu ficaria muito feliz. Não estou buscando alguém para afagar meu ego, e sim uma opinião sincera. De verdade. Vou adorar conversar com vocês.

Até logo,

Ana.


Tags
1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO VIII

Oii, como vai? Capítulo um pouco adiantado. Espero que vocês gostem.

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII

Nico não tinha certeza se devia estar fazendo isso. 

Não podia negar que noite passada tinha sido boa, porém, na vez antes disso, tentou com ex e… bem,  tinha sido tão ruim que tudo o que ele sentiu foi ansiedade, dor e vontade de vomitar. Assim que pôde, Nico saiu correndo e evitou falar ou se encontrar com Will durante o resto do tempo que ficou na Itália. Parte disso era vergonha por ter entrado em pânico, descobrindo no processo que não estava pronto para fazer certas coisas com meros desconhecidos, e a outra parte era… não queria admitir, mas era difícil para ele confiar nas pessoas. E daí se ele tivesse namorado outras pessoas depois de Will? Não era sua culpa se ele não conseguia relaxar ao redor do loiro. 

Era por esse motivo que hesitava, mesmo sabendo ser injusta a comparação entre os dois. Ou entre qualquer outra pessoa e Percy. Will nunca tinha o convidado para comer em lugares que ele gostava ou o levado para conhecer, ou melhor, redescobrir a cidade como Percy tinha feito naquela noite. Eles tomaram sorvete, visitaram um parque natural e andaram de mãos dadas pelas ruas iluminadas sob a luz do luar. Tinha sido uma noite tão calma e agradável que Nico se esqueceu do que tinha acontecido na Itália ou mesmo toda a confusão com Annabeth que ele nem gostava de lembrar. Mas ali estavam eles, novamente em seu quarto, mochilas e roupas jogadas ao chão.

Eles nem tinham acendido as luzes na pressa de chegar ao segundo andar da casa, indo em direção a sua cama o mais rápido que puderam. Sua jaqueta e camisa vieram primeiro, em seguida, Percy fez o mesmo consigo mesmo, mais rápido do que Nico podia acompanhar. 

Ele tinha arfado e suas pernas fraquejado, sentindo Percy o tocar com força, o puxando pela cintura e se moldando contra suas costas. 

Pele na pele, braços em volta dele e respirações apressadas em sincronia, lábios contra seu pescoço, o beijando suavemente, indo e voltando por sua nuca e encontrando o lóbulo de sua orelha, a mordiscando devagar. As mãos grandes e quentes de Percy subiram mais uma vez, o tocando nos ombros e deslizando lentamente para baixo, chegando em seus quadris para enfim o massageando por cima do jeans. Os botões foram os próximos, Percy os abrindo e descendo o zíper, como se desembrulhasse um presente valioso. Ele ainda não tinha certeza, não sabia o que acontecia com ele; uma hora queria Percy o tocando com toda a força de seu ser e na outra, não tinha certeza de nada. Apenas sabia que queria que Percy continuasse a segurá-lo para sempre, mas que não o machucasse ou o forçasse como outras pessoas tinham tentado.

— O que foi? — Percy disse contra a pele de seu ombro, colocando mais um beijinho ali que o fez estremecer, seu corpo relaxando sem sua permissão.

— Eu não sei. Eu…  

— Hm. — Percy murmurou, se movendo devagar com ele em direção a cama. — Você quer me dizer alguma coisa?

Sim, ele queria. Queria dizer que não estava bêbado o suficiente para ignorar seus medos e que tinha ignorado qualquer coisa sexual por mais de um motivo. Mas antes de chegarem à cama, Percy parou no meio do caminho e beijou seu pescoço mais uma vez.

— Sei que você tem medo. Sei que perdi o controle no passado. Mas você pode confiar em mim.

— Per. — Tinha sido apenas um beijo, um impulso descuidado no passado, e parece que aquele momento os perseguiria para o resto de suas vidas. — Não é isso. Eu...

— Então, me diga. E eu vou te dar. Não importa o que seja.

Por que isso era tão difícil?

— Eu... 

— É sobre o seu ex?

— Ele... ele...

Percy parou de se mover e até o ar ao redor deles se tornou imóvel.

— O que ele fez com você?

— Nada! — Nico se apressou em dizer, ansioso. — Não foi nada.

— Nico.

— Quer dizer! Você se lembra do Jason, o amigo que eu te contei? Ele impediu que Will...

Foi quando Percy o virou de frente para ele e segurou forte em seus ombros, seus olhos dilatados e ferozes o encarando como se Percy quisesse arrancar a verdade dele dessa forma. 

— Você mentiu para mim. O que mais esse garoto fez, hm?

— Percy!

Ele não queria acreditar que Percy era uma dessas pessoas. Ele o segurou pelos braços e o jogou na cama, prendendo suas mãos acima da cabeça.

— Me responda!

— Ele... ele me amarrou e... e tirou minha roupa... e quando... quando estava prestes a... Jason chegou, bateu em Will e me desamarrou! Feliz agora!?

Assim que ele disse isso, Percy o soltou e parou de tocá-lo imediatamente. Isso surpreendeu Nico, o ofendeu e o machucou na mesma proporção. Percy tinha nojo dele sabendo que outro homem o tinha tocado? Era isso?

Então, a cama se moveu e Percy o tocou no ombro suavemente.

— Não, bebê, não chora. Eu sinto muito.

— Você não me ama mais? — Nico perguntou e escondeu o rosto no travesseiro, tentando prender o soluço.

— Não, isso é impossível. Não quero que--

— Eu só… não gosto de ser amarrado e… — Outro soluço, — Foi horrível quando ele tentou… tentou me penetrar e…

— Shhh, está tudo bem. Prometo que não vou te tocar.

Ele não aguentava mais! Não era isso o que Nico queria. 

Chorando feito um bebê, ele engatinhou até onde Percy estava deitado todo tenso e sentou no colo dele, o abraçando bem apertado pelo pescoço.

— Eu quero que você me toque! Quero que você me foda até que eu não consiga andar, mas… doeu tanto! Não quero que doa. Quero que só você me toque! Só você me beije! Só você… ah!

Nico gritou e curvou as costas quando Percy o puxou pelos cabelos, aproximando seus rostos.

— Eu devia te punir. Devia te mostrar como um bom garoto tem que se comportar.

— Eu--

— Não terminei. Não importa com quem você transou na Itália, você mentiu para mim. Escondeu algo importante por causa de vergonha? Por que um garoto qualquer te enganou e te humilhou? O que aconteceu? Eu quero a verdade.

— Estou dizendo a verdade. — Nico virou a cara para o lado e se calou, ele se negava. Não era da conta de Percy o que ele tinha feito.

— Vai ser assim? Desde quando você começou a mentir para mim?

— Eu... eu não menti sobre não gostar.

— Você concordou em fazer alguma coisa e se arrependeu?

Nico acenou, sentindo o rosto esquentar.

— Você não confiava nele?

Acenou de novo.

— Pensei que estava pronto... e... — Nico deu de ombros. — Aí, Jason me ouviu gritar e... preso na cama... ele bateu em Will e Will ficou furioso. Will veio atrás de mim, mas eu não quis explicar o que tinha acontecido, então, eu terminei com ele e Will ficou mais furioso ainda… 

— Então, você brincou com o garoto, dispensou ele e deixou que as pessoas pensassem que esse Will era o culpado?

— Eu não queria fazer isso, eu só...

— Nico.

Percy o conhecia bem demais.

Ele odiava quando Percy falava assim com ele, sério e rígido, todo autoritário. Se sentia feito um garotinho repreendido e indefeso. O que o fez ver que faria de tudo para Percy perdoá-lo. Então, respirando fundo, disse:

— Sinto muito. Eu nunca faria isso com você.

— Você já fez. — Percy disse e o olhou de forma firme e dura, ainda o segurando pelos cabelos de um jeito doloroso que não doía de verdade. Mas Percy estava certo, ele tinha feito, tinha fugido sem uma explicação, e se arrependia muito. Se fosse necessário, passaria o resto da vida se desculpando.

— Como posso me redimir?

— Eu não sei.

— Por favor. Faço qualquer coisa.

— Qualquer coisa? — Então, Percy sorriu e soltou seus cabelos, se ajeitando contra o batente da cama. — Tire suas calças.

Nico fez o que Percy pediu. Ele se levantou, tirou as calças, cueca e meias e voltou para cama prestes a se sentar no colo de Percy quando foi parado. 

Percy o segurou pelo ombro e com o mesmo sorriso malicioso, disse: — De barriga para baixo. No meu colo.

— Eu não entendo.

— Logo você vai entender.

Ainda confuso, Nico se deitou contra as pernas de Percy e esperou. 

Momentos depois tudo fez sentido. 

Primeiro, sentiu Percy se aconchegar contra a cabeceira da cama, depois, com uma das mãos segurou em seus cabelos e com a outra, deslizou por suas costas, chegando a sua bunda.

— Ainda está disposto a continuar?

— Per?

— Eu te mimei muito. Permitindo que você fizesse o que quisesse.

— Eu não quis...

— Você vai obedecer?

— Espera!

— Ultima chance. Sim ou não?

Ele não sabia, tá bom!? Era muita pressão para ele aguentar. Quer dizer, Nico sempre quis tentar isso com Percy, mas ele não queria assim, uma punição no lugar de diversão.

— Nico?

— Eu não sei. — Ele enfim disse, derrotado. — Confio em você.

E então, meros segundos depois, a mão pesada de Percy estalou contra sua nádega direita, lhe arrancando um gemido abafado.

— Você está gostando. Não acredito nisso. — Vieram mais duas, uma em seguida da outra e Nico não pôde se conter, se contraiu todo, esfregando uma perna na outra, tentando esconder o efeito que as palmadas causaram nele.

Ele ouviu Percy arfar e ajeitá-lo em seu colo, a calça jeans roçando em seu membro exposto, e tudo o que pôde fazer foi se segurar nos lençóis para não gozar com o tratamento violento.

— Você está pronto para conversar? — A voz de Percy soou baixa a seus ouvidos, o fazendo estremecer.

— Eu já disse tudo o que queria.

— Quem mais fez isso com você?

Merda! Como Percy sabia? 

Percy mudou de lado e dessa vez o estalo reverberou no cômodo inteiro, o fazendo gemer de verdade, curvando a coluna. Quando ele não disse nada, Percy continuou, suas mãos batendo em sua pele e massageando o lugar até que ele quase... quase...

— Você disse para eu viver um pouco! Foi o que eu fiz! — Ele gritou, tentando se controlar, se contorcendo todo, sentindo o prazer vir mais rápido do que ele esperava. Até que Percy parou de repente, o mantendo no pico do êxtase para encerrar as palmadas sem avisar.

— Tudo o que eu quero é a verdade, Nico.

— Que bem isso vai trazer!? — Gritou mais uma vez, frustrado, tentando obedecer.

— Você pensa que pode mentir para mim? Quanto mais você esconde, mais eu quero saber.

— Percy! Não quero falar disso!

— Então, você não deve querer gozar.

— Você não vai fazer isso comigo!

— Quer apostar?

Percy o segurou pela cintura, o fez virar na cama e então o colocou sentado no colo dele, seu membro exposto para o ar frio do quarto, o mantendo imóvel com sua bunda ardendo contra o jeans de Percy.

— Percy!

— Eu não vou incentivar esse tipo de atitude.

— Que atitude?

— É por isso que eu sou tão ciumento, você sempre faz isso. Flertando com todo mundo e ignorando o problema quando a coisa fica séria.

— Eu não faço isso. Faço...?

— Você vai me enlouquecer!

— Eu não quis—

— Você nunca quer! Esse é o problema.

— O que você quer que eu faça?

— Seja sincero. É pedir muito?

— Eu... eu não sabia como te contar. Como eu poderia dizer: “Olha, Percy. Não fica bravo. Fiquei carente e deixei alguns garotos tocarem em mim de formas que tenho vergonha de admitir”.

— Não parece tão difícil agora. — Percy murmurou, o agarrando mais forte pela cintura. Ele até temia em saber o que aconteceria nos próximos dias. — Por que você faz isso comigo?

— Eu não queria que você pensasse que eu... que eu sou...

— Uma vadia que se oferece para quem te der atenção?

Nico olhou para fora da janela e tentou prender o que estava lutando para se libertar de seu peito.

— Nico, eu não me importo. Você pode ser meu doce Nico e pode ser esse ser sensual que gosta de provocar as pessoas. Fico triste que você sentiu a necessidade de esconder essa parte de mim.

— Eu não queria.

— Sei que não. Nunca pensei que você fosse um santo. Tudo o que eu peço é sinceridade. 

— Eu sei.

— Não quero te machucar, mas também não quero te tratar feito um cristal. Não fuja de mim. Eu te amo.

— Eu também te amo. — Nico disse, relaxando contra o peito de Percy. — Prometo que vou ser a pessoa mais honesta desse mundo.

***

As coisas pareciam ter se acalmado. Nico sentia que enfim o peso do mundo tinha sumido de suas costas, se sentia leve e livre, sem mais nada a esconder. Quer dizer, não tinha contado tudo o que aconteceu, porém, Percy agora sabia de tudo, de sua… sobre sua libido que tinha surgido na ausência de Percy e que agora parecia estar mais acesa do que nunca. 

Ele achava que tinha sido claro, não? Afinal, tinha gritado para quem quisesse ouvir. Sinceramente, estava feliz que após ouvir todas aquelas coisas Percy ainda estivesse a seu lado, no momento, debaixo das cobertas com ele, o abraçando pelas cintura e ombros, os mantendo colados um ao outro. Suas nádegas ainda doíam e seus olhos estavam inchados de tanto chorar. Não o entendam mal, ele estaria de joelhos se isso fosse melhorar sua situação, Percy apenas não estava no clima. Percy tinha tirado o resto das roupas que usava e tinha se deitado junto a Nico na cama, o abraçando e fechado os olhos em seguida. E Nico, como tinha ficado? Ainda excitado, mesmo com a dor das palmadas e a humilhação das confissões, tentando ficar imóvel entre os braços de Percy.  

Por longas horas tentou fazer exatamente isso, obedecendo à vontade de Percy. Mas não importava o quanto tentasse, abria e fechava os olhos de tempos em tempos, vendo as horas passarem lentas e torturantes, o céu mudando de tonalidades de escuras para outras um pouco mais claras. 

Ele não aguentava mais! Tocando na mão em volta de seu peito, Nico fez um esforço e tentou não acordar Percy, entretanto, o agarre em volta dele se apertou e os braços de Percy o puxaram de volta contra seu peito forte.

— Onde você pensa que vai?

— Eu preciso… hm…

— Você precisa?

Nico queria morrer, mas antes que esse fato se concretizasse, pegou uma das mãos sobre seu corpo e a levou para sua virilha.

— Entendo. — Percy murmurou, se aproximando mais.

Estava tudo bem, porque Nico enfim tinha o que desejou. Percy cobriu sua virilha inteira, engolfando seu membro e massageou devagar, bolas e falo, o apertando tão gostoso que em menos de um minuto estava ereto, como se a conversa anterior e as palmadas nunca tivessem acontecido. Aquilo era tão bom… por que era tão bom? Era por que Percy o estava tocando? Era algo mais emocional do que físico? Ou era a intimidade do meio da madrugada o fazendo se sentir leve e despreocupado, mas tão vulnerável que ele queria se esconder sob o corpo de Percy?

— O que você precisa? — Percy sussurrou contra seu pescoço, sua voz rouca de sono.

— Você pode me… você pode me foder? — Será que ele estava sendo claro o suficiente dessa vez?

— Você só precisa pedir.

Ele gemeu frustrado e escondeu o rosto no travesseiro, ansioso e sentindo a humilhação de ter que pedir, feito um garotinho carente, descendo por seu pescoço em forma do corar que o esquentava dos pés à cabeça. O bom nisso é que finalmente seu pedido foi concedido, Percy o inclinou um pouco para frente, abriu suas pernas e imediatamente sentiu dígitos molhados roçarem suavemente e sem pressa contra sua entrada. Ah… ele não sabia que esse gesto poderia ser tão relaxante e gostoso, massageando ao redor tempo o suficiente para que o orifício se abrisse e permitisse que os dedos de Percy o penetrasse, fácil e sem dificuldade, o abrindo com tanto cuidado que quando ele se viu estava deitado de bunda para cima e gemendo com três dedos dentro dele, mal sentiu Percy se deitar sobre seu corpo. 

Com um ligeiro desconforto que imediatamente deu lugar ao prazer, a cabeça do membro de Percy entrou em contato com sua entrada e o penetrou devagar com uma leve pressão, o fazendo se sentir feito uma flor que desabrochava, mas foi quando Percy se forçou um pouco mais para dentro, deixando que o peso de seu corpo ajudasse no deslizar, que Nico realmente viu estrelas.

 — Estou te machucando? Onde doí? Estou indo muito rápido?

Nico parou de respirar por um momento, muitas sensações ao mesmo tempo fritando seu cérebro. Ele… ele não sabia, estava relaxado demais para determinar se era o puro prazer, se tinha dor no meio ou sequer se precisava de uma pausa; Nico mal conseguia levantar a cabeça do travesseiro, quanto entender qualquer coisa que não fosse a necessidade de gozar.

— Bebê. — Percy suspirou, finalmente se encostando a suas costas, mantendo seus quadris parados, arfando. — Eu preciso.

— Hm. — Achava que tinha gemido, que estava prestes a gozar. Isso não podia ser normal. Não podia. Tão rápido.

— Fale comigo.

Então, Percy se acomodou melhor e aquela leve fricção dentro dele foi o suficiente para fazê-lo gemer, o fazendo apertar o membro dentro dele tão gostoso que Percy puxou seus cabelos, um aviso claro para Nico se comportar.

— Per!

Percy parou de novo, tentando recuperar o fôlego, e Nico derreteu mais uma vez na cama, procurando as palavras certas para dizer o que precisava.

— Per, eu… eu preciso… preciso…

— Vamos fazer assim, quando você não souber o que dizer e quiser continuar, diga “obrigado”. Quando estiver gostoso e mesmo assim quiser parar, diga “Por favor”.

— E se… e se eu não gostar?

— Diga pare e eu vou parar.

Parecia fácil o bastante, então, por que ainda tinha tanta dúvida? Esse era o momento que ele tinha a tendência de encerrar tudo. Era tão intenso que ele não conseguia continuar, mesmo quando ele usava seu vibrador favorito. Mas ele não queria parar, queria continuar e ver onde isso ia dar. Talvez se ele permitisse que Percy se movesse e o segurasse contra a cama, como exatamente como Percy estava fazendo poderia chegar ao fim.

— E, então? — Percy murmurou contra seu ouvido, o segurando firme pelos cabelos e cintura.

— Eu… tudo bem… obrigado.

— Esse é o meu garoto. Todo educado e obediente.

Nico… Nico não deixaria que aquelas palavras o fizessem se sentir mais à beira do precipício do que ele já estava. Mas quando Percy acariciou seu cabelo e os puxou, dizendo um rápido “Bom garoto”, Nico não conseguiu ignorar a reação que isso causava nele. Escondeu seu rosto no travesseiro ao mesmo tempo que um gemido foi arrancando dele e Percy enfim decidiu se mover.

Nessa noite, nada estava saindo como ele esperava, e ao invés de Percy fodê-lo rápido e forte, sentiu primeiro Percy girar os quadris, rebolando dentro dele para depois Percy se impulsionar para trás, devagar e gostoso, e voltar penetrá-lo mais devagar ainda, o fazendo curvar a coluna e gemer como ele nunca tinha gemido, sem deixar lugar para qualquer outro pensamento.

— Hmm. — Percy gemeu todo rouco, aumentando a velocidade e profundidade conforme os gemidos de Nico ficavam mais altos. — Sabia que você seria perfeito. Todo macio e cheiroso. O encaixe perfeito.

— Eu… eu… ah!

— Hm?

— Obrigado!

Nico achava que tinha gritado, que tinha se contorcido tanto que sentiu Percy segurá-lo pela nuca e forçar sua cabeça sobre o travesseiro, dizendo para ele respirar. Mas Nico não conseguia, Percy tinha acertado algo dentro dele que o fez apagar por um momento; estava gozando e gozando, cada vez que seu membro expelia, um choque de eletricidade atingia seu corpo, mas Percy ainda estava dentro dele, duro e pulsando, tão quente que Nico não sabia como não tinha sido queimado.

— Está tudo bem, assim. Eu vou cuidar de você.

Nico sentiu dedos contra sua virilha e em seu membro, o tocando suavemente. Ele gemeu de novo, pensando que iria morrer, sentindo seu orgasmo se estendendo até que não aguentou mais: 

— Por favor! — Então, gritou mais uma vez, lágrimas se forçando para fora de seus olhos, sufocado pelo prazer: — Por favor! 

— Bom garoto. — Percy gemeu em seu ouvido, sua voz firme e baixa, sentindo os quadris de Percy irem o mais profundo possível e gozar dentro dele, como Nico nunca havia permitido antes.

***

Percy admitia que não estava sendo justo com Nico. Não era nada planejado, ele nem pensava em transar com Nico tão cedo. Em um momento Nico estava todo excitado e no seguinte, o afastava, feito as milhares de vezes antes de tudo ir para os ares. Mas dessa vez… dessa vez Percy tinha decidido fazer exatamente o que Nico fazia com ele. Foi uma decisão de último minuto motivada pela frustração e desespero. Se ele fizesse Nico se sentir como ele se sentia, Nico pararia de torturá-lo, não?

Primeiro, tentou devagar e sem pressa, passeando pela cidade e parando na sorveteria favorita de Nico, depois, levou Nico para casa, o beijando apenas quando tiveram privacidade. Percy jurava que não pretendia fazer mais do que beijar Nico e ter uma noite tranquila, o problema apareceu quando Nico o beijou de volta, todo carente, e se virou de costas, esfregando aquela bundinha empinada contra sua virilha. Lá se ia seu autocontrole pelo ralo, Nico cheirava tão bem que Percy teve que beijar aquela pele macia, mordiscando a nuca e pescoço de Nico até encontrar a boca mordida e avermelhada, se perdendo nele, desabotoando os botões da camisa de Nico e então a sua própria para encontrar pele macia e sem pelos, o estômago liso e mamilos eriçados, pontudos, o forçando a brincar com eles longamente. Ele não conseguia parar de tocar, ouvindo gemidinhos arfados, Nico se enroscando contra ele até que bem… vocês podem imaginar, Nico ficou todo tenso e ele foi obrigado parar, tentando raciocinar no meio da densa névoa de excitação que percorria seu cérebro.

Tentou conversar e tentou se acalmar, mas aquela irritação continuava subindo por sua espinha. Ele não aceitaria ser feito de idiota mais uma vez. Percy não pensou, jogou Nico na cama, o prensou contra ela e segurou suas mãos acima da cabeça onde Nico não poderia usá-las para distraí-lo. O que pareceu ter sido um erro, embora a confissão e meias verdades tivessem escapado dos lábios de Nico feito uma cachoeira.

Agora, como ele sabia que Nico mentia? Nico desviou o olhar e tentou se soltar na tentativa de fuga. Nico nem percebia o que estava fazendo, ainda sem querer encará-lo. Por que era isso o que acontecia quando Nico sentia que não podia dizer a verdade, ele mentia, tentava distraí-lo ou fugir, como tinha feito há dois anos atrás e como fazia desde que eles eram crianças; quando o mundo ficava muito difícil para Nico lidar, ele se escondia, e sempre sobrava para Percy encontrá-lo e fazê-lo encarar a realidade. Estava tudo bem quando Nico fugia do resto do mundo, mas quando as coisas eram entres eles? Quem iria atrás de Nico para ter certeza que tudo estava bem?

Sinceramente? Ele não queria ouvir nada daquilo. Não queria saber quem tinha feito Nico decidir querer sexo ou quem tinha o traumatizado ao ponto de Nico se fechar tanto que ele foi obrigado a arrancar a verdade da unica pessoa que nunca precisou ter segredos. Percy estava tão cansado que… apenas decidiu se afastar, o vendo chorar na cama como se ele tivesse ofendido a mãe morta de Nico.

Foi demais para ele quando Nico disse um “Você não me ama mais?”. Como ele poderia não amá-lo? Alguns garotos e escapadas sexuais não seriam suficientes para destruir uma década inteira de dedicação e comprometimento. Entretanto, o pior de tudo foi ouvir “Eu só… não gosto de ser amarrado e… — Outro soluço, — Foi horrível quando ele tentou… tentou me penetrar e…”, sabe porque era horrível ouvir isso? Nico estava mentindo outra vez! Estava fazendo manha e seu rosto estava tão.. tão… excitado! Numa mistura de prazer e vergonha tão grande que nada que Nico dissesse no momento Percy seria capaz de acreditar.

Infelizmente, Percy não tinha muitas opções. Ele respirou fundo e disse a única coisa correta e racional que poderia, tentando acalmar Nico, o que pareceu piorar as coisas. Desesperado, Nico engatinhou para seu lado da cama e montou em seu colo, bem em cima de sua ereção e o olhou com aqueles olhos cheios de lágrimas de crocodilo que mais o excitava do que o preocupava, embora a forma ansiosa e angustiada que Nico agia fosse um indicador mais certeiro do que se passava na mente de seu doce e não mais inocente garotinho.

Ele estava tentando fazer o certo, não estava? Mas parecia que Nico não queria isso. Com eles era tudo ou nada, a próxima fala de Nico apenas deixava tudo mais claro: “Eu quero que você me toque! Quero que você me foda até que eu não consiga andar, mas… doeu tanto! Não quero que doa. Quero que só você me toque! Só você me beije! Só você!” e quem era ele para negar o que seu bebê dramático e manipulador queria? Ele não podia culpar Nico quando o garoto tinha aprendido com o melhor. Não que Nico estivesse enganando alguém ali, mas se isso era o que Nico precisava para dizer o que estava engasgado, ele faria o desejo de Nico se realizar; o que resultou em algo que ele nunca poderia prever: palmadas, gritos e confissões que dessa vez saíram bem mais sinceras, embora ele tenha a impressão que Nico ainda guardava coisas dentro do peito.

Bem, ele não estava preocupado. Arrancaria cada um desses segredinhos que Nico pensava poder esconder dele. Não porque quisesse saber, mas porque Nico parecia tão aliviado enquanto cada mísera palavra escapava da própria boca que sabia que o relacionamento deles nunca estaria perfeito enquanto Nico não confessasse tudo para ele, exatamente como sempre tinha sido. Admitia que não estava pronto para o que veio em seguida e admitia que queria fazer Nico sofrer um pouco, o que não chegava perto do que Nico fez com ele, mesmo que espalmar aquela bundinha empinada tenha sido eficaz. Agora ele entendia porque Nico tinha fugido de sexo por tanto tempo, o garotinho era tão sensível que em poucos toques ele estava gemendo como se estivesse prestes a morrer e tão apertado que ele enfim acreditou quando Nico dizia ser virgem. Percy foi paciente e cuidadoso o fazendo relaxar para então… bem, fazer seu melhor para não gozar enquanto deslizava para dentro daquele canal apertado e quente.

A partir desse momento foi rápido. Nico apenas conseguia gemer e mal conseguia completar o que falava, arfando e choramingando, estatelado na cama. Não que ele tivesse melhor, segurou nos cabelos de Nico, o mantendo no lugar quando sentiu Nico estremecer dos pés a cabeça, quase o jogando para fora da cama. Percy não tinha conseguido se mover muito, tentando pensar no conforto de Nico, mas tinha sido o suficiente. Alguns momentos depois foi sua vez, gozando fundo dentro da pessoa mais importante de sua vida.

***

— Bom garoto. — Percy tinha dito, ainda dentro de Nico. Ele se permitiu curtir o momento, mas quando a sensitividade chegou, foi obrigado a deslizar para fora, observando o sêmen escorrer pela pele morena.

Ele ainda estava irritado, levemente incomodado pela forma que Nico o fez perder o controle. Mas agora vendo Nico estatelado no colchão como se tivesse corrido uma maratona e ainda com lagrimas descendo de seu olhos negros, Percy tinha se decidido, nunca mais deixaria que seus sentimentos interferissem em seu relacionamento com Nico; ele amava seu pequeno mentirosinho que preferia esconder o que realmente queria se isso fosse garantir que as pessoas gostassem dele.

Percy respirou fundo e deixou que suas mãos abandonassem os cabelos de Nico, se deitando ao lado dele, prestes a sair da cama em busca de algo para limpar Nico. Isso é, ele teria se levantado se Nico não tivesse choramingado, segurando em seu braço.

— Onde você vai? Eu estou perdoado? — Nico piscou lentamente, parecendo que iria cair no choro se não escutasse o que queria.

O que ele podia dizer? No fim, as lágrimas de crocodilo sempre funcionavam.

Ele sorriu, porque sabia que isso sempre acalmava seu doce bebê, e se aproximou, o beijando suavemente nos lábios.

— Não há nada a perdoar.

— Per.

— Lindo. — Percy o beijou de novo e de novo até que Nico voltou a relaxar na cama, ainda de barriga para baixo.

— Não me deixe.

— Nem pra ir no banheiro? 

Nico negou, afundando o rosto no travesseiro. Mas ele pegou na mão de Percy e a trouxe para o próprio cabelo, no exato lugar onde ele tinha o segurado momentos atrás.

Percy entendeu tudo e começou a acariciá-lo ali, devagar e suavemente, ouvindo Nico ronronar feito um gatinho manhoso.

— Nós não terminamos de conversar ainda.

— Desculpa. — Nico murmurou, sua voz saindo abafada.

— O que você esconde que te faz hesitar tanto?

— Como você pode me amar depois disso? Como alguém poderia? — Nico enfim levantou a cabeça e o encarou todo choroso.

— Nico.

— Eu me sinto uma vadia suja que não precisava cobrar por sexo, mas faz porque gosta.

— Qual o problema em gostar?

— Eu sou uma farsa! Todo mundo acha que eu sou esse… esse ser puro… e olha pra mim agora! — Nico voltou a enterrar o rosto no travesseiro e reclamar, mas parecia que suas lágrimas estavam acabando. Ele devia estar muito relaxado para conseguir ficar irritado.

— Nico! — Ele acabou rindo e Nico choramingou de volta, indignado. Ele então acariciou as costas desnudas de Nico e Nico se rendeu, derretendo em suas mãos.

— Isso não é justo! Você nunca me leva a sério. — Nico se virou de costas para a cama e o encarou fazendo uma careta adorável, e percebendo seu estado, tentou puxar as cobertas para cima de si. Ele teria conseguido se Percy não o tivesse parado, o segurando pelo ombro, deslizando suas mãos até elas chegarem na nuca de Nico, e se aproximou dele, juntando suas testas.

— Eu levo, juro que levo. Na verdade, queria pedir desculpas. Não devia ter te tratado assim.

— Me tratado como?

— Você não vê o problema?

— Hm?

— Nico, eu bati em você, te joguei na cama. Fiz algo que você não queria.

— Eu… — Nico piscou lentamente, e o surpreendeu, não desviando o olhar do seu. — Eu gostei. Só… não foi uma boa experiência quando tentaram me amarrar. Eu não me importo de tentar com você. Eu me assustei, você nunca foi violento comigo. Eu gostei. Gostei muito.

— Não faz isso comigo. — Percy implorou, tentando impedir que aquelas ideias se formassem em sua cabeça.

— Eu quero que você me bata de novo. Pode me jogar na cama quantas vezes quiser. Só me promete que sempre vai me amar. — Nico disse, sua expressão toda aberta e vulnerável, e infelizmente Percy soube, Nico não estava mentindo.

— Eu te amo. Sempre. Mesmo quando você me deixa louco.

Nico desviou os olhos dele por um instante e quando voltou a encará-lo, mordia os lábios, como se não tivesse certeza de algo.

— Eu quero… quero te satisfazer… e se… e se me fazer chorar ou me fazer gritar é o que te agrada… eu não me importo.

Percy arfou, tentando não demonstrar como seu corpo estava reagindo com essas palavras, mas como resistir quando Nico falava daquela forma quase inocente e na voz mais doce e afável?

— Eu não quero te fazer chorar.

— Mentiroso. — Nico disse, um sorriso começando a surgir em suas suaves feições. — Eu não quero que você se reprima por minha causa.

— Você tem que fazer o mesmo.

Nico mordeu os lábios e pareceu pensar sobre o assunto, suas mãos pequenas vindo parar sobre os ombros de Percy.

— Eu não sei se consigo. Como eu poderia dizer essas coisas?

— Você parece não ter problemas no momento.

— É porque estou… estou flutuando nas endorfinas. Não sei quanto tempo vai durar.

— O que te faria sentir melhor?

— Eu amo quando você me toca em qualquer lugar. 

— Onde?

— No pescoço. Na mão. No pulso. Na… na cintura.

— Assim? — Percy deslizou os lábios pelo rosto de Nico e o beijou no lado do pescoço, aplicando uma leve pressão ali.

— Hmhmm. — Nico suspirou, fechando os olhos. — Eu amo quando… quando você me diz o que fazer, quando… quando toma o controle.

Percy parou por um momento e deixou o ar sair. Com Nico sempre era difícil saber, se ele fazia o que queria ou se Nico fazia o que os outros esperavam dele. Era melhor ir com calma.

— Eu quero que você saiba. Você pode me contar qualquer coisa. Vou ficar com ciúme, mas nunca vou te julgar.

Nico soltou uma risadinha toda feliz e manhosa, e se virou em direção a Percy, encostando a cabeça em seu ombro.

— Só se você me contar também.

— É um trato, então.

Ele beijou o rosto de Nico, se levantou e foi até o banheiro. Quando voltou com uma toalha quente e umedecida, Nico finalmente estava dormindo, todo encolhido em seu lado da cama e com um doce sorriso nos lábios.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ahhhhh esse capítulo foi tãoooo cliche! Serio! Não sei o que aconteceu, pelo menos espero que tenha sido divertido. Comentários são sempre bem-vindos. E obrigada por ler. Na sexta tem um capítulo traduzudo, e para quem está lendo a versão em inglês quero avisar que teve mudanças mínimas, como o Percy nunca ter namorado com Annabeth e uma frase ou outra.

Até logo.


Tags
Loading...
End of content
No more pages to load
  • lucemondlover
    lucemondlover liked this · 9 months ago
  • ssavinggrace
    ssavinggrace liked this · 1 year ago
  • thepraesepehivemind
    thepraesepehivemind liked this · 1 year ago
  • freezer-bride-your-sweet-divine
    freezer-bride-your-sweet-divine liked this · 1 year ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku reblogged this · 1 year ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
  • pernilongo-da-malasia
    pernilongo-da-malasia reblogged this · 1 year ago
  • pernilongo-da-malasia
    pernilongo-da-malasia reblogged this · 1 year ago
  • robotsdeservebetter
    robotsdeservebetter liked this · 1 year ago
  • haiseiscute333
    haiseiscute333 liked this · 1 year ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku reblogged this · 1 year ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku liked this · 1 year ago
  • language-of-blueberries
    language-of-blueberries liked this · 1 year ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 1 year ago
auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

464 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags